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Comentários sobre o novo capítulo da Vaza Jato

É importante mensurar a importância da entrada da Folha na cobertura do escândalo apelidado de “Vaza Jato”. A Folha é o maior jornal do país, com mais assinantes e mais audiência. Apesar dos fãs extremados de Jair Bolsonaro consideram-no uma publicação “petista”, a Folha é, na verdade, um jornal conservador, de centro-direita, e que foi, […]

66 comentários
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Ministério da Justiça/Isaac Amorim – 11.jun.2019

É importante mensurar a importância da entrada da Folha na cobertura do escândalo apelidado de “Vaza Jato”. A Folha é o maior jornal do país, com mais assinantes e mais audiência. Apesar dos fãs extremados de Jair Bolsonaro consideram-no uma publicação “petista”, a Folha é, na verdade, um jornal conservador, de centro-direita, e que foi, ao longo de toda a era petista, um dos principais cabos eleitorais da oposição.

O apoio da Folha ao impeachment de Dilma foi talvez o mais incisivo e duradouro de toda a imprensa brasileira. A seção Poder do jornal exibia, permanentemente, desde que se começou a falar da possibilidade de impeachment, um enorme “banner” com link para uma página voltada inteiramente à explicação do que era o impeachment e como ele poderia ser levado adiante.

A Folha, porém, ao contrário do Globo, Estadão e outros órgãos de imprensa, que expurgaram quase que integralmente qualquer indício de esquerdismo e/ou petismo em suas páginas, ou pelo menos de suas editorias mais importantes, manteve alguns jornalistas importantes de esquerda, como Monica Bergamo e Janio de Freitas, na linha de frente do jornal. Além do mais, sob o contraste da brutalidade política do governo Bolsonaro, o neoliberalismo aristocrático da Folha – apesar de defender quase que as mesmas pautas econômicas do atual governo – ganha ares progressistas, e são estes ares que enfurecem a militância de extrema-direita que dá sustentação nas redes sociais a Jair Bolsonaro.

Entretanto, mais importante que tudo isso é que a Folha, à diferença da Globo, que pode se dar ao luxo de viver de entretenimento, e usar o jornalismo como uma ferramenta política, depende de um modelo de negócio que depende visceralmente de seu trabalho jornalístico. A Folha, ao contrário da Globo, do SBT e da Record, precisa de assinantes.

A entrada da Folha, portanto, na cobertura da Vaza Jato dá início a uma outra etapa desse que podemos chamar da primeira grande crise política do governo Bolsonaro, e que atinge aquele que era, até então, o seu ativo mais importante: o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

A primeira grande contribuição da Folha é que ela comparou mensagens trocadas entre procuradores e repórteres do jornal e atestou a sua integridade.

Analistas políticos hoje tem opinião quase consensual de que a relação entre Moro e Bolsonaro se inverteu: se antes era o ministro que ajudava a sustentar um presidente visto como incompetente; hoje é Bolsonaro que sustenta o seu ministro, cujo trabalho como juiz imparcial é posto de em cheque pelas revelações da Vaza Jato.

Não podemos, todavia, recair no erro da embriaguez política, e repetir o erro do “não vai ter golpe”, “fora Temer”, e outro cântico que descobri agora no filme da Petra Costa, Democracia em Vertigem, “Não vai prender” (referindo-se a Lula).

Já temos um cientista político, o mesmo que preconizava diariamente a derrota de Bolsonaro nas eleições, anunciando percentuais de probabilidade da queda do ministro Sergio Moro.

Moro pode cair. Ou não. Mas certamente não será derrubado com tiradas oportunistas e superficiais.

A Vaza Jato é um escândalo que, hoje, constrange a comunidade jurídica, especialmente as suas correntes mais progressistas, ou de formação garantista. Mas ainda não tem estofo para atingir o grosso da classe média e o povão, que não entendem direito o que pode ter de errado em um juiz conversar com procuradores, se o objetivo é prender o bandido.

A audiência de Sergio Moro no Senado, não nos deixemos enganar, revelou um fenômeno: os senadores se fechando num apoio duro, quase incondicional, a Sergio Moro, pressionados por este núcleo do eleitorado que é o único que parece meter medo no parlamentar de hoje: o eleitorado de classe média ativo nas redes sociais.

Por isso mesmo, acho que seria estratégico fazer a cobertura da Vaza Jato sem triunfalismo, sem palavras de ordem, sem cânticos (“não vai ter…”) delirantes, sem sensacionalismos ou exageros.

O que os diálogos vem mostrando, até o momento, são provas contundentes de que o então juiz Sergio Moro agia de maneira parcial, e deveria se dar por “suspeito”, porque, segundo o nosso Código do Processo Penal (CPP), ele aconselhou uma das partes.

O CPP é muito claro:

Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:

I – se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;

II – se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;

III – se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;

IV – se tiver aconselhado qualquer das partes;

Entretanto, as armadilhas políticas que temos à nossa frente são muito perigosas, e isso vai requerer um grau de inteligência e estratégia, por parte da oposição, que receio ainda não temos.

Além disso, a decisão do Intercept de revelar os diálogos a conta gotas não cria dificuldades apenas para o governo e para os nomes diretamente envolvidos, especialmente Sergio Moro. Também complica um pouco o trabalho da oposição, que, sem ter noção do que está por vir, não consegue montar uma estratégia satisfatoriamente assertiva.

Vamos às armadilhas: com os escândalos de corrupção revelados pela Lava Jato ainda muito presentes na memória popular, qualquer iniciativa que pareça, aos olhos da opinião pública, como um movimento hostil à luta contra a corrupção e, mesmo que indiretamente, favorável aos corruptos, tende a ser impopular. Parece claro, óbvio, que o governo de Jair Bolsonaro tentará maximizar essa impressão e colar na esquerda o rótulo de amiga da corrupção e ele, o governo, como o grande inimigo da corrupção.

