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Exclusivo: o documento que o terrorista usou para tentar se infiltrar em evento com Lula

O “O Cafezinho” obteve com exclusividade uma cópia do pedido de credenciamento feito por Macedo através do podcast “El Pueblo.” O pedido revela detalhes sobre a tentativa do blogueiro de se inserir no evento e levanta questionamentos sobre suas intenções. O blogueiro e influenciador Wellington Macedo, um dos três réus acusados de tentar explodir uma […]

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O “O Cafezinho” obteve com exclusividade uma cópia do pedido de credenciamento feito por Macedo através do podcast “El Pueblo.” O pedido revela detalhes sobre a tentativa do blogueiro de se inserir no evento e levanta questionamentos sobre suas intenções.

O blogueiro e influenciador Wellington Macedo, um dos três réus acusados de tentar explodir uma bomba em um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília em 24 de dezembro, surpreendentemente tentou se credenciar para cobrir a posse do presidente paraguaio Santiago Peña, em Assunção, nesta terça-feira. Coincidentemente, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava presente no evento.

Macedo, que se autodenomina inocente e vítima de perseguição, está foragido desde o atentado, tendo rompido sua tornozeleira eletrônica e fugido do Distrito Federal. Sua tentativa de se credenciar para cobrir a posse de Peña como jornalista independente, por meio do podcast “El Pueblo,” foi prontamente interrompida pelo governo paraguaio após um alerta do governo brasileiro.

O bolsonarista ocupou um cargo no governo Jair Bolsonaro como assessor da então ministra Damares Alves de fevereiro a dezembro de 2019. No entanto, sua trajetória tomou um rumo controverso quando ele foi preso em 2021 sob acusação de incentivar atos antidemocráticos durante as manifestações do 7 de setembro.

A relação de Macedo com os eventos de dezembro de 2022 veio à tona quando a polícia o associou à direção do carro que transportou a bomba do acampamento bolsonarista até o aeroporto de Brasília. Embora Macedo admita ter dirigido o veículo, ele nega veementemente ter conhecimento da bomba ou do plano para detoná-la, insistindo que é alvo de perseguição judiciária.

De acordo com a versão de Macedo, ele estava no acampamento gravando vídeos para um documentário quando foi abordado por Alan Diego, que lhe pediu uma carona até o aeroporto. O encontro dos dois ocorreu dois dias antes em uma barraca de manifestantes do Pará. Alega Macedo que somente nas proximidades do aeroporto ele percebeu a bomba na sacola de Alan Diego, momento em que se sentiu intimado e questionou a ação.

Enquanto o empresário George Washington de Oliveira e Alan Diego foram presos no mesmo dia, Macedo conseguiu escapar e permaneceu em fuga desde então. O empresário admitiu ter planejado a instalação de explosivos em locais estratégicos da capital federal dias antes da posse de Lula, com o objetivo de criar um cenário caótico que levaria à intervenção das Forças Armadas.

A situação de Macedo ganhou destaque novamente em abril deste ano, quando ele afirmou que estava se afastando da política para se concentrar em sua defesa. No entanto, sua recente tentativa de cobrir a posse no Paraguai levanta novas perguntas sobre sua trajetória e suas intenções.

Com relação à investigação em curso, o advogado Aécio de Paula, responsável pela defesa de Macedo, argumentou que tanto George Washington quanto Alan Diego isentaram seu cliente da tentativa de atentado. Ele enfatizou que não é crime dar carona a alguém e criticou a falta de individualização das condutas na acusação.

Enquanto Macedo nega veementemente envolvimento em atividades criminosas, as investigações continuam a se desenrolar, explorando seus laços com o acampamento bolsonarista e sua ligação com os eventos ocorridos em dezembro de 2022. A trajetória do blogueiro, marcada por sua atuação política e suas ações controversas, continua a intrigar aqueles que buscam entender os complexos acontecimentos em torno do atentado frustrado ao aeroporto de Brasília.

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Ruann Lima

Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF

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