Por Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
Há uma semana, o pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, não sai da pauta dos principais veículos de comunicação, assim como é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. O que deveria ser um grande feito para qualquer pretenso candidato, não traz ganhos a um dos mais polêmicos políticos do país.
Se a estratégia do pedetista é ser conhecido a nível do ex-presidente Lula e do atual presidente Bolsonaro, apesar de três disputas presidenciais e da condição de ex-ministro, acredite, não deu certo. “Comeu a tua mãe” na semana que antecede ao Dia das Mães, não é resposta nem ao mais fanático dos bolsonaristas.
Alvejado e cambaleando, Ciro chega ao Ceará para mais uma polêmica. Dessa feita, inclusive, disposto a colocar em xeque a longa e vitoriosa aliança que há 16 anos impera do Estado, no Palácio da Abolição e também no Palácio do Bispo. Ciro aponta o dedo ao vento e diz que há uma ala corrupta do PT no Ceará e que “se for com negócio de conchavo, de picaretagem, eu topo enfrentar o PT também”.
“Eu topo enfrentar” … Eu quem? Ciro governador? Roberto Cláudio governador? “Eu” e quem mais?
Todos os deputados federais e também os estaduais (talvez exceto um, e olhe lá) da aliança, além das lideranças partidárias, estão fechados com o projeto da reeleição da governadora Izolda Cela.
À frente de tamanho exército, a liderança do senador Cid Gomes, que naturalmente exerce o papel que há muito todos aguardavam.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e gerente-executivo da Consultoria LCFB
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