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Tarcísio e o PSDB

Na manhã dessa sexta-feira (07), o presidente da câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma coletiva para falar sobre os próximos passos após a reforma tributária, mas não sem antes falar algo interessante: que São Paulo sempre foi o maior dos obstáculos. Mas tem mais coisas além disso. A “vitória” de Tarcísio nesse episódio está circunscrita […]

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Na manhã dessa sexta-feira (07), o presidente da câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma coletiva para falar sobre os próximos passos após a reforma tributária, mas não sem antes falar algo interessante: que São Paulo sempre foi o maior dos obstáculos.

Mas tem mais coisas além disso. A “vitória” de Tarcísio nesse episódio está circunscrita unicamente ao fato de que ele conseguiu se desvincular de forma contundente do bolsonarismo, embora volte e meia tente homenagear algum criminoso da ditadura de 64.

Fora isso, não há nada além. Os pleitos do governador paulista ainda não foram atendidos na tal reforma, no caso, uma mudança no conselho federativo dando poder de veto para São Paulo, e até o momento não é certo que passará no senado. Depois disso, não há nada além.

Já a sua posição na reforma tributária, aceitou porque ficou sem opções, e aí voltamos para o começo do artigo com a fala de Arthur Lira.

Se São Paulo sempre foi um obstáculo para a Reforma Tributária, que tenta avançar há mais de 30 anos, o que mudou? O fim do PSDB!

Por décadas, São Paulo foi governada por um partido forte, com abrangência nacional e com bancada expressiva. E embora facilitar o regime tributário fosse um interesse do PIB brasileiro, a reforma sempre foi vista como uma forma de enfraquecer o estado que era importante para os tucanos.

Com um partido forte e uma bancada coesa, mesmo com as pressões, o PSDB conseguia segurar a pressão feita pelo PIB paulista. Tarcísio não faz parte de um partido forte, com uma base forte. Não poderia bancar essa briga, só poderia unir-se.

Foi isso que mudou em 30 anos.

O que isso significa? Que Tarcísio tem essa força toda que alguns se esforçam para enxergar, e agora que está em crise com o bolsonarismo, essa força se dilui ainda mais e, mesmo que se mantivesse ao lado de Bolsonaro, iria ganhar a antipatia do empresariado paulista e afundaria no mesmo barco que o ex-presidente se afundou na noite de quinta-feira (06).

Ou seja, Tarcísio não tinha muitas opções nessa situação, porém, num golpe de sorte, conseguiu um “racha” com o bolsonarismo (racha que certamente não é definitivo, vide Sergio Moro) para ficar mais palatável aos liberais brasileiros e entusiastas da abstrata terceira via.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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Luise

07/07/2023 - 18h24

HAHAHAHAHA, que análise deliciosa de ler. Eu acreditava que Tarcísio se manifestou a favor porque ele acreditava que seria aprovado e não queria ser visto como inimigo, além de romper com Bolsonaro. Muito bom saber que Tarcísio não está tão forte, pois o fato que ele é um direitoso mais competente que o Genocida e portanto mais perigoso.


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