Menu

As armadilhas políticas do caso Venezuela

O assunto Venezuela oferece muitas armadilhas ao internauta que procura assumir uma posição coerente, tanto com suas próprias ideias e valores, quanto com sua estratégia individual (integrada ou não a uma estratégia coletiva) para lutar contra as ideias, valores e governos dos quais discorda, e que reputa nocivos para si mesmo, para seu país e […]

49 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

O assunto Venezuela oferece muitas armadilhas ao internauta que procura assumir uma posição coerente, tanto com suas próprias ideias e valores, quanto com sua estratégia individual (integrada ou não a uma estratégia coletiva) para lutar contra as ideias, valores e governos dos quais discorda, e que reputa nocivos para si mesmo, para seu país e para a humanidade.

Dito de outra maneira: todos nós temos nossas ideias e valores, os quais acreditamos serem os mais corretos, e procuramos governar nossas ações, na medida do possível, em harmonia com eles. Mas também temos uma estratégia para que esses valores triunfem no mundo, e isso pode incluir (quase sempre inclui) muita sutileza, recuo, segredo e contra-inteligência. Isso é a essência do que se entende como estratégia. Deixamos de reagir imediatamente a uma injustiça observada no trabalho, na rua, na imprensa, não exatamente por covardia, mas porque apostamos numa estratégia alternativa ao confronto direto, que comporte o menor risco e a maior chance de sucesso possíveis. Engolimos em seco uma repreensão injusta de um chefe, mas secretamente conspiramos para obter um emprego melhor. Reagimos com silêncio a um disparate político de um parente, porque intuímos que uma discussão agressiva não trará resultados satisfatórios, mas ficaremos sempre à espreita, em busca de uma informação, um fato, que nos permita encontrar um flanco vulnerável na sua argumentação.

No caso Venezuela, uma das armadilhas é a cristalização de estereótipos acerca da opinião de quem não pensa igual a você. Uma opinião pública dividida em campos radicalmente opostos, incomunicáveis entre si, favorece quem detêm o poder. E quem detêm o poder, na era da guerra híbrida, são os grandes meios de comunicação, que por sua vez são controlados por interesses financeiros vinculados ao imperialismo.

Isso vale para o internauta que defende a Venezuela e seu governo, os quais entende serem vítimas de um ataque imperialista, mas também para aqueles que criticam o regime Maduro, visto como uma ditadura, ou como um governo autoritário e incompetente, que deveria ser logo trocado por um outro regime político, que pudesse proporcionar mais estabilidade, democracia e crescimento econômico ao povo venezuelano. Ambos os internautas podem partilhar os mesmos valores, mas estão separados por interpretações radicalmente opostas da mesma realidade.

Para a esquerda pró-chavista, seria um grande erro subestimar o poder de persuasão da imprensa ocidental, que muitas vezes não usa uma linguagem francamente conservadora, e consegue penetrar fundo na consciência pública média.

Na guerra híbrida, o conceito de “vitória” é muito singular, por isso é também um erro brandir uma “vitória” do regime Maduro, seja no campo da realpolitick, seja no campo da comunicação, apenas porque se entende que uma fase da crise foi superada. Na guerra convencional, a vitória é atingida quando os equipamentos militares do adversário são destruídos. Na guerra híbrida, não se pode esperar um resultado tão claro: a CNN, o Financial Times, a Globo, não podem ser “destruídos”. No máximo, podem ser neutralizados, temporariamente, por contra-narrativas.

Análises que falam, em tom triunfal, de uma vitória do regime Maduro são contraproducentes e ingênuas, porque tem efeito desmobilizador.

A guerra híbrida é uma guerra sem fim, travada dia e noite, sem tréguas. Apenas quando o ordenamento mundial possuir um sistema internacional de comunicação mais democrático e plural, com autonomia suficiente para se recusar ao papel de simples marionete dos interesses imperiais, teremos conseguido domesticar e civilizar a guerra híbrida (que mesmo assim deverá prosseguir, por meios mais sutis). Até lá, nossa batalha é constante e diária.

Outra armadilha perigosa é o isolamento político daqueles que defendem o regime Maduro, ou que não se alinham, automaticamente, à narrativa unilateral antichavista promovida pela mídia.

