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Partidos de esquerda assinam nota conjunta contra a ditadura de 64

Nota: Um dia, 21 anos de ditadura 30/03/2019 No dia 1º. de abril de 1964, tropas amotinadas do Exército Brasileiro depõem o presidente constitucional e democraticamente eleito do Brasil, João Goulart. O cargo presidencial foi declarado vago pelo Congresso Nacional ainda em presença do legítimo presidente em território Nacional. Iniciava-se um regime autoritário que suprimiu […]

37 comentários
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Nota: Um dia, 21 anos de ditadura
30/03/2019

No dia 1º. de abril de 1964, tropas amotinadas do Exército Brasileiro depõem o presidente constitucional e democraticamente eleito do Brasil, João Goulart. O cargo presidencial foi declarado vago pelo Congresso Nacional ainda em presença do legítimo presidente em território Nacional.

Iniciava-se um regime autoritário que suprimiu liberdades e direitos civis e políticos, massacrou a oposição, perseguiu, sequestrou, torturou, matou e desapareceu com os corpos de militantes da resistência democrática.

Tal como hoje em que as liberdades democráticas estão sob ataque, o golpe militar contou com apoio da coalizão de todos os setores conservadores e reacionários do país.

Soube-se, anos depois, do papel absolutamente decisivo do imperialismo estadunidense, de lideranças políticas, empresariais, midiáticas e eclesiásticas que concorreram para que os setores militares que tomaram a frente do novo regime chegassem a essa intervenção militar que durou mais de 21 anos de autoritarismo.

Os partidos políticos abaixo signatários manifestam sua perplexidade com a desfaçatez com que o Presidente da República, Jair Bolsonaro, adota como chefe de Estado, ao arrepio da Constituição e da Lei, o discurso de louvação desse regime de exceção que marcou sua atuação como parlamentar e candidato. Repudiam a convocação pelo Presidente da República de atos de desagravo ao regime militar e aos piores algozes da democracia produzidos naquele período.

Não aceitam que qualquer instituição da República promovam o revisionismo histórico e negligenciem a verdade dos fatos que a sociedade brasileira pacientemente veio construindo nos anos de democracia que se sucederam ao regime de exceção, cujo ápice se encontra no relatório da Comissão Nacional da Verdade que concluiu seus trabalhos em 2014.

Assim, os partidos políticos que se expressam nessa nota apoiam os questionamentos formais feitos desses atos do novo Governo pelo Ministério Público Federal, no âmbito do Congresso Nacional e pela sociedade civil brasileira. Se associam aos atos convocados em todo o país pela democracia, pelo Estado Democrático de Direito, pelos Direitos Humanos e pelo Direito à Memória, à Verdade e a Justiça. Se irmanam às vítimas da ditadura, suas famílias e entidades representativas, na denúncia de seu sofrimento e na sua luta por reparação. E reafirmam seu compromisso de continuar lutando contra os retrocessos sociais, econômicos e culturais que vêm sendo impostos ao povo brasileiro e à soberania da Nação por este novo Governo, cujas condições de governar vão desabando perante a população por desatinos e provocações como as que se anunciam para o 31 de março e o 1º. de abril de 2019.

Memória, Verdade, Justiça!
Ditadura Nunca Mais
Democracia Já

Juliano Medeiros – Presidente nacional do PSOL
Carlos Luppi – Presidente nacional do PDT
Carlos Siqueira – Presidente nacional do PSB
Edmilson Costa – Secretário-geral nacional do PCB
Gleisi Hoffmann – Presidenta nacional do PT
Luciana Santos – Presidenta nacional do PCdoB

Brasília, 30 de março de 2019.

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Comentários

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Sergio Araujo

01/04/2019 - 12h59

Conversa entre um *Russo* e um *Brasileiro*:

*Russo* – Como eu amo a liberdade

*Brasileiro* – É. Não há nada pior que a ditadura.

*Russo* – Mmmm ? Vocês também tiveram ditadura no Brasil ?

*Brasileiro* – Ô ! E como tivemos ! Os militares deram um golpe e tomaram o poder.

*Russo* – Mas como ? Fuzilaram o congresso todo ?

