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IBGE: número de brasileiros fora da força de trabalho aumenta em mais de 5 milhões

O desemprego aumentou de maneira generalizada no país. Segundo o IBGE, foram destruídos 4 milhões de postos de trabalho nos últimos 3 meses. A quantidade de pessoas fora da força de trabalho no trimestre terminado em abril cresceu 9% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Hoje temos 70,9 milhões de brasileiros fora […]

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O desemprego aumentou de maneira generalizada no país.

Segundo o IBGE, foram destruídos 4 milhões de postos de trabalho nos últimos 3 meses.

A quantidade de pessoas fora da força de trabalho no trimestre terminado em abril cresceu 9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Hoje temos 70,9 milhões de brasileiros fora da força de trabalho, 5 milhões a mais do que há três meses, e quase 6 milhões a mais em relação ao ano passado.

O único setor que se salvou foi o setor público, onde houve aumento de 379 mil vagas nos últimos três meses até abril, a maior parte no segmento de servidores militares e estatutários.

No setor doméstico, o estrago também foi maior entre os empregados sem carteira. Enquanto o emprego no setor doméstico formal caiu 9,6%, perdendo 168 mil postos de trabalho, no setor informal a queda foi de 12,6%, com destruição de 568 mil empregos. O único setor poupado foi o setor público, que assistiu a um aumento de 379 mil postos de trabalho no trimestre terminado em abril, na comparação com os três meses imediatamente anteriores. 

Apenas no setor militar e de servidores estatutários, houve aumento de 379 mil postos nos últimos 3 meses.

Já o setor privado de empregados assistiu a uma devastação.

No setor privado formal, houve destruição de 1,5 milhão de vagas, queda de 4,5% sobre o trimestre anterior. No setor privado informal o estrago foi ainda maior, de 1,55 milhão de vagas, ou de 13% sobre o trimestre anterior.

Entre empregadores, o estrago também foi grande: 226 mil postos de trabalho destruídos nos últimos 3 meses.

Entre aqueles que trabalham por conta própria, a destruição foi de 1,19 milhão de vagas; neste caso, a queda ficou concentrada entre os que não tem CNPJ, onde a queda foi de 7,6%; entre trabalhadores por conta própria com CNPJ, houve aumento de 5,4% no número de vagas.

Desemprego atinge 12,6% no trimestre até abril com queda recorde na ocupação

Editoria: Estatísticas Sociais | Umberlândia Cabral
28/05/2020 09h00 | Última Atualização: 28/05/2020 09h06

Agência IBGE — A taxa de desocupação passou de 11,2% para 12,6% no trimestre terminado em abril, atingindo 12,8 milhões de desempregados. Com isso, são 898 mil pessoas a mais à procura de trabalho, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (28) pelo IBGE.

Um indicador que reflete os efeitos da pandemia de Covid 19 no mercado de trabalho, a população ocupada teve queda recorde de 5,2%, em relação ao trimestre encerrado em janeiro, representando uma perda de 4,9 milhões de postos de trabalho, que foram reduzidos a 89,2 milhões.

A analista da pesquisa Adriana Beringuy explica que os efeitos foram sentidos tanto entre os informais quanto entre trabalhadores com carteira assinada. “Dos 4,9 milhões de pessoas a menos na ocupação, 3,7 milhões foram de trabalhadores informais. O emprego com carteira assinada no setor privado teve uma queda recorde também. A gente chega em abril com o menor contingente de pessoas com carteira assinada, que é de 32,2 milhões”, explica.

Entre os informais, estão os profissionais sem carteira assinada (empregados do setor privado e trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores e por conta própria) ou sem remuneração (auxiliam em trabalhos para a família).

Número de trabalhadores do comércio cai em 1,2 milhão

A analista destaca também que a queda na população ocupada foi generalizada, atingindo sete dos dez grupos de atividades observados na pesquisa. Dos 4,9 milhões de pessoas que saíram da população ocupada, 1,2 milhão veio do comércio, 885 mil saíram da construção e 727 mil, dos serviços domésticos.

Foi a maior queda nos serviços domésticos desde o início da série, em 2012. De acordo com Adriana Beringuy, a queda pode estar associada às medidas de isolamento social. “Várias famílias podem ter dispensados os seus trabalhadores domésticos em função dessa questão do isolamento. É uma queda bastante acentuada”, analisa.

Com a queda recorde da população ocupada, a massa de rendimento real também teve a maior retração da série histórica. “É uma queda de 3,3%, o que significa que em um trimestre a massa de rendimento teve uma retração de R$ 7,3 bilhões”, comenta Adriana.

Por outro lado, o rendimento médio real recebido pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2.425 no trimestre encerrado em abril, sendo o maior da série histórica. “Esse aumento pode estar associado ao fato de que os trabalhadores informais, que ganham menos, foram o grupo que mais saiu da ocupação. Os que ficaram foram trabalhadores que relativamente têm salários maiores. Agora temos uma situação de menos trabalhadores informais e o rendimento médio acaba sendo calculado em cima de quem permaneceu no mercado de trabalho”, conclui.

Força de trabalho e desalento

A força de trabalho potencial, que inclui pessoas que não estavam nem ocupadas nem desocupadas, mas que possuíam potencial para se transformarem em força de trabalho, aumentou 24%. São 1,9 milhão de pessoas a mais nessa situação.

“Se por um lado, a gente teve uma queda bastante acentuada na ocupação, também teve um aumento recorde da população fora da força de trabalho, que foi de 7,9%. O que provocou um aumento da chamada força de trabalho potencial, muitas pessoas nem estão ocupadas, pararam de procurar trabalho, mas estão ali na força potencial, o que contribuiu para a gente ter um aumento muito importante da taxa de desalento, que volta a crescer depois de um bom tempo em estabilidade”, complementa a analista.

Os desalentados, subgrupo de pessoas da força de trabalho potencial, foram estimados em 5 milhões, um acréscimo de 7% em relação ao último trimestre. São 328 mil pessoas a mais que não estão ocupadas mas que, por alguma razão, também não estão procurando emprego. É o maior número de desalentados desde o início da série histórica.

“São as pessoas que, por exemplo, não procuram mais emprego ou porque não tem qualificação suficiente ou porque é considerada jovem demais ou velha demais ou não tinha trabalho ali na localidade na região em que ela vive. Então esse desalento aumentou bastante”, explica Adriana Beringuy.

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