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O sabotador-mor do país se renderá a razão hoje?

Momento decisivo para a economia brasileira. Se o Banco Central iniciar hoje um processo de redução dos juros, mesmo que tímido, será um choque profundamente positivo para trabalhadores e empresários do setor produtivo. Há muito dinheiro represado, por investidores e instituições financeiras, apenas aguardando esse movimento do Banco Central para ser injetado na economia, ainda […]

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O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes (à esquerda), durante posse do novo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (à direita) — Foto: Marcos Corrêa/PR

Momento decisivo para a economia brasileira.

Se o Banco Central iniciar hoje um processo de redução dos juros, mesmo que tímido, será um choque profundamente positivo para trabalhadores e empresários do setor produtivo.

Há muito dinheiro represado, por investidores e instituições financeiras, apenas aguardando esse movimento do Banco Central para ser injetado na economia, ainda mais depois do verdadeiro festival de indicadores e notícias positivas que vimos nos últimos meses, com destaque para a queda na inflação.

A única coisa que faltava, para a economia bombar, era ao menos uma sinalização positiva do Banco Central, de que irá se render à razão e iniciar um processo para baratear o crédito no país.

Além disso, uma queda nos juros cairá como uma bomba sobre o bolsonarismo, por três razões: primeiro porque será a confirmação da melhora da economia, segundo porque fará a economia melhorar imediatamente, terceiro porque significará que Roberto Campos Neto abandonou (mesmo que a contragosto) a estratégia que vinha adotando até aqui, de sabotar o governo Lula para beneficiar, indiretamente, o seu líder, o ex-presidente Bolsonaro.

Porque é isso que Campos Neto sem sido: o sabotador-mor do país, um agente infiltrado, dentro do governo, em favor do caos, do subdesenvolvimento e, por consequência, da extrema-direita. Os juros altos vigentes no país inviabilizam uma recuperação econômica mais plena e duradoura.

Hoje é dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e tudo indica que a taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira, pode sofrer uma redução. Se isso acontecer, será a primeira vez em três anos. A última vez que a Selic foi reduzida foi em agosto de 2020, quando caiu de 2,5% para 2% ao ano, o menor patamar da história, em meio à pandemia da Covid-19.

Atualmente, a taxa Selic está em 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos e meio. A maioria dos analistas do mercado financeiro, em uma pesquisa realizada pelo BC com mais de 100 bancos na semana passada, acredita que a taxa vai cair 0,25 ponto percentual, para 13,50% ao ano. Alguns mais otimistas até projetam uma redução maior, de 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe têm pressionado o BC para reduzir a taxa. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, defende que a manutenção da taxa foi crucial para segurar a inflação. Vale lembrar que Campos Neto tem autonomia, ou seja, Lula não pode mandá-lo embora.

A queda da inflação nos últimos meses pode ser um fator que leve à redução dos juros nesta quarta. Em maio, a inflação oficial desacelerou para 0,23% de alta. E, em junho, foi registrada deflação, ou seja, queda de preços, de 0,08%.

E o que isso significa na prática? Bom, a redução da taxa de juros no Brasil tem várias consequências para a economia. Primeiro, a tendência é que os cortes de juros sejam repassados aos clientes. Em junho, antes mesmo do início do ciclo de corte da Selic pelo BC brasileiro, os juros médios dos bancos já começaram a recuar. Foi a primeira queda neste ano.

Com juros mais baixos, a expectativa é de que o consumo da população melhore e, também, haja um aumento dos investimentos produtivos, impactando positivamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda.

Rodrigo Azevedo, economista e sócio-fundador da GT Capital, explica: “Quando a taxa de juros cai, há um incentivo para o empresário e a indústria investirem mais no seu negócio. Uma taxa de juros mais baixa vai fazer com que a população busque financiamentos e que as empresas invistam mais”.

As reduções de juros também favorecem as contas públicas, pois diminuem as despesas com juros da dívida pública. Em 2022, a despesa com juros somou R$ 586 bilhões. Na porcentagem do PIB (5,96%), foi o maior patamar desde 2017.

Com o recuo dos juros, haverá uma pressão menor de despesas, o que favorece o perfil do endividamento brasileiro. No fim do mês passado, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, calculou que se a taxa básica de juros estivesse em 10% ao ano, em vez dos atuais 13,75%, a economia nos gastos com juros da dívida pública permitiria o pagamento anual de quase um Bolsa Família.

A decisão do Copom acontece em um momento no qual os bancos centrais de países desenvolvidos ainda estão elevando a taxa de juros – para conter pressões inflacionárias – ou mantendo-as estáveis. Mas aqui no Brasil, a expectativa é de que os juros continuem recuando nos próximos meses e que terminem 2023 em 12% ao ano, e 2024 em 9,25% ao ano. Vamos aguardar as próximas movimentações!

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Valeriana

02/08/2023 - 11h06

Jornalistas ou pseudo jornalistas se entregar alma e corpo nao a um partido mas a uma pessoa eu nunca tinha visto antés.

Serà que é este o papel da imprensa de um pais serio de gente seria ?

Galinzé

02/08/2023 - 11h00

Os maiores sabotadores do pais sao os asnos fascistoides mal enrustidos como Miguel do Larapio.


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