De acordo com informações do Metrópoles, o ex-presidente Fernando Collor de Mello, de 73 anos, condenado pelo Supremo Tribunal Federal a uma pena de 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, estaria considerando um plano para evitar a prisão: a possibilidade de se mudar para outro país.
De fato, em 1992, após o Congresso cassar seu mandato e seus direitos políticos, Fernando Collor de Mello se viu envolvido em acusações de corrupção e optou por deixar o país.
Na época em que assumiu a presidência, Collor desfrutava de uma alta aprovação popular, atingindo cerca de 71%, de acordo com uma pesquisa do Datafolha. No entanto, ao final de seu breve mandato, sua popularidade despencou para 9%.
Collor optou por um “autoexílio” na época, assim como Bolsonaro fez este ano, passando três meses em Orlando. Collor retornou ao Brasil em 1998, após o prazo de sua cassação ter expirado, e retomou sua carreira política. Bolsonaro tinha a intenção de seguir um caminho semelhante, mas enfrentará a inelegibilidade.
Collor sussurra a seus confidentes que não será encarcerado. Ele espera que sua equipe de defesa apele da sentença perante o STF, apesar de estar ciente de que provavelmente será mantida. Até que isso aconteça, ele planeja tomar as medidas necessárias para evitar a prisão, se necessário.
João Goulart foi o presidente brasileiro anterior que teve que se refugiar no exterior, após ser deposto pelo golpe de 1964. Mesmo sendo aconselhado a buscar asilo antes de ser condenado e preso pela Lava-Jato, Lula optou por não seguir esse caminho. Ele acabou passando 580 dias na prisão e foi libertado após a anulação de sua condenação pelo STF.
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