Paradoxalmente, como vimos na audiência de Moro no Senado, o escândalo da Lava Jato ajuda o governo Bolsonaro a recuperar apoios que andavam dispersos, ou mesmo iniciavam movimentos de independência, de setores sociais importantes que não se identificam com a agenda ultraideológica do governo (loas à ditadura militar, flexibilização do posse de armas, submissão excessiva aos EUA, escola sem partido, guerra à Venezuela), mas que ainda estão presos, inexoravelmente presos, à narrativa lavatista da luta contra a corrupção.

A esquerda, como tem sido sua tradição, comete o erro de avaliar a conjuntura a partir de suas bolhas: a bolha de militantes partidários, a bolha da comunidade jurídica progressista, a bolha da militância internacional. Todas essas bolhas são importantes e, somadas, geram uma pressão mais ou menos forte, a depender do momento e do seu inchaço momentâneo.

Mas se não foram suficientes para interromper um golpe de Estado, no momento em que a esquerda estava no poder, essas bolhas também não serão suficientes para derrubar o ministro Sergio Moro ou o governo Bolsonaro.

As revelações da Folha de hoje trazem outros diálogos entre Sergio Moro e Dallagnol, reforçando ainda mais as acusações de que Moro aconselhava uma das partes (acusação). Juristas da comunidade progressista, ou simplesmente leais à Constituição e ao Código do Processo Penal, irão escrever nova onda de artigos indignados, dar uma série de entrevistas, mas receio que ainda não há nenhuma onda política com força suficiente para causar mais estragos aos já causados à reputação de Moro.

A esta altura, a sociedade brasileira está novamente dividida entre os que apoiam Moro e os que não apoiam. E os eleitores de Bolsonaro estão entre aqueles que apoiam. Enquanto os vazamentos mostrarem apenas conversas entre juiz e procuradores, que revelam a sua parcialidade, e que, num ambiente mais democrático e, digamos, de mais respeito à Constituição, levariam à nulidade imediata de todos os processos que passaram pelas mãos desse juiz e desses procuradores (o que produziria um terremoto político no país, mas que também nos levaria, no médio e longo prazo, a uma conjuntura de mais confiança nas instituições jurídicas e, portanto, ajudaria a estabilizar e pacificar o país), mas ainda não trouxerem evidências mais pornográficas de desonestidade profissional, os eleitores de Bolsonaro, que são a maioria da população, não irão abandonar Sergio Moro.

Como romper este ciclo vicioso?

Só tenho uma resposta: com paciência, estratégia e inteligência, virtudes que, infelizmente, parecem ser muito escassas hoje na oposição, especialmente na oposição de esquerda, que se mostra sempre impaciente, desatinada e sem muito interesse em inteligência. Isso sem falar em suas franjas ostensivamente paranoicas e esquizofrênicas, em que uns acreditam estar o Intercept à serviço do imperialismo e outros que fazem a mesma acusação à lideranças partidárias da própria esquerda.

A paciência é necessária para não se deixar iludir de que será possível “derrubar” o governo ou o ministro Sergio Moro a golpe de análises exageradas, feitas para satisfazer o ego da militância.

Os crimes de Sergio Moro, Dallagnol e da Lava Jato precisam ser denunciados sem sensacionalismo, com linguagem sóbria, ponderada, voltada para fora das bolhas. O objetivo não pode ser “derrubar” o governo Bolsonaro, nem “libertar” Lula, embora estas sejam consequências positivas se a denúncia do Intercept for bem compreendida e assimilada pela opinião pública e pelas instituições jurídicas brasileiras. O objetivo, e para isso servem os conceitos de estratégia e inteligência, deve ser aprimorar o combate à corrupção e dar maior estabilidade jurídica e política ao país, visto que nenhuma nação conseguirá promover o desenvolvimento econômico sob um regime jurídico instável, politizado, em que juízes e procuradores tenham poder de destruir políticos e empresas de que não gostem.

Para isso, a oposição e, sobretudo, a esquerda deveriam oferecer à sociedade a sua própria narrativa de combate à corrupção, com um projeto de governo neste sentido. Não basta ser reativo. Não basta atacar a Lava Jato. A esquerda precisa ser vista como interessada, sobretudo, na geração de empregos e na estabilização econômica do país, o que apenas será possível se o governo Bolsonaro for sucedido por uma administração que tenha compromisso real com um processo de desenvolvimento socialmente sustentável.

Eu tenho considerado a Lava Jato, aqui no Cafezinho, desde que a operação teve início, como uma operação de inteligência sem precedentes na história do Brasil, quiçá do mundo. O nível de destruição que ela promoveu só é comparável com a de invasões militares.

Atacá-la, por isso mesmo, não é trivial. Se o ataque for mal feito, ele se reverte em favor do governo, ou então o sistema (Bolsonaro se vende como antissistema, mas é o representante mais submisso e caricatural dele), se assim achar melhor, descartará Moro e Bolsonaro, mas encontrará outros fantoches parecidos.

Como a Lava Jato conseguiu se instalar na consciência popular como sinônimo da luta contra a corrupção, a melhor maneira de combatê-la, a mais efetiva e consequente, é oferecendo ao país um projeto alternativo contra a corrupção. Aliás foi isso que o PT tentou fazer, ao final de 2013, na tentativa de combater a onda de oposição que se levantou contra o governo a partir das jornadas de junho. Só que a solução do PT foi… reforçar o lavajatismo, ou mesmo criá-lo, através da sanção de leis apressadas, nomeações pouco refletidas para tribunais superiores e, sobretudo, a ausência absoluta de uma estratégia de inteligência, em que fatores como soberania, estado de direito, comunicação social, estivessem no centro do debate da luta contra a corrupção.