A crise na Venezuela, por exemplo, já serviu para estabilizar e reconstituir as relações entre a Globo e o governo Bolsonaro. A Globo não tem amigos, como todos sabem, mas tem interesses em comum com o governo. Interessa à ambos, ao governo e à Globo, isolar a esquerda, associando-a à defesa incondicional de um regime que não tem boa imagem junto à maioria da opinião pública. As postagens da família Bolsonaro já deixaram bem claro que estão usando isso.

A hostilidade à Venezuela une o campo liberal ao campo conservador: Hillary Clinton e Trump, PSDB e PSL, fascistas e ongs de direitos humanos…

O sectarismo, neste caso, seria fatal à esquerda. Não é inteligente nenhuma hostilidade contra quem pensa diferente, em especial contra setores progressistas ou liberais sob influência, há anos, das campanhas midiáticas antibolivarianas.

Não cabe aqui acusar o outro de “guinada à direita” porque fez críticas à Venezuela, ou porque não se engajou, como achamos que deveria, na luta anti-imperialista em defesa da revolução bolivariana.

A tática de empurrar para a direita quem não está alinhado à nossa estratégia, apenas fortalece o campo adversário.

As pessoas, incluindo jornalistas, formadores de opinião e políticos, guardam opiniões distintas sobre a Venezuela porque tem acesso a informações distintas. Cabe ao campo que defende a Venezuela oferecer informações alternativas e tentar estabelecer pontes de comunicação com o outro, com o diferente, e não engrossar ainda mais a camada externa de sua bolha. Até porque, reitere-se, essa é uma guerra sem fim.

Viu um político, um jornalista, um influencer, um amigo, falar mal da Venezuela, ou escorregar nas narrativas da mídia ocidental? Não xingue, não ataque, não destrua pontes. Ao invés disso, ofereça uma reflexão, uma narrativa diferente, uma informação alternativa.

Como a crise na Venezuela traz o risco de uma intervenção militar no país, com participação da Colômbia e do Brasil, pode-se dizer que estamos diante do que seria a I Guerra Híbrida Sul Americana.

Lutar nessa guerra requer o domínio das tecnologias e estratégias próprias da guerra híbrida. Sem armas ou recursos financeiros, cabe a nós, simples internautas, partidos progressistas, movimentos sociais, nos aperfeiçoarmos no campo da batalha da informação, até porque a vítima não é apenas a Venezuela, mas também o povo brasileiro. O impeachment e a eleição de Bolsonaro usaram técnicas da guerra híbrida para um novo tipo de colonização econômica e política.

A estratégia contra o imperialismo deve ser furar bolhas de opinião, construir a unidade, e buscar campos de batalha em que a vitória seja possível. Para isso, precisaremos às vezes fazer abordagens mais modestas, em linguagem mais simples, adotar posturas menos impositivas, desenvolvendo técnicas narrativas que permitam, objetivamente, quebrar resistências e preconceitos.

Não há problema algum em se criticar o regime Maduro, apontar seus erros ou aspirar por mudanças profundas em seu governo; muitas vezes, a melhor maneira de se defender a Venezuela é provar que se é possível fazer uma dura crítica a seu governo, desejar que haja mudanças, desde que o processo político do país seja contextualizado historicamente com honestidade, as informações colhidas com isenção e responsabilidade, e as propostas oferecidas sejam pacíficas, justas e democráticas.

Naturalmente, é preciso tomar cuidado, pelo bem da credibilidade do discurso progressista e democrático, para não se passar a imagem de leniente com o erro ou com o autoritarismo.

Pela mesma razão, deve-se procurar esclarecer a opinião pública que a intervenção externa não é a melhor fórmula para se buscar uma solução democrática a conflitos de ordem doméstica.

Dito tudo isto, a página rejeita absolutamente qualquer intervenção militar, mesmo que disfarçada de “ajuda humanitária”, na Venezuela. Se os Estados Unidos e outros países querem mesmo ajudar o país a superar sua crise econômica, então que suspendam embargos e permitam-no negociar livremente com o mundo. Distribuam alimento ao país através dos canais oficiais do Estado, e respeitem as decisões soberanas do sistema de justiça do país, que já estabeleceu que Nicolás Maduro é o seu presidente legítimo.

Quanto à opinião pública brasileira, que tome muito cuidado com as manipulações presentes na imprensa corporativa, brasileira ou internacional, cujos laivos de independência e espírito democrático parecem se esvanecer subitamente sempre que há temas vinculados aos interesses políticos e financeiros dos EUA.