*Brasileiro* – Não exatamente. Foi o próprio congresso que instituiu.

*Russo* – Mas você não disse que foi um golpe?

*Brasileiro* – Sim.

*Russo* – Não entendi. Mas enfim …. Quantos morreram pelo menos?

*Brasileiro* – 357 pessoas !!!!

*Russo* – É … Para um dia só é bastante.

*Brasileiro* – Não, 357 no total.

*Russo* – No total do que ?

*Brasileiro* – Da ditadura !

*Russo* – Peraí, mas foi só uma coisa de uns dias e depois acabou ?

*Brasileiro* – Que uns dias que nada ! foram 21 anos de opressão !

*Russo* – E quem foi esse ditador “genocida” que matou 357 pessoas em 20 anos.

*Brasileiro* – Foram 5 ditadores.

*Russo* – De uma vez só ?

*Brasileiro* – Não, um depois do outro.

*Russo* – Um depondo o outro ?

*Brasileiro* – Claro que não ! Terminava o mandato e vinha outro.

*Russo* – Tipo presidente ?

*Brasileiro* – É … Mas so que não. A gente não podia votar !

*Russo* – Então ao invés de um ditador, vocês tiveram 5 representantes com mandato temporário e que matavam 17 pessoas por ano ?

*Brasileiro* – Sim. Mas o povo se levantou e tirou eles de lá !

*Russo* – Ah no fim depuseram os militares?

*Brasileiro* – Pode se dizer que sim. Eles saíram do poder.

*Russo* – Mas tá estranho isso. Eles não controlavam o exército ? Como o povo conseguiu isso ? Ou eles se armaram também, ou atacaram em grande número. De uma forma ou de outra deve ter sido a maior carnificina !

*Brasileiro* – Até que não. Os militares anunciaram eleições democráticas e deixaram o poder.

*Russo* – Deixaram ???? como assim ? tipo por conta própria?

*Brasileiro* – É que o povo, no fim, já tava meio contra também …

*Russo* – No fim ??? Mas péra ! Para sair assim, na boa, so podem ter levado uma fortuna antes ! Devem estar tudo ricos hoje !

É certo que ditadores deixam os países minguados, sem infraestrutura, as pessoas passando fome, a economia falida, aumento da criminalidade ….. e fogem.

*Brasileiro* – Hummm … Não exatamente. Pelo contrário, foi o melhor período econômico do nosso País. Para se ter uma ideia, em 21 anos de ditadura crescemos cerca de 3 (três) vezes mais do que os 21 anos seguintes de democracia.
As infraestruturas criadas na época são as principais até os dias de hoje, algumas delas são as únicas do setor, da região.
As pessoas não passavam fome, pois viviam com dignidade.
Os índices de criminalidade eram insignificantes, comparados com os dos dias atuais.
Não fugiram, as famílias vivem até hoje com os recursos que eles receberam trabalhando, de forma simples.

*Russo* – Cara, eu respeito sua historia e tal, mas tá meio difícil de acreditar que vocês tiveram uma ditadura.

*Brasileiro* – Como assim?¹ A opressão era real ! Morreram muitos heróis lutando pela nossa liberdade!

*Russo* – Então havia até mesmo uma oposição?

*Brasileiro* – Ah se havia ! Eles matavam soldados, sequestravam gente importante, roubavam bancos, plantavam bomba em quartéis.

*Russo* – Que horror ! E os revolucionários, como combatiam isso ?

*Brasileiro* – Não, caramba ! Tô falando dos heróis, os revolucionários! Presta atenção!

*Russo* – Tá bom, entendi. Mas esse lance de matar soldado, explodir bomba… hoje em dia isso não seria terrorismo?

*Brasileiro* – Talvez. Não sei. Mas na época era justificado. Tinha que derrubar aquele governo cruel.

*Russo* – Mas e roubo a banco e sequestro… não é crime isso dai também?

*Brasileiro* – É …Talvez …. mas eles tinham que tirar dinheiro de algum lugar para manter o movimento , né?

*Russo* – Sim, mas do povo? …

*Brasileiro* – Não tinha alternativa ! a União Soviética não estava mais sustentando a revolução como antes…

*Russo* – Opa ! Um momento ! A gente que estava financiando vocês contra os militares?