É chegado o momento da esquerda liderar um debate sério sobre o combate à corrupção no país, para matar, na raíz, a estratégia do governo Bolsonaro, a única, quiçá a última, que lhe resta, que será empurrar a esquerda para o lado daqueles que são a “favor a corrupção” e “inimigos da Lava Jato”. Para isso, naturalmente, será necessário uma autocrítica, não apenas em relação aos escândalos de corrupção que estouraram em seu governo, mas também em relação à maneira pouco inteligente, reativa, medrosa, para não dizer cúmplice, com que lidou com a Lava Jato, repetindo os erros que já tinha cometido por ocasião do julgamento do mensalão, em que alguns “companheiros”, como Henrique Pizzolato e José Genoíno, para não falar nos publicitários e todos os réus não-petistas, igualmente cidadãos merecedores de julgamento justo, foram tragados pelo fogo de operações midiático-judiciais com pouquíssimo compromisso com fundamentos básicos do Estado Democrático de Direito e do Código do Processo Penal.

Ao invés de festivais de música, a esquerda poderia muito bem organizar um seminário internacional cujo tema principal fosse o combate a corrupção dentro dos marcos do Estado Democrático de Direito. Mas teria de ser um seminário realmente suprapartidário, e mesmo supraideológico, em que o foco fosse o combate à corrupção, porque este é o tema mais popular. Entretanto, o objetivo do seminário seria estabelecer os fundamentos para que a luta contra a corrupção no país se desse sem prejudicar a democracia, sem dar superpoderes a burocracias autoritárias e também corruptas, sem destruir empresas estratégicas. Ou seja, como transformar o combate à corrupção numa política pública integrada às outras grandes estratégias de desenvolvimento nacional, como a luta contra a desigualdade e o esforço para reindustrializar e modernizar a infra-estrutura de nosso país.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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REINALDO CLAUDIO QUEIROZ DE ARAUJO

24/06/2019 - 20h32

se, e somente sieo Brasil fosse sério, os documentos da INTERCEPT, já estaria nas mãos de juristas para uma análise séria. Mas como o país é cheio de fantoches fingidores da seriedade…Toque o barco, pois senão o barco voa…E quem quer voar, quando se pode acontecer dele virar? Ninguém consegue ver longe, os oculos verdes já estão impregnados de mofo. Quem tem coragem de mexer no vespeiro? Esqueçam e aceitem. Tem quatro anos, para ele provar que estava certo…Ou errado…

Renato

24/06/2019 - 19h29

É, babacas; pelo jeito Lula vai continuar preso !

Paulo

24/06/2019 - 19h15

“A força-tarefa da Operação Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal) em Curitiba conseguiu o bloqueio de cerca de R$ 113 milhões, de acordo com o câmbio atual, depositados em um banco no paraíso fiscal das Bahamas, na América Central. A conta é ligada a Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto e acusado de ser o operador de propinas do PSDB em São Paulo durante o governo do senador tucano José Serra (2007-2010)”…

Fonte: UOL

Mais um bom trabalho da Lava-Jato, ferindo o criminoso no lugar mais sensível, o bolso…

Pedro

24/06/2019 - 18h15

Bem quebvove poderia puxar o cordão desse seminário. Quem sabe convidando Ciro gomes para presidi-lo!? O que me diz. Texto profundo. Até atolei minha carroça na prolixidade

24/06/2019 - 16h45

Procura-se: Celular do Deltan e Queiroz!!! A democracia agradece.

    Renato

    24/06/2019 - 19h28

    Lula, que não é besta, nem celular tinha; usava os dos seguranças….Isso é que é um cabra honesto ! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Tamosai

24/06/2019 - 16h39

Bom texto, Miguel.
Só acho que um seminário internacional suprapartidário, e mesmo supraideológico contra a corrupção seria solenemente ignorado pela “grande mídia”. Iriam colocar no máximo algumas notas de pé de página no fim dos jornais e no rádio/TV seria ignorado.
Talvez a estratégia da esquerda seja mexer com corações e mentes em festivais, concertos, eventos que reúnam uma juventude que não esteja midiotizada pela “grande mídia”. A verdade é que a narrativa da esquerda está limitada aos blogs e a esses eventos. Nem sei se dá para fazer mais. Veja, Miguel, o STF se dá ao desplante de adiar um item com a importância que tem a suspeição do julgamento do Lula e a grande mídia nem se mexe. Num país sério, isso ocuparia as manchetes da grande mídia. Enquanto isso milhões de pessoas desinformadas ainda cultuam o Moro e o acham um justiceiro, um caráter acima de suspeita.
Miguel, não estou pessimista, mas eu acho que os recursos que a esquerda dispõe são muito pequenos no momento.Talvez seja preciso utilizar mais as mídias sociais, para esclarecer mais as pessoas. A iniciativa do Intercept foi boa ao dividir as informações com a Folha. Se a Folha bombar, pode ser que outras mídias queiram participar disso também.

Stalingrado

24/06/2019 - 16h36

Acorda, Miguel!
Não é luta contra a corrupção que Moro fazia. Era luta contra um Brasil independente.
O projeto de Moro era transformar o Brasil numa estrelinha na bandeira dos EUA.
Precisamos é da narrativa do crescimento, emprego e justiça social. A narrativa fajuta da luta anti corrupção é disco arranhado. Foi usado contra Vargas e João Goulart. Estão usando na américa latina toda. Ainda não percebeste que é uma guerra com direção nos EUA?

helio dias horvath

24/06/2019 - 16h33

Penso que o tom professoral do artigo não se recomenda como adequado a um debate de natureza política. O cenário preferido desta é a rua, onde os erros e os acertos não podem ser apagados como se tivessem sido escritos com giz numa lousa. Contudo, as ruas ainda estão vazias e assim continuarão enquanto não se dissiparem as incertezas nos aparatos do poder, incertezas que, como se sente, não podem nem vão se prolongar indefinidamente.
Em torno de que giram as presentes incertezas dos detentores do comando político-institucional do país?
De meu ponto de vista, em torno da contradição entre o exercício constitucional dos poderes ou daquilo que eventualmente seria permitido a um ou outro deles, a Bolsonaro, em especial, em razão de uma percepção própria das relações de força no interior da sociedade.
Por ora, parece-me correto seguir com o desgaste da aventura ultradireitista, a partir dos dados de sua trajetória até aqui. Por exemplo, o desemprego que se agrava, a renda do trabalho que diminui, a tensão que não se extingue etc.

