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Kajuru: responsável pela crise são os bancos!

Para Kajuru, sistema financeiro é responsável pela crise econômica do país Da Redação | 10/05/2019, 14h32 Assista ao vídeo clicando na imagem abaixo. O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) disse em Plenário, nesta sexta-feira (10), que discorda da afirmação de que a crise econômica do Brasil se deve à gastança pública, ao gigantismo estatal ou à […]

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Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa. Em pronunciamento, à tribuna, senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Foto: Pedro França/Agência Senado

Para Kajuru, sistema financeiro é responsável pela crise econômica do país

Da Redação | 10/05/2019, 14h32

Assista ao vídeo clicando na imagem abaixo.

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) disse em Plenário, nesta sexta-feira (10), que discorda da afirmação de que a crise econômica do Brasil se deve à gastança pública, ao gigantismo estatal ou à ineficiência da gestão. Para ele, a causa da ameaça às contas da União é o sistema financeiro mantido pela economia nacional. Entre os causadores do endividamento público, o senador citou a prática de juros elevados adotada há anos.

— No reinado do príncipe dos sociólogos FHC, Fernando Henrique Cardoso, o Tesouro Nacional chegou a pagar juros de 40% ao mês para os rentistas. Incorporou-se na ideologia dominante o mantra do ajuste fiscal, transformado em disfarce mal-ajambrado para denominar a transferência de recursos do Tesouro para os rentistas. Assim, instituiu-se a vaca sagrada que está matando a economia brasileira, denominada dívida pública. Essa perversão retirou dos cofres públicos, nos últimos 25 anos, algo que se aproxima de R$ 3 trilhões — disse.

Kajuru ainda informou que a rolagem da dívida pública, combinada com a política de juros altos e a renúncia fiscal concedida a vários setores, engoliriam anualmente mais da metade do Orçamento da União, prejudicando o investimento em áreas fundamentais como saúde, educação, seguridade social e infraestrutura.

Projeto

Como contribuição para o equilíbrio das contas públicas, Kajuru disse que vai apresentar um projeto de lei para propor uma revisão na tabela do Imposto de Renda (IR). Ele disse que a iniciativa vai sugerir que 38% dos contribuintes sejam isentos de qualquer pagamento de Imposto de Renda. Outros 48% serão desonerados por alíquotas progressivas, que vão variar entre 7,5% e 22%, inferiores aos atuais 27%. E aproximadamente 3% dos contribuintes, aqueles com renda mais elevada, serão onerados por alíquotas de 35% e 40%.

— Com essa simples mudança na tabela do Imposto de Renda, reduzindo ou isentando a tributação para mais de 90% dos contribuintes e estabelecendo uma alíquota justa, a mesma dos países da OCDE, para os 3% mais ricos, ou seja, para pouco mais de 700 mil pessoas, concluo que podemos acrescentar R$ 160 bilhões por ano aos cofres da União.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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Comentários

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Gustavo

12/05/2019 - 21h10

Para um senador que vota de acordo com os seguidores nas redes sociais não é de se esperar tamanho desconhecimento do assunto. Tanto é o desconhecimento que das próprias soluções que ele aponta nenhuma ataca os bancos.

Taxa de juros é demanda e oferta. O Brasil não escolhe simplesmente pagar mais juros para alguém assim de graça. Seria o suicídio de qualquer gestor. Ninguém em sã consciência iria limitar seus recursos para pagar mais juros. Até politicamente isso não faz sentido porque pagar mais juros significa menos dinheiro pra investir e menos investimentos mina a realização política para empurrar um sucessor ou tentar a reeleição. A questão é que se a taxa não for atrativa, o alguém não vem aqui. Hoje estamos na casa de 6,5%. A Rússia por exemplo tem a Selic deles a 7,25% e nem por isso o país está colapsado.

A gastança pública é fenomenal no Brasil. A coisa é tão escancarada que nossa lei de responsabilidade fiscal a toda hora é desrespeitada. Um puxadinho aqui, outro puxadinho ali e todos os tribunais de conta (que tem seus membros colocados pelos governos) aprovando tudo. Tem estado por aí em que tem mais aposentado do que gente contribuindo e está literalmente quebrado. E no meio de tanto déficit o congresso (com seus interesses próprios) aprova grandes renúncias fiscais na época do Temer e agora porcamente impositivo (essa eu nem posso botar na conta do Bolsonaro).

