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No discurso e nas ruas: a violência fascista faz seu trottoir

A violência travestida faz seu trottoir é uma das músicas que mais gosto dos Engenheiros do Hawaii, escuto desde muito novo. Foi escutando e me aprofundando na letra, por exemplo, que passei a questionar mais as violências estruturais do Brasil. Dada a realidade de hoje já não acho exagero argumentar que essa violência travestida aparenta […]

15 comentários
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Foto: Imprensa FUP

A violência travestida faz seu trottoir é uma das músicas que mais gosto dos Engenheiros do Hawaii, escuto desde muito novo. Foi escutando e me aprofundando na letra, por exemplo, que passei a questionar mais as violências estruturais do Brasil.

Dada a realidade de hoje já não acho exagero argumentar que essa violência travestida aparenta cada vez mais método semelhantes aos regimes fascistas do século passado. Por exemplo, tivemos um discurso do ex-secretário de Cultura que assustou muito gente no Brasil, a ponto de sensibilizar os presidentes da câmara e do STF.

É sabido que aquele vídeo é apenas a ponta de um Iceberg que move esse desejo pelo autoritarismo e que pode levar o país a um regime verdadeiramente neofascista.

Um exemplo de como essa política pode reverberar nas micro estruturas democráticas do país, foi a maneira com que a Petrobrás/ANSA recebeu trabalhadores e trabalhadoras para discutir o futuro da Fábrica de Fertilizantes de Araucária.

Segundo consta em ata do próprio MPT, o procurador nunca tinha presenciado tamanho constrangimento, mesmo trabalhando há anos no local.

O perfil da FUP no Twitter publicou um vídeo comentando o caso:

Vejam, se os trabalhadores não poderem se organizar minimamente para defender/construir uma relação de trabalho mais justa, será muito difícil buscar um equilíbrio entre o interesse do empregador e dos próprios empregados.

A gestão de uma empresa pode conhecer de números, metas, expectativa de mercado. Mas o trabalho em si quem realiza é a mão de obra. É esperado que o próprio humano que realiza o trabalho tem a noção mais próxima dos impactos práticos que o trabalho traz.

Se a cada organização dos trabalhadores de uma empresa (que possui o lucro do trabalho dos próprios) a companhia puder contratar forças para intimidar nos campos de negociação, estaremos lidando diretamente com uma disputa desequilibrada pela violência.

Vale lembrar que negociar está no cerne da sociedade. Do mercado à política, em qualquer esfera, estamos o tempo todo discutindo entre a gente tentando obter resultados comuns.

Assim, se a coerção se torna ferramenta de disputa e se espalha para as demais estruturas temos a violência como método social que, alinhada com outros fatores como levaria a uma ideia renovada de fascismo. A essência do desejo autoritário e violento, com características do século atual.

O vídeo assustou, de fato, mas não é a única manifestação autoritária que temos. Se houve uma sensibilização a ponto de derrubar o secretário, ela parece não ser suficiente contra os demais avanços da violência institucional.

E pode ser que cheguemos a um ponto onde não tenha mais volta e será tarde demais para retomar algum eixo democrático e a ruptura virá pela direita.

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Tadeu Porto

Petroleiro e Secretário adjunto de Comunicação da CUT Brasil

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Comentários

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Gilmar Tranquilão

27/01/2020 - 14h06

chutaram o traseiro do nazistinha da cultura e os bozotrouxas ficam chorando kkkkkkkkkkkkkk

Maria Helena

27/01/2020 - 09h46

Mostre a cara dos capangas então já que são contra lei ???? estão apenas trabalhando como vocês são pais de família que acordam às cinco da manhã e retornam tarde da noite pra garantir pouco mais de um salário mínimo pra família ganham menos que vocês correndo o risco de perder a vida pra seguir a única ordem:que caso haja conflito devem escoltar e evacuar o mais breve nunca de reagir apenas defender se vcs não fizerem nada , eles não farão nada a vocês, estão apenas fazendo a segurança pessoal isso não é crime, sentem-se intimidados é porque faltam com a verdade ou não tem argumentos pra protestos passificos e preferem atiçar seus funcionários contra outros funcionários.

chichano goncalvez

26/01/2020 - 22h11

Entenderam porque: os sovieticos mandaram o czar pra deus( ou será pro diabo ?) ? Entenderam porque os partigiani mandaram pra deus ( ou será pro diabo ?) Mussulini e seu fascismo ? Entederam porque ganhamos a guerra contra o nazismo ? Foi graças aos comunistas e socialistas da C C C P, que perderam mais 28 milhões de soldados., a estes valentes camaradas, meu muito obrigado. Aqui esta acontecendo, algo parecido com a europa antes da II guerra.

