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Boulos comenta críticas de Ciro sobre seu apoio à chapa Lula-Alckmin

Nesta quarta-feira, 20, o líder do MTST e pré-candidato a deputado federal, Guilherme Boulos (PSOL), comentou os ataques do presidenciável Ciro Gomes (PDT) contra o seu apoio a chapa formada pelo ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB). Boulos avalia que a artilharia verbal do pedetista pode ser reflexo de seu “desespero” com as […]

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Imagem: Reprodução

Nesta quarta-feira, 20, o líder do MTST e pré-candidato a deputado federal, Guilherme Boulos (PSOL), comentou os ataques do presidenciável Ciro Gomes (PDT) contra o seu apoio a chapa formada pelo ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).

Boulos avalia que a artilharia verbal do pedetista pode ser reflexo de seu “desespero” com as pesquisas eleitorais, que o mostram entre o terceiro e o quarto lugar, sem perspectiva de tirar Jair Bolsonaro do 2° turno.

O psolista citou a viagem de Ciro a Paris, no 2° turno da eleição de 2018, como exemplo de desmoralização da política. Mas apesar disso, Boulos afirmou que vai continuar respeitando o pré-candidato do PDT.

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Alexandre Neres

21/04/2022 - 13h50

Em entrevista à Folha/UOL, Ciro afirmou: ” Lula ‘está destruindo as organizações partidárias’ e ‘especialmente o campo progressista’, citando PSOL, PC do B e PSB, partidos que se aliaram ao petista.”

Por outro lado, defendeu uma frente ampla de centro-esquerda e o diálogo com a terceira via, isto é, com os bolsonaristas arrependidos. Excluindo o PT e os partidos acima, gostaria que o Ciro indicasse qual partido de centro-esquerda sobrou para ele se coligar, considerando ainda a Federação Rede/PSOL. Cidadania do quinta-coluna Freire? PSDB? MDB do Temer? União Brasil? PQP!

Apesar de excessivamente crítico em relação a Lula, com Dória foi bem mais generoso: “Em relação a João Doria (PSDB), que foi chamado por Ciro de ‘viúva de Bolsonaro’, o pedetista afirmou na sabatina que não pode julgá-lo, já que ele ‘rompeu com o passado de forma honesta, inclusive fazendo autocrítica’. Segundo Ciro, 70% dos brasileiros são ex-bolsonaristas. ‘Nosso povo é ex-bolsonarista porque foi enganado’, disse o pedetista, atribuindo a eleição de Bolsonaro ‘ao colapso moral e econômico do PT’.” Os números do Ciro são um tanto quanto estranhos, em especial para um sabe-tudo.

Ciro também falou sobre o aborto, quer dizer, enrolou, enrolou e não disse nada, justo ele que sofre de incontinência verbal: “Ciro evitou responder se é contra ou a favor da legalização do aborto, mas por fim afirmou que ‘o aborto é uma grande tragédia humana e social’. ‘A grande questão é qual é o papel do Estado diante dessa tragédia. Ninguém pode ser a favor do aborto. Só Lula na leviandade dele [. . . ] se apresenta agora simplificando essa questão, e Bolsonaro ganha quatro pontos na pesquisa’, completou.” Que as mulheres se lasquem!.

Ainda bem que tinha um artigo na mesma Folha do cientista político Luis Felipe Miguel colocando os pingos nos ‘is’ em meio a tanta vaselina.

Legalização do aborto interessa à democracia

Jornal Folha de S. Paulo | Opinião | Luis Felipe Miguel

Bastou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dar uma declaração falando o óbvio sobre o aborto -que é uma questão de saúde pública e não se resolve com repressão- para que se instalasse a celeuma. À direita, a velha campanha que faz do tema um tabu. À esquerda, mesmo muitos que nunca discordam de Lula se atreveram a dizer que o ex-presidente da República tinha cometido um erro e devia voltar atrás.

Para as lideranças políticas e religiosas da direita, interditar qualquer discussão séria sobre o tema permite manter um poder de chantagem sobre a esfera pública, além de uma clientela mobilizada pela manipulação de preconceitos e por falsas informações. À esquerda, poucos dão destaque à questão: impera a covardia e também, em muitos círculos, a percepção, tingida de misoginia, de que é uma questão “menor”, “parcial” ou “identitária”. Enquanto isso, os dados revelam a carga de insegurança e sofrimento que a criminalização do aborto provoca nas mulheres.

