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Sem fertilizantes pós Lava Jato Brasil chegará fragilizado na Rússia

Em meio a uma baita crise diplomática mundial, o Brasil vai à Rússia e nada indica que seja para uma simples conversa sobre Copa do Mundo. Segundo o jornalista Leandro Prazeres da BBC será um “evento empresarial e tentativas de manter aberto o fluxo de exportação de fertilizantes para o agronegócio brasileiro”. O mercado de […]

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08/12/2017- Centenas de estudantes e militantes do Levante da Juventude realizaram na manhã desta sexta-feira, 08, um escracho contra a presença do juiz federal Sérgio Moro, em um evento realizado pela diretoria da Petrobrás, na sede da empresa, no Rio de Janeiro. Com cartazes, faixas, paródias, jograis e performances, os jovens denunciaram os impactos da Lava Jato na economia do país e criticaram os métodos e a parcialidade de Moro na condução da operação. Foto: FUP

Em meio a uma baita crise diplomática mundial, o Brasil vai à Rússia e nada indica que seja para uma simples conversa sobre Copa do Mundo. Segundo o jornalista Leandro Prazeres da BBC será um “evento empresarial e tentativas de manter aberto o fluxo de exportação de fertilizantes para o agronegócio brasileiro”.

O mercado de fertilizantes é um gargalo para os países num momento em que os russos ameaçam estrangular o gás que chega à União Europeia. E pior, o Brasil é totalmente dependente do produto deles.

As consequencias de um país devastado pela sanha do mercado privado e dos governos de direita é um Estado sem força, sem estrutura e sem planejamento para agir basicamente como Estado. 

O desastre da Lava Jato no mercado de petróleo, por exemplo, devastou a indústria petroquímica e pode nos custar caro, afinal a falta de um produto que é essencial pro país como os fertilizantes não é um probleminha qualquer.

As Fábricas de fertilizantes (Fafens) são históricas no mercado brasileiro mas foram muito prejudicadas pela República do Paraná e abandonadas pelo governo Temer e depois por Bolsonaro. Obras bem avançadas como da Fafen Três Lagoas (MS) foram paralisadas e as Fafens em posse da Petrobrás (SE, BA e PR) foram sucateadas e fechadas pelos governos de direita.

Em meio a uma guerra e pressões para todos os lados, Bolsonaro chegará na Rússia sendo altamente dependente de um produto deles, obviamente uma péssima posição de negociação.

As feridas abertas da soberania nacional começam a cobrar seus preços.

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Tadeu Porto

Petroleiro e Secretário adjunto de Comunicação da CUT Brasil

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Comentários

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marco

04/02/2022 - 21h01

Você acha que agora melhorou?
Eu não acho pois agora somos nós os assaltados por essa pol[itica de preços insana e corrupta.

EdsonLuíz.

02/02/2022 - 21h10

Correção para abaixo: “não impeçam”.

EdsonLuíz.

02/02/2022 - 21h05

Claro que respeito essa manifestação corporativista de Tadeu Porto; só não concordo. Corporativismo pode ser muito bom para os seus poucos beneficiados, mas é péssimo para o país.

Claro também que eu acho que a declaração sem maiores explicações do candidato a presidente, sr Sérgio Moro, sobre privatizar a parte estatal da Petrobrás exija atenção.

A Petrobrás pode ser privatizada, mas isso não pide acontecer de qualquer neito, sem mais e sem menos!

Eu defendo que a maior parte do que o Estado tem na Petrobrás deve ser privatizada, mas não a empresa toda. Eu acho que o Estado deve permanecer nessa cadeia produtiva, mantendo uma empresa de petróleo menor, totalmente estatal, que sirva de empresa-espelho para pesquisa e regulação de mercado. Mas que seja uma empresa auto-sustentável, e portanto essa empresa deverá ter o tamanho mínimo necessário. E deverá atuar muito com importação ou com exportação, a depender do trade off

Os recursos arrecadados com a privatização eu defendo que sejam integralmente aplicados em uma outra estatal, no mesmo setor de energia, para localizar o Brasil nos negócios de tecnologia sustentável nessa área, para dar respostas às exigências modernas de produção e uso de energia.

O futuro quanto às novas tecnologias de energia está gritando, um pouco por boniteza e muito por necessidade. Não dá para tapar os ouvidos para não ouvir os gritos; não dá para contornar o futuro, isso que de fato é destino inexorável. Agora, me digam! Pensem primeiro nos déficits financeiros, diante das necessidades de políticas públicas e sociais que temos e me digam! Pensem junto na taxa de juros que temos e no tamanho da dívida e me digam!

De onde virão os recursos para construir o futuro da energia no Brasil?

Se você respondeu que por muitos anos o desastre econômico e seus consequentes déficits e desequilíbrios que Lula e o PT criaram e que bolsonaro não resolveu, como não resolveria, não permitem ver esse futuro contemplado no orçamento, mas também concorda que não é possível adiar o futuro, concordará comigo que o dinheiro para financiar o futuro da energia terá que sair de algum lugar, e não poderá sair da educação, da saúde, da segurança, da previdência e de nenhum outro setor público essencial.

Sem maior experiência e formação humanística, o sr Sérgio Moro, embora ele seja muito bem preparado para combater corrupção, e isto está mais que mostrado pelo bem que ele fez à Petrobrás, desmascarando inúmeros corruptos que agiam na empresa e a ela devolvendo bilhões surrupiados, não está preparado para esse mundo econômico, político, ambiental e social moderno que está mais que batendo, está arrombando a porta, querendo entrar.

Não impessam o futuro! Deixem de ser corporativistas! Votem Ciro Gomes para presidente!

William

02/02/2022 - 19h43

No ano de 2022 ninguém da a mínima bola para sindicatos.

Kleiton

02/02/2022 - 19h42

Onde estavam os sindicatos quando a Petrobrás era assaltada dia e noite pelo quadrilheiros vermelhos e comparsas ?

Ninguém viu nada ou era melhor fingir de nada ?

Faz falta a Petrobrás aparelhada pela petralhada né Tadeuzinho ?

    Norman

    03/02/2022 - 09h05

    Vai estudar, você é burro, cara.


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