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Comentários sobre a entrevista de Haddad ao Estadão

A entrevista de Haddad ao blog Inconsciente Coletivo, de Morris Kachani, hospedado no Estadão, está excelente. Haddad consegue analisar com muita ponderação, e a necessária dureza semântica, diversos aspectos do governo Bolsonaro. A íntegra pode ser lida aqui. Há pontos na entrevista que, por darem oportunidade para alguma polêmica, achei dignos de serem comentados. Reproduzo, […]

46 comentários
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Foto: Marcelo Cardoso / GP1

A entrevista de Haddad ao blog Inconsciente Coletivo, de Morris Kachani, hospedado no Estadão, está excelente. Haddad consegue analisar com muita ponderação, e a necessária dureza semântica, diversos aspectos do governo Bolsonaro. A íntegra pode ser lida aqui.

Há pontos na entrevista que, por darem oportunidade para alguma polêmica, achei dignos de serem comentados. Reproduzo, por exemplo, o trecho abaixo.

Qual a sua visão sobre o bloco de oposição que está se formando? Seguimos replicando o modelo de desagregação do segundo turno?

Eu acho que, assim como o bloco da situação ainda não está plenamente constituído, é natural que o bloco da oposição também esteja em fase de constituição. Mas já há um núcleo básico que pode ser observado. Nas bancadas do PT, PSOL, PCdoB, PSB com certeza; não diria juntos, mas articulados. E acredito que essa carta recém-publicada dos governadores do nordeste seja muito significativa. Porque são governadores progressistas e que marcam posição de uma maneira muito ativa, muito responsável e politicamente madura, inaugurando uma forma de interação com o Governo Federal muito interessante. Eu diria que são dois movimentos, o das bancadas desses quatro partidos e dos governadores do nordeste que realmente são uma novidade.

Haddad fala de “núcleo básico” de um “bloco de oposição”, formado “com certeza” pelas bancadas de PT, PSOL, PCdoB e PSB. Este núcleo estaria, segundo o petista, “não diria juntos, mas articulados”. Ele deixa de fora o PDT, que o repórter irá mencionar na pergunta seguinte, mas sobre o qual o ex-prefeito evitará qualquer comentário.

A menos que o ex-prefeito tenha informações que não partilhou com a repórter, e com ninguém, o que vemos, até agora no Congresso, são dois grupos: um formado por PT e PSOL, e outro por PDT, PSB e PCdoB, com estratégias distintas de atuação.

Alguns movimentos evidenciaram essas diferenças. Na votação de um projeto de lei em que havia risco de criminalização de movimentos sociais, PT e PSOL adotaram estratégia de votar contra o projeto em sua íntegra, ao passo que PSB, PDT e PCdoB negociaram com o relator a remoção dos itens específicos que comprometiam os movimentos, e votaram a favor. Houve até um certo burburinho após a votação porque o deputado Marcelo Freixo, do PSOL, fez um vídeo comemorando a “vitória do PSOL”. De fato, não seria errado afirmar que esses dois grupos, PT e PSOL de um lado, e PSB, PDT e PCdoB, de outro, atuaram conjuntamente, embora não sei se de maneira consciente, e a vitória pode ser atribuída a todas as legendas de esquerda, porque havia consenso, entre elas, contra os possíveis riscos que o projeto, não fosse modificado, levaria aos movimentos sociais. Mas havia duas estratégias diferentes na mesa – derrotar o projeto do governo, na íntegra, ou remover os itens perigosos – e a que prevaleceu foi a do PDT-PSB-PCdoB. Eu escrevi um post sobre o assunto.

Há outros movimentos em curso, que igualmente põem em evidência esses realinhamentos políticos, como uma reunião sobre a reforma da previdência, em que apenas representantes do PSB, PDT e PCdoB estiveram presentes.

Mais recentemente, os deputados Alessandro Molon (PSB), Tulio Gadelha (PDT) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede), realizaram bate papo ao vivo sobre a conjuntura, em que também ficou claro uma sólida afinidade política entre, pelo menos, os setores mais vibrantes desses três partidos.

Em entrevista concedida ao Cafezinho, o líder do PDT na Câmara, o deputado André Figueiredo, opina que o PSB está mais próximo da estratégia trabalhista do que do PT.