Nenhum aborto é evitado com a criminalização. Seu resultado é medido em mais de 200 mil brasileiras hospitalizadas a cada ano, em consequência de abortamentos inseguros, com mais de cem mortes anuais. Há também o nascimento de crianças com sequelas devido ao uso incorreto (e portanto ineficaz) de medicamentos abortivos, como o misoprostol, às vezes falsificados ou vencidos. A experiência internacional mostra que a superação do tabu do aborto não garante apenas a segurança das mulheres.

Ela costuma ser acompanhada por ampliação da educação sexual e do conhecimento e disponibilidade de métodos anticoncepcionais -ou seja, a quantidade de intervenções tende a cair.

A ideia de que a batalha pelo aborto legal e seguro não pode ser vencida é o tipo da profecia que se autorrealiza. Se o embate não é travado, se nunca é a hora, a derrota é certa. O aborto foi legalizado em muitos lugares nos quais o peso da religião na vida social é tão grande ou até maior que no Brasil: Itália, Espanha, Portugal, Argentina, México.

A discussão é possível porque o aborto não é um tema estranho no Brasil. Ao contrário, faz parte da vivência cotidiana, em todas as camadas sociais. Há experiência que permite contestar a visão maliciosa e enviesada dos agentes político-religiosos. Será que as dezenas de milhões de brasileiras que já praticaram um abortamento clandestino se reconhecem no retrato que os conservadores fazem delas?

Dificilmente um brasileiro não tem, no seu círculo de convívio, pelo menos uma mulher que tenha passado pela experiência. São essas trabalhadoras, estudantes, mães, em sua maioria católicas ou evangélicas, que optam por interromper a gravidez indesejada, não a mítica “abortista” demoníaca da propaganda da direita. Mulheres que se veem diante de uma situação difícil e são chamadas a fazer escolhas igualmente complexas.

Porque este é o outro lado da questão do aborto, além da saúde pública. Sua criminalização nega, às mulheres, o estatuto de agentes morais plenas -como se, diante de determinados dilemas, elas tivessem que ser tuteladas por padres ou pastores, em vez de decidirem por si mesmas. Uma negação, também, da autonomia em relação ao próprio corpo, algo que, já para os filósofos que fundam o pensamento liberal, é a condição básica para o acesso aos direitos.

Além disso, a proibição da interrupção voluntária da gravidez, baseada na chantagem de lideranças com discurso religioso, sinaliza a incompletude da laicidade do Estado. E sem laicidade não há possibilidade de democracia: a tutela religiosa sobre determinadas pautas significa que a soberania popular está impedida de se expressar.

A descriminalização do aborto é uma demanda das mulheres, em luta por seus direitos, mas interessa a todos os democratas, inclusive os homens. Sem ela, metade da população está reduzida à condição de cidadãs de segunda categoria. É uma questão que precisa ser colocada em pauta e uma luta que, apoiada nos dados da realidade, no conhecimento científico e também na experiência social acumulada, tem todas as condições de obter êxito.

A proibição da interrupção voluntária da gravidez, baseada na chantagem de lideranças com discurso religioso, sinaliza a incompletude da laicidade do Estado. E sem laicidade não há possibilidade de democracia: a tutela religiosa sobre determinadas pautas significa que a soberania popular está impedida de se expressar.

Oblivion

21/04/2022 - 13h08

“Boa noite pre si den te luuula”…
E depois ainda vem dizer q os outros estão desmoralizados.
Ouvi parte do ciro games q o ciro fez as criticas a esses q se dizem de esquerda e me senti vingado pelo ciro. Essa gente pelega apoia qualquer programa neoliberal desde que seja do pt.

Saulo Nunes

21/04/2022 - 11h20

TV Piauì: https://www.youtube.com/watch?v=zT_lC4RRU7E ……kkkkkk

Zulu

21/04/2022 - 11h00

Boulos faz o que Lula mandar assim como os outros integrantes dos puxadinhos do PT, PCDOB,PSOL,ec…

Canastra

21/04/2022 - 09h41

O que Boulos diz ou nada sao a mesma coisa.


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