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Ciro e a “esquerdinha boboca que fica alisando bandido”

Alguns internautas tem a mania perigosa de se apegarem somente a manchetes. A mídia andou divulgando frase de Ciro Gomes, que teria dito, na sabatina UOL de segunda, que não era “esquerdinha boboca que fica alisando bandido”. O contexto da frase é uma denúncia contra os empresários donos de linhas de caminhão, que fizeram locaute […]

22 comentários
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Alguns internautas tem a mania perigosa de se apegarem somente a manchetes. A mídia andou divulgando frase de Ciro Gomes, que teria dito, na sabatina UOL de segunda, que não era “esquerdinha boboca que fica alisando bandido”.

O contexto da frase é uma denúncia contra os empresários donos de linhas de caminhão, que fizeram locaute no país há alguns meses, derrubando a economia brasileira e produzindo prejuízos de bilhões de reais à indústria nacional.

O objetivo era extorquir, como conseguiram, subsídios do governo federal – subsídios que beneficiaram os empresários, não os caminhoneiros.

O candidato disse que vai usar a Petrobras para controlar preços finais do combustível, mas que, em seu governo, não haverá tergiversação com locautes de estrada promovidos por empresários.

É nesse momento que ele usa a frase: “esquerdinha boboca que fica alisando bandido”, referindo-se a setores da esquerda que se empolgaram com a greve dos caminhoneiros, achando que poderiam tirar alguma vantagem política dela.

O trecho é objeto de matéria na CBN de segunda-feira. Ouça abaixo:

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Luiz Carlos P. Oliveira

05/09/2018 - 17h13

Miguel, o que esses babacas pensam não nos interessa. Nem vale a pena levantar esses assuntos. Isso é dar munição para a direita podre (o que é um pleonasmo).

Marcus Padilha

05/09/2018 - 16h10

Ciro porra-louca as usual. Qual a novidade?

Pedro

05/09/2018 - 14h56

A maior tragédia do Brasil agora é não ter nenhum nome à altura pra governar e resolver os problemas do pais. O Ciro parece ser o menos pior, exatamente por ser assim, direto no que fala, mas ainda é uma incógnita principalmente pelos arranjos politicos q tá fazendo.

hocuspocus

05/09/2018 - 13h22

Independente de estarem falando dos empresários do transporte ele diz ,” esquerda boboca que fica alisando bandido “concordando (mais uma vez) com a direita fascista que endilga a esquerda a “proteção de bandidos” por meio de sua permanente defesa dos direitos humanos.Se ele quis se referir a isso,não sei,não estou na cabeça dele,mas a mensagem que ficou foi essa.O Boulos costuma fechar estradas em protestos,que será que ele pensa a respeito.A direita adorou a promessa,assim como a frase “Lula sabia de tudo”.
É o ciro ,quem gostar que compre.

NeoTupi

05/09/2018 - 13h17

Miguel, tudo bem consertar e esclarecer o estrago, mas não adianta “alisar o Ciro” porque ele deu tiro no pé mais uma vez.
Se ele queria criticar empresas de transporte que fizeram locaute, o que ele tem que meter a esquerda no meio (e de forma pejorativa), quando quem “alisou bandido” foi Temer?
E ainda vem chamar de boboca e associar esquerda com bandido, levantando a bola para uma manchete bozonarista, que adora retratar a gente como defensor de bandido quando a gente defende legalidade e respeito a direitos civilizatórios.
Esse é o eterno problema de Ciro: continua todo santo dia tendo de explicar hoje o que disse ontem, porque o que disse ontem foi um desastre ferroviário que fez a alegria da direita.
Será que ele não sabe que o simples uso a palavra “esquerdinha” no diminutivo, de forma pejorativa, é fogo amigo para a direita fazer a festa, no contexto político de hoje? Como se não bastasse, acrescentou o “boboca” que “alisa bandido”.
É claro que é isso que vai parar nas manchetes e fora de contexto mesmo, para o cidadão que só lê a manchete, associar a esquerda e luta por direitos humanos a bandidos.