Apoie o Cafezinho

Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

Mais matérias deste colunista
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

LUPE

27/02/2019 - 12h14

Caros leitores
Venezuela é fácil de entender:
– Maduro ditador ditador ditador (leia-se Venezuela tem PETRÓLEO, PETRÓLEO, PETRÓLEO)
– Venezuela está passando necessidades (leia-se não pode comprar nem vender produtos e serviços, porque os EUA bloquearam suas transações em dólares por causa do PETRÓLEO PETRÓLEO PETRÓLEO)
– EUA (ou quem manda no Governo dos EUA) está enviando para a Venezuela “ajuda humanitária” à força, pela goela da Venezuela abaixo (leia-se o objetivo é roubar/retomar o PETRÓLEO PETRÓLEO PETRÓLEO dos venezuelanos)
Simples assim.
O resto são os justiceiros, os renatos e outros
a serviço…… da …………… retomada…………..

    Alan Cepile

    27/02/2019 - 14h40

    Importante dizer que antes mesmo desse bloqueia dos dólares, já havia um bloqueio econômico, e que os EUA convidaram a Colômbia para a OTAN, onde o A quer dizer Atlântico, e a Colômbia faz parte do Pacífico, isso mostra como os americanos ignoram completamente o brazil.
    Quem se curva tanto nem o patrão dá valor.

Antunes Miranda

27/02/2019 - 10h59

Ótima reflexão.
O problema, porém, é que as esquerdas costumam pensar dentro de uma lógica kantiana, enquanto a caravana das atrocidades da direita anda.
Ainda assim, o caminho da paz deve ser buscado sempre através da reflexão é do diálogo. É isto que nos potencializa e nos torna cada vez mais fortes. Embora o caminho dessa escolha seja sinuoso e muitas vezes desanimante.
Como diz o Eclesiastes: “O homem que vive na abastança e não reflete é como o gado que se abate”.
Sigamos refletindo. Não nos deixemos enganar por argumentos frágeis promovidos pela mídia dominante, por interesses econômicos espúrios.

Ernesto

26/02/2019 - 18h08

O Conselho de Segurança da ONU está realizando uma reunião sobre a crise política na Venezuela. Os Estados Unidos devem instar o Conselho de Segurança a convocar novas eleições presidenciais na Venezuela.

Alan Cepile

26/02/2019 - 11h14

Ah gente, vamos todos cantar o hino, filmar e exaltar o slogan bozo!

Qualquer semelhança com ideologia é mera “coincidência”…..

    Justiceiro

    26/02/2019 - 11h39

    Ok, agora fale sobre os sem terrinhas, fale sobre aquelas crianças cantarem o hino da Internacional Socialista em vez do Hino brasileiro. As crianças nem sabem, e nem sabem porque não lhes foi ensinado.

    Aliás, já tem até ‘hino’ do MST, como se aquilo fosse um Estado paralelo.

    Imagine o que aquelas crianças não ‘aprendem” nas escolas do MST?

    Quer falar em ideologização?

      Bozo & Andrade Artigos para Festas Infantis

      26/02/2019 - 11h49

      Seria melhor se cantássemos todos aquela marchinha “Este é um país que vai pra frente…”!

      Jose

      26/02/2019 - 12h04

      Viva a internacional. https://www.youtube.com/watch?v=vYHSHY0r1is

      Alan Cepile

      26/02/2019 - 18h05

      Cada escola aplica a metodologia que quiser, que são escolhidas livremente D-E-N-T-R-O da escola de acordo com o que seus tutores pensam, não vejo problema nenhum nisso.

      Achei engraçado como vc finge ter relação disso com o que eu disse no meu comentário.

      Fingiu demência pq?

      Dimas

      27/02/2019 - 17h01

      Tem mais coerencia cantarem a internacional que o hino nacional. Mas para isso é preciso que se saiba o que é um e outro e o colega parece que sabe menos que os sem terrinha.

