Diante da escalada autoritária do governo e de sua irresponsável condução do enfrentamento à pandemia, compreende-se perfeitamente que a população deseje retomar as ruas para manifestar sua indignação e cobrar mudanças. É importante constatar, neste contexto, que a maioria da população chegou a seu limite, e por isto a manifestação espontânea das torcidas de futebol, que vimos no domingo passado.
Não estamos, no entanto, em um momento normal para tais manifestações, sendo necessário ponderar suas consequências. Inicialmente, não se pode afastar as limitações sanitárias impostas pelo momento agudo de disseminação do novo coronavírus no Brasil. Realizar grandes aglomerações deve piorar a progressão da doença, algo preocupante diante da flagrante fragilidade da atenção à saúde.
Existe ainda uma questão delicada de organização política e popular. A realização de manifestações pacíficas de rua, com o objetivo de salvaguardar a democracia, oferece também uma oportunidade única para a infiltração de grupos completamente estranhos a este propósito. Estes grupos seguramente buscarão criar as condições tanto para a repressão desproporcional aos movimentos, quanto para uma reação governamental, que pode implicar o uso de medidas de exceção, que este governo autoritário demonstra ser de seu interesse.
Neste contexto, o Partido Socialista Brasileiro – PSB CONCLAMA os militantes dos movimentos populares e a população em geral a preservar a devida prudência e sugere que, até que as condições políticas estejam mais maduras, as manifestações em favor da democracia se mantenham no ambiente virtual, que tem sido até aqui o principal e mais efetivo veículo para a mobilização dos democratas. Nestes termos, são essenciais à resistência as manifestações virtuais, nas mídias sociais; nas janelas, com faixas, cartazes etc, que enviarão um claro recado de descontentamento com o cenário atual.
Para vencer neste momento delicado da vida política nacional, o campo democrático deve ser o mais amplo possível e articular estratégias próprias, evitando cair nas armadilhas que propõem os defensores do arbítrio. Neste momento eles desejam disseminar a desordem, e nós precisamos, ao contrário, da serenidade firme e do comedimento dos que sabem que são maioria.
Brasília-DF, 04 de junho 2020.
Carlos Siqueira
Presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro – PSB
Henrique Martins
06/06/2020 - 17h56
Vamos ver se eu entendi o resultado prático desde raciocínio.
Tem um grupo de 30 pessoas em guerra com outras 70 pessoas. Essas trinta pessoas estão com as armas apontadas e atirando contra as outras setenta. As 70 pessoas atacadas tem armas e vao continuar com elas abaixadas tomando tiros até que não sobre mais nenhuma?
Isso tem nome: SUICÍDIO!
Henrique Martins
06/06/2020 - 18h36
A propósito, quem tem motivos para ter medo são eles. Nós temos mais que o dobro de soldados e também temos armas. Não tão sujas como as deles. Mas a superioridade das nossas forças é tao evidente como dois e dois são quatro. Essa superioridade com certeza neutraliza a sujeira das armas deles.
P.S: É claro que eles – analfabetos que são – vão achar que dois mais dois são três. Afinal, em pleno Séc. XXI pensam que a Terra é plana.
gasparzinho
06/06/2020 - 21h58
Depois você conta para o Mundo como você chegou a esse 30% e 70% para darmos umas risadas juntos.
Lucas
06/06/2020 - 23h34
Eu já to rindo do seu comentário! rsrsr
Ismael
06/06/2020 - 15h53
Falou o partido de aluguel que apoiou o impeachment, as reformas trabalhista e previdenciária, seus governadores e deputados apoiaram Bolsonaro e já teve entre seus quadros Paulo Skaff. Na câmara federal, pouco faz contra o governo. Tirem o socialista do nome porque ofende aos verdadeiros socialistas! Escória direitista da pseudoesquerda, vcs não vão dizer que horas o povo vai pra rua para se encaixar em suas ambições eleitorais!
AMANHÃ POVO NAS RUAS PELA DEMOCRACIA! SE PROTEGENDO E DE OLHO VIVO!
Elaine
06/06/2020 - 15h30
Saibam que o comportamento do Ciro em relação ao PT nos predispõe a ir no sentido contrário à opinião de vocês.
Quem tem um amigo deste não precisa de inimigos.
Antenor
06/06/2020 - 15h26
Tudo que Bolsonaro quer é que abdiquemos das ruas para que ele possa reinar de modo absoluto nelas com direito a sobrevoar manifestações anti-democraticas acompanhado de ministro da defesa e depois andar a cavalo no meio do seu gado. A prova disso é que ele está ameaçando os manifestantes antes mesmo deles saírem nas ruas.
Meu Deus.
Leandro
06/06/2020 - 15h20
Vocês acham que só a gritaria do Ciro adianta alguma coisa?
Vocês acham que o Ciro enfraquecer o PT que é o maior partido de esquerda do Brasil é defender os interesses da esquerda?
Hah, neimmmm.
Mateus
06/06/2020 - 15h15
Esses discursos veementes para impedir que nós Brasileiros defendamos a democracia nas ruas a ponto de chegar à conclamação é no mínimo inusitado.
Já não basta as ameaças do ditador de meia tigela né.
Dias
06/06/2020 - 15h06
Leva a mal não mais a esquerda está numa fraqueza danada.
É por isso que bolsonaro se sente s vontade para fazer o que quer desde o início do seu mandato. Já tem um ano e meio que estamos tolerando isso.
Num sei não. Eu tô achando que é melhor então vocês aderirem ao Bolsonarismo!
Nilton
06/06/2020 - 21h59
A democracia não se tolera, se aceita
Fonzie
06/06/2020 - 23h36
Eu tô achando que é melhor então você não deixar de tomar seu gardenal.
Eduardo
06/06/2020 - 14h57
Quando vai ser a hora PSB?
Depois que uma ditadura militar fascista e neonazista estiver consolidada no Brasil?
Se não querem ajudar, podiam ao menos ficar calados.
Francisco
06/06/2020 - 13h18
Carlos Siqueira, nessa nota ensopada de paúra, de maneira transversa explica por que dos silêncios, atual, sobre o prefeito do PSB que pagava a empregada de sua residência no Recife com recursos da prefeitura de Tamandaré, e os passados, sobre votações relativas a extinção de direitos dos trabalhadores, preservando, quando não turbinando, o das elites públicas, armadas e desarmadas, quer na reforma trabalhista, quer na da previdência, e sobre os 29 votos dados a classe dominante para conseguirem o golpeachment de Dilma, que levou o Brasil ao brejo onde se encontra até hoje atolado e ao estagiário a presidente que o desgoverna e sufoca.