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Quem perde e quem ganha com a volta de Lula ao jogo político de 2022

Antes de analisar o impacto da decisão do STF, que anulou os processos contra Lula em Curitiba, restituindo os direitos políticos do ex-presidente, gostaria de lembrar que, há poucos anos, quando a Lava Jato vivia o apogeu, os ministros do Supremo Tribunal Federal flanavam por aí apregoando que o século 21 seria o “século do […]

36 comentários
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Antes de analisar o impacto da decisão do STF, que anulou os processos contra Lula em Curitiba, restituindo os direitos políticos do ex-presidente, gostaria de lembrar que, há poucos anos, quando a Lava Jato vivia o apogeu, os ministros do Supremo Tribunal Federal flanavam por aí apregoando que o século 21 seria o “século do Judiciário”.

Segundo essa concepção, o século 19 havia pertencido ao Legislativo e o século 20, ao Executivo. Agora seria a vez dos homens da toga dominarem o mundo.

Apesar de ser uma grande bobagem, a expressão era uma triste verdade, ao menos no Brasil, onde o judiciário ganhou um poder sobre a república totalmente desproporcional, produzindo um desequilíbrio político cada vez mais profundo, que culminou na eleição de um presidente de extrema direita.

Felizmente, a democracia tem seus anticorpos, dispositivos internos que, no médio e longo prazo, trazem soluções às crises mais terríveis.

A decisão do ministro Fachin que anulou os processos de Lula, por exemplo, pode ter representado o fim de uma era. O “século do judiciário”, ao menos no Brasil, experimenta um fim precoce.

Isso tem tudo a ver com nossa análise sobre Lula. Porque assim como os personagens influenciam o ambiente político, é ainda mais correto afirmar que o ambiente político produz os personagens.

Bolsonaro foi quase que inteiramente inventado pelo ambiente político.

Lula é um grande personagem, mas mesmo os grandes dependem do ambiente político.

Um Lula livre de processos, empoderado por uma vigorosa vitória judicial, e, sobretudo, num ambiente político no qual o PT não é mais o inimigo número um do judiciário e da mídia, é um Lula completamente diferente.

Claro que ainda é preciso esperar o que a justiça do Distrito Federal, que herdará os processos do ex-presidente, irá fazer. Mas dificilmente os arbítrios perpetrados pela Lava Jato curitibana se repetirão, até porque os mecanismos que seus operadores utilizavam já foram desmontados, a começar pela parceria espúria com a mídia.

Quem mais ganha com a decisão do STF, portanto, é o próprio Lula, porque o ex-presidente não apenas recupera seus direitos, mas também aparece como uma espécie de heroi maior de um drama épico, que consumiu a opinião pública brasileira nos últimos anos. Lula foi condenado injustamente, em seguida foi preso. Decidiu acatar a decisão, o que se revelou sensato de sua parte, jogou o jogo pelas regras do bom Direito, mas desta vez sem esquecer de também fazer a luta política. E venceu ao final.

Com a decisão, Lula volta ao jogo político em grande estilo.

E as outras forças? Quem perde com a decisão de Fachin?

Alguns analistas se apressaram a dizer que Bolsonaro também seria beneficiado pela decisão, por causa da “polarização”.

Nada é absoluto. Bolsonaro ganha um pouco com a decisão de Fachin porque a entrada de Lula tende, de fato, a mobilizar o antipetismo em torno de seu nome.

Os próprios bolsonaristas tentam vender essa narrativa, mas forçando a barra, pois não olham para o outro lado.

O Lula que reentra no jogo não é o mesmo Lula de antes. Não é o Lula condenado. É um Lula limpo, sem condenação judicial, com a aura de um “mártir” injustiçado. O poder de propaganda dessa imagem não deve ser subestimado.

Sergio Moro me parece carta fora do baralho. Sua pontuação nas pesquisas, em torno de 10%, pode até ser significativa, mas não é suficiente para convencer alguém que já largou o confortável emprego de juiz a abandonar seu novo ganha-pão, de corretor dos restos da Odebrecht, no qual vem auferindo renda milionária.

