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Ao menos cinco suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle e Anderson foram mortos desde 2018

Desde 14 de março 2018, data do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ao menos outras cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime também morreram. Segundo O Globo, essas outras peças-chave são citadas nos inquéritos e representam importante papel para traçar a linha do tempo e compreender, de fato, quem matou […]

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Marielle Franco Imagem: Renan Olaz / CMRJ

Desde 14 de março 2018, data do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ao menos outras cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime também morreram. Segundo O Globo, essas outras peças-chave são citadas nos inquéritos e representam importante papel para traçar a linha do tempo e compreender, de fato, quem matou Marielle e Anderson e por quê.

O ex-PM Élcio Queiroz delatou nesta semana a co-autoria no crime, admitindo que dirigiu o carro usado no dia do assassinato e atribuiu ao também ex-PM Ronnie Lessa a autoria dos disparos contra a vereadora e o motorista. Na delação, Queiroz cita o sargento reformado da PM, Edmilson da Silva de Oliveira, conhecido como Macalé, como intermediário da contratação de Lessa para a execução do crime. 

Macalé foi morto a tiros no dia 6 de novembro de 2021. O sargento reformado caminhava em direção à sua BMW, em Bangu, na zona oeste do Rio, e foi abordado por homens armados em um veículo. Seus documentos ou sua pistola não foram roubados, ele apenas levou os disparos e morreu no local. Segundo Queiroz, Macalé, Lessa e o ex-sargento do Corpo de Bombeiros, Maxwell Simões Correa, vigiavam os passos de Marielle desde o final de 2017.

A Polícia Federal ainda chegou a apontar em relatório sigiloso que a repercussão da morte do sargento reformado seria um “golpe”, visto a “notória dificuldade” imposta pelo lapso temporal entre o crime e a fase atual das investigações.

“Parte significativa das provas e evidências deixadas por seus autores, seja mandante, seja executor, pereceu com o tempo”, afirma a PF. O órgão indica que a “perda de provas e colheita de novas evidências” são prejuízos advindos das mortes após o assassinato de Marielle. 

Maleé, Adriano da Nóbrega e Hélio de Paula. Foto: Reprodução/O Globo

Relações com a milícia

Adriano da Nóbrega foi um dos primeiros nomes a aparecer junto às investigações do crime, O ex-capitão do Bope foi chamado em 2018 pela Delegacia de Homicídios da Capital para prestar depoimento, haja vista que ele era considerado um dos suspeitos pelo assassinato, mas ele negou qualquer paritcipação no crime contra Marielle e Anderson. Dois anos depois, em fevereiro de 2020, ele foi morto.

No primeiro semestre de 2021, a apuração do Ministério Público do Rio de Janeiro indicou que Adriano se negou a realizar o crime, antes que Lessa tivesse sido procurado. As investigações da Operação Introcáveis atingiram a cúpula mais antiga da milícia do Rio, na qual Adriano era apontado como chefe do bando de pistoleiros Escritório do Crime. Ele ficou foragido por cerca de um ano e, após ser localizado em um sítio no interior da Bahia, foi morto em uma troca de tiros com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do estado.

Com a morte de Adriano, a viúva de Marielle, a atual vereadora Monica Benicio, afirmou que ele era uma “figura chave para a elucidação de diversos crimes no Rio”.

O braço direito de Adriano também foi morto em março de 2021. O segundo-sargento Luiz Carlos Felipe Martins, o Orelha, levou os disparos vindos de um carro em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, em um dia que estava de folga.

Os assassinatos deste ano ainda se estendem para mais um personagem: Hélio de Paulo Ferreira, o Senhor das Armas, foi morto em fevereiro de 2021, no Anil, também na zona oeste carioca, em uma área disputada por milicianos e traficantes, conhecida como rua da morte, a Rua Araticum.

A primeira morte de um dos suspeitos ligados ao caso ocorreu um mês depois dos assassinatos de Marielle e Anderson. De acordo com a polícia, Lucas do Prado Nascimento da Silva, o Todynho, sofreu uma emboscada na Avenida Brasil, em Bangu, em 3 de abril de 2018 – sua morte foi considerada queima de arquivo. Todynho era suspeito de participar da clonagem do Cobalt prata usado na execução da vereadora e do motorista, tendo confeccionado os documentos falsos do veículo, indica o inquérito assinado pelo titular da DHC na época, Giniton Lages. Assim concluiu a primeira fase de investigações com a prisão de Lessa e Queiroz.

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Comentários

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Saulo

29/07/2023 - 17h25

Como as pessoas conseguem viver (sobreviver) num ambiente imundo como o Rio de Janeiro eu não consigo entender.


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