    André Romero

    05/09/2018 - 16h22

    Neo, meu amigo, o Ciro deu um ‘tiro no pé’ na sua opinião.
    Sou de esquerda e, a despeito da criminalidade e da violência terem clara origem social, também sou da opinião que o rótulo de defensor de bandidos colou na ideologia de esquerda com razão, na cabeça do grande público. Ao invés de fazer a política da negação, cabe aos ideólogos de esquerda entenderem o porquê.
    Por princípio, sou contra a pena de morte mas sou francamente favorável de um endurecimento da punição ao crime ‘E’ redução da maioridade penal.
    Outro exemplo: para a maioria das pessoas, ladrões e bandidos deveriam ser obrigados a trabalhar para serem úteis à sociedade e tornar o próprio sistema prisional o mais autossustentável possível. E, claro, aprenderem um oficio – na marra – se quiserem voltar à ver a luz do dia.
    A Constituição, por exemplo, não permite a laborterapia obrigatória para apenados e as esquerdas – na contramão da opinião pública geral – sequer aceitam colocar isso em discussão.
    São posições como essas, dentre outros fatores, que fizeram as esquerdas se descolassem e perdessem o apoio da classe média. Some-se a isso à péssima impressão que o PT causou na opinião pública ao se vender como ‘novo’ e praticar no Poder os mesmos vícios, conchavos e roubalheiras dos demais que o antecederam.
    Isso se soma à perda das massas das periferias das cidades para as igrejas evangélicas, fato incoteste e extensamente estudado por sociólogos atuais.
    E para não perder teu tempo rebatendo que o PT tem 30 e tantos porcento das preferências, lembro ao amigo que esses votos, em sua imensa maioria, são do Lula e somente dele – não do PT – e não são ideológicos. Se desse a louca no Lula e ele se candidatasse por outra legenda, garanto que ele não perderia um votinho sequer para o partido que ele criou.
    E não se esqueça que o outro lado tem 60 a 70% contra, incluindo aí a parte não-alinhada do eleitorado de esquerda. Abraço.

      NeoTupi

      05/09/2018 - 18h38

      André, respeito sua opinião, só não posso aceitar dizer que é com RAZÃO que rótulos de defensores de bandidos tenham colado na esquerda. Se colou para segmentos conservadores da população é por causa da hegemonia do discurso da direita nos meios de comunicação de massa.
      Vamos aos fatos:

      A maioria dos crimes são por qual motivo? Dinheiro (ou bens de alto valor para usar, como carros e motos). Quem rouba, trafica está atrás do dinheiro e do padrão de consumo que o dinheiro proporciona. É a direita quem prega valores da individualidade (o que leva o criminoso a não ter solidariedade o próximo), do TER ser mais importante do que SER. De que ser rico é o máximo do sucesso e ser pobre é ser invisível, não ter valor na sociedade, e condenado a uma vida de sofrimentos. A esquerda prega a fraternidade e a igualdade, o respeito e valorização da força do trabalho mais humilde e da cidadania dos mais fracos. São valores totalmente opostos a quem comete crime por dinheiro. Os criminosos seguem o discurso e os valores da direita, de TER não importa como e dane-se o resto.

      A esquerda defende medidas preventivas óbvias: crianças e jovens mais tempo na escola e ocupados com atividades esportivas e culturais, além de escolher o caminho da organização popular para conseguir e reinvindicar as coisas e não o caminho do crime.

      É a direita que se lixa para a educação da criança e dos jovens pobres. É a direita que joga pais no desemprego e no desespero da fome, da miséria e da doença. É direita que cria revoltados e situações de risco para o jovem vulnerável cair no crime.