Além do mais, ele perdeu a aura de campeão da justiça, e, ao contrário, deverá concentrar suas energias para não ser punido severamente por seus abusos.

Moro é a principal “vítima” da decisão do STF, pois será visto como derrotado tanto pela direita como pela esquerda.

Luciano Huck também tende a desaparecer diante da polarização entre Bolsonaro e Lula. Parte de seus eleitores migram para Lula, parte voltam para Bolsonaro.

Ciro, por sua vez, perde de um lado, mas ganha de outro.

Ciro perde porque Lula e PT saem fortalecidos com a decisão de Fachin. E com isso fica mais difícil para Ciro cavar espaço eleitoral dentro da centro-esquerda, em função do poder gravitacional de Lula, ampliado agora por sua vitória judicial.

Mas o pedetista também ganha, por ser um dos poucos candidatos com um capital eleitoral próprio, em torno de 10% dos eleitores totais, que ofereceria uma alternativa real tanto ao PT como a Bolsonaro. Com o esvaziamento de Moro e Huck, o pedetista pode herdar uma parte desses eleitores.

O maior trunfo de Ciro, todavia, e talvez sua única chance, seria o esvaziamento de Bolsonaro.

Se é um erro subestimar Bolsonaro, seria pior ignorar que o presidente vem acumulando uma quantidade assustadora de ações e falas criminosas, que irão todas se voltar contra ele assim que a população começar a perder a paciência.

A queda política de Bolsonaro não precisa ser um impeachment, mas simplesmente um momento de ruptura emocional entre o povo e seu presidente. Se isso acontecer, será como o rompimento de uma gigantesca barreira. Votos irão jorrar como maná dos céus para todos os candidatos competitivos. Será que esses ex-bolsonaristas voltariam para o PT, ou escolherão uma alternativa?

Quando a temperatura política começar a subir, poderemos testemunhar mudanças expressivas na conjuntura. Quase todas as pesquisas já identificaram um movimento gradativo de piora da avaliação do presidente. Esse movimento tem ainda uma característica perigosa para Bolsonaro: o aumento da rejeição junto a classe média e eleitores de grandes cidades, segmentos que foram essenciais para sua vitória e para a sustentação de seu governo. Isso poderia ser o sinal de declínio de poder gravitacional, o qual, em política, é representado exatamente pela capacidade do candidato de mobilizar a opinião pública em seu favor.

Segundo pesquisa CNN divulgada hoje, Bolsonaro teria 31% dos votos num eventual primeiro turno, seguido de Lula, com 21%, Moro, com 10%, e Ciro, com 9%.

Se Bolsonaro perder uns 10% de seus eleitores, para onde eles iriam?

Aliás, neste sentido é importante haver uma alternativa forte tanto ao PT como a Bolsonaro. Sem essa alternativa, o eleitor pode resistir a se desprender de Bolsonaro, dificultando o trabalho de minar o potencial de votos do presidente.

Diante da volatilidade da política brasileira, seria inclusive temerário cravar que Bolsonaro estará necessariamente no segundo turno. Esses 31% que ele tem na pesquisa da CNN não nos autorizam afirmar isso. Se ele tivesse mais de 50% das intenções de voto, tudo bem, mas 31%, com viés de queda, podem virar facilmente 20%, e daí tudo pode acontecer.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Lanto

12/03/2021 - 14h42

Em suma: TODOS GANHAM, exceto Bolsonaro e sua corja!

Dhaise Maria

11/03/2021 - 10h27

O líder petista recebeu um claro “sinal verde” do imperialismo ianque (que de fato controla o STF), que para “cancelar” o presidente neofascista, a nova gerência da Casa Branca admite até colocar Lula de volta ao jogo político do Brasil.