*Brasileiro* – Sim. Os comunistas soviéticos estavam nos ajudando a derrubar a ditadura e instaurar a democracia no Brasil.

*Russo* – E você acreditou ? Pois a nossa ditadura foi comunista! Matou 21 milhões, durou 74 anos e deixou o país afundado! Você nunca conheceu opressão, e por isso mesmo não entende o que é liberdade!

    Paulo

    01/04/2019 - 17h50

    É, nada como o cotejo histórico…

      lucio

      01/04/2019 - 18h24

      nada como un monte de bosta totalmente inventada como esta

    brasileiro

    01/04/2019 - 18h56

    A quantidade de palavras no seu texto é inversamente proporcional a razão dele. Grande parte da dívida pública gigantesca que temos no Brasil foram os generais anticomunistas que o fizeram. E por volta de 30.000 pessoas foram coagidas a render sua razão para a vontade dos milicos de plantão, tinha até rato militar que estuprava mulheres com desculpa de estar cumprindo ordens. Passar bem.

Alexandre Neres

01/04/2019 - 11h07

Faltou tratar do artigo alvissareiro que prenuncia uma união mais efetiva da esquerda para se contrapor e apresentar projetos ao desgoverno que aí está, cujo projeto anunciado pelo inepto-mor é desconstruir o país. Assinam o manifesto o grande governador Flávio Dino (PCdoB), tem caixa para ser presidente da república; Ricardo Coutinho (PSB), ex-governador da Paraíba; os ex-candidatos à presidência em 2018 Haddad (PT) e Boulos (PSOL); e a ex-candidata a vice também em 2018 Sônia Guajajara (PSOL), importante liderança indígena.

O golpe de 1964

Não se trata de mera questão semântica. Chamar o que ocorreu há 55 anos pelo nome certo é ato de respeito à nossa história e às vítimas de páginas de horror.

Sim, foi um golpe porque o que foi feito naqueles dias rasgou a Constituição de 1946, então vigente. João Goulart era o presidente da República e afastá-lo pela força das armas não possuía amparo constitucional. Lembremos Tancredo Neves, bradando indignado contra a fraude perpetrada no Congresso Nacional sob a mira das baionetas.

O que se seguiu ao golpe perpetrado há 55 anos está fartamente documentado: torturas, desaparecimento de pessoas, censura a artistas e intelectuais. A repressão descarada, as Obans, os Doi-Codis, as valas comuns no cemitério de Perus e em tantos outros em todo o país. O empoderamento dos esbirros nos Dops. A prepotência e as muitas cassações arbitrárias: mandatos parlamentares, professores universitários, ministros do Supremo Tribunal Federal. Cassaram o sagrado direito de pensar diferente e a liberdade de expressão. E puniram quem se insubordinasse a esta ordem.

Do ponto de vista econômico, aos dias de crescimento se seguiram anos de inflação galopante, recessão econômica, dívida externa, concentração de renda nas mãos de poucos. O bolo cresceu e não foi dividido. Naqueles dias, poucos tinham acesso a escolas e a saúde pública era mais precária do que é hoje. O Brasil foi à falência ao final dos governos militares, com inflação gigantesca e socorros do FMI.

Nenhum outro país do nosso continente, que também passou pelo mesmo processo histórico, aceita discutir qualquer aspecto de comemoração ou rememoração de suas ditaduras militares.

Na semana passada, a sociedade argentina repudiou em uníssono sua efeméride trágica, que custou a vida de mais de 30 mil cidadãos. No Chile, o presidente Sebastián Piñera qualificou de infelizes as declarações do seu colega brasileiro, que enalteceu o triste período Pinochet.

Não há o que comemorar ou rememorar. Vivemos sob a Constituição de 1988, a Carta Cidadã de Ulysses Guimarães e de democratas que proclamaram repulsa àqueles tempos. Por que, então, o atual presidente resolveu acender esse conflito?

Estamos assistindo a um desgoverno que rapidamente se esgota. Não há políticas públicas apresentadas à nação, como se demonstra com o caos no Ministério da Educação, o e exótico Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o confuso Ministério do Meio Ambiente… Gerar conflitos passou a ser conteúdo e é a única forma de governar. Criam-se “inimigos” o tempo inteiro para dividir o país e, com isso, supostamente sustentar o governo.

