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Acionistas de bancos brasileiros recebem R$ 52 bi em 2019, alta de 26% no ano

No Infomoney Bancos distribuem R$ 52 bilhões em dividendos a seus acionistas em 2019 O volume é quase 26% maior que o de 2018. Para este ano, porém, o valor pode ser menor Por Agência Estado 24 fev 2020 09h28 Os grandes bancos, com exceção do Itaú Unibanco, ampliaram o volume de dividendos distribuídos a […]

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No Infomoney

Bancos distribuem R$ 52 bilhões em dividendos a seus acionistas em 2019

O volume é quase 26% maior que o de 2018. Para este ano, porém, o valor pode ser menor

Por Agência Estado
24 fev 2020 09h28

Os grandes bancos, com exceção do Itaú Unibanco, ampliaram o volume de dividendos distribuídos a seus acionistas em 2019: foram mais de R$ 52 bilhões, volume quase 26% maior que o de 2018. Para este ano, porém, o valor pode ser menor.

Isso porque o maior apetite dos bancos para emprestar em meio à retomada da economia brasileira, principalmente para pessoas físicas e pequenas e médias empresas, deve levar o setor a fechar um pouco a mão quando olhar para os resultados futuros.

O Itaú Unibanco já seguiu esse caminho. O banco distribuiu 66,2% do lucro líquido recorrente de 2019, ante 89,2% no ano anterior. A diminuição na proporção de dividendos se refletiu diretamente no bolso dos acionistas da Itaúsa, holding que controla o banco.

A porcentagem do lucro líquido distribuído, chamado de payout, passou de 94%, em 2018, para 68% no ano passado – menor nível desde 2016. Com a redução, os dividendos foram um dos temas abordados na teleconferência feita com investidores e analistas na semana passada.

O presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal, explicou que essa queda não antecipa um novo investimento da holding, mas tem relação com o Itaú Unibanco, que representa praticamente 90% do portfólio de investimentos. O banco resolveu, segundo ele, dividir um menor volume de recursos com seus acionistas uma vez que espera ter um maior uso de capital ao longo deste ano, ou seja, vai emprestar mais.

Desde 2017, o Itaú revisou sua política, colocando no lugar de um teto uma série de critérios para o cálculo dos dividendos. O crescimento do crédito, sob a ótica do risco, é um deles.

Para tranquilizar os investidores, Setubal recorreu à elevada rentabilidade do Itaú, que é líder entre seus pares. “A capacidade de o banco gerar retornos dentro da sua política de crédito é melhor para seus acionistas do que simplesmente distribuir dividendos e usar taxas de retorno inferiores às que o banco aplica”, explicou o presidente da Itaúsa, desde 2015 no comando da holding após anos no dia a dia como executivo do banco.

‘Superdividendo’

Na contramão, o rival Bradesco aumentou a distribuição de dividendos no ano passado. O payout bruto do banco foi de 73,9%, ante 40,3% em 2018. O salto ocorreu por causa de um “superdividendo” de R$ 8 bilhões. O banco creditou a bolada às perspectivas frustradas com a economia brasileira no ano passado.

Como o crescimento não veio, o Bradesco achou melhor dividir o dinheiro com seus acionistas. Até mesmo porque muito capital pressiona o retorno, principalmente no seu caso, que tenta retomar o posto de segundo banco mais rentável do Brasil, hoje nas mãos do Santander. “Não é uma obsessão, mas é o nosso objetivo lá na frente”, disse o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em recente entrevista ao Estadão/Broadcast.

Somado ao crédito, os bancos terão o que o presidente do Itaú, Candido Bracher, resumiu como “ventos contrários” nos resultados de 2020. As instituições financeiras serão afetadas pelo efeito das novas regras do cheque especial, cujos juros foram limitados em 8% ao mês, pelo aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que passou de 15% para 20% na reforma da Previdência, e pela Selic média inferior à do ano passado.

Para o diretor de renda variável de uma gestora, apesar das pressões negativas que os bancos enfrentam neste ano as instituições têm capacidade de compensar tais efeitos e, consequentemente, manter gordos níveis de dividendos. “Os bancos podem conseguir gerar capital suficiente, eventualmente, para pagar mais dividendos e ainda originar mais crédito”, avalia ele, na condição de anonimato, que também vê o crédito como fator determinante para a distribuição de dividendos referentes ao ano de 2020.

