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Ricardo Stuckert/PR

Muita polícia é sinal da falta do Estado, diz Lula ao lançar programa de combate à violência

Por Redação

15 de março de 2023 : 21h24

Governo federal retoma programa com foco no combate à violência contra as mulheres e jovens das periferias do país

Publicado em 15/03/2023 – 17h23

Por Paulo Motoryn – Brasil de Fato – Brasília (DF)

Brasil de Fato — O presidente Lula participou, nesta quarta-feira (15), da cerimônia de recriação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Criada em 2007 pelo próprio petista, a iniciativa apostou em estratégias de combate à violência com a capacitação de policiais e o apoio às comunidades mais pobres por meio de projetos sociais, culturais e esportivos para a juventude.

“Nunca consegui entender por que o Pronasci acabou. Ele não era um projeto de segurança pública que pensava só na polícia, mas também no papel do Estado, no que o Estado pode fazer para a gente precisar menos de polícia, porque quando você necessita de muita polícia é sinal de falta Estado”, afirmou o presidente.

Lula lamentou que as periferias sejam ainda locais onde o Estado só está presente com a polícia, deixando de fornecer saúde, educação, lazer, cultura e esportes. “E temos que trabalhar muito pela periferia, que é onde está grande parte da nossa juventude, com potencial extraordinário, mas muitas vezes sem condições de sobreviver.”

O evento contou com a participação de ministros de diversas áreas do governo, representantes das forcas de segurança e também jovens da periferia de diferentes cidades que foram beneficiados pelo primeiro Pronasci. Uma dessas jovens é Tamires Sampaio, advogada que se tornou hoje coordenadora do Pronasci II, nome oficial da nova versão do programa.

“Estou muito emocionada de estar aqui, por uma série de motivos. O Pronasci é um programa que, para mim, uma jovem mulher negra de periferia, transformou vidas como a minha, como as dos meus, das minhas famílias”, contou Tamires.

“É um orgulho estar aqui como coordenadora de um programa que entende que a segurança pública se constrói com a garantia de direitos, com o combate à desigualdade, através da educação, do incentivo à cultura, do esporte e lazer, da moradia digna do acesso à alimentação e também do fortalecimento das forças de segurança, da capacitação dos nossos profissionais, da garantia de equipamentos”, acrescentou.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, explicou que o Pronasci II surge com cinco eixos principais de atuação: combate à violência contra as mulheres e redução da taxa de feminicídios; combate ao racismo estrutural; apoio às vítimas de violência; políticas para a ressocialização de presos, pessoas privadas de liberdade e egressos do sistema prisional; e atuação nos territórios mais vulneráveis social e economicamente.

“O Pronasci é a solução de um antigo problema que nós tínhamos na cabeça, nós da esquerda. Segurança é polícia ou segurança é social? E nós, com o Pronasci, resolvemos essa aparente contradição. É claro que é as duas coisas ao mesmo tempo. E uma não vive sem a outra”, resumiu Dino.

O ministro apresentou, ainda, as primeiras medidas do governo Lula para o programa. Na cerimônia, foram entregues aos estados as primeiras 270 de 500 viaturas que serão disponibilizadas para as Patrulhas Maria da Penha e Delegacias da Mulher. Representando os gestores estaduais, estavam presentes a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), e a governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP).

Segundo Dino, estão previstas, ainda em 2023, a concessão de 100 mil bolsas de capacitação para policiais e guardas municipais, cujo valor foi aumentado de R$ 400 para R$ 900, e a construção de 40 Casas da Mulher Brasileira, que abrigam mulheres vítimas de violência doméstica.

“Para se ter uma ideia da dimensão dessa ação, hoje o Brasil conta com apenas sete dessas casas”, ressaltou o ministro. Por fim, o ministro anunciou a liberação aos estados de R$ 2 bilhões do Fundo Nacional de Segurança Pública, com a previsão do aporte de mais R$ 1 bilhão ainda este ano.

Edição: Rodrigo Durão Coelho

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4 comentários

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Querlon

16 de março de 2023 às 09h09

“O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, explicou que o Pronasci II surge com cinco eixos principais de atuação: combate à violência contra as mulheres e redução da taxa de feminicídios; combate ao racismo estrutural; apoio às vítimas de violência; políticas para a ressocialização de presos, pessoas privadas de liberdade e egressos do sistema prisional; e atuação nos territórios mais vulneráveis social e economicamente.”

O crime organizado votou no Larapio exatamente para ler estas asneiras ideologicas…o crime organizado està em festa.

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Mandrake

16 de março de 2023 às 09h07

Durante os anos do govenro do Larapio da Republica onde se falava de pleno emprego, da faxineira viagiando para Disney, do empregado que virou patrao e mais uma serie interminavel de cretinices os homicidios aumentaram ano apos ano com a ajuda do estatuo do desarmamento.

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Paulo

15 de março de 2023 às 22h55

“O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, explicou que o Pronasci II surge com cinco eixos principais de atuação: combate à violência contra as mulheres e redução da taxa de feminicídios; combate ao racismo estrutural; apoio às vítimas de violência; políticas para a ressocialização de presos, pessoas privadas de liberdade e egressos do sistema prisional; e atuação nos territórios mais vulneráveis social e economicamente.”

Por aí vemos que a concepção de solução do problema da segurança pública já está equivocada, “a priori”. Ao menos em três “eixos principais”, para utilizarmos a terminologia ministerial: “feminicídio”, “racismo estrutural” e “ressocialização de presos”, sendo que os dois primeiros (para além de meros neologismos, em que se constituem, de fato) são insignificantes, do ponto de vista numérico; e, o terceiro, é de eficácia duvidosa, uma vez que o banditismo deita raízes não só na miséria, mas, principalmente, no amplo espectro de doenças mentais que leva uma pessoa a delinquir.

Quanto ao “apoio às vítimas de violência”, embora se constitua em iniciativa louvável, sempre, também não inibe o crime, pois se cuida de um “post factum”.

E, por sua vez, a “atuação em territórios vulneráveis” pode até se configurar em medida desejável, mas se constituiria, nesse sentido, mais em uma medida de combate à pobreza, primacialmente, e não ao crime, propriamente dito.

Lembrando, ademais, que vincular crime à pobreza pode se constituir em artifício de luta ideológica amplamente condenável…

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William

15 de março de 2023 às 22h54

Dino entende de segurança pública, basta olhar o Maranhão, a Austria brasileira…

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