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Vitória de Milton Leite (DEM) na Câmara de SP expõe racha na bancada de esquerda

A segunda gestão de Bruno Covas (PSDB) na Prefeitura de São Paulo vai ter como presidente da Câmara Municipal o vereador Milton Leite (DEM) que foi eleito com 49 votos dos vereadores. Na disputa que aconteceu nos bastidores, o parlamentar do DEM fechou acordo com a bancada do PT que cedeu oito votos em troca […]

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A segunda gestão de Bruno Covas (PSDB) na Prefeitura de São Paulo vai ter como presidente da Câmara Municipal o vereador Milton Leite (DEM) que foi eleito com 49 votos dos vereadores.

Na disputa que aconteceu nos bastidores, o parlamentar do DEM fechou acordo com a bancada do PT que cedeu oito votos em troca de cargo na Mesa Diretora. Sendo assim, Juliana Cardoso (PT) foi eleita primeira secretária da Câmara Municipal.

Mais velho da Casa, o vereador eleito com votação recorde pelo PT, Eduardo Suplicy, votou no candidato do DEM por orientação do partido.

Fonte: Reprodução / Twitter

Enquanto os petistas fechavam acordo com Leite, o PSOL decidiu lançar candidatura própria com a vereadora Erika Hilton, primeira trans eleita na capital paulista. A decisão dos psolistas causou racha na bancada de esquerda que é composta por 14 dos 55 vereadores da Casa.

Líder do partido na Câmara, a vereadora Luana Alves foi ao plenário e não poupou as palavras para criticar o PT e afirmou que o PSOL “não se vende por cargos”.

Fonte: Reprodução / Twitter

A crítica da parlamentar psolista foi vista por alguns parlamentares do PT como benéfica a bancada da direita que conquistou mais uma vaga na Mesa Diretora com o vereador Fernando Holiday (Patriota).

Além disso, os petistas também afirmam que o partido vai continuar sendo oposição a Covas, mas que não vai marcar posição só por marcar.

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EdsonLuiz.

04/01/2021 - 14h10

Se deu esta eleição para escolher o presidente do Parlamento do Estado de São Paulo. Estão em curso as articulações para a eleição do presidente para o Parlamento do Estado Central brasileiro.

A eleição regional em São Paulo, assim como a eleição central em Brasília, envolve basicamente as mesmas forças ideológicas, mais precisamente os fragmentos dos seis sabores básicos que compõem o arco ideológico, em um quadro partidário aviltantemente fragmentado.

Nas articulações em curso para a eleição no Poder Central o PT se insinuou para as partes em disputa, se insinuou para a parte articulada com o apoio do presidente bolsonaro e com a parte que no Parlamento Central lhe conserva independência e mais lhe faz oposição. Com o recesso em Brasília, o PT deixou a sua posição em suspenso, tendendo neste momento mais a se juntar à oposição a bolsonaro por estar sobre a pressão do repúdio indignado de nós que não concebemos nenhum apoio a quem está monstruosamente colocando em risco a democracia institucional do Brasil. Mas primeiro o PT flertou com o bolsonarismo.

Não temos confiança de que o PT irá ajudar os que precisam derrotar as ameaças institucionais que pairam sobre o Brasil. Fora o flerte com os nostálgicos do Brilhante Ustra e nenhum compromisso com a democracia – compromisso que nunca teve, embora da democracia faça tantas declarações de boas intenção – a nossa falta de confiança em compromissos minimamente saudáveis do PT se dá por muitas outras coisas, sendo as mais graves e mais recentes o PT ter contribuído com o bolsonarismo para elegerem juntos o nome indicado por bolsonaro para a Procuradoria Geral da República, o Augusto Aras, e os votos do PT – e são muitos votos – para eleger o nome indicado por bolsonaro para o STF, o Kássio Nunes Marques. Esse caso de ajudar a eleger o Ministro Kássio Nunes é de todos o mais grave, visto que é no STF que são decididas as interpretações sobre a ordem constitucional vigente, em um país que sabemos já ter uma ordem que não nos serve de cidadania.

Agora essa, de o PT alinhar os seus muitos votos na assembleia para reproduzir o poder excludente em que se constitui o parlamento regional em São Paulo ( e excludentes são, de resto, os parlamentos locais, estaduais e municipais, em todo o país).

Ali em São Paulo o caso não é tão grave. Os fragmentos políticos PSDB e DEM, que estão à frente do executivo daquele Estado, podem ser criticáveis, mas todas as forças políticas são criticáveis. O PSDB e o DEM são legítimos defensores da democracia e alí no Estado de São Paulo, sob o ponto de vista institucional, não paira neste momento nenhuma ameaça institucional. Exatamente por isso, por o caso de São Paulo não exigir nenhum esforço político de afirmação da democracia, foi de todo desnecessário e reprovável o posicionamento do PT. Será muito mais grave se eles colaborarem, direta ou indiretamente, para reforçarem o bolsonarismo na Câmara Federal, quando, alí sim, deveriam se compor para derrotar o arbítrio.

Mas vou ser sincero: não me surpreende estes posicionamentos do PT. Também não me surpreende que os eleitores que preferem o sabor ideológico de esquerda esteja cada vez mais abandonando o PT e suas incoerências e mentiras e se bandeando para a muito maior coerência do PSOL.

Alexandre Neres

04/01/2021 - 12h30

Acho que seria mais importante dizer que o vereador Camilo Cristófaro (PSB) votou a favor do fim da gratuidade de transporte público para idosos de 60 a 65 anos e que a Soninha Francine se absteve (Cidadania), juntamente com os indefectíveis do DEM, PSDB, PSD, PP, Republicanos etc. etc. etc. Pra variar, só PSOL e PT juntos votando todos contra.

Batista

04/01/2021 - 10h22

Bem não percamos tempo em explicar composições de mesas legislativas entre bancadas, municipais, estaduais e federais, e com a mais da mesma tentativa de sempre, em fazerem uso, no caso, da bem intencionada, equivocada Luana Alves em nome do PSOL (tanto que com a terceira bancada da câmara de São Paulo, atrás do PT e do PSDB, deixou ‘mamão com açúcar’ o ‘patriota’ Fernando Holiday ocupar o estratégico cargo à oposição, que o PSOL ocuparia à mesa, caso não tivesse lançado inutilmente candidato, a não ser para municiar os ‘Cafezões & Cafezinhos’ atacarem o PT, só para não variarem…

No post, o fato que realmente interessa e portanto merecedor de ser devidamente informado ao público, diz respeito ao tamanho da bancada eleita pela esquerda na câmara de São Paulo, 16 candidatos, entre os 55 eleitos.

Pelo PSOL 6 e pelo PT 8, com os demais partidos de esquerda e os que dizem-se de esquerda, zero, absolutamente varridos, não da mesa como o PSOL, mas da câmara da maior e mais importante cidade brasileira, e pior, no Rio de Janeiro elegeram um e em Belo Horizonte três, ou seja nas três mais importantes cidades, foram de zero a traço os ditos ‘progressistas-trabalhistas’.

    Batista

    04/01/2021 - 11h07

    Ao invés de 16 no total, são 14 os vereadores eleitos pela esquerda.


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