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Doria desiste de candidatura a presidência e pode implodir o PSDB

Nesta quinta-feira, 31, às 16hrs, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), deve anunciar em coletiva de imprensa a desistência de sua candidatura a presidência da República. A informação é da Folha. A decisão de Doria gerou uma crise sem precedentes no PSDB. Na noite de ontem, o tucano teve uma longa conversa com […]

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Imagem: Divulgação

Nesta quinta-feira, 31, às 16hrs, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), deve anunciar em coletiva de imprensa a desistência de sua candidatura a presidência da República. A informação é da Folha.

A decisão de Doria gerou uma crise sem precedentes no PSDB. Na noite de ontem, o tucano teve uma longa conversa com o seu vice-governador, Rodrigo Garcia, que até então era cotado para ser candidato a sucessão, sentado na cadeira do executivo.

Vale lembrar que Garcia saiu do DEM para se filiar ao PSDB com a promessa, feita por Doria ainda em 2018, de que iria ser o sucessor. Mas além da desistência, Doria também pretende disputar a reeleição ao governo paulista. Agora, o tucano é visto por aliados como traidor.

A avaliação nos bastidores é que com a forte movimentação pró-Leite dentro do PSDB, o governador paulista, que venceu as prévias tucanas em novembro do ano passado, queira implodir de vez a legenda em nível nacional. É provável que Doria também anuncie a saída do PSDB.

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carlos

31/03/2022 - 19h31

O Doria fez que foi mas não foi e acabou fondo.

EdsonLuíz.

31/03/2022 - 14h25

O PSDB foi uma boa proposta de construção de um partido social democrata no Brasil.

Quando chegaram ao poder em 1995, com Fernando Henrique Cardoso, o Brasil continuava sendo um entulho, com todo o Estado funcionando de forma muito precária, desde os setores próprios do Estado ligados à prestação de serviços como saúde, educação e segurança, que não funcionavam, até os setores de planejamento, economia, receita federal e regulação. Tudo no Brasil teve que ser reiniciado. Mais à frente o PT e seus erros e corrupção travariam o Brasil novamente.

As políticas públicas de distribuição de renda e combate à pobreza no Brasil começaram ali, nos governos de Fernando Henrique, com o programa Bolsa Escola (atualmente com o nome de Auxílio Brasil) e outros. Vale dizer que, efetivamente, a busca pelo cumprimento das promessas de resgate de cidadania material, social e política prometidas com a constituição de 1988 começou ali, com o PSDB.

Para políticas públicas são necessários recursos de receita de tributos. No período pós reabertura política a economia do Brasil estava travada, com o Estado sendo dono de dezenas de estatais obsoletas e necessitando de investimentos, recursos que o governo federal não tinha para investir e reativar a economia. O PSDB fez um bom e grande programa de desestatização que incluiu empresas telefônicas, siderúrgicas, dezenas de bancos estaduais deficitários e empresas na área de mineração.

Comprar as estatais não era o mais difícil, as estatais eram disputadas em leilões. O difícil para as empresas interessadas eram os estudos sobre os passívos e demais dívidas das estatais e o capital necessário para atualização tecnológica de cada empresa, para torná-las competitivas.

Quem comprava as estatais travadas precisavam assumir as dívidas bilionárias e injetar capitais novos em cifras também bilionárias para viabilizar as antigas estatais. Afinal, as estatais eram o que eram porque o Estado brasileiro quebrado* e não tinha como saudar suas dívidas e injetar dinheiro novo. Algum doidivanas emitiria dívidas para manter as estatais e se alimentar da narrativa nacionalusta e tola de ter estatais. Não Fernando Henrique e o PSDB, que sabiam que o minguado dinheiro público com que o Brasil contava precisava ser usado em saúde, em educação, em segurança. O país demoraria muito até conseguir retomar algum investimento sustentável, não podia ter a veleidade de alimentar estatais deficitárias.

Foram muitas as mudanças e reformas feitas pelo PSDB. Eles tinham alguns limites ideológicos para certas medidas, na minha opinião, mas avançaram bastante o país, retirando o Brasil do completo buraco em que o regime militar e suas atrasadas e corporativas estatais nos deixaram.

As coisas andaram até o ano de 2007, 2008.

Sim! O governo Lula também colheu nos cinco a seis primeiros anis e até depois os avanços e mudanças feitos por Fernando Henrique. De fato, Lula e seu governo colheram do que o PSDB plantou mais do que o próprio PSDB: Lula se comprometeu a manter a mesma política do PSDB e manteve. Com o amadurecimento dos programas, Lula colheu mais resultados, que vieram nos governos do PT, mas não foram o PT que construiu. O PT e Lula (e bolsonaro também) até atrapalhavam, boicotando os programas do PSDB que depois o PT manteve.

Mas o PT, a partir do segundo mandato de Lula, começou a tirar certas políticas do Fernando Henrique e implantar as do PT e deu na crise que nós vimos e ainda estamos vivendo. E, pior, deu em jair bolsonaro!

Hoje o PSDB não é mais um partido social-democrata. O único partido social-democrata que o Brasil tem hoje é o Partido Cidadania23. O Cidadania estará federado por quatro anos com o PSDB, vamos acompanhar o resultado dessa federação. Tem também o Partido Rede, mas o caminho que o Rede está tomando, com Marina Silva sendo esvaziada, pode tornar o Rede um partido de abrigo para carreiristas políticos com discurso de esquerda, como o senador Randolfe Rodrigues.

Edson Luiz Pianca.

*O conceito de um país “quebrar”, em certas situações é controverso: um país, antes de decretar falência, pode tomar uma série de medidas de corte de gastos e só quando não houver mais opção o país pode ser considerado “quebrado”


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