Invoca-se uma nova política cujos desígnios são inspirados por um falso filósofo que se abriga no exterior. Nesse esforço de criar confusões não se mede nenhuma consequência.

A disparatada política externa destrói a imagem do Brasil no mundo. Ameaça trazer o conflito do Oriente Médio para nossas fronteiras. Atenta contra a política com nossos vizinhos. Coloca em risco nossas empresas e nossos empregos. O mundo assiste perplexo à diplomacia presidencial se transformar na submissão dos interesses econômicos do Brasil a outros países, notadamente os Estados Unidos.

O Brasil é de todos. O Estado Democrático de Direito deve ser protegido por todos os segmentos políticos, empresariais, sindicais e populares.

A democracia é que nos deixa conviver com nossas legítimas diferenças pessoais e nos permite sonhar com maior justiça social. Nenhuma ditadura serve mais ao Brasil. Acreditamos que a imensa maioria dos militares sabe disso. Pena que exatamente o presidente da República esteja em contradição com a nossa Constituição. Nesses 55 anos do golpe de 1964, em ato de verdadeiro amor pelo Brasil, proclamamos: Democracia Sempre, Ditadura Nunca Mais.

Fernando Haddad , Flávio Dino , Guilherme Boulos , Ricardo Coutinho e Sônia Guajajara

Fernando Haddad
Candidato à Presidência da República pelo PT; ex-prefeito de São Paulo (2013-2016) e ex-ministro da Educação (2005-2012, governos Lula e Dilma)

Flávio Dino
Governador reeleito do Maranhão (PC do B), no poder desde 2015; ex-deputado federal (2007-2011)

Guilherme Boulos
Ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL (2018) e militante da Frente Povo Sem Medo

Ricardo Coutinho
Ex-governador da Paraíba pelo PSB (2011-2018)

Sônia Guajajara
Ex-candidata do PSOL à Vice-Presidência da República (2018) e líder indígena

Justiceiro

01/04/2019 - 07h51

Lula vai ser solto hoje.

    lucio

    01/04/2019 - 08h52

    o doutor mengele resuscitou

Paulo

31/03/2019 - 21h49

Concordo que houve um Golpe que suprimiu instâncias democráticas e perseguiu e torturou opositores. É fato inconteste. Negar isto é desonestidade intelectual, e comemorar isto, é ilegal (no mínimo). Agora, pergunto: Os insurretos (chamados de “terroristas”, pelo Regime), eram democratas autênticos? Enquanto a esquerda não me esclarecer isso, cabalmente (não que deva), e fora do viés ideológico, não poderei reconhecer qualquer excesso unilateral dos militares, que não fosse justificado sob o prisma da auto-defesa do Estado e da Nação. Uma vez, num Blog, há uns 9 ou 10 anos, me chamaram de “reaça”, ao denunciar o risco de “cubanização” que o país corria, à época. E mais, chamaram os insurretos de “heróis do povo brasileiro”. É isso mesmo, Lamarca e Mariguella era heróis?

    lucio

    01/04/2019 - 08h49

    paulo,
    quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?
    deixa de lado o moralismo e vem ao realismo.
    leia a historia do marighella: decidiu pela luta armada depois de varias prisoes e torturas iniciadas quando nem fazia parte do p.comunista. quando te prendem e torturam só por ter escrito uma poesia, depois é natural ficar com raiva, nao? eu teria feito a mesma coisa.
    os governos autoritarios sao mestres em provocar e, depois da JUSTA reaçao, acusar de “terrorismo!”.
    ao contrario, durante os protestos de 2013-2014 o pt mandou matar quanta gente? ZERO. ao contrario eu vi atos gravissimos, devastaçoes de lugares publicos e privados, oficiais de policias massacrados, e ninguem pagou.
    p.s. ainda espero o seu elenco de coisas “cubanas” que fazia o goulart…

      Paulo

      01/04/2019 - 17h52

      Coitado do Mariguella, um homem tão bom…e o Lamarca, então..dois canalhas que levaram jovens doutrinados para o abismo…”heróis do povo brasileiro”…

    Sergio Araujo

    01/04/2019 - 10h12

    Foi regime autoritario sem duvida mas longe de ser ditadura.

