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Indústria perdeu 1,1 milhão de postos de trabalho em três anos

Desde o início da operação Lava Jato, que destruiu as maiores empresas de engenharia pesada do país, a indústria brasileira perdeu 1,1 milhão de postos de trabalho. A Lava Jato foi deflagrada no início de 2014. Hoje a Odebrecht tenta, desesperadamente, vender seus ativos, e nem isso está conseguindo. A mistura do messianismo judicial irresponsável […]

14 comentários
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Desde o início da operação Lava Jato, que destruiu as maiores empresas de engenharia pesada do país, a indústria brasileira perdeu 1,1 milhão de postos de trabalho.

A Lava Jato foi deflagrada no início de 2014.

Hoje a Odebrecht tenta, desesperadamente, vender seus ativos, e nem isso está conseguindo.

A mistura do messianismo judicial irresponsável com a incompetência trágica do governo Bolsonaro ameaça fazer o Brasil virar um grande fazendão, desta vez não de café, mas de soja, rodeado de minas de ferro.

***

O texto e tabelas abaixo são da Agência IBGE Notícias:

Entre 2014 e 2017, indústria perdeu 1,1 milhão de postos de trabalho

06/06/2019 10h00 | Atualizado em 06/06/2019 10h00

A Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa mostrou que, entre 2014 e 2017, as empresas do setor industrial perderam cerca de 12,5% dos seus postos de trabalho, o que representa 1,104 milhão de pessoas ocupadas a menos no setor.

Considerando-se as variações desde 2008, a Indústria brasileira manteve suas participações no pessoal ocupado praticamente inalteradas no período. As Indústrias de Transformação continuam liderando, com 97,5% do pessoal ocupado em 2017. O segmento de maior representatividade no emprego foi Fabricação de produtos alimentícios (23,3%).

As oito indústrias com os maiores valores de transformação industrial (VTI) concentravam 21,1% deste valor em 2017. Nas Indústrias Extrativas, as oito líderes concentravam 71,4% do VTI, enquanto nas Indústrias de Transformação, a participação conjunta das oito maiores empresas era de 19,2%. O material de apoio da PIA Empresa 2017 são esses três links:

Brasil tinha cerca de 318,3 mil empresas industriais ativas em 2017

A Pesquisa Industrial Anual detectou 318,3 mil empresas industriais ativas com 1 ou mais trabalhadores em 2017, que ocuparam 7,7 milhões de pessoas e pagaram R$300,4 bilhões em salários. Sua receita líquida de vendas (RLV) foi de R$ 3,0 trilhões.

A atividade industrial gerou R$1,2 trilhão de valor da transformação industrial (VTI), montante decorrente da diferença entre um valor bruto da produção industrial de R$2,7 trilhões e de custos de operações industriais (COI) de R$ 1,5 trilhão. As Indústrias de Transformação contribuíram com 91,3% desse VTI.

As grandes empresas industriais, empregando 500 ou mais pessoas, continuaram representando quase 70% da RLV da indústria total. Nas outras categorias de porte também não se observaram mudanças estruturais significativas.

Entre 2008 e 2017, alimentícios ampliam sua participação na indústria

A análise dos resultados da RLV, pela ótica setorial, mostra que a Fabricação de produtos alimentícios ampliou sua relevância nos últimos dez anos, passando de 16,1% para 22,9% de participação, mantendo-se como atividade mais importante em faturamento. O segundo lugar é ocupado pela Fabricação de produtos químicos, que mesmo tendo perdido 0,1 p.p. na participação do faturamento passou da quarta para a segunda posição no ranking do período.

A terceira e quarta atividades mais relevantes, ao contrário, tiveram redução de participação: Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis perdeu 1,8 p.p., abrangendo 9,4% do total da RLV em 2017, e Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias recuou 2,8 p.p., tendo sido responsável por 8,9% de participação no último ano. O setor de Metalurgia também perdeu participação (-2,0 p.p.) no período analisado.

Indústria perdeu 12,5% de seus postos de trabalho entre 2014 e 2017

Entre 2014 e 2017, a indústria teve queda de 12,5% no número de pessoas ocupadas, o que equivale a 1,104 milhão de postos de trabalho a menos, no setor. No mesmo período, nas indústrias Extrativas a queda foi de 15,6%, enquanto nas indústrias de Transformação, foram perdidos 12,5% dos postos de trabalho.

Os setores mais afetados nesse período foram: Atividades de apoio à extração de minerais (-35,4%), Fabricação de outros equipamentos de transporte exceto veículos automotores (-33,3%), Fabricação de máquinas e equipamentos (-24,8%). As altas em destaque foram: Fabricação de produtos alimentícios (1,5%), Fabricação de produtos do fumo (6,4%).