No Senado, temos o bloco “Senado independente“, formado entre PDT, PSB, Rede e PPS, que é liderado pelo senador Vital do Rego, do PSB.

Haddad inclui, na resposta sobre os partidos, a iniciativa de governadores do nordeste de criarem um consórcio, como que atribuindo-lhe um viés partidário que, se de fato existe (e a fala de Haddad sugere isso), debilita os seus objetivos, na medida em que sua força residiria justamente na construção de consensos supra-partidários entre parlamentares da região, para exercer uma pressão coesa sobre o Congresso e o governo federal.

Pelas informações que temos, portanto, a resposta de Haddad refletiu mais um desejo do que uma realidade.

O repórter Morris Kachani não é especializado em política, senão dificilmente deixaria de provocar o ex-prefeito a explicar um pouco essas contradições de sua entrevista. Kachani tem um blog no Estadão em que aborda temas políticos, mas também (como deixa em destaque, na capa de seu blog), “coordena a área de conteúdo não-ficção da Prodigo Films, com séries e documentários para canais como HBO, A&E e Arte1”.

Haddad deixou transparecer a estratégia do PT, que é organizar um “bloco de oposição” formado pelo próprio PT, PSB, PCdoB e PSOL, mas do qual o PDT não faria parte. Até o momento, contudo, o que vemos é um esforço para emplacar uma narrativa.

O PCdoB integra formalmente o bloco do PDT, que alçou a deputada Jandira Feghali ao cargo de Líder da Minoria.

Nesse ponto, vale um comentário sobre uma situação inusitada, quase divertida. Apesar de Jandira ter conquistado esse cargo pela articulação do PDT, a comunicação da deputada nas redes deixa claro seus vínculos com as narrativas mais caras ao PT (Lula livre, Zé de Abreu presidente, etc), ao passo que Molon, que chegou a Líder da Oposição numa articulação com o PT, é alguém que parece se identificar mais com o trabalhismo de Ciro Gomes (ao qual apoiou no primeiro turno de 2018). PSB e PDT se coligaram no Rio de Janeiro, nas eleições legislativas para federal.

Outro ponto da entrevista que me parece curioso é o cuidado, quase obsessão, de Haddad, em usar o termo “centro-esquerda” para se referir ao PT e ao campo que o partido representa.

Em determinado trecho, em que o repórter menciona uma amiga que lhe pedira para perguntar “por que você não se desvencilha da mochila pesada do PT?”, Haddad responde o seguinte:

(…) eu penso que o PT ainda é o instrumento da classe trabalhadora. Se os trabalhadores quiserem transformar o Brasil, eles têm ainda à disposição esse instrumento. Sem prejuízo de reconhecer mérito em outras agremiações, eu penso que o PT é ainda o partido mais forte da centro-esquerda, em função do legado que deixou pra população mais frágil economicamente do país.

O uso insistente, por Haddad, do termo “centro-esquerda” é uma sutileza que pode parecer besteira, mas revela uma psicologia muito forte no PT, que é a importância que atribui a esse lado mais teatral, mais narrativo, da disputa política. Lembro-me que uma das polêmicas um tanto irritantes do primeiro turno das eleições presidenciais em 2018 aconteceu porque Ciro Gomes, em entrevista a uma revista norte-americana, afirmou que o Brasil não suportaria um governo “de esquerda”, e que o seu projeto seria de “centro-esquerda”.

Na disputa de narrativa acirrada daquele momento, muitos quadros petistas importantes (em especial das correntes mais à esquerda), além dos blogs mais próximos ao partido, recortaram apenas o trecho em que Ciro falava que o Brasil não suportaria um governo de esquerda, omitindo a continuação da frase, onde Ciro qualificava o seu próprio projeto com o epíteto de “centro-esquerda”. O Viomundo publicou post intitulado “Em entrevista, Ciro se posiciona para ser também o candidato da direita”, o 247 mancheteou que “O Brasil não precisa de um governo de esquerda, diz Ciro Gomes”.