    A grande maioria dos brasileiros, gente normal da epoca nem sabia que havia essa fantomatica ditadura em andamento.

    Quem assaltava bancos, sequestrava aereos, jogava bombas (tipo Dilma, o marido dela, Dirceu, Marighela e outros porcos…) ficou sabendo sim.

    Tem muitas historias mal contadas tambèm ou contadas sò pelo rabo.

      Alan Cepile

      01/04/2019 - 10h36

      Vc tá bem serginho? Ou enlouqueceu????

      Quase 500 executados, 20 mil desaparecidos, algo entre 10 e 20 mil torturados, liberdade de expressão ZERO, agentes infiltrados até em reunião de condomínio fazendo pressão psicológica, as pessoas tinham medo de falar o que pensavam até numa roda de conversa com AMIGOS…

      Pergunte pras milhares de famílias dessas pessoas se alguém nem percebeu que havia ditadura…

        Sergio Araujo

        01/04/2019 - 10h41

        Perguntei…a grande maioria dos brasileiros, gente normal da epoca nem sabia que havia essa fantomatica ditadura em andamento.

          Alexandre Neres

          01/04/2019 - 10h56

          Gente normal é gente sem consciência cívica, que não enxerga que os direitos civis e políticos estavam escoando para o ralo? Pessoas normais significa nesse caso gente frouxa. Na verdade, foi um crime de lesa-pátria, um assalto à democracia. A desculpa esfarrapada de que era necessário o golpe para debelar um suposto movimento comunista que estaria se instalando no país revelou-se débil com o transcurso do tempo. Não havia nenhuma cubanização no Brasil, havia meia dúzia de gatos pingados resistindo em nome da democracia e de reformas que melhorassem a vida do povo. Como mais recentemente nunca houve a possibilidade de uma venezualização do Brasil, mas os imbecis repetem uma mentira inúmeras vezes para transformá-la em verdade, até porque são fascistas enrustidos que vezenquando saem do armário. A luta armada só surgiu depois de mais de quatro anos de desrespeito aos direitos de cidadão, de tortura sistemática, de sumiços, de desaparecimentos, de eleições que não vieram.

          Sergio Araujo

          01/04/2019 - 12h24

          Quem nào tem sua mesma opiniào nào è normal ?

          degas

          01/04/2019 - 13h18

          Não é verdade. Em 64, a ditadura cubana era recente e incentivava movimentos similares pelo continente. Se não havia ainda guerrilha, havia o pessoal pronto para ela, à espera das ordens (veja, entre outros, o exemplo de quem fugiu para a Serra do Caparaó logo após o 31 de março). Também é mentira que o PT não quis nos transformar numa Venezuela. Pelos petistas, nós hoje estaríamos com a imprensa censurada e seríamos governados por “conselhos populares” escolhidos pelo Partido. Nos dois casos, o povo foi às ruas em massa contra a ameaça comunista (socialista, petista, escolha o nome). As marchas de 64 reuniram milhões, as de 2015/16 foram as maiores da humanidade até hoje. E o Sérgio Araújo tem razão. Exceto por uma pequena minoria, todo mundo levou sua vida normalmente no período militar.