helio dias horvath

24/06/2019 - 16h31

Penso que o tom professoral do artigo não se recomenda como adequado a um debate de natureza política. O cenário preferido desta é a rua, onde os erros e os acertos não podem ser apagados como se tivessem sido escritos com giz numa lousa. Contudo, as ruas ainda estão vazias e assim continuarão enquanto não se dissiparem as incertezas nos aparatos do poder, incertezas que, como se sente, não podem nem vão se prolongar indefinidamente.
Em torno de que giram as presentes incertezas dos detentores do comando político-institucional do país?
De meu ponto de vista, em torno da contradição entre o exercício constitucional dos poderes ou daquilo que eventualmente seria permitido a um ou outro deles, a Bolsonaro, em especial, em razão de uma percepção própria das relações de força no interior da sociedade.
Por ora, parece-me correto seguir com o desgaste da aventura ultradireitista, a partir dos dados de sua trajetória até aqui. Por exemplo, o desemprego que se agrava, a renda do trabalho q

Somos Todos Tontos

24/06/2019 - 16h21

Miguel tem sempre uma visão interessante , fora da bolha da esquerda , porém sinto em suas analíses um certo derrotismo , uma crença de que Moro e Bolsonaro são invencíveis.
Vem por aí uma crise internacional pior do que a de 2008 , a economia , que já patina , vai piorar muito.
O povo pedirá a cabeça de Bolsonaro e vai esquecer de Moro quando faltar comida na mesa.

Stalingrado

24/06/2019 - 16h11

Como pessoas com o mínimo de capacidade de interpretação de texto sabiam, foi Golpe e Moro o agente designado pelo DoJ ( USA ) para executá-lo.

O objetivo era o pré-sal, a destruição da indústria brasileira e o controle total do Brasil pelos EUA. Destruíram toda a indústria de construção pesada, entregaram a Embraer para a Boeing, acabaram com o submarino nuclear e agora querem dar o dinheiro da aposentadoria dos trabalhadores para os bancos privados. Uma maravilha!!! E os patos da FIESP ainda não se deram conta da merda que fizeram.

Moro conseguiu com o apoio da grande mídia, do exército, da justiça ( com j minúsculo mesmo ). Segundo Jucá, “com o STF, com tudo….”.
Moro teve até a ajuda de alguém que disse “Lula tá preso, otário!”.

Agora é um início da mudança da correlação de forças. Teremos mais informações liberadas nas próximas semanas. A FSP já entendeu que o vento está mudando e, espertamente, está segurando uma boia de salvação. Sabe que sumirá do mapa se continuar como um defensor dos bolsominions.

Muita água vai rolar. Muita gente ainda vai descobrir que não existia Luta contra a corrupção mas sim uma luta pelo controle do Estado brasileiro e sua transformação num cãozinho amestrado dos EUA.

Ricardo

24/06/2019 - 13h59

Caro Miguel,
Não vejo empolgação excessiva com a Vaza-Jato. Parece mais um jogo em que um lado perdia de 3×0 (3 = golpe + prisão de Lula + eleição do Bozo) no primeiro tempo e faz um gol pouco antes do intervalo, mostrando que está vivo na partida.

    Stalingrado

    24/06/2019 - 16h32

    Acorda, filho.

    Embraer, pré-sal, continência para a bandeira dos EUA, terraplanismo, submarino nuclear, etc…
    A apropriação do Estado brasileiro pela milícia bolsonarista e a transformação do Brasil num país da exclusão de pobres, negros, mulheres, índios e tudo que não seja rico e branco.
    Este Brasil está perdendo de muito mais do que os 3X0.
    Até Queiroz manda mais que o Presidente Bozzo.

M Tiba

24/06/2019 - 13h39

Existem duas grandes bolhas no país: uma lulista outra bolsonarista. A bolsonalista estava perdendo (ainda que aos poucos) alguns convictos para uma posição “entre-bolhas” (parciamente crítica à atuação do atual governo). O principal efeito da “Vaza Jato” foi repolarizar o cenário, ou seja, trazer as pessoas novamente para o “time bolsonaro” contra o “ataque petista ao combate à corrupção”. Aposto que na próximas pesquisas de opinião veremos o governo fortalecido.

    Ulisses

    24/06/2019 - 14h13

    O principal efeito da Vaza Jato foi comprovar o que os esclarecidos sabiam mas os idiotas e os oportunistas negavam e falavam em teoria da conspiração! Sim, foi golpe! O judiciário com apoio do PIG e elite financeira do país praticou golpe jurídico, derrubou a Presidenta Dilma e condenou a prisão solitária o Presidente Lula, primeiro lugar em todas as pesquisas para 2018, sem provas! Os que apoiam bolsonaro são ou os ignorantes políticos racistas, misóginos e fascistas ou são os crápulas sem ética oportunistas! Vendo esta turba de comentários babacas contra este documentário que toca na ferida do Golpe, criticando e desmerecendo o filme depois de toda tramoia vindo a tona pelo site The Intercept prova que somos uma nação dividida entre os canalhas e os éticos!

    Alan C

    24/06/2019 - 14h43

    Comentário interessante. Eu comentei algo semelhante mais abaixo.

Jeferson

24/06/2019 - 13h10

Na boa, mas esta pajelança do Verdevaldo não vai dar em nada. Ela teria mais valor ou veracidade se ele entregasse todo o material para uma banca de advogados sem nenhum vínculo com o PT, PSOL ou PCdo B. Tá arriscado ele ser deportado por ter cometido um crime contra as autoridades brasileiras.