No fundo, isso tudo reflete um vício negativo, e irritante, por parte de amplos setores da esquerda, muito denunciado por intelectuais progressistas, como o professor norte-americano Mark Lilla. O termo esquerda passa a ser visto como um selo “identitário”. Ser de esquerda deixa de ser uma bandeira universal, difusa, inspirada em valores como fraternidade, igualdade, liberdade, para se tornar uma qualidade auto-proclamada, uma propriedade que pertence a mim e não a você, e um motivo de discórdia entre movimentos irmãos.

Os partidos progressistas passam a se preocupar mais com golpes semânticos, com “narrativas”, que lhes permitam monopolizar para si epítetos hoje um tanto esvaziados, como “esquerda” e “centro-esquerda”, do que construir uma comunicação verdadeiramente popular, que não apenas use expressões mais simples, como também fale de coisas mais prosaicas e concretas, como mobilidade urbana, cinturão agrícola, saúde pública e limpeza.

A tentativa de forçar a construção de líderes e “blocos” de oposição a golpes de narrativa, não vai dar certo, assim como não deu emplacar pesquisas eleitorais favoráveis. O que vale é o voto, a realidade, o cotidiano da luta política. E aí que serão forjados as novas lideranças e os blocos.

Até as eleições de 2020, quando o pulso do povo será mais uma vez ouvido, continuaremos vulneráveis a todo tipo de manipulação narrativa, à esquerda e à direita, num processo viciado pela existência de “bolhas de opinião” que iludem os analistas mais experientes.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Matias A. P.

19/03/2019 - 19h36

Ótimo texto! Ótima reflexão!
Cabe ressaltar ainda, nobre colunista, que talvez fosse uma esperança vã imaginar que os partidos progressistas uniriam-se assertivamente em torno de um único nome para o primeiro turno – O Ciro era o melhor quadro, haja vista que o nome de Haddad inicialmente foi rejeitado até por alas internas do PT. A fragmentação ocasionada no primeiro, e consequentemente os quadros que foram para o segundo turno, promoveu uma “diáspora” do eleitorado centro-esquerda para o reacionário capitão. O resultado da eleição é resultado de um comportamento pusilânime de um setor hegemônico que temeu desaparecer ao dar espaço a outro personagem que, de fato, teria chances reais de vencer.

Nostradamus ( banquinho & bacia )

19/03/2019 - 10h46

O problema nunca foi o PDT. Agora estamos todos fora da reforma da morte do nazista recém declarado dono da Venezuela. Parabéns ao Lupi. Abaixo o hehehem do colaborador… como é que chamavam na França, que os franceses odiavam ? É aqueles colaboradores da invasão alemã… até hoje os franceses ficam putos… esqueci o termo exato…

Alexandre Neres

19/03/2019 - 10h23

Alô Miguel, sugiro publicar o artigo do Bernardo Mello Franco no Globo de hoje: “A desconstrução como projeto”. Dá vergonha de ser brasileiro.

lucio

19/03/2019 - 09h20

ultimas noticias: “abertura UNILATERAL ao trigo americano”.
é tudo unilateral…
bando de OTARIOS DOENTES MENTAIS MASOQUISTAS (quem votou o “mito”)

    Alan Cepile

    19/03/2019 - 09h44

    Eu avisei

      Sergio Araujo

      19/03/2019 - 10h39

      Sào dias dificeis esses para nossos amigos esquerdofrenicos.

      Hoje terà o encontro entre Trump e Bolsonaro, a internet vai bombar de fotos dos dois se abraçando e apertando a mào apòs as firmas no contrato de venda do Brasil…. preparem o coraçào !! Kkk

      Sergio Araujo

      19/03/2019 - 10h43

      Avisou nada Alanzinho !!

      Agora que finalmente somos colunia reconhecida oficialmente voce sobe no carro dos vencedores !! Kkkk

      OBS. menos presunçào e menos arrogancia por favor.

        Alan Cepile

        19/03/2019 - 14h26

        Tô te sentindo bem incomodado serginho, que passa??? rs

Everton

18/03/2019 - 22h03

CNN Chile – “Todas as pistas levam à Bolsonaro”

Justiceiro

18/03/2019 - 20h37

Puá! Entrevista com o kit gay tem tanta importância quanto o que meu cachorro enterra na caixinha de areia.