          Alexandre Neres

          01/04/2019 - 14h20

          Ah, tá certo. Quer dizer então que a grande potência chamada Cuba ia fazer espraiar revoluções e guerrilhas pelo continente? Faça-me o favor. O país que incentivou uma ditadura que durou 21 anos chama-se Estados Unidos da América e ainda se dava ao luxo de posar de defensor da democracia, segundo documentos provenientes de lá que provam a Operação Brother Sam. Não havia nenhum movimento minimamente organizado de esquerda no país. Era uma coisa tão amadora que acreditavam que existiria uma massa que poderia ser mobilizada por eles. Acreditar numa balela feito essa é como acreditar no Protocolo dos Sábios de Sião ou no Plano Cohen com Getúlio Vargas. Paramilitares de direita, milicianos e companhia sempre inventam esses planos mirabolantes para encontrar adeptos e os otários sempre caem. Quem é o degas aqui? Lula e Dilma trataram a imprensa a pão de ló, quem está perseguindo jornalista é o atual inquilino do Palácio do Planalto. Tem a pachorra de dizer que a Globo é comunista. Haja ignorância! É duro viver em um país de marchadores que se julgam ilustrados e não passam de massa de manobra. Atentam contra a democracia e louvam ditaduras. Triste sina! Essa doutrina de segurança nacional que visa o inimigo interno, que dizimou milhares de indígenas na ditadura civil-militar e hoje ataca negros, índios, mulheres e a população LGBT. Também pudera, como eram índios, nem sequer foram contabilizados entre as mortes dos anos de chumbo. Quiçá por esses “jênios” não podem ser considerados gente e direitos humanos é pra proteger bandido, né não?

          Paulo

          01/04/2019 - 18h04

          Fale um pouco da Intentona Comunista! Do treinamento de guerrilha em Cuba (inclusive o “grande” Zé Dirceu passou por lá), da ideologia de exportação da Revolução Cubana, que tanto influenciou e doutrinou jovens latino-americanos! De Che Guevara! Onde foi mesmo que ele morreu?

          Alexandre Neres

          02/04/2019 - 10h00

          Intentona Comunista? Golpe tresloucado. Não tinha a menor chance de dar certo. Foi útil só pra Vargas depois de também fazer espalhar as galinhas verdes implantar uma ditadura. Em um país com as dimensões do Brasil não tem como acontecer o que houve em Cuba ou o que Che tentava na Bolívia. O treinamento em Cuba foi bem depois do início da “gloriosa” e era para resistir à barbárie que ocorria aqui durante os anos de chumbo. É legítimo lutar contra uma tirania usando as armas que forem possíveis. É um equívoco comparar as práticas dos jovens revoltosos à época com a dos brucutus do regime. Crimes contra a humanidade, como a tortura por exemplo, perpetrados por agentes de estado são imprescritíveis, não há lei de anistia que possa dispor sobre isso. Óbvio que se pode até fazer o acordo, mas como negociar com trogloditas? Só que depois à luz do direito vira letra morta. E pra variar, o STF que convalidou todas as ditaduras e golpes de estado em nosso país, confirma a validade da lei de anistia. Que país!

          Paulo

          01/04/2019 - 18h06

          ET: concordo que classificar a Globo como esquerda é ignorância, embora ela tenha assumido uma certa agenda cultural da esquerda…

          lucio

          01/04/2019 - 18h21

          degas,
          a unica censura que eu vi nos ultimos 20 anos é aquela de todas as 4 emissoras contra qualquer personagem da esquerda á 6 anos.

          Alan Cepile

          01/04/2019 - 11h00

          Não vale perguntar pra tua família, pergunte pro povo, gente normal e não bitolada como vc.

          Experiemente…

          Sergio Araujo

          01/04/2019 - 12h19

          Minha familia està do outro lado do Mundo….nào sou brasileiro.

          Alan Cepile

          01/04/2019 - 13h26

          Sei… rsrsrsrs

          Sergio Araujo

          01/04/2019 - 13h35

          Voce nào sabe Alanzinho, vode procura em wikipedia.

          Sergio Araujo

          01/04/2019 - 12h21

          Se nào perguntar para propria familia em primis… tem que perguntar pra quem ?

          Para alguem atè achar quem tem sua mesma opiniào bitolada ?

Railton Melo

31/03/2019 - 19h31

Porra, quem foi os coroinhas que criaram a MARCHA DO SILÊNCIO em SP? É do jeito que a direita gosta. Não aguento mais essa nossa eaquerda.

Railton Melo

31/03/2019 - 19h20

E daí ? Não aguento mais tanto amadorismo. A direita tá nadando de braçadas, pautando, ditando a esquerda, duvido se essa palhaçada do Bozo fosse no Chile ou Argentina se as manchetes dos jornais e tv seriam pautados pela esquerda. O pau tinha quebrado e muito.