Bancos não são filantrópicos. Maximizar o lucro é o que importa e essa sempre vai ser a lógica do banco. O juro alto no Brasil atrapalha e a falta de concorrência é o principal motivo para isso. Que se fomente o cooperativismo, o cadastro positivo e as fintechs. Talvez com isso a gente possa chacoalhar esses juros.

Por último é engraçado ver esse nobre senador detonar os chamados “rentistas” por conta do juro alto. Basta você comprar um tesouro direto selic (na casa de cem reais) e você já passa pro time dos rentistas. Ou mais simples ainda. A poupança paga hoje 70% da Selic, ou seja, no “juros altos”, todo mundo que tem dinheiro em poupança estaria no time dos “rentistas”

LUPE

12/05/2019 - 11h44

Caros leitores,

Eu diria
que quem causou a crise
foi a Grande Mídia,
que trabalha e serve aos nossos inimigos.
Principalmente nossos superpoderosos inimigos estrangeiros.

Com a Farsa da Lava Jato,
planejada no exterior ,
a Gr Md tumultuou o Brasil,
tumultuou o Governo da Dilma,

provocou o impeachment Ilegal
(Golpe).

Botou Temer no Poder ,
que deu início à destruição do País
(início da Crise).

Depois tendo envenenado a cabeça das pessoa
com anti petismo,
botou o atual devastador no poder,

o qual está acelerando a crise.

Nível de desemprego,
que era menos de 5 (cinco) %
no governo da Dilma ,
já bateu o recorde histórico
deixado
pelo presidente da direita
Fernando Henrique .

Mas,
tudo bem ,
os juros cobrados atualmente
pelos bancos ,
é importante na devastação do Brasil,

que está em pleno curso……..

Mas, dizem “eles” ( e o povo acredita………………… ) o culpado é o PT ! ! !

LYNDON LAROUCHE

11/05/2019 - 17h30

O senador devia pesquisar mais. Leiam isto: Em recentes anos passados, os bancos internacionais, como o banco Santander gerenciado pelos ingleses, tomaram emprestados bilhões de dólares do Banco Central Europeu, ou do FED (USA Federal Reserve) a baixíssimos juros de 1% ao ano. Então, transportaram esses fundos (carry) para lugares como o Brasil, onde são transformados em letras do tesouro nacional em reais, remunerados pela mais alta taxa de juros no mundo, em média 16% ao ano, nos sete anos em que o Brasil foi governado por Lula (desde 2003).

A conseqüência disso é que o total de juros pagos pelo Brasil, nesta década a partir de 2000, para os compradores de bônus tanto nacionais como internacionais, atingiu a inacreditável cifra de 1,564 trilhões de reais (só juros – um valor de 870 bilhões de dólares , se atualizados ao câmbio atual) quase três vezes maior que o valor da dívida original que em 2000 era de 563 bilhões de reais.
De fato, essas novas dívidas perfazem exatamente a metade dos 1,564 trilhões de reais de juros pagos. A outra metade vem do esfolamento dos brasileiros (190 milhões de pessoas) cujo consumo doméstico foi drasticamente reduzido em detrimento às exportações para conseguir caixa para pagar o débito.

Como conseqüência disso, a media de retorno do carry trade estrangeiro no governo de Lula, foi de assombrosos 24% ao ano. Nos seus seis anos sob o controle de Londres, o equivalente a 859 bilhões de dólares (ou cerca de 123 bilhões de dólares por ano) foram rapinados da economia brasileira e de seu povo.
Em seus sete anos de governo, Lula tem sido um joguete nas mãos dos mágicos britânicos – como a espoliação do carry trade atesta em frias cifras. Portanto, não é surpresa sua indicação por todos para “Homem do Ano”, desde o fórum internacional de mega empresários de Davos, passando pelo jornal francês “Le Monde”, até ao Royal Institute for International Affair, controlado pela Inglaterra.