    LUPE

    18/03/2019 - 23h21

    Caro Justiceiro
    “Comentarista” cão de guarda
    a serviço de seus patrões nossos inimigos.
    Sempre atento e pronto
    a cumprir sua missão :
    Ficar atento e destruir sempre
    (ainda mais )
    a imagem de qualquer coisa
    que seja petismo.
    Lula é uma ameaça a seus patrões,
    por isso os paus mandados de seus patrões
    mantêm Lula preso.
    Sem nenhuma culpa, nenhum crime.
    Como afirmou advogados componentes da ONU
    após estudarem
    e reestudarem o “processo”
    contra Lula.
    Brasil, na mão de bandidos e traidores da Pátria………………

    Ivan

    19/03/2019 - 07h05

    Compro kit gay, ofereço R$ 5 mil em cash.

    Coxinhas que tem algum pra vender favor chamar in box.

Magalhaes

18/03/2019 - 20h31

A bozolandia acha que a CIA é parque de diversão.
Nunca vi tanta infantilidade e subserviencia em uma comitiva presidencial.

    Justiceiro

    18/03/2019 - 20h39

    O índio cocaleiro nos tomou duas refinarias na marra e ainda passou a mão na bunda do calango.,

      bot

      18/03/2019 - 21h11

      Kerry Committee report

      LUPE

      18/03/2019 - 23h28

      Caro Justiceiro “comentarista”
      Melhor definido por mim em comentário acima…………….
      Traidor fala ………… sem falar coisa com coisa.
      Mas como cheira a anti petismo
      as pessoas o acham o máximo…………
      Como acham o máximo o Olavo de Carvalho,
      seu comp……………………

    Alan Cepile

    19/03/2019 - 07h10

    Magalhães, amadorismo e incompetência apenas disfarçados de infantilidade.

    Agora o Brasil vai….

Humberto Lima

18/03/2019 - 19h46

Miguel,

Acho que a decisão do PDT de fechar questão contra a Reforma da Previdência mostra uma mudança na estratégia do partido, não?

    Sergio Araujo

    18/03/2019 - 20h04

    Ninguem achou nem por um segundo que pudessem votar a favor.

      Humberto

      18/03/2019 - 20h32

      Verdade. A mudança é no seguinte sentido:

      O PDT e ocasionalmente o PCdoB vinham numa estratégia de oposição “interna ao congresso”, isto é, tentavam alguma negociação com o governo para evitar os aspectos mais nocivos das propostas bolsonaristas. Nesse sentido, especulava-se que o Mauro Benevides poderia ser o relator da reforma da previdência.
      Por outro lado, PT e PSOL têm feito oposição “externa ao congresso”, isto é, bancam propostas que dificilmente serão aprovadas mas que julgam importates para manter coesionada a base social.
      Por isso, acho sim que a decisão do PDT foi uma mudança de postura.

victor do Araripe

18/03/2019 - 17h45

Salve para todos! Não vejo sentido em continuar com fala e postura beligerante entre membros do alto escalão progressista. Qual o objetivo disso Ciro? Demarcar território? A política precisa do diálogo, da formação de consenso, da imposição de uma narrativa através do debate republicano e pautado por marcos democráticos. Sou do interior de Pernambuco, divisa com o Ceará e por essa região todos sabem da história política da família Gomes. Mais união, menos viagens para a Europa, menos arrogância, mais respeito com a biografia de dois ícones do trabalhismo brasileiro: Lula e Brizola.

Roque

18/03/2019 - 16h53

Enquanto o andrade continuar com esta palhaçada de calango bebum condenado livre, o povo brasileiro nunca irá votar neste traste. O povo não aceita que um marmita de presidiário, assuma um cargo tão importante.

    LUPE

    18/03/2019 - 23h45

    Caro Roque, “comentarista” manjado.
    O comentário que fiz para o Justiceiro, seu comp…………. serve para você também…..

      Roque

      19/03/2019 - 07h26

      Lupe de cú é rola… Vai caçar um macho para satisfazer as suas vontades bicha louca.

    lucio

    19/03/2019 - 08h37

    roque,
    falando serio, eu nao continuaria com a estrategia “lula livre” hoje.
    mas vc fala mentira, esqueceu que até agosto lula tinha o dobro de intençoes de voto de bolso?

