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Datafolha: o golpe sem viabilidade eleitoral

Jeferson Miola Os resultados da pesquisa Datafolha confirmam que [1] mesmo em prisão política, Lula continua imbatível, e que [2] o bloco golpista continua sem viabilidade eleitoral: Lula lidera folgadamente em todos os cenários, com o dobro das intenções de voto do segundo colocado, Jair Bolsonaro; mesmo somados, os votos de Marina, Alckmin, Álvaro Dias, […]

12 comentários
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Jeferson Miola

Os resultados da pesquisa Datafolha confirmam que [1] mesmo em prisão política, Lula continua imbatível, e que [2] o bloco golpista continua sem viabilidade eleitoral:

  1. Lula lidera folgadamente em todos os cenários, com o dobro das intenções de voto do segundo colocado, Jair Bolsonaro;
  2. mesmo somados, os votos de Marina, Alckmin, Álvaro Dias, Joaquim Barbosa, Rodrigo Maia, Temer/Meirelles perdem para Lula;
  3. nenhum adversário é páreo para Lula num eventual segundo turno; Lula os vence com enorme vantagem – a menor diferença é de 46% a 32% [Marina];
  4. mesmo impedindo Lula de concorrer, o bloco golpista não conseguiria vencer a eleição. Neste caso, a eleição seria vencida pelos votos nulos e brancos com quase 40% de vantagem sobre o segundo colocado [23% a 17%];
  5. Lula detém altíssimo poder de transferência de votos: cerca de 70% dos eleitores dele – 3 a cada 4 – certamente votaria no candidato indicado por ele;
  6. quase metade [46%] de todos os entrevistados se declara disposta a votar no candidato indicado por Lula;
  7. Alckmin, o candidato por ora preferencial da Lava Jato e do golpe, com desempenho ridículo, não iria para o segundo turno nem mesmo no cenário de banimento do Lula;
  8. Alckmin perde a eleição inclusive em São Paulo – ele deixou o governo com a minguada aprovação de 36%;
  9. mesmo no cenário sem Lula, operado para viabilizar a vitória do golpe e da Lava Jato, Alckmin não decolaria. Os principais beneficiários de eventual migração de votos seriam Marina, que duplicaria seu percentual, e Ciro, que triplicaria. [isso não é a simulação do poder de transferência eleitoral do Lula (itens 5 e 6), mas a simulação de preferências ante a lista de nomes oferecida pela pesquisa, na qual não constava o nome do Lula].

Os resultados da pesquisa Datafolha servem como sinal de alerta para o bloco golpista; indicam a rejeição incontestável de todas as candidaturas da direita – da liberal à fascista.

A pesquisa deixa patente a ilegitimidade da eleição sem Lula, assim como também a ilegitimidade do eventual governo resultante de uma eleição fraudada.

A ditadura Globo-Lava Jato, mesmo promovendo a farsa jurídica que culminou na prisão do Lula, não está conseguindo – e provavelmente não conseguirá – se viabilizar eleitoralmente.

Diante desta realidade, é de se atentar para um horizonte de aprofundamento do golpe e de repressão política sobre o PT e a esquerda para impedir qualquer cenário que fuja ao controle.

Para eles, não basta impedir a eleição do Lula que daria início à restauração da democracia e à reconstrução econômica e social do Brasil; querem impedir a vitória de qualquer candidato que Lula eventualmente decida indicar para enfrentar o fascismo.

O dado importante da pesquisa Datafolha é que a eleição de 2018 deixa de ser uma certeza do calendário institucional do país – o golpe não tem chances de continuidade no terreno da democracia e das regras mínimas do Estado de Direito.

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Comentários

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Regis

16/04/2018 - 01h14

A melhor palavra pra definir os que tiraram Lula das Eleições 2018 é de COVARDES!!! Não há honra nas atitudes dos juízes, procuradores, PF, mídia corporativa e fascistas .
A história irá fazer justiça a Lula, e os perseguidores prestarão conta a Deus. A vida é breve, e por isso temos que viver de forma correta, sem praticar covardia e injustiça ao próximo.