Hamilton Luiz Pereira

11/05/2019 - 15h41

IMPOSTO SOBRE GRANDES RIQUEZAS. IMPOSTO SOBRE HERANÇA. IMPOSTOS MAIS ELEVADOS PARA PATRIMÔNIOS ACUMULADOS. Cobrar daqueles que SEMPRE SE BENEFICIARAM DO PODER OU DAS INSTITUIÇÕES. E os primeiros da lista para aumento desses impostos: MEMBROS DO PODER JUDICIÁRIO, EXECUTIVO E LEGISLATIVO. TODOS AQUELES QUE ACUMULARAM FORTUNAS TORNANDO O BRASIL ESSA VERGONHOSA E RICA NAÇÃO COM UMA DAS MAIORES DESIGUALDADES SOCIAIS DO MUNDO.

euclides de oliveira pinto neto

11/05/2019 - 12h58

O valor pago a título de juros e amortizações (que na verdade é novamente captado) é muito superior aos 3 trilhões que o senador Kajuru informa. Basta realizar o levantamento anual, no qual chegou-se a alocar metade do orçamento da União somente para custear os encargos da dívida pública eterna.
Quem possui informações corretas e oficiais é a Maria Lucia Fattorelli, que é uma das maiores críticas do descalabro que se tornou o Banco Central do Brasil, controlado pelos “banksters” e que agora pleiteiam a “autonomia”. Só falta entregar o Banco Central para os Rothschilds…

lucio

10/05/2019 - 19h41

1) antigamente tinha este problema. hoje nao é mais assim. a selic paga 6.5% bruto, os titulos de longo prazo 8,5 bruto. com a inflaçao de 5% e 1-1.5% que se perde em impostos e taxas bancarias, o rentista recebe juro REAL (que é o que vale de verdade) de 0.5 – 1.5% ao ano, egual aos paises da europa.
2) o problema é o mercado financeiro internacional, que julga estes juros baixos demais para um pais como o basil que tem um alto risco-cambio e inflativo… nao é a toa que os capitais estao fugindo desde julho. logo logo o BC vai ser obrigado aumentar a selic. especialmente com esta alta dos combustiveis que impulsiona a inflaçao.
3) outro problema é que os grandes fundos americanos nao agem só em funçao do mercado, sao ligados ao governo de lá e quando este manda vender titulos brasileiros (2014, motivos politicos) ai vem a “crise economica”

Paulo

10/05/2019 - 18h46

35 a 40% acho muito. Pareceria confisco. Mas concordo com a fixação de tabelas progressivas de acordo com a renda. Entretanto, seria necessário sobrevir a reforma tributária, de qualquer forma, pois os impostos indiretos oneram muito mais os pobres do que o IR (não no sentido de que os pobres paguem mais, obviamente, consomem menos e, logo, pagam menos, em valores nominais, mas o problema é que isso compromete uma parte substantiva da sua renda, que já é pouca)… …

    lucio

    11/05/2019 - 08h40

    vc que admira o ocidente (kkkk) aqui as aliquotas maximas do IR:
    suecia 62%
    japao 55%
    olanda 52%
    portugal 48%
    alemanha 47%
    inglaterra 45%
    suissa 40%
    eua 37%
    todos vcs tem opinioes baseadas no NADA dos boatos da midia fascio-liberista.
    https://tradingeconomics.com/country-list/personal-income-tax-rate

      Paulo

      12/05/2019 - 10h56

      Admiro quanto à “democracia burguesa”, que legaram ao mundo, como o melhor sistema político já criado…tão bom que até quem não se enquadra se denomina como tal, vide ex-República Democrática da Alemanha!

        lucio

        12/05/2019 - 12h55

        eu nao sou contra a “democracia burguesa”, só sinalizo as besteiras em que vcs acreditam.
        e uma pessoa honesta e inteligente, uma vez sinalizadas, para de acreditar nas besteiras ideologicas.
        la´fora, no “ocidente”, a carga tributaria é muito maior que no brasil. principalmente por causa disso os serviços publicos sao de graça e eficientes.
        por isso na europa ninguem paga escola e plano de saude particular.
        e saiba que lá tambem tem robalheiras e corrupçao.
        só nao tem juizes pagos escondido pela CIA para derrubar as grandes empresas. e tambem nao tem uma direita otaria que nao aqui.

          Paulo

          12/05/2019 - 20h52

          “Besteiras ideológicas”? Você é quem se pauta pela ideologia, o tempo todo…e é raivoso, frequentemente, tamanha a gana e o fervor ideológicos…

Alan C

10/05/2019 - 17h57

Muito boa a fala o senador Kajuru, e só teve um candidato que teve coragem de falar isso durante a campanha e todo mundo sabe quem foi.


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