    Railton Melo

    31/03/2019 - 19h24

    Marcha do silêncio ? pqp!!! carência de líderes

River Batista

31/03/2019 - 18h43

E o Haddad hein? Com o Twitter!

Vamos tocar pra ele a NANA CAYMMI.
Esse “Poste-de-Apedeuta”! Tadinho. Não se consola de ter perdido 2 vezes!!!

Sebastião Farias

31/03/2019 - 18h24

Faltam às esquerdas, conhecimento profundo do Brasil e dos problemas brasileiros, preparo constitucional e em planejamento estratégico, unidade e coesão ideológica, agenda única e programática para que, fortalecidas por uma vontade política coesa e objetiva, sejam capazes de contestarem racional, constitucional e legalmente, as ações injustas e prejudiciais à população e à nação, protagonizadas pessoas, poderes, instituições, organizações, partidos, etc. E também, que sejam capazes de construir e submeter ao conhecimento da população, para participação e aprovação, de um Projeto Político de Nação Cidadã e Soberano, que todos possam entender seu objetivo, de divulgá-lo e defendê-lo.
Além desses problemas elencados acima, existem outros crônicos como, a falta de senso de cidadania, de consciência histórica e política do povo, o mais grave mesmo, é a ignorância e o desprezo que as pessoas têm, da verdade, do respeito aos seres humanos, dos direitos dos cidadãos e da justiça imparcial.
Tudo isso junto e, associados à lideranças sem conhecimentos de causa, que não valorizam a unidade para expressarem força, e que desenvolvam e implementam, uma estratégia lógica de instrução constitucional e conscientização política do povo em suas bases.
A ausência disso, agrava ainda mais, por não terem e nem defenderem publicamente, um Plano Político e Econômico Estratégico para o Brasil, onde numa primeira-fase, fosse voltado a fortalecer em todas as suas formas, o mercado interno, gerando desenvolvimento, emprego e renda e, combatendo a desigualdade da nação.
As etapas seguintes, seriam planificadas com maior cuidado, com a preocupação de que de agora em diante com amparo constitucional, as Políticas Públicas daí resultantes, não mais seriam mudadas ou eliminadas, sob pena do autor ou responsavel, ser indiciado por Crime de Responsabilidade, com perda de cargo, indenização ao Tesouro pelos prejuízos causados e penalizado com prisão equivalente a crime de traição ou hediondo.
Essas penalidades acima, devem ser as mesmas para quaisquer cidadãos, autoridades ou organizações privadas que protagonisem, defendam ou estimulem Golpe de Estado e/ou de Governo e que ponham em risco o estado de. direito, a democracia, a unidade, segurança e a soberania nacionais.
São as nossas sugestões e contribuições.

Sebastião Farias
Um brasileiro nordestinamazônida

Molusco X-9 do Dops

31/03/2019 - 18h00

Obrigado aos militares que, apoiados pela sociedade, imprensa e empresarios, puseram fim à loucura daqueles que sequestraram aviao, autoridades, assaltaram bancos, explodiram carros e até aeroporto! Os poucos bandidos que sobraram acabaram chegando ao poder decadas depois e, vejam só, protagonizaram o maior esquema de corrupção da historia! Pior ainda é a canalhice daqueles que hoje chamam Bolsonaro de torturador, mas se abraçam com verdadeiros ditadores assassinos em Cuba, Nicaragua e Venezuela.

    Sebastião Farias

    31/03/2019 - 18h38

    Para quem quiser conhecer a história política do Brasil e da ética de seus governantes, de 1894 até os dias atuais, vejam o link abaixo, em sequência. Que isso, seja feito com o espírito de cidadãos brasileiros e não, de pessoas que não querendo conhecer sua verdade, como cidadãos, na maioria dos casos, apela para a ignorância, como saída.
    Tais informações, são aquelas públicas, divulgadas pela imprensa nacional, na internet.
    Links para a história do Brasil, de 1894 a 2018

    https://jornalggn.com.br/brasil/links-para-a-historia-do-brasil-de-1894-a-2018/

    brasileiro

    01/04/2019 - 12h27

    Não agüenta nem 1 minuto no pau-de-arara e fica dizendo besteira. Os socialistas são muito mais homens que você, haha.

