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Chile vai às urnas para decidir sobre constituição mais conservadora

Reuters – Os chilenos estão indo às urnas novamente para decidir se substituem sua constituição que remonta à ditadura de Augusto Pinochet. Esta é a segunda vez em tantos anos que o Chile realiza uma votação para substituir seu texto atual, uma promessa nascida após protestos apaixonados e às vezes violentos contra a desigualdade terem […]

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Foto: REUTERS/Rodrigo Garrido

Reuters – Os chilenos estão indo às urnas novamente para decidir se substituem sua constituição que remonta à ditadura de Augusto Pinochet.

Esta é a segunda vez em tantos anos que o Chile realiza uma votação para substituir seu texto atual, uma promessa nascida após protestos apaixonados e às vezes violentos contra a desigualdade terem tomado conta da nação em 2019.

A primeira assembleia eleita para redigir um novo texto foi dominada por forças de esquerda, mas seu rascunho, que focava em direitos sociais, indígenas, ambientais e de gênero, foi esmagadoramente rejeitado pelos eleitores em setembro passado. O eleitorado virou à direita para o segundo rascunho e os eleitores elegeram uma assembleia dominada por partidos conservadores.

Esse texto agora está em votação no domingo, e é considerado mais conservador e favorável ao mercado do que a constituição de 1980 que poderia substituir. A versão proposta coloca os direitos de propriedade privada e regras estritas sobre imigração e aborto em seu centro.

Por meses, pesquisas mostraram que os eleitores provavelmente rejeitarão esta proposta também, mas a diferença se estreitou na liderança para o referendo. A última pesquisa da Cadem, em 1º de dezembro, antes de um blackout de pesquisas de 15 dias, mostrou que 47% planejavam votar contra o texto (-3 pontos desde 10 de novembro) versus 38% que planejam aprová-lo (+6 pontos).

Nicholas Watson, diretor-gerente da Teneo Consultancy, uma empresa global de consultoria para CEOs, disse em um relatório que, independentemente do resultado, há uma chance de maior desilusão pública com o establishment político.

“Isso deixa as causas dos protestos de 2019 em grande parte não resolvidas, com todos os riscos que isso implica ainda latentes”, disse Watson.

Se o novo texto for aprovado, o relatório disse que isso poderia dificultar ainda mais a agenda do presidente de esquerda Gabriel Boric em reformas tributárias e de pensões progressistas.

“Mas, enquanto uma vitória do ‘não’ daria um impulso a Boric, isso não seria transformador, já que ele ainda teria falhado em um de seus objetivos centrais – substituir a constituição de 1980”, disse o relatório.

As urnas abrirão às 8h, horário local, e fecharão às 18h. Os resultados são esperados por volta das 20h.


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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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Ugo

17/12/2023 - 10h06

Os chilenos nao foram votar nas ultima eleiçoes e a esquerda se elegeu…quando perceberam da cagada que fizeram correram para rejeitar a constituiçào de cunho social/latrinoide e tamparam a ferida.

O Chile sempre foi uma ilha no deserto na america latrina, junto a Argentina que nos ultimos 20 anos resolveu se entregar as bananices do socialismo e chegou ao ponto sem retorno de hoje.

Muito provavelmente o Chile irà se salvar e nao farà o fim da Argentina, Brail, Bolivia, Venezuela e todas essas coisas vergonhosas.


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