      A esquerda critica o encarceramento em massa por pequenos delitos (crimes não violentos que podem ter penas alternativas de carater sócio-educativo e mesmo descriminalização do simples uso de drogas por adultos, coisa que tem direita liberal que defende também). E a nossa realidade do século XXI prova que essa política é mais correta. Pois alguém jovem que entra na cadeia por furto ou pequeno tráfico desarmado, sem violência, sai muito mais nocivo à sociedade como membro do PCC. Pelo mesmo motivo não acho que a simples diminuição da maioridade penal diminuirá a criminalidade. Só acredito que em alguns crimes desumanos o menor incapaz de conviver livremente em sociedade poderia ser julgado como adulto, como ocorre em vários países desenvolvidos, sem cumprir pena em instituições de adultos pelo menos enquanto for menor.

      Presos já são obrigados a trabalhar para ter progressão de pena. Senão tem de cumprir a pena integral. A esquerda defende que o preso não só trabalhe, como estude, para voltar regenerado ao convívio social. Trabalhos forçados na prisão (se o preso não quer, mesmo perdendo a progressão da pena) não é bandeira da esquerda, é princípio humanitário adotado por democracias liberais por causa da má fama dos campos de concentração na II Guerra. Pelo contrário, os países socialistas é onde ainda obrigavam presos ao trabalho forçado até recentemente.

      Os governos do PT com uma mão foram obrigados a governar com uma base aliada corrupta porque era o que tinha sido eleito para o Congresso, mas tanto Lula como Dilma, com a outra mão dissuadiram a corrupção ao equipar e contratar gente para a PF, ao criar CGU, o portal da transparência e as lei de acesso à informação, ao parar de nomear engavetador-geral da república, ao não aparelhar o judiciário, e ao promover leis que endureceram penas de crimes de corrupção, e tentou acabar com o financiamento privado de campanhas pelo menos 3 vezes e perdeu no Congresso. Teve pessoas do PT que também transgrediram, sobretudo na questão do caixa-2 de campanha, outros poucos até se locupletaram. Mas não é característica do PT ter quadros com dinheiro na Suíça, ou apartamentos com malas de dinheiro, nem gravação de “tem que ser alguém que a gente mata antes de delatar”. E no conjunto da obra o saldo dos governos do PT são extremamente positivos na luta contra a corrupção, principalmente com a realidade e histórico dos poderes brasileiros. Só não foi maior porque o próprio MPF e o judiciário nunca foram ativos contra tucanos e partidos de direita (Sanguessugas prescritos, Satiagraha e Castelo de Areia anulada, caso Alstom engavetado, Banestado acabou em pizza, swissleaks sumiu, caso Fifa não anda no Brasil, etc), e infelizmente Lula foi traído pelo MPF e pelo judiciário, a quem tanto apoiou para que fosse republicano, que se aliou à mídia golpista, ao mercado financeiro apátrida e aos EUA para acabar com a rés pública no judiciário e fazer uma operação Condor jurídica na América Latina para eliminar líderes de esquerda. Não é só Lula. É Correa no Equador, Kirchner na Argentina, etc.

      Respeito diferentes opiniões, mas acho que sua visão histórica desse período está contaminada pela narrativa da Globo/Veja e jornalões. A população mais pobre, mesmo só tendo a Globo como principal fonte de notícias, não acredita mais nessa narrativa, nem no judiciário. A própria realidade desmente. Para Lula ser preso, ainda que fosse culpado (e não é), teria de ter pelo menos 300 picaretas que estavam na frente na fila presos. Mesmo assim só 300 não me convenceria.