      Roque

      19/03/2019 - 08h49

      Tinha o percentual de votos da esquerda. Só isto. Jamais iria vencer a eleição. 30% de votos é o teto máximo que a esquerda consegue. Isto se toda a esquerda votasse nele. Vcs diziam que o calango bebum condenado ia eleger qq poste. Deu ruim né. Levaram uma surra do Bolsonaro.

bird flu

18/03/2019 - 16h04

Amazonas tem 106 casos confirmados e 26 mortes por H1N1

Alan Cepile

18/03/2019 - 15h10

“A tentativa de forçar a construção de líderes e “blocos” de oposição a golpes de narrativa, não vai dar certo”, como não deu na infantil comemoração do Freixo sobre uma vitória que ele tomou pra si, mas não era sua.

“…assim como não deu emplacar pesquisas eleitorais favoráveis. O que vale é o voto, a realidade, o cotidiano da luta política. E aí que serão forjados as novas lideranças e os blocos”, nesse aspecto ponto pro grupo PDT/PCdoB/PSB, que está conseguindo importantes avanços e, principalmente, conseguindo dialogar com a situação.

O PT, e alguns de seus coligados, como o Freixo, continua se comportando como uma criança birrenta.

    Zé Maconha

    18/03/2019 - 16h12

    Dialogar com Bolsonaro?
    O cara defendeu a extinção da esquerda.
    Seus lacaios ameaçam o STF.
    Vão pedir tortura moderada , vão pedir estupro das feias pois elas também merecem , legalização parcial da milícias?
    Não vejo problema em buscar independência com o PT mas dialogar com esse governo é crime contra a humanidade.
    Freixo , que combate as milícias há anos , sabe muito bem disso.

      Alan Cepile

      18/03/2019 - 17h19

      Dialogar com o presidente da república, numa democracia é assim que se faz, o que vc sugere? Insurreição armada?

      Um dos bozofilhos ameaçou o STF sim, quando questionado ele voltou atrás, portanto oficialmente não há crime. Qual a sua sugestão pra esse caso? Cortar a cabeça do menino?

      Não vão pedir nada do que vc disse, tudo bobagem…. Em parte eu concordo com tudo que vc disse, mas sem provas nada pode ser feito além de prosseguir com o rito democrático, caso contrário as forças progressistas cairão no ridículo, a que vc apoia e a que eu apoio.

        Zé Maconha

        18/03/2019 - 20h16

        Presidente eleito após seu atual ministro tirar o líder da disputa numa condenação sem provas.
        Eu teria entrado com pedido de Impeachmeant contra Bolsonaro , nem que for pra “encher o saco” como diria Aécio.
        As vezes me sinto naqueles filme aonde todo mundo enlouqueceu.
        O homem defende a TORTURA , houve um tempo em que isso chocaria as pessoas.
        E olha que nem sou tão velho.
        Isso é mais do que motivo para esse homem não poder nem ser vereador.
        Não vejo mais uma democracia no Brasil , democracia tem que ter um judiciário imparcial , respeito aos direitos humanos e estado laico.
        Em democracias policiais não matam vereadores nem crianças.

        LUPE

        18/03/2019 - 23h36

        Caro Alan Cepile
        Dialogar com trupe
        que não tem nenhuma intenção de melhorar o país,
        melhorar a vida das pessoas ,
        trupe cuja missão
        (com muito boa paga, evidentemente)
        é destruir,
        não construir,
        fica difícil…………………

        LUPE

        18/03/2019 - 23h37

        Caro Alan Cepile
        Dialogar com trupe que não tem nenhum compromisso de melhorar o país,,
        fica difícil…………………

          Alan Cepile

          19/03/2019 - 07h13

          Ok LUPE, mas vamos colocar objetividade nessa conversa, vc acha que não devemos ter diálogo, então me diga, o que vc pretende fazer.

          Objetivo!

          Sergio Araujo

          19/03/2019 - 11h27

          Esses sào os que se enchem a boca com palavra Democracia.