Ricardo JC

11/03/2021 - 09h20

A análise, de um modo geral, me parece sensata, ainda que eu possa pontuar algumas questões que entendo de modo diferente. Uma coisa que realmente não compreendo (acho que nem o Miguel vai saber se explicar) é: por que diante desta constatação de que a única chance de Ciro reside no esvaziamento de Bolsonaro, ele escolheu o PT como adversário (parece mais inimigo do que adversário) primário? Alguma coisa não bate na análise ou na estratégia dos ciristas.

Willy

11/03/2021 - 09h11

Lula fingiu de se candidatar em 2018 quando viu que os processos contra ele estavam indo para frente, nao queria se candidatar de jeito nenhum, foi obrigado para ter a narrativa da persecuçào politica.

Lembrando que a caravana dele estava levando pedradas e tiros.

Ainda nao conheçem esse Pilantra ou sao tanto ingenuos assim…?

Efrem Ventura

11/03/2021 - 09h08

Lula se candidatarà somente com a certeza de ganhar pois dessa véz nao terà mais a desculpa da persecuçào judicial/politica e outras palhaçadas que inventou caso perca.

Enfim…acho que nao vai se candidatar, nao vai arriscar de perder seu historico de vencedor agora com quase 80 anos de idade, cairia no chao toda a narrativa construida de 2018 pra cà na qual poucos acreditam

No more…

dcruz

11/03/2021 - 07h42

Quem ganha é o povo que terá um candidato legítimo que o vai defender acima de tudo, e se for presidente novamente, sem dúvida, irá galgá-lo a níveis bem superiores na escala social como já fizera em suas gestões anteriores. Agora resta saber como esse povo vai receber essa dádiva, já que se deixa influenciar facilmente pelos falsos cantos de sereia que ecoam por todo país e é capaz de mais uma vez trair o Lula, o maior presidente do país, em troca das mentiras que esses facínoras que estão no poder prometem. Lula em seu discurso descreve sua preocupação com a fome do povo que ele tanto ama e que agora bozo e companhia tornaram a jogar nessa triste realidade. Infelizmente o ódio da classe média por Lula ainda está entranhado na alma desse pobre povo que como bovídeos mal conduzidos ainda vê o bozo como seu verdadeiro messias. Por enquanto eles têm o presidente que o escolheram. O problema é quando vão se autocriticar e reconhecer o terrível erro que cometeram.

Netho

11/03/2021 - 03h32

Lula é especialista na arte seletiva e bom de apagão memorial. Sua criatura, a ”gerenta”, entre 2013 e 2016, operou uma obra prima em matéria de promover depressões econômicas à brasileira.
O PIB foi a -6,8%. uma média de -3% por ano. O PT levou a taxa de desemprego escalar de 6% a 11%. Bilhetes vermelhos a 12 milhões de trabalhadores. Ainda não havia a pandemia do Messias da República das Milícias.
Lula continua palanqueiro, mas não é possível segurar no gogó os esqueletos e fantasmas que levaram o partido da estrela caída a não eleger nenhum prefeito em nenhuma capital do país, em plena pandemia.

    Francisco

    11/03/2021 - 14h25

    Esse, faz lembrar o causo do sujeito no meio da praça com o pé em cima de um banquinho, acompanhado do violão em extensa e continuada nota só, esgoelada ao público, que ao repetir da nota solo, em camadas logo se afasta até restar próximo um único presente, quando então o sujeito resolve encerrar a cantoria, não sem antes aproveitar para agradecer o solidário fã:
    – Como é teu nome?
    – Olegário.
    – Caro Olegário, gostaria de agradecer a especial atenção oferecendo um bis, caso aceite?
    – Não carece não, moço, gosto mais da bolacha Maria e só tô esperando tirar o pé do banquinho, pra pega-lo e ir embora pra casa.

Paulo César Cabelo

10/03/2021 - 23h05

Finalmente Miguel deixou clara a estratégia de Ciro , ganhar votos de fascistas.