        André Romero

        06/09/2018 - 11h38

        E eu entendo a sua e sei que há muita propaganda de direita nessa questão. Concordo com a sua contraposição das 2 visões, esquerda e direita, com relação à criminalidade.
        Mas você não está pegando o ponto central dessa história: não é dessa forma que a opinião pública vê o discurso das esquerdas, simples assim: nem na classe média para cima, nem nas favelas e periferias das grandes cidades que sofrem diuturnamente com a violência, meu amigo. Sou do Rio de Janeiro e sei o que falo.
        Essa visão crítica da realidade que você muito bem sintetizou a massa despolitizada (e profundamente religiosa e conservadora) simplesmente desconhece e sequer está interessada. A grande massa forma sua opinião política a partir de seus valores (forjado pelas igrejas conservadoras, na maioria) e seus interesses pessoais. Elas rejeitam as esquerdas por não se verem representadas por elas. É só contrapor os valores deles com os defendidos pelas esquerdas: aborto, tóxicos, Estado laico, formas de combate à criminalidade, etc. Não há trabalho de base das esquerdas junto à comunidades ou áreas pobres das cidades: quem faz esse papel são as igrejas conservadoras. Tirando o fenômeno Lula (cujos votos em sua imensa maioria não são politizados) a Esquerda sempre foi e continua sendo confinada a papo de burguês de classe média pra cima.
        Como exemplo, basta ver que aqui no Rio, uma cidade que sempre foi vanguarda da Oposição, Bolsonaro tem quase 1/3 dos votos e as esquerdas (principalmente o PT) simplesmente não existem. Vai nas favelas para ver quem é o candidato deles, Neo.
        E para mim, você está errado no restante de seu post: no Brasil o trabalho na cadeia não é obrigatório (cláusula pétrea da Constituição). Para a população massacrada por impostos e pela criminalidade e defensora da pena de morte, essa visão ‘humanitária’ das esquerdas é inaceitável e revoltante.
        E quanto aos governos do PT, meu amigo, temos uma grande divergência. Poderia descer a detalhes, mas só te digo que o PT optou governar para os grandes interesses privados e do mercado financeiro e apenas remendando os ‘podres’ do sistema, com os ‘Band-Aids’ caríssimos, os programas sociais, que sequer passavam perto do núcleo dos problemas. E que eram simplesmente insustentáveis. Veja por ex. o caso do FIES e o rombo que fizeram (sou professor universitário).
        Pombas Neo, os caras tiveram quase uma década e meia de Poder. Lula e o PT não aproveitaram seu enorme capital político desde o início para promover as necessárias reformas que atacam os fundamentos da miséria (essas que agora o Haddad copia do programa do Ciro), sequer iniciaram um discussão sobre os privilégios dessas castas do Judiciário, não propuseram uma política de desenvolvimento industrial, nada. E ainda mantiveram, se acumpliciaram e se beneficiaram dos mesmíssimos esquemas de corrupção que sempre disseram combater, dando fartos motivos para a grande mídia deitar e rolar, jogando a imagem do governo na lama junto à opinião pública.
        Como primeira experiência “de esquerda” (em tese, claro), o PT poderia até não conseguir fazer muita coisa, mas certamente era o ÚNICO partido que não tinha o direito de se corromper como fez.
        É por isso que eu voto no Ciro. Podemos todos estarmos errados com as nossa escolhas, mas acho que ele será um excelente meio termo à esse cenário de polarização e com chances reais de pacificar e consertar o país a médio prazo. Se ele ao menos implementar os pontos centrais das suas propostas, já será uma enorme revolução que o PT simplesmente abdicou de fazer.
        Grande abraço