Ricardo

24/06/2019 - 12h34

De acordo com a jornalista militante petista da folha de sp …o pedido de hc de lula por suspeitas de moro sera postergado para segundo semestre!!
Fui o primeiro a falar aq que isso do intercePT nao tinha a seriedade necessaria pra mexer c a justica!!
Os petistas continuam sendo ludibriados por seus jornais e blogs e pela propria lideranca do partido!!
Concordo com os comentarios aqui do site ,de que as mensagens tem q ter autenticidade comprovada..pq nao sou favor de ditaduras nem de direita e nem de esquerda!!

    24/06/2019 - 13h49

    Se vc não é a favor de ditadura de esquerda ou direita eu não sei. mas pelo seu comentário, vc é um asno.

      ricardo

      24/06/2019 - 14h15

      A ver pela grande inteligencia que vcs petistas demonstraram ultimamente, e pelo resultado que conseguiram obter, nao vou considerar sua resposta uma ofensa., ja que em vista do que escrevi nas primeiras linhas, petistas como vc, que vivem diuturnamente sendo manipulados pelo 247 , dcm e tijol ..o e por isso vivem em depressao constante , nao tem capacidade intelectual para entender ou mesmo ler corretamente um simples texto!!Em resumo vc nao me considera um asno pq nao e capaz de ler ou entender o que eu escrevi!!

        24/06/2019 - 16h43

        Não é falta de paciência pra ler seu texto. O fiz. O problema é falta de paciência para argumentar com gente idiota mesmo.

ari couto

24/06/2019 - 12h01

Meus respeitos, Miguel
Deixei de frequentar o site em função da direita que tomou o espaço e particularmente não tenho qualquer interesse em ouvir suas opiniões (deles) já que é impossível democracia com a direita. Contudo, vez por outra, passo por aqui para ver se há algo interessante.
1) Não vejo esse clima de já ganhei, mas sim um clima de alegria por estar sendo desmascarada essa farsa;
2) E tenho lido muito justamente sobre a possibilidade de não dar em nada pelo fato de o país estar nas mãos de milicianos;
3) Seminário Internacional exatamente para que? Teses imensas que pouquíssima divulgação teriam em nossa mídia e o povo continuava alheio ao debate;
4) Apesar de algumas discordâncias com o Rui, o PCO é o único partido que mantem o foco no povo e tenta fazer o trabalho de formiguinha. Infelizmente o partido é pequeno e isto limita sua ação. Oss demais vivem a ilusão de frentes sem o povo para notinhas e twitter
5) Lula Livre é a maior sacada na história política recente do Brasil e é por aí que o povo vem tomando consciência do que acontece. Ao contrário do que você diz, pela pesquisas que leio vem caindo e muito o apoio a essa quadrilha. E embora não seja nada científico, passa-me a impressão que diminuiu muito a frequência dessa direita nos blogs do tipo UOL,Terra e outros
Abraço

Ricardo

24/06/2019 - 11h16

PQP !!!! Isso aqui está parecendo o site “Antagonista” cheio de “Oompa-Loompas” …

Luiz Felipe T. Pinto

24/06/2019 - 10h02

Miguel, cada vez fica mais claro como suas idéias, claras, precisas e corretas, estão distantes daquilo que hoje prega o PT. O PT jamais participaria de um seminário nos moldes que propõe! Ao PT, está claro, interessa apenas a revanche, mesmo que essa revanche seja ainda mais destrutiva do que tudo o que já vimos ser destruído…

darcy

24/06/2019 - 09h47

E dizer-se que tem país aí, claro, no mundo civilizado, que o político acusado de muito menos mete uma bala na cabeça.

    Luiz Felipe T. Pinto

    24/06/2019 - 10h04

    Não faz o estilo de Lula meter uma bala na própria cabeça. Ele gosta é de um palanque, não de um velório em que seja o mártir…

Justiceiro

24/06/2019 - 09h46

Só quero ver uma coisa. Alguém já viu os outros condenados por Sérgio Moro se manifestarem sobre os vazamentos criminosos? Nenhum se manifestou. Estão todos de butuca aguardando o desenrolar do pedido de Lula. Se o processo dele for anulado, todos os outros, eu disse TODOS, irão pra cima do STF exigir o mesmo e a Corte não poderá negar: vai ter que anular o processo de todos. Então, como ficam os acordos que já devolveram 13 bilhões à União? E o dinheiro recuperado no exterior…será devolvido para as contas na Suíça?

Imaginem Pedro Barusco na porta da Petrobras indo buscar os 100 milhões de dólares que devolveu?

Ah, tem mais! E os que foram presos poderão processar a união exigindo bilhões em indenizações. Bom, ai dá para fechar o STF e usar o dinheiro que é consumido naquela Casa para pagar as indenizações.

    Luiz Felipe T. Pinto

    24/06/2019 - 10h14

    Excelente observação!!!

    Eli

    24/06/2019 - 13h14

    Não dá para afirmar isso ainda. Até o momento a parcialidade e as orientações do “juiz” Moro aos procuradores parecem dizer respeito apenas ao processo do Lula. Temos que aguardar as novas revelações pois como disse Glenn Greenwald, só foi vazado 1% das conversas. Os arquivos segundo ele são maiores que os de Snowden. Então, muita calma nessa hora.
    O que está provado é que o processo de Lula só teve defesa e acusação. Juiz neutro e imparcial não.

