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Reeleito com 87% dos votos, Putin e o estado russo sairão ainda mais fortalecidos

A nova vitória de Putin mantém e acentua as posições já tomadas pela Rússia nas últimas décadas. Tanto em termos de política externa como interna, e em termos econômicos, a Rússia parece caminhar cada vez mais para a consolidação de suas posições e opções, enquanto mantém uma unidade e estabilidade sociais de dar inveja a […]

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A nova vitória de Putin mantém e acentua as posições já tomadas pela Rússia nas últimas décadas.

Tanto em termos de política externa como interna, e em termos econômicos, a Rússia parece caminhar cada vez mais para a consolidação de suas posições e opções, enquanto mantém uma unidade e estabilidade sociais de dar inveja a qualquer líder ocidental.

Se você espera ver aqui mais um eco da mídia hegemônica ocidental, veio ao lugar errado, mas pode ficar tranquilo que serei indolor, e nem dará tempo de se espernear.

Não vou falar que a Rússia é uma ditadura, nem sequer falarei que a Rússia é uma “democracia destruída” comandada por “oligarcas” e um ditador caprichoso, porque falar isso pode dar a entender que a monarquia britânica, por exemplo, com seu parlamento dependente da Casa dos Lords e da Coroa, seria uma democracia incrível, exemplar; o que seria uma mentira. Acusar a Rússia de ser uma democracia falida pode dar a entender que o sistema eleitoral mais antiquado do mundo, o estadosunidense, é a pérola da “liberdade democrática ocidental”.

Assim como chamar Putin de líder extremista da direita conservadora, que dá suporte aos “nazistas do Wagner Group”, pode dar a impressão que não existe um partido nazista regulamentado, aberto e público nos EUA. Também poderia dar a impressão que a Europa ocidental não abriga maioria esmagadora dos grupos supremacistas fora da América, enquanto na Rússia estes grupos são proibidos, e jamais se esquecem de comemorar a derrota dos nazistas em grande estilo.

Sabe, fazer esse tipo de acusação pode dar muita impressão errada e fazer parecer que a OTAN não está ameaçando e se aproximando da Rússia a cada década mais, usando toda a força e know-how de Guerra Híbrida para minar a economia russa, as relações externas, e a confiança da população em sua nação, pátria e líderes. E agora com botas em solo, camufladas mas em solo.

Dito o óbvio e desenhado que o mundo em que vivemos não é preto-no-branco mas sim 50 tons de cinza, agora podemos fazer uma primeira e rápida análise da mais recente eleição na Rússia, eleição que entrará para a história por tornar Putin um dos líderes russos mais longevos da história.

O triunfo do presidente Vladimir Putin nas eleições russas deste domingo tem consequências significativas para o país e para a ordem internacional. Especialistas em Relações Internacionais destacam que essa vitória consolida o poder da Rússia no mundo e representa um passo em direção à multipolaridade global. Além disso, abre caminho para uma possível modificação das instituições internacionais, que historicamente estiveram a serviço dos países ocidentais.

Com cerca de 90 milhões de votos a seu favor, Putin obteve um apoio massivo dos cidadãos russos. Isso reflete o interesse e o envolvimento da sociedade russa no processo eleitoral. O presidente conta agora com um apoio ainda mais sólido, permitindo-lhe tomar decisões mais ousadas, sabendo que tem o respaldo de seu povo. Essa confiança renovada na liderança de Putin é um reflexo do trabalho do governo em defesa dos interesses nacionais da Rússia e na projeção do país no cenário global. Não tem como ser outra coisa que a não a confirmação do caminho russo.

Uma das razões para o amplo apoio eleitoral se relaciona com a maneira como o governo russo enfrentou as sanções ocidentais decorrentes da crise ucraniana. A população russa percebeu que o país poderia resistir às dificuldades impostas pelas sanções, o que fortaleceu a posição do governo de Putin. Esses eventos reforçaram a percepção de que a Rússia é um Estado forte, que age com base em seus interesses nacionais e se projeta como tal.

A professora Imelda Ibáñez, especialista em História Diplomática da Rússia, ressalta que o apoio a Putin também está relacionado à transformação política interna e externa que ocorreu nos últimos anos. Desde sua chegada ao poder em 2000, Putin trabalhou para reconfigurar a estrutura política e econômica do país, combatendo a desigualdade e defendendo os interesses da população. Essa conscientização da sociedade russa sobre as mudanças promovidas pelo presidente justifica o apoio popular.

A vitória expressiva de Putin nas eleições também tem implicações internacionais significativas. O professor Carlos Manuel López Alvarado afirma que esse resultado consolida o poder da Rússia no cenário global, ao mesmo tempo em que contribui para o enfraquecimento do Ocidente. Diante de um Ocidente debilitado, é o momento propício para que um grupo de países liderados pela Rússia e China comece a modificar as instituições internacionais, visando a um rearranjo que reflita uma nova distribuição de poder no mundo.

A possibilidade de modificar as instituições internacionais tem implicações profundas para a ordem global existente, que historicamente atendeu aos interesses do Ocidente. Essa mudança proporcionaria uma maior equidade e uma representação mais justa dos interesses dos diferentes países e regiões. No entanto, qualquer reconfiguração das instituições internacionais requereria um consenso amplo entre os atores globais, o que pode levar tempo e negociações complexas.

Em resumo, a vitória de Putin consolida seu poder na Rússia e abre caminho para uma maior influência do país no cenário internacional. Além disso, representa uma oportunidade para iniciar um processo de modificação das instituições internacionais, visando a uma ordem mais multipolar e equitativa. O momento é propício para que a Rússia, juntamente com outros países, busque um rearranjo que reflita melhor a realidade global atual. No entanto, essa transformação requererá diálogo e cooperação entre os países envolvidos, um processo que não será necessariamente fácil nem rápido.

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Comentários

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Zulu

18/03/2024 - 17h47

As “democracias” que a esquerda adora são essas mesmo, onde um mesmo sujeito que está no poder há 25 anhos ganha as eleições sem opositores…ou melhor ainda se não tiver nenhuma eleição como na China por exemplo.

A esquerda brasiliota é puro estrume puro.


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