          NeoTupi

          06/09/2018 - 15h45

          André, também moro no Rio desde 1980, e acho que você cai em alguns esteriótipos. Sempre existiu um pensamento de esquerda forte nas periferias e nas favelas, desde Getúlio Vargas, passando por Brizola e por Lula. Os evangélicos ganharam grande inserção nas favelas, mas não são hegemônicos na política, senão a política carioca seria totalmente controlada por pastores e não é. Há milícias em favelas que tem muito mais poder político do que pastores. E na favela não tem só evangélico, tem movimentos culturais (rap, funk, grafite, skate, etc) e tem movimentos sociais também (de esquerda), como a Central Única das Favelas que está até criando um partido político próprio. Crivella ganhou uma eleição para prefeito, mas perdeu todas as outras, e teve de fazer campanha dizendo que não era fundamentalista para vencer.
          Dilma teve 90% dos votos na região do complexo do Alemão em 2010 (o auge da campanha anti-aborto). Venceu no 1o. turno em 2014 lá e em várias regiões de comunidades pobres, e no 2o. turno teve entre 60% e 100% (o gráfico que achei agora rapidamente não mostra o valor exato).
          A maioria dos evangélicos aqui do Rio é mais sincrética do que fundamentalista. E são mais laicos do que você imagina. Minha cunhada que foi mãe solteira e trabalhava contratou uma babá evangélica quando a filha era pequena. A babá namorava um caminhoneiro da cidade dela casado há anos (da última vez que soube dela ainda namorava), engravidou e decidiu abortar com remédios abortivos, e disse que pediu desculpas a Deus por isso. Quer atitude mais laica do que essa? Ela considerou o assunto entre ela e Deus, com ninguém mais tendo nada a ver com isso. A diarista aqui de casa também mora em comunidade, é evangélica, é separada com filhos, e bebe (pouco) cerveja com amigas e estava namorando um cara com tudo que tem direito sem casar, pouco tempo atrás. Votava em Lula e na Dilma até 2010. Votou na Marina no 1o. turno em 2014 e na Dilma no 2o. Votou no Crivella para prefeito e já se arrependeu porque acha que ele não está sendo bom prefeito. Agora quer votar no Lula.
          Essas pessoas também aprendem a votar conscientemente em quem elas acreditam que governarão para ela. Votam com a mão no bolso também, lembrando que prosperavam e tinham projetos para o futuro quando Lula e Dilma foram presidentes e depois do golpe só se ferram. Poderia citar outros casos de porteiros com muitos irmãos lulistas incondicionais.
          Quanto à questão corrupção nossas opiniões diferentes estão colocadas.
          Só acho que outro tema que você abordou vai além de diferença de opinião, pois você diz que não houve política industrial nos governos petistas. Claro que houve. O reerguimento da indústria naval (agora demolida pela lava jato) foi política industrial com a obrigatoriedade de conteúdo nacional. As desonerações do IPI para geladeiras, maquinas de lavar, material de construção foi política industrial anticíclica para manter e gerar novos empregos. O marco regulatório do pré-sal foi política industrial. O Plano Nacional de Defesa foi política industrial (submarino nuclear, caças grippen e cargueiro da embraer, fábrica de helicópetos, novos mísseis, blindado guarani, monitoramento eletrônico de fronteiras, satélite para uso militar, etc). A licitação de 4G na telefonia celular obrigou a instalar industrias de equipamentos (antenas e estações de retransmissão e fibra ótica) no Brasil pela obrigatoriedade do conteúdo nacional. Até a Copa e as Olimpíadas teve política industrial envolvida para suprir comunicações (caso do 4G e da rede ótica da Telebras), transporte urbano (metrôs e brts), reequipar aeroportos e portos. A renovação da frota de caminhões e ônibus com financiamento do BNDES foi política industrial. O financiamento de tratores e implementos agrícolas para pequenos agricultores e para o agronegócio foi política industrial. Novas refinarias da Petrobras e fábricas de fertilizantes foi política industrial. Biocombustíveis teve política industrial. Planos de logística para escoamento da produção foi integrado com política industrial para criar indústrias de celulose, por exemplo nos eixos logísticos. Até os programas de retroescavadeiras e ônibus escolares para municípios foi casado com política industrial através de compras governamentais. O primeiro governo Dilma passou o tempo todo buscando aumentar a taxa de investimento na produção, aumentando até subsídios sobre juros baixos de longo prazo do BNDES com a economia feita com a queda da Selic nos anos de 2012 e 2013. O PSI (programa de sustentação do investimento) foi pura política industrial. O que Ciro propõe é apenas repetir o que a Dilma chamava de Nova Política Econômica, e que não deu certo porque a elite de direita no Brasil é a mais vagabunda que existe no planeta, não respondendo a estímulos e fomento, incapaz de suprir o mercado interno quando se tornou pujante com o crescente consumo das famílias ocorrido no governo Lula. Sinceramente acho que Ciro está caindo no mesmo de Dilma de confiar na elite que hoje está mais financeirizada do que produtiva. Creio ser melhor o projeto do PT de reativar o mercado interno para o setor produtivo vir atrás de suprir o consumo das famílias. Se os velhos herdeiros dos capitãos da indústria não responderem os estímulos, novos produtores surgirão vindo de baixo, essa gente morena de origem pobre que está se formando agora e cheia de gás, ávida por oportunidades.

