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Notas internacionais. Por Ana Prestes 19/06/18

Notas internacionais (por Ana Prestes) 19/06/18* – Ocorreu ontem (18) em Assunção, no Paraguai, a reunião de Cúpula do Mercosul. O grande ausente foi Maurício Macri, presidente da Argentina, um dos maiores entusiastas da renovação do bloco e da expulsão da Venezuela deste. Agora, ele se vê envolvido em uma crise econômica em seu país […]

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Notas internacionais (por Ana Prestes) 19/06/18*

– Ocorreu ontem (18) em Assunção, no Paraguai, a reunião de Cúpula do Mercosul. O grande ausente foi Maurício Macri, presidente da Argentina, um dos maiores entusiastas da renovação do bloco e da expulsão da Venezuela deste. Agora, ele se vê envolvido em uma crise econômica em seu país que o impede de atuar como o líder que quis ser para a região. Tampouco seu ministro da economia participou da reunião do Conselho do Mercado Comum do Mercosul (CMC) que ocorreu na véspera da cúpula, domingo (17). A Venezuela também não participou por estar suspensa do bloco desde agosto de 2017. A Bolívia – que ainda não é considerada estado-parte do bloco e sim estado associado em processo de adesão – participou com seu vice-presidente, Álvaro García Linera. Houve notas específicas do bloco sobre a Venezuela e a Nicarágua. Tratou-se da negociação do acordo comercial com a UE, que perdura há anos e da aproximação com a Aliança Pacífico, com reunião prevista para julho, entre os dois blocos, em Puerto Vallarta, no México. A presidência pró-tempore agora está com o Uruguai.

– Venezuela não participou da Cúpula oficial do Mercosul, mas está participando na Cumbre de los Pueblos com partido (PSUV) e movimentos sociais. O encontro ocorre paralelamente à cúpula dos chefes de Estado no Paraguai.

– Em uma demonstração de apoio à Ucrânia, a União Europeia, renovou, nesta segunda (18), as sanções contra a Rússia pelo que consideram a anexação da Criméia pelo país em 2014 e violação das leis internacionais. Lembre-se que a Criméia realizou referendo em 16 de março de 2014 para perguntar à população se queria se juntar formalmente à Federação Russa. Com a aprovação a população, foi feita uma declaração unilateral de independência da Ucrânia pelo parlamento da Crimeia. A Crimeia tem maioria da população de etnia russa e o russo é a língua dominante. A história da península da Crimeia data de 7 mil anos e começou a ser povoada por tribos russas ainda no século IX e foi palco de longas disputas entre vários povos, romanos, hunos, tártaros. Em 1783, Catarina a Grande conquistou a Criméia e seu valioso porto de Sebastopol para a Rússia. Após o fim da URSS e a criação da CEI (comunidade dos estados independentes) em 1991, a Ucrânia passou a ser um país independente e a Rússia reconheceu a Crimeia e Sebastopol como parte do território da Ucrânia (reforçado pelos tratados de fronteira de 1997 e 2003). No entanto, tudo indica que Putin nunca desistiu da reconquista da Crimeia.

– Merkel ganhou fôlego para a disputa interna com a CSU (União Social Cristã), que tem o ministro do Interior, sobre a renovação da política migratória. Ela conseguiu pactuar uma espera pela próxima reunião de cúpula da União Europeia, no final do mês, que também tratará o tema em termos regionais. A CDU (União Democrata Cristã) e a CSU realizaram reuniões de repactuação nos últimos dias.

– Duas ex-primeiras damas dos EUA, Laura Bush e Michelle Obama, se pronunciaram para denunciar a política de separação de crianças de seus pais, filhas de famílias de imigrantes, na fronteira dos EUA. A atual primeira-dama, Melania Trump, também se manifestou. Mais de 2300 crianças já foram separadas. Desde ontem circula um áudio de crianças chorando em um dos abrigos para os quais são levados e ao fundo ouve-se uma voz masculina em tom de brincadeira: “isso parece uma orquestra”.

– Terremotos atingiram a Guatemala e o Japão. No domingo, um terremoto da magnitude de 5,8 atingiu a Guatemala na noite de domingo (17), apenas duas semanas após a erupção do vulcão Fuego que deixou 110 mortos, 200 desaparecidos e 3000 desabrigados. O terremoto ocorreu em águas profundas. Na mesma noite um terremoto da magnitude de 6,1 atingiu o Japão, na cidade de Osaka, segunda maior metrópole. Três pessoas morreram, fábricas foram destruídas e 150 pessoas estão feridas.

– Kim está na China. Fica lá hoje (19) e amanhã. Já é a terceira visita desde março. Primeira após cúpula com Trump.

– Enquanto isso, EUA e Coreia do Sul, concordaram em suspender exercícios militares conjuntos marcados para agosto.

– Não vai haver exercícios militares em agosto, mas vai haver Jogos Asiáticos na Indonésia com participação de equipes combinadas entre sul-coreanos e norte-coreanos. Também estarão juntos os jogadores dos dois países no desfile de abertura dos jogos.

– Ex-presidente Rafael Correa sofre perseguição judicial no Equador. Muito semelhante ao que ocorre com Lula no Brasil. O pretexto utilizado é a denúncia de um deputado do PSP (partido sociedade patriótica) de tentativa de sequestro em 2012, em Bogotá, a mando de Correa.

– Foi divulgado o relatório Tendências Globais da ACNUR. Ao final de 2017 o mundo tinha 68,5 milhões de pessoas fora de suas regiões, entre deslocados internos (dentro de seus países) e refugiados em outros países. Este é o maior número em 7 décadas. Em 2017 foram 2,9 milhões de pessoas refugiadas, maior número em um único ano. Amanhã, 20 de junho, é o dia mundial dos refugiados. Países com maior número de refugiados hoje: Palestina, Síria, Afeganistão, Sudão do Sul, Mianmar e Somália. Túrquia e Líbano lideram os países que mais recebem refugiados.

– Argentina teve sua primeira condenação por crime de ódio contra transexual. O judiciário do país reconheceu que transexual morto em 2015 sofreu homicídio agravado por violência de gênero e ódio à identidade de gênero.

– Na Nicarágua, foi incendiada a casa da mãe de um deputado sandinista, José Ramón Sarria. A mãe, Verônica Morales e alguns familiares, foram ainda sequestrados por 15 horas na sequencia do incêndio.

– O comitê de descolonização da ONU recebeu mais um projeto de resolução apresentado por Cuba com pedido de independência de Porto Rico, ainda sob domínio dos EUA.

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