Thiago

26/02/2019 - 11h09

Em vídeo, a própria mídia americana comenta a propaganda do governo Trump contra Maduro
Mais claro impossível.

https://youtu.be/sMYC68ML254

Everton S. P

26/02/2019 - 10h54

Venezuela – Não, a “responsabilidade de proteger” não se aplica

Richard Haass é o presidente do Conselho de Relações Exteriores. Na sexta-feira, antes da entrega fracassada da falsa “ajuda humanitária” à Venezuela, ele opinou que a rejeição da “ajuda” justificaria uma intervenção baseada na dúbia doutrina de uma Responsabilidade de Proteger (R2P):

Richard N. Haass @RichardHaass – 19:26 utc – 22 de fevereiro de 2019
O que o regime de Maduro está fazendo para o povo da Venezuela é inconsistente com as obrigações decorrentes de ser um Estado soberano. Chegou a hora de a ONU ou o OAS ou o Grupo Lima considerarem como aplicar a doutrina da Responsabilidade de Proteger (R2P). bit.ly/2TZaoZv

O UNSC, é claro, rejeitará qualquer tentativa dos EUA de aplicar a R2P em relação à Venezuela.

A única e última vez que o Conselho de Segurança aprovou uma resolução do capítulo VII baseada no R2P foi com relação à Líbia. A resolução permitiu que outros estados protegessem a população civil da Líbia pela força. Os EUA e outros abusaram da resolução para derrubar o governo líbio e destruir completamente o país. China e Rússia certamente notaram isso. Eles nunca mais deixarão essa resolução passar.

FONTE: MOONOFALABAMA

    Justiceiro

    26/02/2019 - 11h45

    Rússia contra invasão? Será que Putin já devolveu a Crimeia, que tomou à força da Ucrânia?

    E a China? Vai para de encher o saco de querer que Hong Kong lhe bata continência?

    Belos exemplos que vocês petistas tem do conceito de liberdade.

      Thomas

      26/02/2019 - 12h10

      oh babaca vá estudar história.
      Fala lá para o seu patrão devolver o Hawai, Porto Rico.
      E também retirar as mais de 800 bases mlitares espalhas por ai.
      Tu não passa de um grande idiota.

      LUPE

      26/02/2019 - 15h17

      Caro Justiceiro
      Os nossos inimigos (são internacionais,
      agem praticamente em todo o Mundo)
      usaram a Mídia ucraniana, e com a já conhecida batuta de
      CORRUPÇAO, CORRUPÇÃO, CORRUPÇÃO, CORRUPÇÃO ………………….
      DERRUBARAM O GOVERNO ucraniano QUE LHES era inconveniente, lhes CRIAVA OBSTÁCULOS
      (era como o Lula, e o PT aqui).
      Entre tantos outros obstáculos, o então governo fazia reservas à participação da Ucrânia na OTAN/NATO (controlada também pelos mesmos nossos super poderosos inimigos).
      Após a derrubada do governo, nossos inimigos começaram a já manjada
      pilhagem e o desmonte das empresas estatais ucranianas
      e INICIARAM CAMPANHA para fazer uma reforma na……..PREVIDÊNCIA
      (adivinhem : era
      para melhor ou para pior? ).
      Com 98% (noventa e oito por cento) dos votos em um plebiscito popular
      os habitantes da Criméia, sabedores que a Rússia oferece
      uma das melhores assistências sociais do Mundo,
      e vendo a m….. em que a Ucrânia estava sendo metida, se anexaram à Rússia.
      Sem violência, sem sangue, por livre e espontânea vontade.
      O contrário disto, como sempre que nossos inimigos são contrariados, f
      oi a Grande Mídia que criou a FAKE NEWS.
      Aqui e no restante do Mundo……
      e a Rússia, mais uma vez, pintada pela Grande Mídia (e redes sociais)
      como ameaçadora e terrível ameaça…….

degas

26/02/2019 - 09h33

Bem resumido. Nada contra uma esquerda moderada, estilo FHC. Mas aquela de que se fala aqui tem como padrão Cuba: você toma o poder na marra, instala uma ditadura e prende e mata quem se opuser. Sem conseguir repetir o sucesso da matriz, as filiais criaram o modelo bolivariano, no qual o camarada entra através de uma eleição, mas vai alterando leis e pessoas para não sair mais. O risco é parte do povo se revoltar ao sentir o garrote, como hoje acontece na Nicarágua e na Venezuela. E aí, azar dos índios, você prende, mata …

Das tentativas de censurar a imprensa às de criar conselhos populares, o PT tentou seguir a mesma receita. E tentará de novo se puder. O apoio dos petistas e similares a esses modelos totalitários acaba sendo bastante didático, pois deixa claro que eles são farinha do mesmo saco.