degas

31/03/2019 - 16h16

Mas e quanto à ditadura cubana, que já dura 60 anos? Eles não vão fazer manifesto também? Ah, entendi, esta é a que eles queriam instaurar aqui naquela época. E instalariam ainda hoje, se pudessem. Hipócritas, eternos defensores de criminosos, da censura e do totalitarismo. Não foi à toa que o povo saiu às ruas em 64 para pedir a intervenção do Exército. 19 de março, entre meio e um milhão de pessoas em São Paulo. E, mesmo depois do dia 31 de março, até junho, centenas de milhares de pessoas manifestaram seu agradecimento em várias cidades brasileiras. Mais gente que isso só nos protestos pelo impeachment da anta. Mas se considerar a população da época, aqueles foram até maiores.

Sergio Araujo

31/03/2019 - 13h52

A grande maioris dos brasileiros de hoje da època nem percebeu que teve essa ditadura.

Eloy

31/03/2019 - 12h57

Xavier tem razão, mas é impossível passar batido, principalmente porque temos um presidente torturador (quem defende a tortura é torturador) e estamos diante da ameaça de uma nova ditadura. O PASSADO É HOJE, mas tem muita gente que não conhece o passado. Daí a necessidade de voltarmos ao assunto nos tempos da internet. A Globo esconde, manipula, colabora, mas a gente mostra para as novas gerações a verdade.

31 de março de 2019
Xavier: o passado é hoje

Publicado em 31/03/2019

O Conversa Afiada publica sereno (sempre!) artigo de seu colUnista exclusivo Joaquim Xavier:

Sei que estou na contramão de muita gente que, comigo, enfrentou e sofreu as consequências do golpe militar de 1964. Só quem experimentou aqueles tempos, perdeu familiares, sacrificou anos de vida, estudo e juventude, foi vítima de atrocidades indescritíveis, pode ter ideia da brutalidade que é viver sob o tacão de um regime como o que regeu o Brasil de 1964 a 1985.

Não reivindico o chamado “lugar de fala”, expressão tão em moda nos dias atuais para interditar “narrativas” (argh!) contraditórias. Considero que mesmo quem não passou por aqueles tempos trevosos é capaz de entender o martírio daquela geração. Fosse diferente, a história de nada valeria. São mais do que justificados os protestos contra as iniciativas do governo de um militar desmiolado de celebrar uma data que envergonha a civilização.

Só que não se vive do passado. A ditadura de 1964 foi vencida graças à resistência popular. Se causa náusea a tentativa de vender a quartelada como “libertadora”, preocupa também a ênfase com que este assunto ocupa a mídia alternativa (com a oficial) num momento em que o país enfrenta problemas tão graves e urgentes.

Estou mais preocupado com o golpe de 2016, confirmado com a fraude escandalosa de 2018.

O Brasil hoje é o paraíso do Uber, a esconder nos números uma quantidade muito maior do que os 46 milhões de desempregados, desocupados, desalentados – chame-se do que quiser – estampados em estatísticas oficiais.

Viramos o país dos motoristas de bacanas endinheirados à base do suor do povo trabalhador.

Estou pouco preocupado com as bolsonarices de comemorar nos quartéis um golpe derrotado pela força popular. Alguém esperava o contrário?

Mas, estou bastante preocupado com o destino das milhões de famílias hoje encaminhadas ao matadouro de um país sem emprego ou perspectivas.

Os oposicionistas de plantão, mesmo os bem-intencionados, parecem pensar diferente. Gritam histericamente contra a apologia da ditadura morta, porém é sonolenta quando se trata da ditadura de fato em curso. A olhos vistos, está em marcha um movimento de liquidação do Brasil para transformá-lo em BraZil.

Mas não se vislumbra uma mobilização à altura deste risco. Mais cômodo falar do passado. O PT tem a maior bancada da Câmara. Com aliados, reúne uma bancada invejável de governadores. Uma musculatura com força para emparedar este governo reacionário com iniciativas capazes de frustrar golpes contra a democracia e a soberania nacional, seja de 1964, de 2016 ou de 2018.

Esse é o ponto. O resto é dormir na cama que é lugar quente.

Joaquim Xavier


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