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Ministro defende que Petrobras pode fazer mais para ‘abrasileirar’ os preços

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, argumentou nesta terça-feira (21) que é necessário nacionalizar os preços dos combustíveis na Petrobras. De acordo com uma reportagem do Valor, na opinião do ministro, a empresa estatal deve buscar uma fórmula que viabilize uma redução mais significativa nos valores do diesel, gasolina e gás […]

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Foto: Agência Brasil

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, argumentou nesta terça-feira (21) que é necessário nacionalizar os preços dos combustíveis na Petrobras. De acordo com uma reportagem do Valor, na opinião do ministro, a empresa estatal deve buscar uma fórmula que viabilize uma redução mais significativa nos valores do diesel, gasolina e gás de cozinha.

A declaração foi proferida em um contexto de pressão sobre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para que ele intervenha visando garantir preços mais baixos nos combustíveis vendidos no país. Essa questão gerou um conflito entre dois influentes membros do governo.

De um lado, encontra-se Prates, e do lado oposto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Quando questionado sobre o confronto, Pimenta mostrou estar em sintonia com as críticas direcionadas a Prates.

“Nós temos que abrasileirar os preços dos combustíveis. Eu espero que, tecnicamente, esse projeto de equilíbrio necessário que a Petrobras busca e o Brasil precisa possa produzir uma redução ainda maior no preço do óleo diesel, da gasolina, do gás de cozinha. São insumos fundamentais e decisivos para alavancar a atividade econômica”, disse Pimneta, em entrevista à revista “Veja”.

Segundo Pimenta, o governo está acompanhando de perto, inclusive, uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) agendada para esta semana. No entanto, ele descartou a possibilidade de a administração petista adotar qualquer “medida extrema”.

“Esta semana deve ter uma reunião da Opep, que é uma reunião que vamos observar, mas sem buscar nenhuma medida extrema de um lado ou do outro. [Vamos] sempre em busca do equilíbrio necessário entre o interesse do mercado e do país para acharmos uma equação que permita redução do custo do nosso dia a dia”, argumentou o titular da Secom.

A controvérsia entre o ministro de Minas e Energia e o presidente da Petrobras em relação à política de preços de combustíveis adotada pela empresa teve um novo episódio com declarações de ambos entre sexta-feira (17) e sábado (18). Esse embate ocorre em meio à discussão do novo plano estratégico da estatal para o período de 2024-2028, que está programado para ser avaliado pelo conselho de administração da empresa na quinta-feira (23).

Lula convoca reunião

Uma parcela do mercado interpreta a situação como uma possível interferência política do Ministério de Minas e Energia (MME) na Petrobras. Em uma entrevista à GloboNews na sexta-feira, Silveira declarou que “é hora de chamarmos a atenção, mais uma vez, da Petrobras”, buscando uma nova redução nos preços dos combustíveis. Em resposta, Prates afirmou no sábado que o MME precisará seguir um procedimento específico caso deseje implementar uma diminuição nos preços dos derivados nas refinarias.

Diante da situação em que se encontra o impasse, o presidente Lula (PT) convocou uma reunião para esta terça-feira a fim de discutir o tema. Na reunião estão presentes os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Fazenda, Fernando Haddad, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o próprio presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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