    Juba

    26/02/2019 - 11h21

    Para de escrever merda!

    Carlos Eduardo

    26/02/2019 - 18h08

    Esquerda moderada QUEEEM?!?!?

    Antunes Miranda

    27/02/2019 - 10h41

    FHC esquerda moderada?
    Ele é visivelmente de direita. Podemos até conceder a ele um perfil de direita moderada.
    Desde quando uma esquerda, ainda que moderada, promoveria a entrega de empresas estratégicas à iniciativa privada como ele fez?

    LUPE

    27/02/2019 - 12h34

    Caro Degas
    Como bom profissional escritor você veio para confundir e enrolar o jogo.
    Dizer que FHC, que deu ao Brasil um prejuízo estimado em TRIlhões de dólares é de esquerda é forçar demais a barra.
    É o mesmo que dizer que esquerda é Privataria
    é forçar demais a barra.
    É o mesmo que dizer que o pré sal foi entregue pela esquerda.
    É o mesmo que dizer que a esquerda quer destruir o Brasil
    como Temer fez
    e o atual continua a obra… etc.
    Dizer que a esquerda é anti Brasil, é anti povo brasileiro,
    é estar a serviço da informação enganosa
    que engana as pessoas
    como a Grande Mídia faz………………..

    Sebastião

    05/03/2019 - 09h30

    O governo de FHC não foi de esquerda, desde quando privatizou empresas estatais. E FHC também agiu como o CHAVISMO, ao criar a reeleição, pra manter-se no poder. Engraçado, que se o cara não quisesse se perpetuar no poder, o partido não lançaria outro candidato. Olhe quanto tempo o PSDB governa SP? Não se sabe quem é pior: a esquerda CHAVISTA ao defender Maduro e suas ações, e pouco se lixando pelo sofrimento da população VENEZUELANA, ou a direita que defendem os embargos econômicos que impedem o país de vender e movimentar a economia.

Alan Cepile

25/02/2019 - 22h44

O nível dos comentários da coxada são simplesmente hilários.
Tentam ligar Venezuela ao PT, ao Lula, à esquerda assim como ligavam esses personagens ao kit gay, à mamadeira de piroca e outras bizarrices doentes.

    J Fernando

    26/02/2019 - 17h27

    Concordo…
    Mas, desanima participar ou comentar no blog. Pois vem a certeza de qualquer argumentação sólida contra o governo, ou contra atos apoiados pelo governo, resultará num massacre de diversos eleitores de bolsonaro, que tomaram conta do blog. A certeza de que argumentos sérios e uma discussão razoável serão respondidos com “o Lula tá preso, babaca!”, “e o PT?”, “e o Lula?”

      Alan Cepile

      26/02/2019 - 18h10

      Deixa a molecada aí se divertindo, eu pessoalmente acho ótimo o contraponto, triste é o brazil171 que tem 675 comentários todos dando amém a São Lula da Silva.

Luiz

25/02/2019 - 22h28

Esse Guaidó vai se demonstrando pequeno para a tarefa que se propôs. Se a solução mais violenta deve ser evitada, estabelecer um governo fantoche transformará a Venezuela numa bomba-relógio. A autodeterminação ainda reside com Maduro, mesmo que Putin não seja apenas uma galo cantando alto do outro lado do planeta.

Sidnei

25/02/2019 - 22h12

Vamos direto ao ponto: EUA tem uma dívida interna superior a 20 trilhões de dólares. Tem uma montanha de quadrilhão de dólares em derivativos. Déficit comercial. Déficit fiscal. E é “o” império…louco???
Esse império é mantido por armas, bases militares, mas principalmente pela formatação da economia mundial que coloca colônias a serviço dos países centrais. Nesta formatação o dólar é empurrado goela abaixo e o elemento central de tudo: os petrodólares.
Assim Chávez foi envenenado.
E os USA partiram pra cima desses 200 bilhões de barris.
Maduro é fraco, mas a determinação dos povos, o destino das nações pela mão do povo não existe. A solução lógica seria a troca de governo a seu tempo, sem interferência americana.
Maduro cairá de maduro. Ao que parece.
Os americanos congelaram depósitos da Venezuela. O ouro que está no reino unido foi confiscado. Como existem bilhões e bilhões de dólares confiscados do Irã, pelos americanos, desde 1979. Um dinheiro que, embora grande, perdeu 90% do valor.
A solução para um mundo melhor virá da Eurásia.
O império cairá.
Nós, latino americanos, seremos atropelados pela história mais uma vez. Mas eu acho que isso será na verdade uma redenção. 30 anos pra esse dia, se muito. Isto se não acharem que uma guerra nuclear “finalmente é possível”…

