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Temer confunde Rei Arthur com imperador romano Carlos Magno e se compara a golpista

Quadro: Imperador Carlos Magno (742-814) recebe a submissão do líder saxão, Widukind, em Paderbornem, 785. Pintura de Ary Scheffer (1795-1858), no Palácio de Versalhes Que fora! Temer se compara a golpista por Alex Solnik, no Brasil 247 Temer disse ao “O Globo” como se sente ao sentar-se à mesa presidencial: — Eu me sinto aqui como Carlos Magno. Quando […]

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Quadro: Imperador Carlos Magno (742-814) recebe a submissão do líder saxão, Widukind, em Paderbornem, 785. Pintura de Ary Scheffer (1795-1858), no Palácio de Versalhes

Que fora! Temer se compara a golpista

por Alex Solnik, no Brasil 247

Temer disse ao “O Globo” como se sente ao sentar-se à mesa presidencial:

— Eu me sinto aqui como Carlos Magno. Quando eu tinha 11 anos de idade, eu ganhei um livro chamado “Carlos Magno e os 12 cavaleiros da Távola Redonda” e eu li aquele livro e era assim: os doze cavaleiros”.

Temer deu um tremendo fora – ou melhor, três – ao se comparar ao primeiro imperador romano.

Primeiro, por se comparar a um imperador, dando a entender que chegou ao poder sem votos; segundo, por se comparar a um imperador que usurpou o trono de seu irmão; terceiro, por se comparar a um imperador golpista.

Quando o rei Pepino, o Breve, morreu, a 24 de setembro de 768 a herança e a coroa foram divididas entre seus dois filhos, Carlos Magno e Carlomano.

Os dois foram coroados reis, cabendo a cada um reinar sobre metade da imensa região herdada que ia da França à Alemanha.

Carlos recebeu a parte original de Pepino como prefeito (o segundo cargo abaixo do de imperador), a Nêustria, a Aquitânia ocidental e a parte norte da Austrásia, enquanto Carlomano recebeu a parte originalmente pertencente ao seu tio, a parte sul da Austrásia, a Septimânia, a Aquitânia oriental, a Borgonha, a Provença e a Suábia, além das terras na fronteira com a Itália.

Três anos depois da coroação, em 771, Carlomano morreu misteriosamente no palácio de Samoussy, que era de seu irmão.

Em vez de seus filhos herdarem as terras em que reinava, Carlos Magno se apossou delas, tornando-se dono e rei único de todo o reino que seu pai mandara dividir.

Deu um golpe nos sobrinhos, portanto.

Se Temer não quer ser chamado de golpista por que insiste em estabelecer conexões com o tema, confessando agora admirar um imperador sem escrúpulos?

Que fora, Temer!

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Marcvs Antonivs

12/09/2016 - 10h36

E o Cafezinho confunde Reino Franco (e com Carlos Magno Império Carolíngio) com Império Romano. Faz favor né.

    David Gimenez

    12/09/2016 - 11h34

    Entende- se ma matéria que refere- se Ao Sacro Império Romano Germânico

Fabio Brito

12/09/2016 - 08h54

Tudo um pouco confuso na utilização da nomenclatura, do Temer ao articulista! Quando Carlos Magno foi coroado, o Império Romano do Ocidente propriamente dito já havia acabado há alguns séculos. O primeiro imperador romano foi Otavio (Otaviano) Augusto, ainda antes da era cristã. Acho que o que o articulista quis se referir a outra coisa, o Sacro Império Romano-Germânico, do qual Carlos Magno foi realmente o imperador inicial. A nomenclatura é meio enganosa nesses casos. Tal deslize, porém, não diminui o “ato falho” do Temer!

Maria Thereza G. de Freitas

12/09/2016 - 08h31

mais um ato falho dos golpistas. Carlos Magno combina muito melhor com esse usurpador

Rosa

12/09/2016 - 08h05

Acho que o tipo histórico e o dos contos dele seriam Dom João o rei fujão e os 61 ladrões respectivamente.


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