Renato

05/09/2018 - 13h03

Mas nisso , Ciro tem até razão, a esquerda adora alisar bandido, especialmente se o bandido for de colarinho branco e pertencer a algum partido de progressista !

Antonio Passos

05/09/2018 - 12h51

A frase é verdadeira e pode até ser interpretada em relação aos anos de moleza, que o PT deu à canalhada da direita em todos os seus setores.
Mas na reta final de uma eleição, Ciro tem obrigação de saber que toda frase, antes de ser dita, tem que ser pesada, avaliada, repensada. Já está na hora do Ciro segurar a língua no que se refere à esquerda e só PT, porque só tem a perder com isso.

André Romero

05/09/2018 - 12h00

Só petista é quem acha Ciro dúbio ou contraditório.
Esse tipo de acusação por parte dessa turma (que não se corrige) parte da falsa e tola premissa que os petistas são os únicos que podem falar pelas esquerdas.
O que Ciro faz – e não é tolerado pelos fanáticos por isso – é expor com muita clareza o que acha correto e o que acha errado no pensamento de todas as correntes que disputam essas eleições. Isso o coloca estrategicamente, perante a opinião pública e ao eleitorado, como alguém que não tem medo de expor suas ideias e mostrar suas diferenças para com os outros candidatos.
Incapazes de autocrítica alguma, os fanáticos defensores do Partido Único, ao contrário de rebaterem as críticas com argumentos e elevarem o debate, só sabem demonstrar antipatia e rancor.
Buscaram esse caminho e isso cobrará um preço. falta um mês.

Paulo Galhardo

05/09/2018 - 11h28

Se há um irresponsável aloprado nessa disputa é o Picolé de Chuchu, que quer acabar com o país, entregando tudo ao Império e massacrando o povo.
Ciro falou bem, como sempre; é o mais lúcido dos candidatos.

Leonardo

05/09/2018 - 11h27

A incomodação com Manchetes tiradas dos contextos só vem a atestar mais motivos para classificar uma certa esquerda enquanto, no mínimo, “boboca”.

Renata

05/09/2018 - 11h05

A frase foi estampada em letras garrafais em espaço de página inteira no Jornal Golpista O Tempo de Belo Horizonte. Em um contexto em que a extrema direita viceja no país a partir dessa onda punitivista fascistoide, Ciro Gomes mostra mais uma vez que sua língua trabalha mais rápido que sua responsabilidade política. Não está aos pés do Estadista que vaidosamente pensa que é.

José Zimmermann Filho

05/09/2018 - 10h59

Tenho dúvidas se Ciro é a melhor opção da esquerda na eleição. Mas é certo que tapou a boca dos que o têm como traidor. Defendeu Lula intransigentemente na sabatina do Estadão. E o melhor, como gostei, detonou a execrável Eliane Catanhêde.

Alberto Lima

05/09/2018 - 10h44

Não mentiu.

Nelson Quintanilha

05/09/2018 - 10h33

Ciro, Ciro, Ciro… o Ciro fala qualquer coisa e para todos os públicos.
O problema do Ciro é não ter ideologia e sim conveniência, ele não luta cotra a maré, somente surfa nas ondas.

Alan Cepile

05/09/2018 - 10h25

Com Ciro, o mais perigoso para a direita, vai ser sempre assim.

Viram a entrevista com a Kátia Abreu? Entrevista de 56 minutos gastaram mais de 30 só pra falar de agronegócio e as supostas denúncias contra ela.

Dulce

05/09/2018 - 10h19

Agora, o que impede esse homem de ser mais claro?
Pra que tanta ambiguidades, jesus?!

Armando F,

05/09/2018 - 09h44

A rádio que troca notícia.
Parei de ouvir faz uns 10 anos.
Tô Fora.


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