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Inflação é mais alta entre brasileiros de renda mais baixa

Confira alguns gráficos do relatório do IPEA.       Indicador Ipea aponta aceleração inflacionária em todas as faixas de renda em março Impacto nas contas das famílias de menor renda foi de 0,8%. Aumento nos preços de alimentos contribuiu para 64% desse resultado O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda referente a […]

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Confira alguns gráficos do relatório do IPEA.

 

 

 

Indicador Ipea aponta aceleração inflacionária em todas as faixas de renda em março

Impacto nas contas das famílias de menor renda foi de 0,8%. Aumento nos preços de alimentos contribuiu para 64% desse resultado

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda referente a março, divulgado nesta sexta-feira, 12, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apresenta aceleração em todas as classes pesquisadas, pelo 4º mês consecutivo. As maiores contribuições para esse resultado vieram de itens que afetam mais as famílias de menor poder aquisitivo, como cereais (5,2%), tubérculos (18,7%), hortaliças (6,1%) e frutas (4,3%).

Os preços dos alimentos foram os principais responsáveis pela inflação de 0,8% na classe mais baixa e responderam por 64% dessa variação total. Ainda que em menor escala, a alta dos transportes também impactou esse segmento, devido aos reajustes nas tarifas de ônibus urbano (0,9%) e de trens (2,1%).

No acumulado do ano, a inflação das famílias de renda mais baixa apontou variação de 1,73%, com 0,24 ponto percentual acima da registrada pelas famílias mais ricas (1,49%). Na comparação das taxas acumuladas em 12 meses, essa alta da inflação do segmento mais pobre é ainda mais significativa. De abril de 2018 a março de 2019, a inflação da classe de menor poder aquisitivo acumulou alta de 4,96%, ou seja, 0,67 p.p. acima da registrada na parcela de renda mais elevada (4,28%).

Essa piora da inflação para os mais pobres é ainda mais evidente quando se nota que, em março de 2019, enquanto a inflação da classe mais baixa foi 20 vezes maior que a registrada nesse mesmo mês de 2018, a aceleração da inflação da classe mais alta em 2019 foi mais amena – valor 6,5 vezes maior. Essa disparidade reflete o comportamento dos alimentos no domicílio, que apontaram deflação em março do ano passado. De forma similar, a queda de preço nas tarifas de ônibus intermunicipais e interestaduais e a menor alta dos aluguéis em março de 2018 também ajudam a explicar esse diferencial de taxas, à medida que beneficiaram mais significativamente a inflação dos mais pobres no ano passado.

Já o segmento de renda mais alta observou uma variação de 0,7% na inflação em fevereiro. Nessa faixa, embora os alimentos também tenham exercido certa pressão inflacionária (0,23 p.p.), itens como leites e derivados (0,49%), carnes (0,63%) e bebidas (-0,15%), que impactam as famílias mais ricas, apresentaram comportamento mais favorável. Para esse grupo, a maior variação veio dos transportes, (0,32 p.p).

Acesse a íntegra do indicador

Publicado no site do Ipea

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Comentários

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Luiz

14/04/2019 - 14h11

O financeirismo promete o que não quer dar, assim não vê a crueldade de não ter pra dar.


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