    Paulo

    26/01/2020 - 22h18

    Assassinar mulheres e crianças, covardemente, é o padrão dos comunistas. Comemorar a chacina contra os Romanov é indigno do ser humano!

      Andressa

      27/01/2020 - 11h50

      Esses sào os que chamam os outros de fascistas.

carmen

26/01/2020 - 19h21

O fascismo hoje é mais um inimigo imaginario de quem foi doutrinado e ainda nao tem costume com a democracia.

Abdel Romenia

26/01/2020 - 18h48

“aos regimes fascistas do século passado”…até onde a gente sabe o regime fascista ( do Partido Nacional Fascista) na historia da humanidade foi sò um e teve lugar (Italia), data de começo (1921) e de fim (1943).

Sendo passados tantos anos e o mundo sendo completamente diferente nào pode obviamente ser contestualizado e definido como fascismo o que acontece 80 anos depois, é ridiculo.

Qualquer coisa que seja fora do pensamento unico troglodita/esquerdista hoje é chamado de fascismo na tentativa de demonizar a principio a opiniào dos outros (e reclamar em seguida da polarizaçào…?).

Enfim…ou nào se conheçe a historia ou nao se conheçe a atualidade ou como de costume sào um monte de asneiras ideologicas, nào hà outra opçào.

    Evandro Garcia

    26/01/2020 - 18h50

    Pergunte a quem chama os outros de fascistas o que acham das “democracias” cubanas, chinesas, venezuelanas, angolanas, etc…kkkkkk

Abdel Romenia

26/01/2020 - 16h27

De onde saiu esse mongolóide do vídeo…? Kkkkkkkkk

    Andressa

    26/01/2020 - 16h28

    Você acha que é a toa que os brasileiros são considerados menos que palhaços mundo a fora…?

    Abdel Romenia

    26/01/2020 - 19h27

    Carnaval tà chegando…fantasiaram o flanelinha do estacionamento da fabrica de Che Guevara !! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Deus tenha piedade do Brasil…

      Ivan

      26/01/2020 - 21h09

      Wellington, ou seja lá que nome for, 4 comentários cara? Na boa, tá perdendo o controle companheiro, procure ajuda.

Evandro Garcia

26/01/2020 - 16h04

Foi pura retórica, eu não o teria demetido absolutamente pelo que disse pois nada teve de nazista no discurso dele (do qual ninguém entendeu porra nenhuma), tava drogado provavelmente.

Falar de fascismo no Brasil em 2020 é pra lá de ridiculo mas é somente a manifestação maxima de um País em avancada fase de putrefação civil e cultural devido as limitações binárias dos brasileiros, principalmente os que precisam a cada 3 minutos de chamar os outros de fascistas para ter um amigo imaginário e tentar sobreviver…sem o qual não sobra nada, vivem se nutrindo de merda e asneiras.

Eu tenho medo, aliás terror, de quem se enche a boca com a palavra democracia a cada 5 minutos e flirta dia e noite com ditaduras reais, atuais e ativissimas no dia de hoje. As de 70 anos atrás são mortas e enterradas para sempre, o resto é pura retórica.

Quantas pessoas leram o Mein Kampf ou citam versos do fascista D’Annunzio por exemplo todos os dias….?

Pobre povinho ridículo, sem cultura nenhuma, a não ser a da saidinha de banco, chega a dar dó.

    Evandro Garcia

    26/01/2020 - 16h05

    “inimigo imaginário”

Alan C

26/01/2020 - 15h18

Tadeu,

O caso Alvim nada mais é que a bozolândia sem máscaras. O projetinho de Goebbels apenas achou que ninguém iria perceber que ele plagiou um de seus ídolos e que sua inclinação nazista nojenta passaria despercebida.

Simples assim.


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