    Paulo

    25/02/2019 - 23h00

    Se a solução vier da Eurásia, sentiremos saudades do “Império Americano”. No trem em que viajavam Roosevelt e Churchill, nos EUA pós 2ª GM, disse o 1º ao 2º: “Os russos são, basicamente, orientais, na forma de pensar”…

      Paulo

      25/02/2019 - 23h05

      Corrigindo, o fato se deu às vésperas do final da 2ª GM…

        Paulo Rogério

        26/02/2019 - 01h12

        É mesmo!? E qual seria o modo anglicano de pensar do Churchill? Um plano de ataque nuclear contra as maiores cidades soviéticas da época, totalizando mais de 200 bombas nucleares??? Porque era esse o plano do “Grande Estadista Inglês”, tão logo terminou a II GM: destruir a população soviética impiedosamente antes que esses alcançassem a tecnologia nuclear. E só não prosseguiram com o “brilhante plano”, porque não havia bombas suficientes, nem meios de entregá-las e, muito rapidamente, os malvados comunistas detonaram a sua primeira bomba atômica, dando inicio ao princípio da dissuasão nuclear.

          Paulo

          26/02/2019 - 18h32

          Muito rapidamente? 4 anos depois? Se quisessem, os americanos teriam destruído a União Soviética…como Hitler também o teria feito, na Operação Barbarossa, não tivesse que enfrentar duas frentes de guerra…

Paulo

25/02/2019 - 19h48

Ótimo texto, sob o prisma da ponderação. Porém, desdenha do fato de que Maduro é um ditador, com tendência de socializar a economia venezuelana, transformando-a numa nova Cuba, de potencial muito mais funesto de “exportar a revolução”. Esse é o problema. Como resolvê-lo é outra questão. Eu não quero a Venezuela arruinada, controlada pelos EUA. Mas menos ainda a quero dominada por esse senhor tão pequeno, ou por esse regime bolivariano de araque, tragicômico, patético, caricato, a menos que haja eleições livres, supervisionadas internacionalmente, e o povo o escolha…

    Nelson

    26/02/2019 - 01h28

    Assistindo a alguns noticiários das nossas televisões nesta semana, eu vi os repórteres e âncoras se referirem, um sem número de vezes, a Maduro como ditador. Obedecem regiamente aos ditames do Sistema de Poder que domina os Estados Unidos.

    Agora, chego aqui no Cafezinho e vejo um comentarista a fazer a mesma coisa. Sinal de que a doutrinação midiática, sempre favorável aos interesses do Sistema de Poder que citei, vem sendo exitosa.

    Se tu não sabes, meu caro, Nicolás Maduro venceu a eleição no ano passado com 67% dos votos, sendo que o segundo mais votado chegou a apenas 20%. Isto mesmo, Maduro foi eleito por dois terços dos venezuelanos que foram às urnas. Na Venezuela, o voto não é obrigatório.

    Com que base tu o chamas de ditador?

    Ao mesmo tempo em que você ousa dizer que não quer “a Venezuela arruinada, controlada pelos EUA” você está ombreando com o governo dos Estados Unidos, em sua grande farsa, ao exigir que “haja eleições livres, supervisionadas internacionalmente”.

    Veja o que escreveu sobre o sistema eleitoral venezuelano o jornalista e escritor australiano, John Pilger, que foi correspondente em inúmeras guerras:
    ““Das 92 eleições que nós monitoramos”, disse o ex-presidente Jimmy Carter, um monitor de eleições respeitado em todo o mundo, “eu diria que o processo eleitoral na Venezuela é o melhor do mundo”.
    A título de contraste, disse Carter, o sistema eleitoral dos EUA, com sua ênfase no dinheiro de campanha, “é um dos piores”.
    “Em 2018, Maduro foi reeleito presidente. Uma seção da oposição boicotou a eleição, uma tática usada contra Chávez. O boicote falhou: 9.389.056 pessoas votaram.”
    “Dezesseis partidos participaram e seis candidatos disputaram a presidência. Maduro ganhou 6.248.864 votos, ou 67,84 por cento do total.”
    “No dia da eleição, falei com um dos 150 observadores eleitorais estrangeiros. “Foi totalmente justo”, disse ele. “Não houve fraude; nenhuma das sinistras denúncias da mídia foi comprovada. Zero”.”