    Genalvo

    24/06/2019 - 21h23

    Barusco? O que foi condenado a 15 anos de prisão e passou 2 anos em “regime aberto diferenciado” e logo deixou de usar a tornozeleira?
    Odebrecht (marcelo): cumpre pena em sua mansão.
    Ricardo Pessoa: cumpre pena em sua mansão.
    Dalton Avancini: na sua mansão.
    Leo Pinheiro: em sua mansão (mesmo “sem” o acordo de delação).
    Otávio Azevedo: deixou a prisão após 8 meses de prisão.
    Sérgio Cunha Mendes: teve a pena aumentada pelo TRF4, mas aguarda em liberdade.
    Augusto Mendonça: nem chegou a ser preso.
    Resumindo, não vai mudar muita coisa pros empresários. A propósito, todos foram condenados a mais tempo de prisão que o Lula.

degas

24/06/2019 - 09h17

A Folha não é o Brasil 171. Ela mantém um lado institucional que a torna tão confiável quanto outros jornalões para relatar fatos como os impeachments e vários outros. Por isso, mesmo a considerando petista, eu cansei de comprá-la no tempo em que a gente lia jornal. Mas basta deixar seu jornalistas livres ou ver seus colunistas para constatar seu esquerdismo. Melhor ainda, veja quem saiu de lá e caiu na Internet. E essa parcialidade se mostra em casos como a da atual parceria com a IntercePT para divulgar dados obtidos criminosamente.

Também me espanta o Miguel invocar o cruzamento de dados da Folha como prova de credibilidade integral. Os dados foram roubados, ninguém contesta a existência do crime. Mas o fato de algumas mensagens não estarem alteradas, não significa que TODAS são confiáveis. A comunicação entre as partes é normal no sistema brasileiros e, até agora, mesmo com a IntercePT retirando as mensagens de seu contexto e inventando outro, nada de grave apareceu. Não é por outro motivo que eles não formalizam denúncia alguma contra o Moro ou os procuradores. Claro que quem está agindo de má-fé procura confundir tudo, mas a questão aqui é: SE aparecer uma mensagem com algo realmente sério, será preciso provar que ESTA mensagem específica não foi alterada.

Quanto ao restante, creio que a “classe média” ficaria ao lado do Moro MESMO que aparecesse a tal mensagem grave. O motivo é simples: a canalhice do outro lado é imensa e a promiscuidade muito maior. Petistas como o Lewandowiski e o Favreto estão em todo canto, ministros vão a churrascos na casa do defensor de bandidos Kakay e o recebem de bermudas no STF, ex-membros da casa são contratados para falar no ouvido dos atuais (como serão essas conversas?). Quando um sistema é capturado por certo tipo de gente, pode ser preciso pisar no meio-fio das regras para mudar as coisas.

E, sim, tudo caminha para um mocinhos x bandidos. Mesmo que a coisa não seja inteiramente assim, esse foi o discurso do Moro no Senado e é o melhor a ser adotado pela “classe média”, pelos militares e por quem quer um país um pouco melhor. Em primeiro lugar, porque é o mais fácil de expandir para o povão e virar unanimidade.

Em segundo lugar porque é verossímil. Tudo é um esquema para libertar o corrupto Lula, cujo PT está umbilicalmente ligado à Cuba e à Venezuela, que estão ligadas aos russos, onde está o Snowden criador do Glenn, cujo “marido” ficou com a vaga do Wyllys que foi para a Europa fazer o discurso petista e deve estar sendo sustentado com parte dos bilhões que o partido roubou e escondeu no exterior… Seria fácil continuar.

E o terceiro motivo pelo qual o mocinhos x bandidos deve funcionar é o próprio PT, que não consegue fazer uma crítica à Lava Jato sem se associar a tudo que ela condenou, tentando negar a evidente roubalheira da era petista e voltando sempre a falar em Lula, Lula e Lula. Autocrítica dessa gente? Talvez daqui a uns 50 anos.

    Marcio

    24/06/2019 - 09h44

    Que a Folha seja completamente esquerdista nào hà duvida alguma.

    Amanhà o STF vai encerrar essa palhaçada a moda tupiniquim ( = ridicula).

Somos Todos Tontos

23/06/2019 - 23h37

Moro acabou de adimitir a veracidade das mensagens ao pedir desculpas ao MBL.

    degas

    24/06/2019 - 12h03

    Creio que ele disse que nem tem certeza se falou aquilo (quem se lembra de diálogos de três anos atrás?), mas se desculpa se o fez. E mesmo que ele tivesse confirmado a autenticidade, seria a DESTA mensagem, não DAS MENSAGENS como um todo.

    Todos sabemos que os malandros do IntercePT tem mesmo mensagens obtidas criminosamente. Por que eles não divulgam todas de uma vez? Justamente, ao que parece, para mandar as que são verdadeiras no começo e ganhar uma falsa credibilidade que lhe permitiria defender as alteradas depois. Não sejamos tontos de cair nesse truque barato.

      J Fernando

      24/06/2019 - 12h31

      Kkkkkkkkk, “não sejamos TONTOS.” – Não dá, cara! O herói de vocês, o Moro, já deixou claro que os considera TONTOS…

      Somos Todos Tontos

      24/06/2019 - 12h42

      A sei , ele lembrou da conversa com o MBL e esqueceu das conversas em que comete crimes hahaha.
      Só porque você é mais articulado e educado que a maioria dos bolsominions não pense que você é inteligente.
      Sua negação é fruto de cegueira ideológica.
      Sabe o que prova que Moro é um criminoso?
      O fato de ter sido indicado ao cargo por um defensor da tortura.
      Isso encerra o debate moral sobre Moro e sobre você.
      Reclama de vazamento supostamente ilegal mas apóia o crime hediondo da tortura?
      Você , Moro e Bolsonaro são criminosos assumidos .
      Moro , além de corrupto , protege corruptos , como FHC e o Queiroz.
      Aliás cadê o assassino do Queiroz? Amigo do seu presidente?

        degas

        24/06/2019 - 13h30

        Você não entendeu. O Moro reconheceu algumas transcrições e disse que não tinha certeza sobre o conteúdo de outras. Talvez esta do MBL seja falsa, talvez não. Mas amanhã podem surgir outras totalmente falsas.

        Você acha que aí ele não poderá mais reclamar já que não reclamou das primeiras? Se o açougue vendeu carne boa na semana passada pode vender estragada nesta e você precisa aceitar?

