O advogado Cezar Bittencourt, que representa Mauro Cid, recuou de declarações iniciais durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, onde inicialmente afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro estava ciente dos planos de um golpe de Estado e do assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela GloboNews.
Na audiência de quinta-feira, Bittencourt confirmou que Bolsonaro tinha conhecimento dos planos. “Confirmou sim. Na verdade, o Cid tem uma linha de pensamento – a versão verdadeira dos fatos”, declarou o advogado inicialmente ao ser questionado sobre o conhecimento de Bolsonaro em relação aos planos de golpe.
Sobre os planos de assassinato, Bittencourt respondeu afirmativamente ao ser perguntado se Bolsonaro sabia dos intentos contra Lula e outras autoridades, afirmando que “o presidente de então sabia tudo.”
Entretanto, pouco tempo depois, Bittencourt suavizou suas afirmações, introduzindo uma retificação em suas declarações. “Eu não disse que Bolsonaro sabia de tudo, até porque tudo é muita coisa”, disse o advogado, recuando da alegação inicial de que Bolsonaro estava plenamente informado.
As declarações do advogado surgem em um momento em que Bolsonaro e outras 36 pessoas próximas a ele foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado e por atos visando à abolição violenta do Estado Democrático de Direito, seguindo as investigações relacionadas aos eventos após a derrota eleitoral de 2022. O grupo inclui ex-ministros e ex-comandantes das Forças Armadas.
Adicionalmente, fontes com acesso direto às investigações informaram à Reuters que há indícios encontrados pela PF de que Bolsonaro estava a par de um plano para assassinar Lula como parte dos esforços para um golpe de Estado após a eleição de 2022.
Kleiton
23/11/2024 - 00h56
O texto diz o exato oposto do título.
“Entretanto, pouco tempo depois, Bittencourt suavizou suas afirmações, introduzindo uma retificação em suas declarações. “Eu não disse que Bolsonaro sabia de tudo, até porque tudo é muita coisa”, disse o advogado, recuando da alegação inicial de que Bolsonaro estava plenamente informado.”.