    Seria importante que tu desses uma lida no artigo “A guerra na Venezuela é construída sobre mentiras”, escrito por John Pilger. Assim, tu poderias ficar sabendo um pouco mais do que realmente se passou e está a se passar na Venezuela bolivariana. Coisas que a midia hegemônica e seus comentaristas não nos contaram e nunca vão nos contar.

    O artigo de Pilger está disponível em https://www.viomundo.com.br/voce-escreve/venezuela-foi-construida-sobre-as-mentiras-que-a-midia-espalhou-no-mundo-acompanhe-ao-vivo-imagens-da-fronteira.html.

      Paulo

      26/02/2019 - 18h19

      Tá com toda essa popularidade? Bem, então eis aí uma ótima oportunidade de chamar eleições, convocar Organismos internacionais renomados para supervisioná-las, lançar-se candidato e ser feliz. Se ele ganhar, dou a mão à palmatória!

    Ivanise

    26/02/2019 - 06h22

    Engraçado muita gente tem vontade disso ou daquilo né Venezuela, ao quero o Maduro. Quero o Guaidó, quero liberdade para Venezuela, mas o meu País está sendo comandado por um bando de idiotas , a intervenção deveria ser aqui ou na Coreia do Norte que é ditadura violenta, ou mandarmos os chineses embora já que eles são comunistas e estão invadindo o país com suas quinquilharias no comércio brasileiro. Na Etiópia tem gente morrendo de fome e essa ajuda humanitária não chega lá . Quais são as boas intenções dessa galera

Paulo Rogério

25/02/2019 - 17h26

E a Tabata Amaral acaba de se posicionar em reconhecimento ao autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó. E ainda taxou o Maduro de ditador ilegítimo.
Que decepção…

    marco

    25/02/2019 - 19h28

    Verdade.
    Verdadeiramente infeliz sua declaração,finge desconhecer o boicote econômico sobre o país.
    Isso não significa que desejamos um”enclave russo” em nossa fronteira Norte.
    Não desejo nem o urso nem a águia com vizinhos.
    Outro contencioso a ser desarmado ,são as milícias civis alguns analistas falam em 1 milhão e oitocentos mil milicianos.
    O governo brasileiro certamente não deseja um tipo de “Hezbollah ” em seu entorno.
    O Brasil tem que ser mediador nesse conflito

      Paulo Rogério

      26/02/2019 - 00h59

      Ãh? Não entendi. Como assim, “finge desconhecer”??? Fazer papel de mediador é reconhecer um Zé Ninguém sem votos, representando uma “oposição” que se recusou a participar do pleito?! Sabe por que a “oposição venezuelana” não participou da eleição? Porque não tinha votos para derrotar o Maduro. E continua sem votos!

        Lucas

        27/02/2019 - 10h34

        Eu acho esse modelo de democracia de esquerda que vemos na Venezuela nao é muito boa. Prefiro a Democracia da direita que vemos na Alemanha, escandinávia e EUA

    Nelsonz

    26/02/2019 - 02h26

    Estudou em Harvard, vai ser anti americana???

Zé Maconha

25/02/2019 - 16h18

O mais engraçado é ver eleitores de um homem que defende a tortura falando em democracia.
Eu pelo menos nunca acreditei em democracia.
Um dia evoluiremos para entender que o consenso é o caminho , não impor a vontade da maioria.
Até lá continuaremos nos matando.
E os hipócritas , dos dois lados, dizendo defender algo que no fundo , nem acreditam.
Um sábio escreveu uma vez:
Ditadura é quando você manda em mim , democracia é quando eu mando em você.

    Nelsonz

    26/02/2019 - 02h30

    Nãp existe consenso em política porque política é embate racional. Consenso cheira a pensamento único e não existe pensamento unico. Nem Jesus foi consenso, nem Ghandi. Nem Busa e nem Sócrates. Acho engraçado que muitos se perguntem onde o socialisomo deu certo e eu pergunto onde o cristianismo deu certo? Acho que em lugar nenhum porque os cristãos matam os coutros por sua fé tanto queanto os coutros o fazem pelas suas!!!