        Note, aliás, que NADA assegura a veracidade de TODAS as transcrições do IntercePT. Veja que o próprio Glenn só confirmou algumas poucas delas agora, batendo com a Folha. Como ele poderia ter certeza sobre todas elas, se as recebeu de um hacker que talvez tenha alterado metade das mensagens? Ele não poderia, nunca pôde. Por aí já se pode avaliar a desonestidade intelectual deste malandro e de quem mais defende a veracidade integral das mensagens sem apresentar prova alguma disso.

Sérgio Rodrigues

23/06/2019 - 22h55

notas ridículas!…..putzzzzz

Darth Plagueis o Sábio

23/06/2019 - 20h50

Atendendo a um pedido de um amigo reproduzo o que ele disse…

Renato

23/06/2019 - 20h16

Em vez de bombas, Glenn Greenwald está é soltando peidos a conta-gotas !

UILIO

23/06/2019 - 19h35

Sim. Realmente. Tá difícil. Em parte, concordo com as observações do articulista. A parte que fala numa base, que se diga, não só contra a corrupção mas também contra o PT e contra a esquerda e que apoia cegamente a Lava-Jato. Tão contra a esquerda que, se essa esquerda tivesse tido competência e fizesse o público saber que as principais leis contra a corrupção e de estruturação dos órgãos de controle vêm carimbada pelo PT; nem isso e nem a prova inconteste da inocência de Lula; tampouco qualquer outra coisa mudaria a opinião azucrinada e enraizada que se alinhou a esse falso moralismo. Difícil. Principalmente pela forma como Moro se saiu no Senado. Parecendo musica sertaneja universitária, de uma nota só, a meu ver, se saiu muito bem ao bater na tecla, “da invasão ilegal do celular” qdo das respostas a cada inquiridor. Difícil ainda, por que no imaginário da população paira muitas dúvidas sobre o que virá depois, caso Moro venha a ser julgado pela sua postura: os processos serão, todos anulados, ou só o do Lula? Qual o critério a ser usado pra condenar a parcialidade de Moro no processo de Lula e não nos demais, se o erro dele é o mesmo? Aqui embaixo, no povão, onde estou, essas e outras tantas dúvidas terminam por “imobilizar” setores que apoiam a esquerda deixando-os sem ação. Tal qual o articulista do cafezinho, me sinto o “rato” que teve a brilhante ideia de um grande seminário de ratos cuja pauta era combater o gato. Ao final do seminário, a proposta de consenso aplaudida por todos era que todos ficassem alertas e se protegessem sempre que o gato aparecesse com o barulho de um chocalho que a platéia calorosa e empolgadamente deliberou por botar no pescoço de seu arquirrival. O problema parou nos encaminhamentos seguintes à deliberação: quem poria o chocalho no gato. Até porque não só essa matéria como tantas outras de tantos outros articulistas de outros blogs de esquerda, estão sempre a sinalizar e a supervalorizar como um lampejo de esperança, qualquer fato, denuncia, posição de um ministro de justiça ou de um órgão da imprensa como um encantador de serpente.

    Luiz Felipe

    24/06/2019 - 10h22

    Não concordo com uma coisa que disse…
    Não é verdade que, caso aparecesse alguma prova de que Lula poderia ser inocente, o povo brasileiro não o apoiaria… Acho que, se houvesse, quiçá, um ínfima centelha de probabilidade de que Lula fosse inocente, o povo brasileiro ficaria ao lado de Lula. Afinal, o Brasil inteiro amava Lula! E só deixou de amá-lo quando veio à tona a traição dele, toda a corrupção patrocinada por ele!!!

    Luiz Felipe

    24/06/2019 - 10h23

    ão é verdade que, caso aparecesse alguma prova de que Lula poderia ser inocente, o povo brasileiro não o apoiaria… Acho que, se houvesse, quiçá, um ínfima centelha de probabilidade de que Lula fosse inocente, o povo brasileiro ficaria ao lado de Lula. Afinal, o Brasil inteiro amava Lula! E só deixou de amá-lo quando veio à tona a traição dele, toda a corrupção patrocinada por ele!!!

    Luiz Felipe

    24/06/2019 - 10h26

    Não é verdade que, caso aparecesse alguma prova de que Lula poderia ser inocente, o povo brasileiro não o apoiaria… Acho que, se houvesse, quiçá, um ínfima centelha de probabilidade de que Lula fosse inocente, o povo brasileiro ficaria ao lado de Lula. Afinal, o Brasil inteiro amava Lula! E só deixou de amá-lo quando veio à tona a traição dele, toda a corrupção patrocinada por ele!!!

Marcio

23/06/2019 - 19h33

Isso aì…vamoas lançar a “Frente Petista contra a Corrupçào” !! Kkkk

Sò rindo mesmo.

Darth Plagueis o Sábio

23/06/2019 - 19h32

Se tão poderoso Moro é.
Fugir quer por quê?

Justiceiro

23/06/2019 - 19h24

KKKKKKKKKKKKKKK

Primeiro, obrigado, Miguel, por ter voltado ao velho modo de comentários. Se você pudesse fazer uma espécie de cadastro para que os petistas não ficassem clonando o nick das pessoas, seria ótimo.

Quanto ao artigo, agora, sim, KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Ora, Miguel, pra esquerda tentar passar uma imagem de combate à corrupção, teria que deixar Lula mofando na cadeia.

Você acha que o PT vão topar? Você acha que os satélites Psol e PCdoB vão topar?

Até Ciro já saiu em socorro de Lula, pedindo a nulidade de sua condenação.

Lula é corrupto e você sabe disso, tentar tirá-lo da cadeia só vai piorar as coisas.

Os milicos não vão deixar.

    Miguel do Rosário

    23/06/2019 - 20h40

    Não acho que Lula seja corrupto. E porque tanto kkk?

      Marcos

      24/06/2019 - 05h03

      Sua opinião, Miguel, tem o mesmo valor que um pedaço de papel higiênico lambrecado de fezes ! kkkkkkkkk

      Justiceiro

      24/06/2019 - 09h54

      Os muitos KKK são porque dei uma risada gostosa.