É o caso do Santander Brasil. O espanhol prometeu manter elevado nível de payout ao mesmo tempo que tem capital em excesso para continuar crescendo como nos últimos anos. “Como fizemos no ano passado, dependendo da evolução e de como usamos o capital, ajustaremos, considerando o ganho final”, disse o vice-presidente executivo do Santander Brasil, Angel Santodomingo, em recente conversa com o mercado.

Embora o banco tenha distribuído em torno de 70% do seu lucro nos últimos anos, o executivo preferiu ser conservador. Manteve, ao menos por ora, a referência de 50% de payout para 2020.

Teto para distribuição

O Banco do Brasil aprovou, no início do ano passado, a revisão da política específica de remuneração aos acionistas. Assim, passou a fixar, ao contrário do concorrente Itaú, um teto para a distribuição do lucro líquido. Para 2020, o banco manteve o intervalo de payout esperado entre 30% e 40%, o mesmo estabelecido no ano passado.

Para 2021, a situação fica mais crítica com o risco de os dividendos, hoje isentos, passarem a ser tributados na reforma tributária. Como qualquer mudança no Imposto de Renda responde ao princípio da anualidade, um eventual pedágio para os acionistas, mesmo que aprovado este ano, começaria a valer somente no exercício seguinte.

Por ora, apenas os juros sobre capital próprio (JCP), também considerados para efeito de distribuição de dividendos, são tributados, uma vez que são recolhidos na fonte e entram na conta fiscal dos bancos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Comentários

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Guto santos

26/02/2020 - 10h01

No Brasil os presidentes da República acabam atrás das grades por corrupção e lavagem de dinheiro os senadores passam por cima de gente com a escavadeira e pretendem que os bancos cheguem aqui emprestando dinheiro barato para vocês ? Kkkkkkkk

Menos né….

    Henry P.

    26/02/2020 - 11h12

    Tem que explorar mesmo, concordo

Evandro Garcia

26/02/2020 - 09h52

Os bancos vão onde há ambiente minimamente normal, patrimônios sólidos, ou economias verdadeiras onde não é muito arriscado emprestar dinheiro.

Os cidadãos europeus possuem um patrimônio mobiliário, imobiliário, de títulos financeiros, etc… inestimável.
A economia Europeia é parada há anos e as taxas de inadimplência podem até ser 10x maiores que a do Brasil mas são cobertas pelos patrimônios de quem contrata os empréstimos.
Os Americanos possuem a primeira economia do Mundo e a Ásia enormes mercados em expansão.

E o Brasil…? Kkkkkkkkkkk

Seria bom se tivesse mais obviamente mas não é a toa que os bancos ficam longe do Brasil. O que pode surgir daqui pra frente são os pseudo banquinhos online, bancos de verdade nem pensar.

O resto é ideologia inútil.

Abdel Romenia

25/02/2020 - 19h04

Os riscos de emprestar dinheiro aos brasileiros sào altissimos é por isso que hà pouquissimos bancos e nào duvido que outros bancos privados resolvam picar a mula como féz HSBC.

O Banco do Brasil possui centenas de socios e é mais privado que publico…jàjà fica sò a Caixa mesmo.

    putin

    25/02/2020 - 19h44

    pare de falar falsidades:
    “A taxa de inadimplência ao crédito do sistema financeiro no Brasil chegou a 3,04%, ou em termos absolutos R$ 96,6 bilhões de um saldo total de R$ 3,168 trilhões”

    nos EUA no ultimos 10 anos variou entre 1.4 e 7,5%.

      Abdel Romenia

      25/02/2020 - 20h07

      Eu nào emprestaria nem um chciclete chupado para os gringos estelionatarios……kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

        putin

        25/02/2020 - 20h13

        e faz muito bem, olha aqui, tirando alemanha e olanda todos os outros sao piores que o brasil:
        https://oecdecoscope.blog/2017/05/23/solving-non-performing-loans-in-europe-to-speed-up-the-recovery/

          Abdel Romenia

          25/02/2020 - 20h28

          Os bancos (incluindo BB e Caixa) fecharam 700 agencias nos ultimos tempos e HSBC cascou fora alguns anos atràs.