PROLETARIO

10/03/2021 - 22h25

Para de mimimi, Cirete!!!
Viva Luiz Inácio! !
Chupa que a cana é doce!!

helio

10/03/2021 - 22h05

O gigante Lula, político na essência, mestre construído na política ou mestre construtor da política, tornou todos os seus adversários pequenos e amedrontados. Marina, a ressentida; Ciro, o inconsequente; Moro, o iníquo; Bolsonaro, o limítrofe; em discurso de menos uma hora e meia. Apenas, em rápidas pinceladas, decifrou os problemas e soluções imediatas do Brasil. O Bolsonaro tomou algumas anotações sobre a importância do uso da máscara e aplicação urgente da vacina, seja de que país for, lembrou o velho mestre.

Thiago

10/03/2021 - 21h17

Lula estará no segundo turno, como o PT sempre esteve. Minha esperança é o Ciro (minha torcida para isso), ou ate mesmo a porcaria do Dória, conseguir desidratar o Bolsonaro. Seria muito bom para o Brasil ele não passar nem para o segundo turno. Tem chão até lá, tendência é o Bolsonaro se afundar cada vez mais. Vai ficar com uns 15% cego, espero que perca o resto.

Araken Vaz-Galvão

10/03/2021 - 21h09

Muito boa sua análise. Há algo que pode ser ruim para Bolsonaro: uma série de medidas que, antes de tudo, demonstra somente arrogância e isso pode ser catastrófico.

Kleiton

10/03/2021 - 20h43

É só perguntar para a Dilma: https://youtu.be/fVZywErGTc8

Irmão Brother

10/03/2021 - 20h21

Desencana do Ciro, Miguel!

    Sebastião

    11/03/2021 - 01h21

    Reinaldo falou na terça, que se Dória e Hulck dormirem, Ciro vai querer ser o candidato da centro direita. Que Ciro é contra o teto de gastos e contra a independência do BC, mas por apoios do centrão, pode negociar. É bem típico de Ciro. Desde 2002, beijando a mão do velho ACM e em 2018, pedindo perdão a Pauderney. Agora com Lula, o ressentimento persiste.

Adilson José Almeida

10/03/2021 - 19h49

Pesquisa muito recente, acho que a polarização vai acentuar-se, Ciro e Moro vai derreter.

Efrem Ventura

10/03/2021 - 19h11

Quem votaria no Sergio Moro no primeiro turno vai votar no Lula no segundo…? Eu acho que nao.

E nem todos que votariam no Cirolipa no primeiro turno votariam para Lula no segundo, preferem anular o voto que votar no Bolsonaro ou no Lula.

As chances de Lula ganhar a eleiçào sao menos de zero, ele sabe disso e por tanto nao se candidatarà mas colocarà outro poste.

    Ricardo JC

    11/03/2021 - 09h26

    Não é o que mostra a pesquisa recente do IPEC, que aponta o Lula como o candidato de maior potencial eleitoral. É certo que o potencial não mostra a intenção de voto, mas diz muito sobre as possibilidades de migração de voto, que é justamente sobre o que você especula. Acho importante esperarmos um pouco para uma maior consolidação do quadro. Hoje, logo após os eventos desta semana, decididamente, não é o melhor momento para cravar qualquer análise (ainda que eu ache importante que sejam feitas).

    Ventura Efrem

    11/03/2021 - 09h45

    É o cúmulo do desespero falar algo que nem vc acredita.

    Passou recibo.

Alexandre Neres

10/03/2021 - 19h10

Gente, tô preocupado. Cadê Serjumoro? Morreu? Desapareceu? Foi atropelado com requintes de crueldade e nem deu as caras. Não se manifestou. E Tantã Dinheirol? Cadê a orcrim? Cadê os defuntos da Lava Jato? Todos sabemos quem são neste blogue, espero que mantenham a coerência e continuem defendendo seus santos de pau oco.

E o Huck? Por acaso, alguém tem alguma dúvida de que suas veleidades políticas irão passar e ele irá reinventar-se, trocando o sábado pelo domingo, quem sabe rodeado de feiticeiras e tiazinhas?