      Ora, Miguel. Como a esquerda vai querer mostrar que quer combater a corrupção defendendo a toda hora Lula livre?

      Você não acha que Lula seja corrupto, Miguel? Por que os dois maiores empreiteiros do país iriam se preocupar em reformar um sítio para dois caras que eles não dariam nem bom dia, se Lula não estivesse na parada? E de graça?

      E o triplex? Imagine um comprador exigir mudanças estruturais num imóvel como a instalação de um elevador privativo e depois simplesmente dizer, não quero mais comprar? E, pior!, o dono do imóvel, famoso empreiteiro do Brasil, ir pessoalmente bancar uma de corretor?

      Quer mais? Tem! E as palestras? Emílio Odebrecht já disse que pagava palestra apenas como uma forma de compensar Lula pela ajuda que este deu a empresa dele.

    Márcio

    24/06/2019 - 08h15

    Justiceiro,

    vai na fala da “esquerda moderada’ dos espertalhões…

    Genalvo

    24/06/2019 - 21h26

    Nesse ponto, está equivocado sobre o Ciro. Desde o início, ele foi um dos primeiros a alertar sobre vícios no processo que culminou om a condenação de Lula (independentemente do que ele pensa sobre Lula).

Alan C

23/06/2019 - 17h02

Miguel, o que aconteceu???

Sobre a matéria, a “Falha” de SP nunca foi importante pra nada em relação ao campo progressista, Mônica Bergamo é somente uma bate assopra do caramba, sua atuação é aquela suficiente para manter seu emprego, não desagrada muito o patrão, nem desagrada muito a parte xiita (e muitas vezes ingênua e sonhadora) da “esquerda” brasileira, notadamente a parte petista.

Outra coisa, Moro não vai cair de jeito nenhum, é o mais puro petismo considerar isso. O modus operandi da política nacional é completamente diferente da americana e européia. Aqui, quando um político do alto escalão se vê em um escândalo, aí que ele se agarra ao cargo. Como a única forma dele cair é o zé ninguém do bozo demiti-lo, esqueçam! E confiar que se faça justiça em terra de golpe é como o coitadinho do Lula que se entregou – se dizendo inocente pq “não queria fugir” – e confiar que o judiciário iria julgá-lo de forma imparcial… Haja ingenuidade e contra senso!!!

Outra, se o povo tiver a menor desconfiança que os vazamentos do Intercept beneficiarão Lula e o PT, PODE ESQUECER!!!! Vai ter o mesmo efeito do movimento #EleNão, onde o bozo cresceu ao invés de perder votos. Temos que nos livrar do bozonarismo e do petismo URGENTE!!!! São duas pragas na vida do brasileiro, pragas que andam juntas e se retroalimentam, basta ver os comentários neste blog. Quero só ver a próxima pesquisa de avaliação do governo, ela será decisiva pra entender isso.

    Alan C

    23/06/2019 - 17h30

    Concluindo o raciocínio:

    A matéria da Folha, destacada em vermelho no início da matéria, é simplesmente PÉSSIMA.
    Não traz nenhuma novidade, nada de realmente novo, e como assim “atestou integridade”?? A Folha é especialista nisso agora?? Atestou integridade assim como inventou que tinha provas do zapzap de campanha do bozo?? Essa Folha é uma piada ridícula, e confiar nela é uma piada mais ridícula ainda, veículo dos mais golpistas da história, apoiou e enriqueceu com a ditadura, com matança de inocentes, no virar da esquina vai eleger um Dória da vida e petista idiota vai ficar choramingando…

    E sobre o vazamento que o Intercept tem em mãos, ainda não entendi pq não mandou fazer uma avaliação de autenticidade no exterior, assim como fez Tacla Duran com os prints das telas em conversa com Zucolotto tentando extorquir 5 milhões a mando da Farsa Jato.
    Aliás, pq não estão explorando esse assunto tb?? Será que tudo que os deputados petistas Pimenta e Damous “descobriram” não era bem daquele jeito?? Pq sumiram? Pq nunca mais falaram no assunto??

      Darth Plagueis o Sábio

      23/06/2019 - 18h08

      O lado sombrio eu sinto em você , jovem padawan.
      A raiva precisa ser controlada , se não , ela é mais perigosa para você do que para seu adversário.

      Dany

      23/06/2019 - 18h27

      Folha amiga da esquerda me lembrou aquela frase nas faixas dos coxinhas nas manifestações pelo impítima:

      “Cunha é corrupto mas está do nosso lado”

      Nda pode ser mais fake!

        Renato

        23/06/2019 - 19h36

        Cunha deveria ser anistiado, cara remelenta militonta. Se não fosse Cunha, Dilma (a inepta) teria acabado de afundar o país. Vida longa a Cunha .

          Paulo

          23/06/2019 - 20h32

          Vida longa na cadeia, você quer dizer…

    Paulo

    23/06/2019 - 20h34

    Alan, o tal Intercept tentou dar credibilidade aos vazamentos e blindar-se contra a reação, ao transferir informações, primeiramente, para o esquisitão Azevedo, e, agora, para a Falha de SP…

      Alan C

      24/06/2019 - 08h00

      Sem comprovação de autenticidade a coisa dificilmente vai andar, nesse ponto acho que o TIB tá vacilando.

        Alan C

        24/06/2019 - 08h15

        Outra coisa, o TIB poderia ter analisado tudo e soltado tudo de uma vez, estamos no início de um ciclo de governo, pra que pressa? Poderia soltar tudo, autenticado, daqui a um ano por exemplo.
        Soltar a conta gotas vai ter um problema, quando estiver na trigésima vai ser que nem live do bozo, ninguém vai dar a menor bola.

          Marcio

          24/06/2019 - 09h06

          Porque jàjà chegam as outras condenaçoes de 2° grau.

          Alan C

          24/06/2019 - 09h33

          Não muda nada


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