José Zimmermann Filho

16/04/2018 - 00h48

O Datafolha e suas trapaças. Agora foi um cínico truque gráfico, bem engana-trouxa. A queda desfavorável a Lula, de seis pontos no segundo quadro da pag. A9 (Folha de hoje), claro que fica bem mais evidenciada nesse recorte (do eixo vertical) de apenas 10 pontos (30 a 40 no gráfico), do que se observada a ordenada por inteiro como consta no primeiro quadro (0 a 80), onde o “declive” seria quase imperceptível. Uma proporção de 6 para 10 (fajuta) é, óbvio, muito maior do que de 6 para 80 (verdadeira). Confiram. Tem mais esquisitices. Pesquisa Datafolha, de 01.12.17, apontou que Lula tinha 34% de intenções de voto, e não constou no gráfico, onde aparece uma pesquisa (Lula 38%) do dia 17.12 que me escapou ou não foi divulgada. Só se usaram uma pesquisa de Novembro, onde Lula tinha entre 34 a 37%, o que significa que os votos certos, e que não mudam conforme o quadro de candidatos, continuavam sendo os mesmos 34%. Ou seja, esse pico mandrake de 38% só foi incluído para parecer que em seguida houve uma grande queda. Engula quem quiser.

    José Zimmermann Filho

    16/04/2018 - 00h56

    Errata. Folha de ontem, 15.04

Hildermes José Medeiros

15/04/2018 - 18h05

É alvissareiro saber que as pesquisas estão mostrando que se Lula indicar mais de um candidato, ambos têm chances de ir para o segundo turno, batendo todos os demais candidatos de oposição, ou não. Acontece, que esta condição só está acontecendo porque Lula é candidato, não tem essa de plano B, e assim deve continuar, preso ou não. O golpe que trate de viabilizar seu candidato dentro das regras já estabelecidas, e outros candidatos de oposição, que tenham a humildade e a grandeza de perceber que não têm a dimensão exigida para o enfrentamento, que a candidatura de Lula é o calcanhar de aquiles dos golpistas, a despeito do respeito que merecerão suas candidaturas. A candidatura de Lula, preso ou não, deve seguir seu rumo. Se preso, infelizmente o limite até aqui, vistas todas as opções de sua evolução até o pleito, impossível facilitar para os golpistas, afastando Lula da disputa, é em agosto registrar sua candidatura, disputar e vencer, que é o que indicam as inúmeras e custosas pesquisas pagas pelos golpistas, mesmo a quase seis meses de sua realização, deixando para o Supremo Tribunal Eleitoral decidir quanto à posse. Caso os golpistas tenham bom senso e libertarem Lula, porque não há dúvidas que está havendo exagero na sua condenação sem provas, com os juízes e os procuradores em diversos níveis atuando de forma coordenada para incriminar o candidato Lula. Não é bem o político Lula que interessa, daí a pressa e o atropelamento das Leis e da Constituição. Enquanto não se consumar a impossibilidade de Lula vencer as eleições, melhor não trabalhar candidatura alternativa do PT ou no campo da oposição, que devem como acontece estar postas. Abandonar a candidatura Lula é trair seu eleitorado, que até aqui vem sustentando sua candidatura. E mais: somente Lula impede a ascensão e viabilização de um candidato com compromisso de dar continuidade ao golpe, como se estivéssemos em plena Democracia. Todos devem estar atentos que se o golpe não conseguir viabilizar um candidato que vença as eleições, estas estão, se os golpistas tiverem condições, meios e apoio político e financeiro, afastadas. Acabará o arremedo de Democracia em que estamos, a ditadura se instalará, os militares já deram recentes mostras de que já estão prontos.

antonio carlos

15/04/2018 - 16h22

Lula e uma ideia.entrou a história em vida.getulio outra ideia entrou a história após sua morte.ambos os únicos a transferir votos.voto Lula ou quem ele indicar!

