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Estoque da dívida pública federal fica em R$ 4,23 trilhões em janeiro

No Ministério da Economia Dívida Pública Federal recua 0,45% em janeiro, com estoque em R$ 4,23 trilhões Resgates no valor de R$ 58,61 bilhões foram compensados, em parte, pela apropriação positiva de juros de R$ 39,31 bilhões Publicado: 27/02/2020 18h00 Última modificação: 27/02/2020 21h49 O Tesouro Nacional apresentou nesta quinta-feira (27/2), o Resultado Mensal da […]

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No Ministério da Economia

Dívida Pública Federal recua 0,45% em janeiro, com estoque em R$ 4,23 trilhões

Resgates no valor de R$ 58,61 bilhões foram compensados, em parte, pela apropriação positiva de juros de R$ 39,31 bilhões

Publicado: 27/02/2020 18h00
Última modificação: 27/02/2020 21h49

O Tesouro Nacional apresentou nesta quinta-feira (27/2), o Resultado Mensal da Dívida Pública referente ao mês de janeiro. Durante coletiva de imprensa para comentar o resultado, o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, fez uma análise sobre a conjuntura do mercado internacional no mês.

Vital destacou o aumento do sentimento de risco no mercado com o coronavírus, que impactou a percepção de risco de crédito dos países emergentes. “A curva de juros ganhou inclinação, com indicadores de inflação abaixo das expectativas”, apontou.

Emissões e Resgates

Em janeiro, as emissões da Dívida Pública Federal – DPF corresponderam a R$ 63,67 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 122,28 bilhões, resultando em resgate líquido de R$ 58,61 bilhões. Desse total, R$ 55,43 bilhões são referentes ao resgate líquido da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), e R$ 3,18 bilhões, ao resgate líquido da Dívida Pública Federal externa (DPFe).

Estoque

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) apresentou variação mensal negativa de R$ 19,3 bilhões, redução em termos nominais de 0,45% em relação a dezembro, encerrando o período em R$ 4,23 trilhões. A DPMFi teve seu estoque reduzido em 0,63%, passando de R$ 4,08 trilhões em dezembro para R$ 4,05 trilhões em janeiro, devido ao resgate líquido de R$ 55,43 bilhões, neutralizado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 29,75 bilhões.

Já o estoque da DPFe teve elevação de 3,86% sobre o estoque apurado em dezembro, encerrando o mês de janeiro em R$ 172,07 bilhões (US$ 40,30 bilhões). São R$ 156,12 bilhões (US$ 36,57 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 15,95 bilhões (US$ 3,74 bilhões) relativos à dívida contratual. Essa variação deveu-se ao resgate líquido, no valor de R$ 58,61 bilhões, compensado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 39,31 bilhões.

Custo médio

O custo médio da DPF aumentou, saindo de 8,71% a.a., em dezembro, para 9,20% a.a., em janeiro. O custo médio acumulado em doze meses da DPMFi também se elevou, passando de 8,66% a.a., em dezembro, para 8,72% a.a., em janeiro. O custo médio da dívida externa registrou um aumento significativo no período, passando de 9,65% a.a. para 21,96% a.a.

De acordo com Vital, a variação se deve, principalmente, à valorização de 5,92% do dólar em relação ao real. Mas, segundo ele, “a valorização cambial não traz grande preocupação, pois a dívida externa representa apenas 4% do montante total da DPF”, ponderou. O custo médio das emissões em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi 6,79% a.a., o menor valor da série histórica (início em dezembro de 2010).

Vital chamou a atenção para o perfil de vencimento dos títulos do Tesouro. Em 2019, os vencimentos tiveram maior concentração no primeiro semestre (67,41%) e, em 2020, os vencimentos se concentram no segundo semestre (53,48%).

Detentores

O estoque de Fundos de Investimento (FI) apresentou elevação, passando de R$ 1.089,48 bilhões para R$ 1.093,42 bilhões, entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020. A participação relativa do grupo FI aumentou para 26,95%. O grupo Previdência, por sua vez, reduziu seu estoque em R$ 1,94 bilhão, atingindo R$ 1.014,24 bilhões no mês. Assim, a participação relativa passou de 24,89% para 25,00%.

As Instituições Financeiras também reduziram o estoque, passando de R$ 1.008,08 bilhões para R$ 962,07 bilhões no período dezembro de 2019 a janeiro de 2020. Vital destacou a elevação da participação do grupo de Não-residentes, que aumentou em R$ 16,02 bilhões seu estoque, o que elevou a participação relativa do grupo de 10,43% para 10,89%. O grupo Governo apresentou participação relativa de 4,10% em janeiro e o estoque das Seguradoras encerrou o mês em R$ 160,08 bilhões.

Programa Tesouro Direto

O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 59,30 bilhões, uma redução de 0,59% em relação a dezembro. As emissões em janeiro atingiram R$ 2,046 bilhões, enquanto os resgates corresponderam a R$ 3 bilhões, o que resultou em resgate líquido de R$ 958,28 milhões. O título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, que respondeu por 55,73% do montante vendido. As operações até R$ 5 mil responderam por 86,29% das compras do programa.

No mês passado, 319.460 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto. O total de investidores cadastrados chegou a 5.945.793, o que representa um incremento de 76,19% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Desse total, 1,21 milhão (variação de 43,30% nos últimos 12 meses) são investidores ativos.

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Comentários

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Alan C

28/02/2020 - 12h35

Cafezinho, vc não pode ser ingênuo a esse ponto…


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