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Diretor-geral da PF revela quantos brasileiros podem ter sido vítimas da espionagem de Bolsonaro na Abin

A Polícia Federal (PF) revelou que aproximadamente 30 mil cidadãos brasileiros foram alvo de monitoramento ilegal pela Agência Brasileira de Informações (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de acordo com declarações do diretor-geral da PF, Andrei Passos. Nesta quinta-feira, 25, a PF conduz buscas contra o ex-diretor-geral da Abin e atual deputado […]

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Reprodução

A Polícia Federal (PF) revelou que aproximadamente 30 mil cidadãos brasileiros foram alvo de monitoramento ilegal pela Agência Brasileira de Informações (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de acordo com declarações do diretor-geral da PF, Andrei Passos.

Nesta quinta-feira, 25, a PF conduz buscas contra o ex-diretor-geral da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL), considerado um amigo próximo da família Bolsonaro, além de outros servidores da agência que são suspeitos de envolvimento com as atividades de espionagem ilegal. Até o momento, Ramagem não se pronunciou sobre o assunto.

As investigações revelaram que o monitoramento era realizado por meio do software israelense FirstMile, resultando no armazenamento dos dados fora do território brasileiro.

“A investigação tem apurado que, de fato, houve durante um período o monitoramento de muitas pessoas, estima-se em torno de 30 mil pessoas, clandestinamente, ou seja, de maneira ilegal”, afirmou o chefe da PF em entrevista à Globonews, no programa Estúdio i, em 4 de janeiro.

“Esses dados de monitoramento dos cidadãos brasileiros estavam armazenados em nuvens em Israel, porque a empresa responsável por essa ferramenta é israelense.”

Segundo Passos, os alvos do monitoramento incluíam pessoas que se posicionavam contrariamente ao governo da época, tais como juízes, políticos, professores, jornalistas e sindicalistas.

A ferramenta utilizada permitia a invasão de dispositivos móveis, com a capacidade de monitorar os aparelhos através dos dados de GPS, possibilitando não apenas o acompanhamento dos movimentos das pessoas vigiadas, mas também a identificação de encontros entre elas.

A obtenção dos dados era realizada mediante a invasão direta dos dispositivos móveis, indo além da simples utilização de informações provenientes das antenas de celular.

“Ela [a ferramenta] permite o rastreamento através da invasão dos aparelhos. Não se trata apenas de monitoramento das antenas de celular. Ou seja, há monitoramento telefônico de sinais que indicam a localização exata dessas pessoas. A partir do cruzamento de informações, é possível concluir que eles se encontraram em determinado momento e em determinadas circunstâncias. Isso traz uma série de consequências”, declarou Andrei Passos.

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