          Os brasieliros nào possuem salarios adequados, patrimonio (mobiliario, imobiliaro, titulos, etc) e além disso nào possuem edeucaço financeira (gastam sempre mais do que podem). Nào hà como garantir um emprestimo minimamente seguro para quase ninguem os riscos sào altissimos.

          Se fosse esse paraiso financiario teria a fila para entrar no mercado, investir no Brasil para qualquer grupo bancario europeu ou americano seriam migalhas…mas nào é assim, ninguem tem interesse.

          E’ muito melhor especular no tesouro direto e afins que abrir um banco.

          Os fatos sào esses e a ideologia (o bla bla bla do capital onde vc quer chegar) nào me interessa minimamente.

      Sonic

      25/02/2020 - 20h14

      A putinha tem razào,

      sào somente 65 milhoes de inadmplentes, quase todo a populaçào brasileira economicamente ativa esta no SPC e continua crescendo.

      O resto é sò Carnaval…

        putin

        26/02/2020 - 06h03

        im. be. cil,
        o numero de inademplentes parece alto, mas a QUANTIA de dividas de cada um é ridicula. por isto o montante da divida é normal e nao pode assustar banco nenhum (era este o eixo da questao).
        vai nos eua ou uk onde as pessoas sao endividadas por CENTENAS de milhares de dolar ou libras para compra de apartamentos ou faculdade particular.
        e volte estudar matematica da segunda serie.

          Sonic

          26/02/2020 - 10h27

          Cadè os bancos brigando para chegar aquì e ganhar bilhoes entào retardado…?

        Wellington

        26/02/2020 - 09h19

        Quem é louco que nem o Cid Barret de Sobral que empresta dinheiro a 200 milhões de miseráveis que vivem pela maioria em favelas (ou pouco mais quando dá certo) sem cobrar juros altíssimo…?

        Quem é o louco que investe num lugar desse com 60 mil homicídios ao ano…?

        É um bom lugar para especular mas para emprestar dinheiro certamente não é.

        Um mínimo de seriedade e de olhos para a realidade são o básico.

        Até os brasileiros não começar a aprender a ler, escrever e se dar uma boa civilizada não mudará nada.

        O tempo faz o resto do trabalho e tudo vem de consecuencia mas até lá não tem saída.

    Alan C

    25/02/2020 - 23h25

    Pqp andressa, o HSBC saiu do Brasil por problemas com a justiça nos 4 cantos do mundo e, aproveitou isso pra se concentrar na continente asiático.

    É só um minion…rs

      Abdel Romenia

      26/02/2020 - 08h15

      Confirmou o que eu disse Retardado, ao Brasil escolheu outros lugares.

        Abdel Romenia

        26/02/2020 - 08h18

        “preferiu outros lugares”

          Votin Rabah

          26/02/2020 - 14h35

          AApenas preferiu a arrombada da tua mae

      Andressa

      26/02/2020 - 08h17

      É um mercado aberto e qualquer um poderia chegar aqui e abrir… só que ninguém quer.

      Ninguém é tão imbecil de abrir bancos no Brasil, me parece bastante óbvio.

        Votin Rabah

        26/02/2020 - 14h36

        Ninguém é tão imbecil, me parece bastante óbvio.

      Zurich

      26/02/2020 - 08h24

      Você acha que os bancos não sabem onde o dinheiro vai e vem ao redor do Mundo e vale a pena se inserir…?

      Porque não chegam ao Brasil…?
      Cadê eles se é esse paraíso todo que vocês pintam…?

      Os fatos são esses o resto é tédio.

Alan C

25/02/2020 - 17h11

PT e bozolândia, o paraíso dos bancos.

Paulo

25/02/2020 - 11h18

Será que Porco Guedes vai contrariar os “parças” e tributar os dividendos? Se fizer, será mera taxa simbólica para fingir que a Reforma Tributária é equânime e que todos pagarão a conta, como fez na Reforma da Previdência, em que as mudanças para a caserna foram beeeeemmmm suaves…

thila rocha

25/02/2020 - 11h16

Seria até justo se “acionistas” pagassem imposto de renda sobre esses ganhos! Como qualquer brasileiro paga.
Isto é um absurdo!
Parasitas!!


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