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Joaquim Barbosa e os zumbis que fugiram de seus túmulos

Um colega de Face me enviou essa matéria com um recado: “Lembra de Barbosa e a Maçonaria?”. Ele se referia a um post meu sobre manifestação de maçônicos em homenagem a Joaquim Barbosa. Pois é, o fenômeno Joaquim Barbosa de fato fez emergir dos túmulos alguns espécimes bizarros de zumbis ideológicos, que amam tanto a […]

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Um colega de Face me enviou essa matéria com um recado: “Lembra de Barbosa e a Maçonaria?”. Ele se referia a um post meu sobre manifestação de maçônicos em homenagem a Joaquim Barbosa.

Pois é, o fenômeno Joaquim Barbosa de fato fez emergir dos túmulos alguns espécimes bizarros de zumbis ideológicos, que amam tanto a ditadura e aderiram a um moralismo tão messiânico e idiota que só posso atribuir sua atitude a um tipo de doença mental provocada, como tantas outras, pelo consumo desatento de jornais.

A matéria também demonstra uma teoria que tenho demonstrado aqui: a ditadura não terminou. Ela ainda está entranhada no espírito do povo. Um verme peçonhento escondido sob as axilas da direita brasileira.

A direita brasileira ainda não aprendeu a ser democrática. Ela ainda acredita na ditadura, o que mostra que seus instintos ainda não foram civilizados sequer pela doutrina liberal. São ogros, bárbaros, que ainda crêem no poder da violência. Não teriam nenhuma importância, não fossem úteis a setores inescrupulosos da mídia e das elites.

*

Golpe deu origem a uma ‘árvore boa’, diz grupo maçom

Em manifesto, integrantes da ordem criticam “desobediência civil” e citam “revolta silenciosa” de militares sobre a Comissão da Verdade

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Grupo de maçons se reuniu diante do pórtico que pertenceu à casa do segundo presidente republicano, general Floriano Peixoto

Por Renan Truffi, Carta Capital — publicado 02/04/2014 17:34

Formado, em parte, por militares da reserva, um grupo maçônico de São Paulo aproveitou o aniversário de 50 anos do golpe de 1964 para se manifestar a favor da ditadura civil-militar no País. Na opinião dos integrantes, a destituição do governo de João Goulart deu origem a uma “árvore boa”. Além de reverenciar o regime, os adeptos da ordem criticaram a atual forma de governo, que dá “sinais de incipiente desobediência civil”. “É essa a democracia que desejamos?”, ironiza o manifesto.

O ato foi organizado por integrantes da Loja Maçônica Força, Lealdade e Perseverança 319, na segunda-feira 31, no bairro Carandiru, zona norte da capital paulista. No local, o “mestre do conselho” e oficial da reserva, Guaraciaba de Aguiar, leu uma mensagem de apoio à “revolução”. “Devemos saudar a Revolução Democrática. É voz geral entre os esquerdistas que 1964 jamais será esquecido. Ótimo, nós, civis e militares que a apoiamos, também não a esqueceremos. A Revolução de 1964 será sempre uma “árvore boa”, diz o texto.

Para o grupo, o “retrocesso” é “fruto de três décadas de Nova República”. “Notam-se análises negativas quanto ao presente e ao futuro do Brasil. As soluções não surgem e o País vive uma situação de descalabro político e moral. (…) As autoridades constituídas pouco fazem para reverter essa situação. Propalam promessas vãs, são incompetentes, demonstram desinteresse e má-fé.”

Por conta disso, eles prometem “confrontar, se necessário, regimes que ideólogos gramscistas queiram impor à sociedade brasileira”, apesar de reconhecer que “os militares de hoje não são como os de 1964”. “Aqueles (militares), mais preparados cultural e profissionalmente e mais informados que estes, mantêm, contudo, bem viva a mesma chama que seus predecessores possuíam”, diz em referência aos generais que lideraram o golpe.

Os maçons afirmam ainda que existe uma “crescente revolta silenciosa” entre os militares brasileiros desde que começaram os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, que investiga os crimes e abusos cometidos na época da ditadura.

“Pensam que os integrantes das Forças Armadas – quietos, calados e parecendo subservientes – assistem passivamente aos acontecimentos atuais com sua consciência adormecida. Não é bem isso que está acontecendo.”

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Perçonalidade 2013

03/04/2014 - 13h08

Qual o prêmio que a maçonaria concedeu a J. Barbosa? “Perçonalidade” que faz de conta?

Luciano Mendonça

03/04/2014 - 11h09

O Golpe de 1964 teve como colheita maldita a tortura e o atraso.


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