Sérgio Araújo

18/03/2019 - 14h59

Só no país do carnaval mesmo onde um candidato a presidencia da república se apresenta aos eleitores fantasiado e mascarado de outra pessoa, acredito que uma coisa dessa não tenha precedentes na história da humanidade…teve até gente que o votou.

Depois se perguntam porque o brasileiro é considerado um palhaço mundo a fora.

    LUPE

    18/03/2019 - 23h40

    Caro Sérgio Araújo, “comentarista” manjado.
    O comentário que fiz para o Justiceiro, seu comp…………. serve para você também…..

    lucio

    19/03/2019 - 08h42

    sergio,
    lá fora, no momento, o brasileiro é considerado palhaço e doente mental em estado terminal por ter votado o seu querido “capitao”

      Sergio Araujo

      19/03/2019 - 10h32

      Querido seu talvèz.

Zé Maconha

18/03/2019 - 14h15

Como sempre o PT prega união e o sr Miguel do Rosário tenta fragmentar a esquerda.
O mesmo Miguel que disse aqui que Queiroz era inocente e que é normal um homem que movimenta altas quantias morar numa favela.
Acompanho o Cafezinho desde o começo do ano e está clara a estratégia de poupar Bolsonaro e bater no PT.
Mesquinhês cirista.
Pelo menos meu candidato nunca foi do Arena.
Aliás foi a primeira vez que votei no PT para presidente no primeiro turno.

    Miguel do Rosário

    18/03/2019 - 14h53

    Não estou tentando fragmentar a esquerda, Zé. Fiz uma análise para ressaltar nuances e elucidar narrativas. Não seja maniqueísta, pintando o PT como santo e eu como o diabo. E nunca disse que Queiroz era inocente. Não distorça. E tenho batido em Bolsonaro o tempo inteiro. E você votou, sim, num governo que, apesar de seus grandes avanços, se aliou a muita gente que não apenas foi da Arena como continua na Arena até hoje.

      Zé Maconha

      18/03/2019 - 15h42

      Vivemos no presidencialismo de coalisão.
      Prefiro ex membros do Arena apoiando um governo de esquerda no poder do que um ex Arena manchando o nome do PDT de Brizzola e agindo pra favorecer um governo de extrema-direita.
      Você sabe que se Brizzola estivesse vivo chutaria a bunda do Ciro e estaria pedindo Lula livre e gritando fora Bolsonaro.
      Não ia fazer “oposição” moderada , como quer Ciro.

        CezarR

        18/03/2019 - 16h59

        Zé Maconha, parece que a erva corroeu seus neurônios. Onde está o apoio do Ciro e PDT ao governo de extrema direita? São as respostas ao PT? Quer dizer que na sua cabecinha de ostra quem bate no PT apoia automaticamente o Bolsonaro? O PDT acabou de fechar questão contra a reforma da previdência, e o PT? Ah! O PT é só Lula Livre e o resto que se foda. Ainda o trato como burro, mas para mal caráter falta apenas um degrau.

          Sergio Araujo

          18/03/2019 - 18h26

          Como pode ser levado a serio um cara que se apresenta como Zè da Maconha ??

      Batista

      18/03/2019 - 15h53

      “Se aliar a muita gente que não apenas foi da Arena como continua na Arena até hoje”, é do jogo democrático´, ainda mais no cenário político brasileiro em que o partido que elege o presidente, não consegue eleger uma maioria congressual, nem a consegue aliando-se apenas a partidos ideologicamente próximos, exigindo o tal governo de coalizão, que trava o nosso processo político, mas em o qual sequer andamos.

      O problema grave mesmo, é continuar sendo Arena até hoje (PDS, no caso, pois a Arena teve que ser extinta dois ou três anos antes de filiar-se ao partido raiz da família), como por quem politicamente militas, disfarçando-se, tanto que pouco lhe importa mais o nome ou a prática do partido que utilizará na oportunidade, estando hoje já no sétimo, desde que atenda a seus interesses imediatos, com a alma ‘arenista’ de família, impregnando-lhe à alma e o ego.

      Geraldo

      18/03/2019 - 16h57

      Miguel, agora vc destruiu o Zé briguinha… kkkkkkkkkkk. Este é o nível dos militontos pelegos ávidos por um pixuleco, eles nem sabem o que escrevem.


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