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Áudio prova conhecimento de Trump sobre documentos confidenciais

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu em áudio obtido com exclusividade pela CNN que estava em posse de documentos confidencias. De acordo com a transcrição, ele diz que “como presidente, eu poderia ter desclassificado, mas agora não posso”, denotando que os documentos que tinha levado para sua propriedade não tinham perdido a condição […]

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Foto: Unsplash/History in HD

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu em áudio obtido com exclusividade pela CNN que estava em posse de documentos confidencias. De acordo com a transcrição, ele diz que “como presidente, eu poderia ter desclassificado, mas agora não posso”, denotando que os documentos que tinha levado para sua propriedade não tinham perdido a condição de confidenciais, como já havia afirmado.

Trump foi indiciado na quinta-feira (8) por sete acusações na investigação do procurador especial Jack Smith sobre o manuseio incorreto de documentos confidenciais. Os detalhes da acusação não foram divulgados.

O áudio vai de encontro com o que Trump vinha afirmando publicamente. Segundo ele, todos os documentos que levou para sua residência na Flórida foram “desclassificados”, ou seja, teriam perdido a condição de “secretos” ou “confidenciais”.

O registro obtido pela CNN soma-se a outra áudio revelado por promotores do caso em que Trump é investigado. Em 2021, ele teria mostrado um documento militar confidencial para alguns convidados de seu resort em Bedminster, Nova Jersey.

Segundo fontes da CNN, além das falas, também é possível ouvir o barulho do papel e de Trump folheando o documento enquanto explica do que se trata. “Segredo. Esta é uma informação secreta. Olhe, olhe para isso”, disse Trump, de acordo com a transcrição. “Isto foi feito pelos militares e entregue a mim.”

O documento a que Trump se refere no registro de áudio, segundo ele, prova que não houve tentativa por parte dele de atacar o Irã. No áudio ele coloca a responsabilidade sobre o departamento de defesa e Mark Milley, chefe de estado-maior conjunto dos Estados Unidos, cargo mais alto da hierarquia militar, servindo de conselheiro para o Presidente, para o Secretário de Defesa e ao Conselho de Segurança Nacional.

“Ele [Milley] disse que eu queria atacar o Irã. Isso não é incrível? Eu tenho uma grande pilha de papéis, essa coisa acabou de aparecer. Era ele. Eles me apresentaram isso – isso não é oficial, mas – eles me apresentaram isso. Este era ele. Este era o Departamento de Defesa e ele. Isso não foi feito por mim, foi ele.”, diz Trump no áudio.

Trump conclui no áudio que os documentos ajudarão que ele prove seu ponto e ressalta a condição dos documentos. “Isso ganha totalmente o meu caso, você sabe. Exceto que é altamente confidencial. Segredo. Esta é uma informação secreta. Olha, olha isso.”.

Em março, os promotores intimaram Trump pelo documento mencionado na gravação de 2021. Os advogados de Trump forneceram alguns documentos relacionados ao Irã e Milley em resposta à intimação, mas não conseguiram encontrar o documento em si.

Os promotores federais estão investigando Trump pelo manuseio incorreto de documentos confidenciais e obstrução da investigação. O advogado de Trump disse que o ex-presidente recebeu uma intimação do Departamento de Justiça para comparecer ao tribunal na terça-feira (13) no sul da Flórida.

Investigação

A investigação do Departamento de Justiça sobre as ações de Trump relacionadas a documentos de seu mandato veio à tona em agosto, quando agentes do FBI executaram um mandado de busca em seu resort, Mar-a-Lago, e apreenderam milhares de documentos, incluindo cerca de 100 marcados como confidenciais.

Os promotores disseram em documentos judiciais que estavam perseguindo um possível uso criminoso de informações de segurança nacional e obstrução da justiça. O Departamento de Justiça alegou anteriormente que os documentos classificados foram “provavelmente escondidos e removidos” de um depósito em Mar-a-Lago como parte de um esforço para “obstruir” a investigação do FBI sobre o potencial uso indevido de materiais classificados por Trump.

Depois que Trump devolveu 15 caixas de materiais ao Arquivo Nacional em janeiro, o Departamento de Justiça intimou Trump em maio, e realizou outra busca de documentos marcados como confidenciais que ainda estavam em Mar-a-Lago.

Os promotores disseram em agosto que alguns documentos provavelmente foram removidos de um depósito antes que os advogados de Trump examinassem a área, enquanto tentavam cumprir a intimação.

Nos últimos meses, os promotores ouviram dezenas de testemunhas, incluindo assessores de Trump, funcionários de Mar-a-Lago e da Trump Organization. A maior parte das testemunhas compareceu perante um grande júri em Washington, mas nas últimas semanas algumas pessoas testemunharam perante júri no sul da Flórida.

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