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Lago Titicaca, na Bolívia, recebe alerta de seca

Nesta semana, a Bolívia emitiu um alerta de seca para o Lago Titicaca, localizado na fronteira entre Bolívia e Peru. O lago tem uma área de aproximadamente 8.300 km² e comprimento de 190 km, sendo um dos maiores da América Latina. O lago apresenta profundidade média de 140 a 180 metros e, de acordo com […]

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Homem caminha em região seca que pertencia ao lago Titicaca, na Bolívia, em 27 de julho de 2023 — Foto: Juan Karita/AP

Nesta semana, a Bolívia emitiu um alerta de seca para o Lago Titicaca, localizado na fronteira entre Bolívia e Peru. O lago tem uma área de aproximadamente 8.300 km² e comprimento de 190 km, sendo um dos maiores da América Latina.

O lago apresenta profundidade média de 140 a 180 metros e, de acordo com o Serviço Hidrográfico Nacional da Força Naval da Bolívia, a profundidade do Titicaca se encontra dois centímetros abaixo do nível preocupante. Em dezembro, a probabilidade é de que o lago atinja 64 centímetros abaixo do nível de alerta. 

Comunidades indígenas aimarás estão preocupadas com as projeções para a seca e temem que isso possa causar danos à flora e à fauna da região, tendo em vista que elas dependem do lago para subsistência.

O lago é muito importante para a sobrevivência das pessoas e para a economia local por conta da pesca. Em razão da seca, os peixes desaparecem e até morrem, tornando a vida de quem se sustenta da pescaria muito mais difícil. 

Um pescador de 56 anos, Mateo Vargas, que viveu no Lago Titicaca por mais de 20 anos, falou que era comum pescar um grande número de peixes. No entanto, atualmente é raro e você é considerado sortudo se conseguir pescar mais de seis. A esposa de Vargas, Justina Condori, de 58 anos, disse que se a situação continuar assim é provável que haja fome. 

Outras pessoas que vivem do comércio de peixes fritos e outros tipos de lanches à margem do lago sofrem com os altos custos dos ingredientes. Além disso, a seca impacta a vida daqueles que sobrevivem transportando pessoas de um lado para o outro do lago, eles precisam alterar suas rotas, pois seus barcos não param mais em suas docas de hábito. 

Essas razões econômicas estão motivando muitos moradores da região a se deslocarem para outras partes do país. 

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Ana Clara Nascimento

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