Em comparação com o ano de 2008, a Indústria brasileira perdeu 145,8 mil empregos em 2017, o que representa menos 1,9% do total de pessoas ocupadas no setor, em 2008. Isto se deu sobretudo nas Indústrias de Transformação, com queda de 2,4% no pessoal ocupado no período, enquanto as Indústrias Extrativas cresceram 22,1%.

Indústria de transformação concentra 97,5% dos empregos industriais

A Indústria brasileira manteve suas participações no pessoal ocupado praticamente inalteradas no período. A Indústria de Transformação continua líder, respondendo por 97,5% do pessoal ocupado em 2017. Seus segmentos com maior representatividade no emprego foram a Fabricação de produtos alimentícios (23,3%), seguida da Confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,2%). Na sequência, destacam-se: Fabricação de produtos de metal (6,0%), Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (5,7%) e Fabricação de produtos de minerais não-metálicos (5,6%). Essas cinco atividades mantiveram suas posições de ranking em relação a 2008.

Nas Indústrias Extrativas, as maiores participações continuam com a extração de minerais metálicos (41,4%) e a extração de minerais não-metálicos (41,1%), em 2017.

Em 2017, cada empresa industrial brasileira ocupava, em média, 24 pessoas, com salário médio mensal de 3,2 salários mínimos (s.m.). A atividade de Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis foi a que registrou maior porte médio nas indústrias de Transformação: 569 pessoas em cada empresa com média salarial de 8,8 s.m. Nas Indústrias Extrativas, a atividade de Extração de petróleo e gás natural pagou o maior salário médio mensal (21,3 s.m.). Destacam-se ainda a Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,1 s.m.) e a Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (5,4 s.m.).

Quanto à produtividade nas empresas industriais, calculada como a razão entre o VTI e o pessoal ocupado na empresa, constata-se que em 2017 cada trabalhador adicionou cerca de R$ 106,5 mil à produção. A produtividade do segmento extrativo (R$ 381,1 mil) foi cerca de quatro vezes maior que a das Indústrias de Transformação (R$ 99,5 mil).

As oito maiores indústrias geram 22,1% do valor de transformação industrial

O grau de concentração pode indicar a existência de barreiras à entrada de novas empresas. Houve ligeira diminuição do grau de concentração do total da indústria, segundo a “razão de concentração de ordem 8” (R8). As oito indústrias com os maiores valores de transformação industrial concentravam 22,8% deste valor em 2008, recuando para 21,1% em 2017.

Nas Indústrias Extrativas, este indicador foi de 71,4%, com destaque para a elevada concentração da produção na atividade de Extração de carvão mineral, que entre 2008 e 2017 passa da terceira para a primeira posição no ranking. Essa atividade reuniu 95,5% de toda a produção no conjunto de 8 empresas em 2017.

Nas Indústrias de Transformação, as oito maiores empresas foram responsáveis por 19,2% do VTI em 2017, e os maiores graus de concentração estavam na Fabricação de produtos do fumo (92,6%), Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (92,5%) e Fabricação de bebidas (66,8), com variações relativas que praticamente não se alteram entre 2008 e 2017. A principal mudança estrutural na concentração neste período foi na Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos: o VTI das suas oito maiores empresas saiu de 33,9% para 49,1%.

Alimentícios e petróleo têm os maiores VTIs entre as unidades locais

Considerando-se o Valor de Transformação Industrial das empresas industriais ao nível das unidades locais com 5 ou mais pessoas ocupadas, é possível verificar quais atividades se destacam. Entre 2008 e 2017, as Indústrias Extrativas ampliaram sua importância, passando de 9,9% para 13,5% de participação no VTI. As Indústrias de Transformação mantiveram sua predominância, embora sua participação tenha caído de 90,1% para 86,5%.

Entre as Indústrias Extrativas, as atividades que lideraram o ranking ao longo dos últimos dez anos foram Extração de petróleo e gás natural (49,9%) e Extração de minerais metálicos (39,1%).

No âmbito das Indústrias de Transformação, a Fabricação de produtos alimentícios foi o setor mais importante, respondendo por 20,7% do VTI entre as unidades locais, e elevando a sua participação em 7,2 p.p. ao longo dos últimos dez anos. Na segunda posição segue a Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, com 11,4% de participação no VTI.

Alimentícios e biocombustíveis ampliam participação do Centro-Oeste

Embora tenha perdido representatividade ao longo dos últimos dez anos, a região Sudeste foi responsável por 58,0% do VTI em 2017, mantendo-se na liderança, seguida pelas regiões Sul (19,6%), Nordeste (9,9%), Norte (6,9%) e Centro-Oeste (5,6%). O recuo de 4.2 p.p no Sudeste ocorreu em favor do Centro-Oeste, que registrou o maior avanço (1,9 p.p), seguida pelo Sul, que aumentou a sua participação em 1,3 p.p.

