Luis Arce, ex-ministro da economia e finanças públicas da Bolívia por mais de uma década durante a administração de Evo Morales e partidário do Movimento Al Socialismo (MAS), lidera pesquisa de intenção de voto para a presidência do país.
A pesquisa, do Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (CELAG), sondou ainda a aprovação ao governo atual, da presidente interina Jeanine Áñez, e o que os bolivianos esperam ser prioridade para o governo.
2.000 bolivianos foram entrevistados para a obtenção dos resultados divulgados.
Arce lidera com 41.9% das intenções de voto, seguido pelo ex-presidente Carlos Mesa, que tem 26.8% e presidiu o país entre 2003 e 2005, além de ter sido o segundo colocado nas eleições de 2019, vencidas por Morales e contestadas pela oposição.
Em terceiro lugar, pontua a presidente interina Jeanine Áñez, com 13.3%. Ela tomou posse após a escalada do conflito boliviano que forçou Morales a renunciar.
Áñez se defronta com 59.8% de percepções negativas sobre a gestão do Governo da pandemia e 65.2% de percepções negativas sobre a gestão econômica.
Atrás de Áñez, com 9.1%, vem Fernando Camacho, um dos mais radicais opositores de Evo Morales e uma das lideranças que incitou opositores a exigirem a renúncia de Evo em 2019.
Com 4.5% e 4.4%, respectivamente, o boliviano-coreano Chi Hyun Chung, um severo crítico das pautas LGBT, e o ex-presidente Tuto Quiroga, que presidiu o país de 2001 a 2002, completam a lista de candidatos.
A pesquisa levanta ainda que 76.5% dos entrevistados têm uma imagem negativa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Além disso, dados demonstram ceticismo com “os meios de comunicação”, afirmando que 73.2% dos entrevistados acreditam que “fazem propaganda” enquanto 19.7% pensam que eles “informam corretamente” a população.
A pesquisa também levantou que 64.1% dos entrevistados apoiam a aplicação de tributos sobre grandes fortunas e que 62.4% concordariam mais com “suspender os pagamentos da dívida pública e renegociá-la”, contra 17% que pensam que “deveria ser paga como é” e 20.6% que pensam que “se deve deixar de pagá-la e exigir sua anulação”.
74.5% dos entrevistados acreditam ainda que o Estado deveria regular e liderar o processo de desenvolvimento econômico, contra 19.6% que teriam afirmado que “a economia funciona melhor livremente”.
A economia, o coronavírus e a corrupção foram os três principais temas levantados pelos entrevistados quando perguntados sobre as prioridades do Governo boliviano.
Segundo o que declararam os entrevistados, 40.0% seriam de classe média de origem popular; 24.5% de classe média “a vida inteira”; 31.3% de “classes populares” e 0.3% de classe alta. 3.9% não souberam ou não quiseram responder.
A pesquisa completa aqui.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!