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Grécia expulsou mais de 1000 migrantes abandonando-os em alto mar

O governo grego secretamente expulsou da Europa mais de 1000 refugiados nos últimos meses, levando muitos aos limites fronteiriços marítimos gregos e lhes abandonando em infláveis e duvidáveis botes salva-vidas. Desde março, ao menos 1072 pessoas foram lançadas ao mar por autoridades gregas em ao menos 31 expulsões separadas, de acordo com uma análises de […]

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Migrantes à deriva em alto-mar na fronteira entre Grécia e Turquia. Foto: AFP

O governo grego secretamente expulsou da Europa mais de 1000 refugiados nos últimos meses, levando muitos aos limites fronteiriços marítimos gregos e lhes abandonando em infláveis e duvidáveis botes salva-vidas.

Desde março, ao menos 1072 pessoas foram lançadas ao mar por autoridades gregas em ao menos 31 expulsões separadas, de acordo com uma análises de evidências feita pelo jornal estadunidense New York Times.

O jornal investigou sobreviventes de cinco desses episódios e analisou evidências fotográficas de todos os 31 incidentes.

Ilegais de acordo com a lei internacional, as expulsões são a mais direta e permanente tentativas de um país europeu de bloquear migrações marítimas usando a força desde o ápice das crises migratórias em 2015, quando a Grécia era a principal via para refugiados buscando entrada na Europa. O governo grego nega quaisquer ilegalidades.

Desde 2015, países europeus como Grécia e Itália dependem de proxies, como os governos líbio e turco, para evitar migrações marítimas.

O que muda agora é que o governo grego está crescentemente tomando ações próprias para lidar com a questão.

Por exemplo, migrantes já foram expulsos em botes salva-vidas e deixados à deriva entre as fronteiras de águas gregas e turcas, enquanto outros foram abandonados à deriva em seus próprios barcos após autoridades gregas desabilitarem os motores desses barcos.

A Grécia costumava ter maior receptividade com migrantes.

Contudo, meia década de outros países europeus oferecendo apenas modesta assistência enquanto dezenas de milhares de migrantes adoeciam em sobrecarregadas ilhas gregas.

Desde a eleição do novo governo conservador do primeiro ministro Kryiakos Mitsotakis, Grécia tomou uma postura mais rígida com a imigração (geralmente de refugiados da Síria) que ultrapassam as fronteiras da Turquia para chegar à Europa.

A Grécia acredita que a Turquia tentou armar migrantes para aumentar a pressão sobre a Europa por auxílio e assistência na Guerra da Síria.

Mas isso também aumentou a pressão sobre a Grécia em um momento em que as duas nações e outras discutem sobre contestados campos de gás no oriente Mediterrâneo.

Inspirada pela falta de críticas da União Europeia, onde a questão da migração foi politizada, a Grécia endureceu sua abordagem no oriente Mediterrâneo em meses recentes.

Migrantes chegando às ilhas gregas da Turquia têm frequentemente sido lançados ao mar em botes salva-vidas infláveis e largados na fronteira entre a Turquia e a Grécia.

A pandemia de Coronavírus estabeleceu condições mais favorávies para essa prática na Grécia, uma vez que concedeu bases para justificar o fechamento radical das fronteiras do país.

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