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Reforma da previdência anima mercado, mas ainda divide a população; ajustes ainda devem ser feitos na votação do Senado

Maior desafio do novo governo liderado pelo presidente Jair Bolsonaro, a reforma da previdência está encaminhada, mas ainda gera discussões no parlamento. Oposição e entidades de classe ainda veem pontos de desacordo na proposta e prometem brigar para minimizar o que chamam de “danos” da reforma. Porém, a votação expressiva conseguida na Câmara dos deputados […]

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Apesar dos diversos ajustes do texto final, Paulo Guedes, Ministro da Economia, deve sair fortalecido após a aprovação da reforma da previdência (Crédito foto: Agência Brasil)

Maior desafio do novo governo liderado pelo presidente Jair Bolsonaro, a reforma da previdência está encaminhada, mas ainda gera discussões no parlamento. Oposição e entidades de classe ainda veem pontos de desacordo na proposta e prometem brigar para minimizar o que chamam de “danos” da reforma. Porém, a votação expressiva conseguida na Câmara dos deputados pela aprovação animou os mercados internacionais. A versão do texto final também agradou operadores do mercado financeiro.

“A passagem da proposta pelo Congresso está ainda melhor do que o antecipado”, diz Jim Barrineau, responsável pelos mercados emergentes da Schroders, em Nova Iorque. “Havíamos antecipado uma reforma que pouparia R$700 bilhões, mas a economia chegará à casa dos R$800 bi”, completa. Apesar da superação das expectativas do mercado internacional, a economia gerada com a proposta que aguarda votação em segundo turno na Câmara frustrou o Ministro da Economia e ex-banqueiro, Paulo Guedes. A expectativa do titular da pasta econômica era poupar R$1 trilhão.

Descostumado com o ambiente político, Guedes tentou impor a proposta preparada pelo seu ministério sem alterações. Depois de meses de choque entre a Câmara e o Executivo, quando Bolsonaro e o próprio Guedes entraram em rota de colisão com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), os deputados a favor da reforma conseguiram formar maioria e encaminharam a aprovação. O sucesso da empreitada tem sido creditado, sobretudo, a Rodrigo Maia, político experiente e habilidoso na negociação com os partidos dos mais diferentes espectros.

A crise da economia brasileira

O Brasil enfrenta uma estagnação em seu crescimento econômico que não possui precedentes. Hoje, a população enfrenta tamanho desemprego que a necessidade de sobrevivência passou a ser o foco dos trabalhadores. Não é incomum encontrar pessoas em busca de fontes de renda extra, o que inclui desde a venda de marmitas até mesmo tentativas de abraçar a sorte em jogos de apostas online, como os da famosa NetBet cassino, a fim de driblar a recessão econômica.

Com a aprovação da reforma, a moeda do país mostrou pequenos sinais recuperação. O dólar, que chegou a ultrapassar os R$4, agora se estabiliza na casa dos R$3,80. Porém, no meio da crise econômica também fica perceptível uma gritaria política que parece longe de acabar. Os motivos? Um dos filhos de Bolsonaro sendo acusado de corrupção e o Ministro da Justiça, Sérgio Moro, sendo acusado de imparcialidade na condenação do ex-presidente Lula.

Presidente-eleito Bolsonaro e seu Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. (Divulgação)

Escândalos do governo

O vazamento de informações da operação Lava-Jato, apropriadamente recebendo o novo apelido de operação “Vaza-Jato”, causou estrago na popularidade do ex-juiz. Junto com a de Moro, a popularidade de Bolsonaro também caiu. Não que tenha sido novidade, pois a queda de popularidade do presidente começou em fevereiro deste ano. Essa aparente desorganização política chama a atenção de grandes investidores.

Porém, o impacto dos escândalos na economia ainda é incerto. Para Jan Dehn, chefe do Ashmore Group, em Londres, “a reforma deve colocar as finanças do país em um caminho sustentável, dando espaço ao Banco Central para cortar os juros e aumentar a confiança econômica e de investimentos no Brasil”. Resta-nos, pois, aguardar e analisar todos os detalhes do desdobramento da profunda mudança no sistema previdenciário brasileiro.

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