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Lula assina medida para tributar super-ricos e envia projeto para a câmara

Nesta segunda-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou medidas significativas no âmbito da reforma tributária brasileira, assinando uma medida provisória e enviando um projeto de lei ao Congresso Nacional. Ambas as ações têm como objetivo primordial a busca por maior equidade no sistema tributário do país, bem como a geração de […]

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Foto: TV Brasil

Nesta segunda-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou medidas significativas no âmbito da reforma tributária brasileira, assinando uma medida provisória e enviando um projeto de lei ao Congresso Nacional. Ambas as ações têm como objetivo primordial a busca por maior equidade no sistema tributário do país, bem como a geração de receita por meio da taxação de setores considerados de alta renda e da tributação de recursos mantidos em paraísos fiscais.

A medida provisória recém-assinada pelo presidente estabelece a criação de uma alíquota que varia entre 15% e 20% sobre os rendimentos provenientes dos chamados fundos exclusivos, mais conhecidos como fundos fechados. Tais fundos são dirigidos a indivíduos de alta renda, e essa iniciativa faz parte da estratégia governamental de equilibrar as finanças públicas após a aprovação da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para contribuintes que recebem até R$ 2.640 mensais, medida também sancionada no mesmo dia por Lula.

A tributação dos fundos exclusivos, atualmente tributados apenas no momento do resgate, passará a ocorrer duas vezes ao ano, seguindo o sistema conhecido como “come-cotas”. Dados do Palácio do Planalto apontam que cerca de 2,5 mil brasileiros possuem recursos aplicados nesses fundos, totalizando R$ 756,8 bilhões, representando aproximadamente 12,3% dos fundos presentes no Brasil. Com a implementação da nova cobrança, o governo espera arrecadar cerca de R$ 24 bilhões entre os anos de 2023 e 2026.

Além dessa medida, Lula encaminhou ao Congresso um projeto de lei com o intuito de tributar os rendimentos de capital aplicado no exterior, popularmente conhecidos como offshores. Essa tributação seguirá um escalonamento progressivo, variando de 0% a 22,5%, de acordo com a renda proveniente do exterior. Caso aprovada, a nova legislação entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024. O governo estima que essa ação possa gerar uma arrecadação de cerca de R$ 7 bilhões por ano até o ano de 2026.

A tributação de offshores, que se referem a empresas estabelecidas em países diferentes daqueles em que os proprietários residem ou estão registrados, é uma medida que busca combater a evasão fiscal e promover maior justiça no sistema tributário brasileiro. Esse tipo de medida alinha o Brasil às práticas internacionais de tributação e evita que altas somas de recursos nacionais sejam mantidas em locais com regras fiscais mais favoráveis.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou que essas medidas visam aproximar o sistema tributário brasileiro das melhores práticas adotadas em nível global, priorizando a justiça social e a equidade fiscal. O governo sustenta que a taxação de setores de alta renda e a tributação de offshores são passos fundamentais para a construção de um sistema tributário mais justo e distributivo no Brasil.

A aprovação e a implementação dessas medidas dependem do Congresso Nacional, que deverá avaliar a relevância e os impactos das mesmas. O debate acerca da tributação de fundos exclusivos e offshores assume um papel crucial no contexto da busca pela reforma tributária, que tem como objetivo principal a promoção de um sistema mais equitativo e justo para todos os brasileiros. A discussão que se seguirá envolverá não somente os aspectos financeiros, mas também as implicações sociais e econômicas dessa nova abordagem tributária.

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Ruann Lima

Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF

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Flávio Girardon

01/09/2023 - 17h15

Nenhuma sociedade consegue se sustentar apenas com impostos da classe média e dos pobres. O mundo desenvolvido há muito tempo já tributou os super ricos, nações como Alemanha, Japão, Suécia conquistaram mudanças significativas no seu sistema tributário e principalmente na qualidade de vida. Aqui no Brasil devido ao pensamento tosco de uma elite parasitária sempre se jogou a conta no bolso da população. Além disso esses…ricos enviam muita grana para o exterior e não pagam impostos, se aproveitam da mão de obra, dos recursos do país e muitas vezes não devolvem o retorno. Então façamos o que a Europa Ocidental fez no pós guerra e os Estados Unidos realizaram na década de 30 com o New Deal.

Willy

29/08/2023 - 11h53

Isso se chama roubo…quem construiu um patrimonio ja pagou uma enchurrada de impostos sobre o mesmo, sobre o trabalho, empregou certamnete muitas pessoas e por ai vai….tudo isso num ambiente imundo como o Brasil…ao invés de serem taxado deveria ser premiados.

Sao coisas tipicas de paisecos subdesenvolvidos filhotinhos daquela ideologia podre para cabeças cheias de asneiras e nada mais como a dos brasileiros.

Segue a Latrina…

Paulo

28/08/2023 - 22h51

Vai haver evasão de capitais…É tolice querer taxar os super ricos. A conta de uma Reforma Tributária dessa magnitude será, inevitavelmente, a sonegação. Esse tipo de tributação progressiva só dá certo na classe média, que vive de orçamento. Como eu, que suportei – e suporto – uma Reforma da Previdência iníqua como jamais ocorreu antes…


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