Deus te ouça, Miguel, que o Bolsonero despenque por seus próprios deméritos e que o segundo turno de 2022 seja disputado por dois progressistas: Lula e Ciro Gomes. Mas que seja uma campanha de alto nível e sem ataques abaixo da cintura de parte a parte.

PS Que bom que você reconheceu que a estratégia de Lula de se apresentar à Justiça foi correta, contra tudo e contra todos, em busca do sonho de sua dignidade, enfrentando um poder muito maior do que ele e que no decorrer de mais de 500 anos não raro esmagou sub-cidadãos como o peão, retirante nordestino, que representa todos os espoliados. Lula é um sertanejo, é um colosso!

franco

10/03/2021 - 19h07

Em um segundo turno entre Lula e Moro o ex juiz ganha facil.

    Ricardo JC

    11/03/2021 - 09h31

    Me perdoe, mas acho que este quadro, hoje, não tem a menor possibilidade de ocorrer. Moro nada na mesma raia de Bolsonaro e depende, em grande medida, que o presidente (?) despenque em popularidade. Pode até ir a um segundo turno com o próprio Bolsonaro e basta, para isso, que a centro-esquerda entre em autocombustão com uma super fragmentação, o que pode acontecer. Mas Lula x Moro, hoje, me parece uma total ilusão. Não vejo como o Bolsonaro ficar de fora do 2o turno, infelizmente, pois é a demonstração cabal de que fracassamos miseravelmente como sociedade.

      EdsonLuiz.

      13/03/2021 - 03h17

      “…fracassamos miseravelmente como sociedade.”.

      Fracassamos! Fracassamos sim! E a sociedade sabe-se fracassada.

      Vemos agora, em meio a esta pandemia
      imensurável, com já mais de onze milhões de infectados e contando, quantos, talvez bem uns dois milhões de sequelados, milhares e milhares dos quais certamente passarão o resto de seus dias carregando os rins em uma bandeja e com o coração na mão, dos quais eu testemunho hoje pessoalmente alguns; estamos neste exato momento a onze cadáveres para contar duzentas e setenta e três mil pessoas falecidas, parentas e amigas de talvez umas oito milhões.

      Quando for possível, daqui a um ano e meio, dois anos, matemáticos e estatísticos da saúde começarão os reestudos que apontarão milhões de outros sequelados de todo tipo, pulmão, coração, rins, fígado, visão, cérebro, cognição. Os estudos irão destampar mais muitos e muitos milhares de mortos, a se juntarem aos números de agora, acrescidos mais a uns talvez cento e vinte a cento e cinqüenta mil novos falecidos até maio próximo, e eu desejo sem muita esperança que não sejam ainda muitos mais. Quantos haverá de ser ao todo, ao final, considerando só os mortos?

      E dentro disto, estamos abandonados!

      O capitão comandante, ele mesmo um suicida, estimula que marchemos rumo à morte. E muitos de nós vamos, os que não têm outra opção senão se expor para conseguir alimentos para si e para suas crias.

      E não reagimos! Não reagimos! Não reagimos!
      E ninguém reage por nós!

      O que fizeram conosco?
      O que fizemos de nós?

      Desculpem!
      Desculpe, JC!

        EdsonLuiz.

        13/03/2021 - 03h24

        Me desculpe!

Ugo

10/03/2021 - 19h06

“O Lula que reentra no jogo não é o mesmo Lula de antes. Não é o Lula condenado. É um Lula limpo, sem condenação judicial, com a aura de um “mártir” injustiçado. O poder de propaganda dessa imagem não deve ser subestimado.” ….os brasileiros nao sao os idiotas que vcs imaginam.