Reginaldo Gomes

15/04/2018 - 14h02

Porque o golpe está a flor-da-pele?
Porque o Lula tá liderando as pequisas!!!
ERRADO!!!!! É que além desse tem outros 3 motivos:
1) Se o Lula apoiar UM candidato de esquerda , ele vai pro segundo turno;
2) Se o Lula apoiar DOIS candidatos de esquerda, os dois vão pro segundo turno;
3) Se ele apoiar TRÊS candidatos de esquerda , é ouro/ prata e bronze pro Brasil;
As noites de insônia golpista seguem intermitentes.

    EDEM

    15/04/2018 - 20h43

    Interessante. Agora sinceramente esse Haddad ficava bem pra Senador. O povo aqui no Nordeste gosta muito da Gleisi Hoffman. É ela que ta na luta junto com o Lula.

    EDEM

    15/04/2018 - 20h57

    A melhor forma de continuar a luta é ganhando as eleições. É claro que não se deve abandonar o Lula, mas a transferência de votos que se almeja tem que ser feita a tempo.

Gustavo

15/04/2018 - 13h35

Me parece haver aqui uma certa despadronização em relação aos artigos do Cafezinho. O artigo que menciona a pesquisa da Ipsos dá uma verdadeira destrinchada nos números e nos gráficos além de combater supostas confusões na pesquisa. Já o presente artigo me parece um pouco mais simplista e tira apenas as conclusões que convém para embasar o golpe e a inquestionável liderança de Lula, mas omite outras perguntas de igual relevância.

No site da Datafolha existe a seguinte pergunta: Na sua opinião Lula deveria poder disputar a eleição: 51% dos entrevistados respondem que ele não deveria disputar a eleição. A mesma pesquisa pergunta se a prisão de Lula foi justa e 54% dos entrevistas concorda que sim contra apenas 40% que acham que não foi justa além de 6% de indecisos.

Outro item que me salta os olhos é a afirmação no item 6 desse artigo de que “quase metade [46%] de todos os entrevistados se declara disposta a votar no candidato indicado por Lula”. Como isso seria possível se nem o próprio Lula tem 46% das intenções de voto de todos os entrevistados ?

Não deveriam os dois artigos ter exatamente os mesmos critérios ?

    Miguel do Rosário

    15/04/2018 - 14h42

    Não, porque são autores diferentes. E você precisa se explicar um pouco melhor.

      Jáder Barroso Neto

      15/04/2018 - 18h56

      Boa resposta.

marcelo serodre

15/04/2018 - 13h28

O QUE FOI QUE ACONTECEU?
Reconheço que depois de décadas de um rock de quinta categoria gritado nos ouvidos do brasileiro por centenas de bandas e roqueiros estúpidos e medíocres, alimentados e patrocinados por uma imprensa podre, bom, reconheço que a MPB, a maior expressão artística do povo brasileiro, já não tem a mesma força. É triste dizer isso quando cresci pensando que a MPB era a melhor música e poesia do mundo e que meus ídolos continuaram os mesmos, mesmo depois de toda a miserável música que tomou conta do país. No entanto vejo muitos compositores da melhor MPB indignados com a situação do Brasil. Muitos deles estão contra o Golpe, contra o fascismo e contra a prisão arbitrária, e claramente política do Presidente Lula e principalmente contra a perseguição às artes e à civilização iluminista e laica que representa o território onde podem trabalhar. Por isso não posso entender porque esses compositores não se reúnem para várias grandes apresentações de protesto pelo Brasil afora, apresentações estas que tem o potencial de atrair mais de um milhão de pessoas em cada cidade, do norte ao sul. (Será que eles estão sentados na glória, nas considerações de outra ordem, no entendimento equivocado do momento histórico que vivemos, no conforto, na preguiça e no medo?) rsrsrsr Não! Acho que os maiores nomes da MPB estão preocupados com o crescimento do obscurantismo, das trevas do fascismo e etc., quando até professores de História e Filosofia estão sendo perseguidos. A MPB é o mais importante expressão artística do Brasil e tem tradição na luta contra ditadores. Sei que eles estão mais velhos e que alguns se tornaram reacionários da pior espécie, mas esses eu não considero aqui. Contudo eu simplesmente não posso entender a apatia diante do caos.


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