Governo encerra programa de carro zero com desconto; 125 mil veículos foram vendidos

Nesta sexta-feira (7), o governo anunciou o encerramento do programa de descontos para carros populares, liberando todos os recursos disponibilizados para as montadoras. De acordo com as estimativas governamentais, aproximadamente 125 mil veículos foram vendidos através do programa. No entanto, vale ressaltar que a iniciativa continuará para a compra de caminhões, ônibus e vans.

Dos R$ 800 milhões inicialmente previstos para descontos em carros zero populares, R$ 650 milhões foram liberados. Os R$ 150 milhões restantes serão utilizados para compensar a perda de arrecadação de impostos decorrente dos descontos aplicados ao preço final dos veículos.

As informações foram divulgadas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, em entrevista coletiva. O Ministério destacou que o programa proporcionou um impulso à cadeia automotiva.

Anteriormente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia mencionado que não existia mais “espaço fiscal” para a ampliação do programa. “Isso aí exige compensação e estamos chegando num momento, no meio do ano, em que não há mais espaço fiscal para isso”, afirmou.

O programa em questão disponibilizou um total de R$ 1,8 bilhão para reduzir o preço de automóveis zero, com foco principal em carros populares e frotas de caminhões e ônibus de baixa emissão de poluentes. A distribuição do investimento foi feita da seguinte maneira: R$ 800 milhões para carros populares; R$ 700 milhões para caminhões; R$ 300 milhões para vans e ônibus.

Inicialmente, o programa estava orçado em R$ 1,5 bilhão, porém, no último dia 30, o governo liberou um adicional de R$ 300 milhões, utilizando recursos provenientes da retomada parcial de impostos sobre o diesel.

No lançamento do programa no início de junho, o governo revelou que a fonte dos recursos seria a reoneração do diesel, com um acréscimo de R$ 0,11 por litro a partir de setembro. Os recursos adicionais de R$ 300 milhões foram obtidos por meio do aumento dos impostos em mais R$ 0,03 por litro de diesel, a partir de outubro. Essas medidas foram implementadas para financiar o programa de descontos em veículos zero e impulsionar o setor automotivo.