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Netanyahu é denunciado por fraude e propina em Israel

Procurador-geral acusa premiê de favorecer empresários em troca de presentes luxuosos e cobertura favorável na mídia. Caso aumenta a incerteza sobre quem irá liderar o país, que segue mergulhado num impasse político. DW — No poder desde 2009, Netanyahu é o premiê mais longevo da história de Israel – e o primeiro a ser denunciado […]

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Procurador-geral acusa premiê de favorecer empresários em troca de presentes luxuosos e cobertura favorável na mídia. Caso aumenta a incerteza sobre quem irá liderar o país, que segue mergulhado num impasse político.

DW — No poder desde 2009, Netanyahu é o premiê mais longevo da história de Israel – e o primeiro a ser denunciado no exercício do cargo

O procurador-geral de Israel, Avichai Mandelblit, apresentou nesta quinta-feira (21/11) denúncia criminal contra o primeiro-ministro em exercício Benjamin Netanyahu por fraude, recebimento de propina e abuso de confiança no âmbito de três inquéritos de corrupção.

As denúncias aumentam a incerteza sobre quem irá liderar o país, que segue mergulhado num profundo impasse político depois da realização de duas eleições que terminaram sem vencedor claro, dificultando a formação de coalizões de governo.

É a primeira vez que um premiê israelense é acusado de um crime durante o exercício do cargo.

Netanyahu, que negou irregularidades nos três casos, não tem obrigação legal de renunciar, mas há a expectativa de que ele se demita do cargo de premiê. No poder desde 2009, ele é o premiê a ficar mais tempo no cargo. Após a denúncia ser divulgada, Netanyahu afirmou que as acusações são uma “uma tentativa de golpe de Estado contra um premiê em exercício”.

O premiê pode enfrentar até dez anos de prisão se for condenado por suborno e um prazo máximo de três anos por fraude e abuso de confiança. As investigações se estenderam por três anos e nos últimos meses vinham criando dificuldades políticas para Netanyahu, afastando potenciais aliados na formação de um governo estável.

De acordo com a denúncia, Netanyahu aceitou centenas de milhares de dólares em champanhe e charutos de amigos bilionários e de ter beneficiado empresários em troca de cobertura favorável ao seu governo em um jornal e um site de notícias.

As acusações mais sérias estão conectadas ao chamado “Caso 4000”, em que Netanyahu é acusado de aprovar leis que deram ao seu amigo, o magnata das telecomunicações Shaul Elovitch, benefícios no valor de 250 milhões de dólares à sua empresa Bezeq. Em contrapartida, o site Walla – uma subsidiária da Bezeq – publicou artigos favoráveis sobre Netanyahu e sua família.

A relação, segundo a acusação, era “baseada em um entendimento mútuo de que cada um deles tinha interesses significativos que o outro lado tinha capacidade de avançar”. A Justiça também acusou Netanyahu de esconder o relacionamento fornecendo “informação parcial e enganosa” sobre suas conexões com Elovitch. Dois auxiliares de Netanyahu viraram testemunhas do Estado e testemunharam contra o premiê no caso.

A acusação também afirmou que os presentes, como garrafas de champanhe, dos bilionários Arnon Milchan e James Packer “transformaram-se numa espécie de linha de abastecimento”. Os presentes foram estimados em cerca de 200 mil dólares.

A acusação diz que Netanyahu ajudou o israelense Milchan, um magnata de Hollywood, a prorrogar seu visto nos EUA. Já em relação a Packer não está claro o que ele recebeu em troca por oferecer presentes ao premiê.

Após o fracasso de Netanyahu em formar um novo governo após as eleições realizadas em setembro, seu principal rival, Benny Gantz, do partido oposicionista Azul e Branco, afirmounesta quarta-feira que também não conseguiu fechar uma coalização.

Com isso, o presidente, Reuven Rivlin, pediu nesta quinta-feira ao Knesset (Parlamento) que designe um candidato para montar um novo governo, no que seria a última tentativa para evitar a terceira eleição em menos de um ano.

Nas duas eleições, os partidos de Gantz e Netanyahu, conquistaram números parecidos de assentos, mas bem abaixo da quantidade necessária para obter maioria. Cada um dos líderes teve oportunidade de negociar para formar uma coalização majoritária, mas fracassaram. Não há garantias de que um terceiro pleito produza um resultado significativamente diferente dos anteriores.

FC/rtr/efe/ap/afp

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Cidadão

25/11/2019 - 15h54

O grande amigão do Bozo está em maus lençóis.
E a embaixada brasileira em Israel, vai mudar para Jerusalém ou não?
Outro amigão do Bozo que também está mal das pernas é o Trump.
O Bozo só faz-me rir. Onde ele encosta ele derruba. Vide o Macri na Argentina e o Piñera no Chile. hehehehe…
Na Argentina ofereceu apoio ao Macri e elogiou os ditadores argentinos. No Chile fez a mesma coisa. O Macri já foi e o Piñera está por um fio.


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