Sebastião

10/03/2021 - 18h59

Os votos de Moro são de extrema direita, mas que podem ir pra Dória. Agora os votos de Hulck que irão pra Lula. Ainda assim, uma margem de votos de Bolsonaro e Moro, irão pra Lula. Porque, eleitores que votavam em Lula, votaram em Bolsonaro em 2018. É só olhar as capitais, que deram mais votos a Bolsonaro que a Haddadd. E também, é necessário lembrar, que Lula era o único favorito pra 2018, que mudou pela inelegibilidade e pelo fator facada de Bolsonaro. Com a ajuda da Globo(ainda é um meio de comunicação influente), Lula será beneficiado pela anulação. Saiu uma pesquisa após a anulação e as pessoas ainda estão perdidas, e sem entender, sendo contra a anulação. Na medida que ficarem esclarecidas, o apoio a Lula vai aumentando.

Tony

10/03/2021 - 18h57

Falar de Lula em 2021 é ridiculo, é sinal claro da falencia da esquerda que nunca soube se renovar e propor ninguem além desse pilantra.

Paulo

10/03/2021 - 18h41

Há ganhos e perdas. Perdem aqueles que acreditavam no fim da impunidade, sem dúvida, e do divisionismo da política identitária petista e sua consequente tentativa de impor uma hegemonia cultural gramsciana, entre nossos compatriotas. Ganham os que desejavam uma liderança – eu diria mais um contraponto, necessário, aliás – para conter a verve autoritária de Bolsonaro e os interesses da banca…Basicamente, é isso, mas há muito mais nuances. Só sei de uma coisa: um 2º turno entre o Capetão e o Luladrão era tudo de que não precisávamos…

José de Souza

10/03/2021 - 18h28

Sonhar não custa nada. Depois que o Bozo foi eleito, qualquer especulação é possível, mesmo as mais absurdas. Agora com Lula de volta ao jogo, livre-leve e solto, Ciro volta a ser um simples coadjuvante. Do bolsonarismo extremado ao PCO, passado pelo centrão, essa é a impressão geral. Mas, nada é impossível no Brasil. Mesmo que bem pouco factível.

Tiago Silva

10/03/2021 - 18h20

Lula e o PT sempre tiveram historicamente 25% a 30% dos votos no Brasil o que lhe possibilitaria chegar ao segundo turno como candidato de centro-esquerda, porém o Bolsonaro pode ter queda em sua popularidade, pois se por um lado hoje inviabiliza outro candidato de direita… Seu potencial eleitoral, principalmente pq apenas 10% a 15% são os bolsonaristas raiz ou que o tratam como religião, poderia migrar para outro candidato… Porém nunca Ciro Gomes.

Por isso, o equívoco (ou como bem foi chamado de “ignorância”, por ser reiterada e sem nenhuma perspectiva estratégica) de Ciro Gomes. Explico: Ciro se perde quando se apresenta como “Biruta de Aeroporto” atirando para todos os lados e municiando com memes e vídeos principalmente a direita que não vota nele deixando de ser confiável a eleitores de perfil de esquerda (perde o voto de primeiro turno e também o voto útil de segundo turno).

Infelizmente, ainda não foi percebida pelo Ciro, pelo Miguel do Rosário, pelos Cirulipasminions que os assessoram, entre outros que primeiro o Ciro teria que desconstruir o Sistema que apoiou Bozo e hoje apoia o Sérgio Moro. Se Ciro centra-se a sua verborragia apenas nestes polos do NeoFascismo atual do Brasil, conseguiria apoio da esquerda e votos de uma classe média (principalmente voto masculino, do Sul e com ensino superior – perfil hoje que está saindo do Bozo para o corrupto do Moro) e que poderia se ver enganada pelo Moro, Globo, GloboNews,CNN, Antas, etc…

O Ciro, o Blog Cafezinho e outros Cirulipasminions parecem o Fachin da Política, pois demoram muito para verem o óbvio e mesmo depois de anos (pelo menos 3 anos)… Ainda tentam subterfúgios para insistir em visões (o melhor seria falta de visão) ou estratégias equivocadas.

Galinze

10/03/2021 - 18h03

Lula não se candidatarà.

    Garnizé

    11/03/2021 - 09h46

    Tua torcida é contagiante!!


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