      Jorge

      27/02/2019 - 10h23

      O cristinanismo realemente nunca deu certo como governo, por isso foi banido e todos os paises desenvolvidos sao laicos.
      Ja o socialismo continuam achando que um dia vai dar certo.

Olinto

25/02/2019 - 16h16

O Cafezinho está voltando a ficar bom! Vamos lá:
– Apoiar Maduro não significa desconhecer ajustes que a Venezuela e Maduro devem fazer e sim que no tabuleiro da geopolítica é menos mal a bacia do Orenoco ficar com “Maduro” do que com “Trump”. A alternativa à  extinção da PDSVA não é transformar a Venezuela numa Noruega tropical. Muito pelo contrário. Por isso e não por acaso essa questão une Liberais e Conservadores nos EUA.
– Maduro obteve uma vitória sim! Por isso não é um “erro” da esquerda cantá-la. Onde a esquerda erra (parte dela) é adotar o “republicanismo ingênuo” e a “ética”  que derrubou o lulismo. No caso, em tempos de disputa pela narrativa, tem que amplificar o máximo esse pequeno êxito de Maduro do mesmo modo que a direita faz: o fato de alguns militares deserdarem do exército venezuelano é transformado em debandada geral (sendo o objetivo esse mesmo), duas caminhonetes de “ajuda humanitária” é transformada quase em um comboio da Cruz Vermelha para salvar o país, etc  etc.
– Eu sei que o Cafezinho quer enriquecer o debate evitando “sectarismos”, mas nesse caso é difícil quando até vídeos temos mostrando o que o império quer realmente na Venezuela (tb postado neste blog). E por aí vai…

Justiceiro

25/02/2019 - 15h49

Àqueles que afirmam que na Venezuela está tudo bem (ver vídeo de um tal de Clímaco) e os petistas fanáticos, faço um desafio: Mostrem que os milhões que abandonaram e abandonam a Venezuela para viver esmolando em outro país é mentira, que não existem, que eu vou pra Curitiba passar uma semana no acampamento e dar bom dia a Lula.

Só que a justiça expulsou o acampamento, não foi? Bom fica a promessa.

    Nostradamus ( bacia, banquinho & psiquiátra )

    25/02/2019 - 17h56

    Não existe lugar algum no mundo onde vai tudo bem seu sem vergonha !!! Nem nos USA !!! Todos os países tem cidadãos abandonando-os. Olha só o Brasil… Todos, todinhos, inclusive os USA seu sem vergonha! Vai lá no acampamento com esse teu focinho de porco ver e constatar in loco seu doido varrido sem vergonha do cacete!

Afonso

25/02/2019 - 15h35

Sanções econômicas são atos que guerra que matam os mais vuneráveis. Terrorismo.

Leon

25/02/2019 - 15h22

A guerra híbrida na venezuela não começou agora.
No Brasil também não começou com os os protestos de 20 centavos. Já vinha de antes não notada pelo governo. Aqui logrou exito , esta destruindo o estado corroído internamente pelo fascismo.
#HandsOffVenezuela #HandsOfffBrasil

Como bem alerta o texto serão mutas armadilhas. Trump que fez “amizades” com Kim Jong-un
precisa de um novo inimigo para ter sucesso nas próximas eleições. O complexo militar precisa de inimigos para justificar o orçamento de 712 bilhões de dolares.

João Ferreira Bastos

25/02/2019 - 14h29

Como os eua não logrou exito na ajuda humanitária à Venzuela
Minha sugestão é enviar todo o aparato humano, e de mercadorias para a faixa de gaza que sofre um bloqueio desumano à décadas por Israel e hoje quase 3 milhões de seres humanos necessitam desesperadamente desta ajuda
Vamos lá grande irmão do Norte, continue solidário a todos os povos

    Batista

    25/02/2019 - 15h59

    Tem solução de necessidade de ajuda mais próxima, não precisa nem mesmo de caminhão, basta convocar as populações carentes de Cúcuta na Colômbia e de Pacaraima no Brasil, ou ainda o devastado Haiti que é logo ali no mar do Caribe.


Leia mais

Recentes

Recentes