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Segundo TCU, não houve irregularidades na UFSC; Cancellier era inocente

A representação de superfaturamento realizada contra a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi cancelada nesta quinta-feira (06), após ser considerada incoerente pelo Tribunal de Contas da União (TCU).  A decisão ajuda a reconhecer a inocência do reitor Luiz Carlos Cancellier, que morreu em 02 de outubro de 2017, ao se jogar do último andar […]

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Prédio da reitoria da UFSC no campus de Florianópolis — Foto: Divulgação/UFSC

A representação de superfaturamento realizada contra a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi cancelada nesta quinta-feira (06), após ser considerada incoerente pelo Tribunal de Contas da União (TCU). 

A decisão ajuda a reconhecer a inocência do reitor Luiz Carlos Cancellier, que morreu em 02 de outubro de 2017, ao se jogar do último andar de um shopping em Florianópolis, depois de ser preso pela Polícia Federal. 

A operação denominada como “Ouvidos Moucos”, buscava investigar um suposto esquema de superfaturamento pelo Departamento de Física da UFSC, na locação de veículos para serem usados nos projetos de cursos à distância no sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). 

A operação mobilizou 105 policiais federais, sete mandados de prisão temporária e cinco de condução coercitiva, e foi chefiada pela delegada Erika Mialik Marena, que foi quem decretou a prisão do reitor.  

Após a morte de Cancellier, a delegada foi transferida para Sergipe, e o então procurador Deltan Dallagnol se solidarizou com Erika por conta da morte do reitor, e afirmou que que as decisões “foram todas dele”. 

Em janeiro, os parentes de Cancellier conseguiram uma declaração pública de reparação por parte do presidente da república, Lula (PT). 

Na ocasião, o presidente afirmou que o reitor se matou pela pressão de uma polícia ignorante, de um promotor ignorante, de pessoas insensatas, que condenaram as pessoas antes de investigar e antes de julgar. 

“(…) Você morreu, mas as suas ideias continuam vivas e nós haveremos de recuperá-las e trabalhar para que a gente nunca mais permita que aconteça o que aconteceu”, afirmou o Lula. 

Em janeiro o ministro do STF, Gilmar Mendes, disse que não cabia a juíza substituta para julgar o caso, Janaina Cassol Machado, “antecipação de juízos categóricos” em relação aos acusados no processo. 

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Lívia Mendes

Estudante de Jornalismo na UFF.

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Alexandre Neres

09/07/2023 - 18h46

Esse caso é emblemático.

O reitor Cancellier suicidou porque não aguentou a pressão, advinda de uma operação espalhafatosa, ostensiva, desproporcional, que carregou dentro de si o mesmo modus operandi exportado da Lava Jato. Totalmente ao arrepio do estado democrático de direito e do devido processo legal.

O reitor não suportou o olhar enviesado das otoridades, o fato de ter sido condenado de antemão sem direito à defesa, o método que transformou logo de cara um inocente em culpado.

Por ter sido ferida sua honra, por ter sido atacada a sua dignidade, levando-se em conta que foi afastado do convívio com os seus pares e impedido de frequentar sua casa, que era a universidade, o reitor tirou a própria vida para deixar patente que estava sendo perseguido por canalhas.

Lembram-se daquela delegada que colhia depoimentos falsos e inseria nos autos, o que foi admitido até por Tantã Dinheirol, que era seu amigo de fé? Estava nessa operação com uma centena de policiais camuflados, pra caçar um inocente naquela época que foi uma página infeliz da nossa História. Os anos em que o lavajatismo fazia o papel da Inquisição.

Vocês que defendiam esse estado de coisas que violava os preceitos constitucionais mais comezinhos, conseguem dormir tranquilos depois desse clima sombrio de caça às bruxas que ajudaram a construir? Responda-me, por obséquio, senhor Edson Luís Pianca.


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