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Carmen Foro: Carestia e fome, está tudo caro!

Por Carmen Foro, secretária geral da Central Única dos Trabalhadores Tudo caro: luz, gás, água, arroz, feijão, osso. É isso que o povo brasileiro tem repetido constantemente nas feiras, nas rodas de conversas pelas cidades brasileiras. Uma sensação de tristeza abate as famílias e muitas delas dormem sem ter o que comer. E são essas […]

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Imagem: Divulgação / Petrobras

Por Carmen Foro, secretária geral da Central Única dos Trabalhadores

Tudo caro: luz, gás, água, arroz, feijão, osso. É isso que o povo brasileiro tem repetido constantemente nas feiras, nas rodas de conversas pelas cidades brasileiras. Uma sensação de tristeza abate as famílias e muitas delas dormem sem ter o que comer. E são essas mesmas famílias que seus integrantes procuram alguma atividade, um bico e não encontram.

Desemprego em massa. Um aumento de 13,9% para 16,8%, entre as mulheres, segundo o IBGE. São milhões que estão nessa mesma situação de insegurança alimentar no Brasil, com esse desgoverno de Bolsonaro. Esta é a cara do país sem investimentos na área da agricultura familiar para produzir alimentos à população, que está passando por essa situação de sobrevivência muito grave.

A escassez de alimentos e a alta dos preços voltaram a fazer parte do cotidiano da maioria das famílias brasileiras. A fome e a carestia ameaçam a sobrevivência dos brasileiros e brasileiras, já que a perda do valor do salário é evidente.

Os preços da cesta básica aumentaram. E a causa desses aumentos tem a ver com os baixos investimentos desse desgoverno federal em políticas públicas para produção da agricultura familiar. E além das desfavoráveis negociações salariais no último período que não permitiram reposições salariais.

Esse desgoverno federal genocida, que menospreza os quase 600 mil mortos pela doença da covid, que atrasa a compra de vacinas, com demonstrações claras de corrupção, expostas na CPI da pandemia, está preocupado com o agronegócio, que historicamente produz para a exportação de alimentos e venda em dólar.

Quem paga caro com isso é o trabalhador, aquele que tem um salário para viver e que está percebendo a cada dia quando vai à feira, que seus rendimentos estão sendo corroídos pela inflação galopante, com preços do arroz, do feijão, da carne, que estão pela hora da morte.

Temos 14 milhões desempregados, sem auxílio emergencial, numa luta desigual pela sobrevivência, convivendo com uma inflação que corrói os rendimentos e afeta a vida do brasileiro e brasileira. Uma situação que coloca mais da metade da população do país num processo de insegurança alimentar grave.

Para diminuir essa conta ao consumidor brasileiro estão atentas as entidades públicas e de interesse social, para concretizar a oferta de alimentos aos segmentos carentes da sociedade, como as comunidades quilombolas, indígenas, tradicionais, pescadores artesanais. E as centrais sindicais mobilizadas diante desses aumentos generalizados e constantes de produtos da cesta básica, que diminuem o poder de compra das famílias brasileiras, denunciando a negligência do governo Bolsonaro de não impulsionar a produção e aplicação de recursos para a agricultura familiar.

À nação brasileira, que voltou a conviver com um passado de miséria, em que muitos voltaram a cozinhar à lenha, pois se comprar o botijão de gás, não tem o que comer, ou estão passando fome ou em situação de insegurança alimentar, não tem outra alternativa: é a mobilização contra essa política econômica genocida e exigir a criação de postos de trabalho, uma cesta básica decente, que de acordo com o Dieese deve ser 5 vezes o valor do salário-mínimo atual. E exigir investimentos públicos para área da agricultura familiar para produzir alimentos para a população.

Vacina e comida para todos.

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