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A seca de honestidade na imprensa paulista

Fernando Brito, do Tijolaço, vinha alertando, semanas antes da imprensa corporativa, sobre a redução alarmante dos níveis da represa de Cantareira. A grande mídia, pese seus exércitos de repórteres, sua estrutura gigantesca, o aporte de bilhões de reais de publicidade institucional, só passou a falar do problema quando ele já se tornara praticamente desesperador. Aliás, […]

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Fernando Brito, do Tijolaço, vinha alertando, semanas antes da imprensa corporativa, sobre a redução alarmante dos níveis da represa de Cantareira. A grande mídia, pese seus exércitos de repórteres, sua estrutura gigantesca, o aporte de bilhões de reais de publicidade institucional, só passou a falar do problema quando ele já se tornara praticamente desesperador.

Aliás, a culpa reside, em boa parte, na mídia, que nunca cobrou, em décadas, que o governo paulista fizesse obras de infra-estrutura para elevar a capacidade hídrica do estado.

Enquanto Dilma inaugurou hoje trechos importantes das obras de transposição do São Francisco, Alckmin não tem nada para mostrar, nenhuma obrinha em andamento a não ser a solução improvisada e um tanto suspeita de bombear água do “volume morto”.

A sorte do PSDB, naturalmente, é a blindagem absoluta da mídia, que aparentemente está disposta a segurar até o apocalipse se for para defender a incompetência tucana. Arnaldo Jabor, por exemplo, não parece se deprimir nenhum pouco com o desastre terrível que seria (ou melhor, que será), para milhões de brasileiros, uma crise aguda de desabastecimento de água na região mais populosa do país.

Rodrigo Vianna, em seu blog Escrevinhador, monitorou a cobertura da Globo sobre o problema da água em São Paulo e notou, sem surpresa, que os platinados mantém uma blindagem absoluta sobre os tucanos, e se limitam a repetir, acriticamente, as declarações do governador, Geraldo Alckmin.

Em São Paulo não há obras hídricas atrasadas. Porque não há obra nenhuma.

Enquanto isso, a Folha se afunda em sua própria burrice, babaquice e arrogância, publicando “denúncias” idiotas sobre viadutos “sobre o nada”, que apenas refletem o estado lamentável de degradação de nossa imprensa.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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tom

14/05/2014 - 13h50

E ESSA LIBERDADE DE IMPRENSA QUE O FINADO DR ROBERTO ( CRUZ CREDO ) QUERIA QUE FOSSE CONCRETIZADO ! CLARO , LIBERDADE PRA INVESTIGAR QUEM ELES QUEREM , E LIBERDADE PRA ELES NÃO INVESTIGAREM QUEM ELES QUEREM , POIS NO MUNDO FANTASIOSO DELES , ONDE SEQUER HOUVE UM FATO DE CORRUPÇÃO DO FORREST GUMP ( FHC ) E HOUVE TRILHÕES CONTRA O PT , ESSA É A SONHADA LIBERDADE DE IMPRENSA QUE ESSE NOCIVO CIDADÃO DEIXOU DE HERANÇA PARA OS SEUS FÂMULOS SUBALTERNOS DA MIDIA

Jose Carlos Romancini

14/05/2014 - 09h17

A noite insone mais me atrai.
Afago tortas lembranças,
a cantiga desentoada do grilo me agrada,
e, no silêncio, nada sai do tom.
É um desperto meio que desacordado,
um espírito de espera acomodado
em ouvir nessa falta de som
uma harmonia natural orquestrada,
uma barca repleta de recordanças.
Onde nada de intruso me distrai.
Vivo o meu menino da serra
num andante piano da passagem,
um adágio presto que me encerra
com a ária madrigal em viagem.

CARLOS GARCIA

13/05/2014 - 22h43

Sabe Miguel, este aparato todo da mídia me lembra o Brizola rebatendo o Armando Nogueira e Golobo no caso Proconsult:
-Entendo a eficiência da Golobo, tem um avião para buscar o resultado das urnas em Campos, mas não tem um fusquinha para ir até São Cristóvão.
É isso, sempre vai da conveniência.

hccoelho

13/05/2014 - 19h17

Acabo de ler no Viomundo que a SECON tem como contratado em posição de destaque o reporter que assacou contra o Gushiken em 2005 de maneira criminosa na revistinha da marginal tiete.
É o autor da reportagem do tipo deles que tenta destruir o Gushiken.
Gostaria de ter sua confirmação. Se for assim retiro tudo que disse de ruim da SECON, é muito, mas muito pior. EScandaloso!
Será que vão contratar o reinaldo azevedo, é um bom nome para eles da secom.


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