Esse deslocamento produtivo em direção ao Centro-Oeste se deu principalmente em razão da migração de plantas agroindustriais que eram dedicadas à Fabricação de produtos alimentícios e passaram a participar da produção de biocombustíveis, fazendo com que esta atividade passasse a figurar entre as três mais relevantes da região.

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Comentários

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Marcio

06/06/2019 - 18h30

Não é a corrupção que causa desastres…o problema é quem pune a corrupção ?!?!

Sò no Brasil mesmo para ouvir uma merda dessa.

Sabemos muito bem quem não gosta da Lava Jato e porque…lixo

Paulo

06/06/2019 - 18h15

Acho que a premissa contida no texto, de que a Lava-Jato provocou essa queda, não é sustentável. Basicamente, foram afetadas as grandes empreiteiras, todas conluiadas com os políticos para saquear a Nação e se perpetuarem no Poder e nos “esquemas”. Seria preferível, então, que tivessem continuado com seus negócios escusos com o Estado brasileiro, o que, possivelmente, provocava uma supressão ainda maior de postos de trabalho, por via da queda do poder de investimento do próprio Estado?

    Zé Maconha

    06/06/2019 - 18h25

    O gráfico não mente , o desemprego começou a aumentar quando a lava-jato começou.
    Deviam ter investigado mas não punido as empresas , algo que não se faz em lugar nenhum do mundo.
    De 2003 até 2013 devia haver corrupção , como sempre houve , mas a geração de empregos ia muito bem.
    Muitos corruptos fizeram delação e sairam livres e com grana no bolso , quem foi punido foram os trabalhadores e suas famílias.

      Paulo

      06/06/2019 - 18h52

      Mas inexiste correlação comprovada entre alhos e bugalhos, inclusive nem li algo sobre a indústria da construção, nos gráficos (pode ter me fugido, fiz uma leitura dinâmica). E, mesmo que um gráfico indique queda e correspondência perfeita, no tempo, isso, por si só, não é uma comprovação de causa e efeito, mas uma hipótese…

Ivan

06/06/2019 - 17h35

O que impressiona é que não há precedente no mundo para essas e outras situações. Em quem os lavajateiros e golpistas se espelharam??? Fica a pergunta.

Alan C

06/06/2019 - 17h27

“A Lava Jato vai acabar com os corruptos!”, a corrupção só aumentou…

“É a Dilma cair e o PIB vai a 5%”, PIB despenca e vai pra negativo ainda esse ano…

“A Reforma Trabalhista vai criar empregos”, desemprego recorde, informalidade crescendo, subempregos…

“O mito vai acabar com a mamata”, negociatas, velha política, tudo como sempre esteve…

Tudo com o aval dos pobres de direita….

Paolo

06/06/2019 - 16h49

Daqui a pouco vão aparecer os bolsonazis dizendo que o golpe que eles apoiam não tem nada com o desastre da indústria e que é tudo culpa do pt. Que gente escrota esta direita vende pátria.
Outros estão ocupados rodando robos precionando o stf para vender tudo.

    Helio

    06/06/2019 - 16h51

    Dizem os rumores que estes vagabundos golpistas estão ganhando em dolar.

      Brasileiro da Silva

      06/06/2019 - 17h14

      Dizem os rumeros que os robôs esquerdistas recebem em R$ do dinheiro de propina do PT.

        Brasileiro da Silva

        06/06/2019 - 17h14

        *Rumores.

Jeferson

06/06/2019 - 15h08

Daqui a pouco vão aparecer uns militontos pelegos e viúvas do condenado, dizendo que com certeza a culpa é do Bolsonaro… kkkk

Geraldo

06/06/2019 - 15h06

A dupla dinâmica Putê e PMDB cometeram o maior roubo da história do nosso País, saquearam as estatais, colocaram as empreiteiras nos maiores casos de desvios da verba pública, deram bilhões de reais para países corruptos e ditadores e principalmente aparelharam todos os ministérios com políticos bandidos nos últimos 16 anos, e agora vcs querem culpar a Lavajato? Haja óleo de peroba na cara de pau destes pelegos safados…

    Gilmar Tranquilão

    06/06/2019 - 17h33

    geraldo, jeferson, roke, renato…. com quantos nomes vc comenta só pra fazer número?? kkkkkk

    escreve diferente pelo menos, disfarça, senão fica muito na cara kkkkkkkkkkkkkk

FELICIDADE

06/06/2019 - 13h55

https://www.youtube.com/watch?v=e9dZQelULDk


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