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María Corina Machado apelou a Israel por golpe militar na Venezuela

Em 2018, a líder venezuelana surpreendeu o mundo ao pedir apoio militar de Israel contra o regime de Maduro, em um gesto que dividiu aliados e críticos A líder opositora venezuelana María Corina Machado, laureada com o Prêmio Nobel da Paz, foi protagonista de um episódio polêmico em 2018 ao solicitar diretamente ao primeiro-ministro de […]

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A carta enviada a Benjamin Netanyahu em 2018 revelou o desespero da oposição venezuelana diante do endurecimento do regime de Nicolás Maduro / Reprodução

Em 2018, a líder venezuelana surpreendeu o mundo ao pedir apoio militar de Israel contra o regime de Maduro, em um gesto que dividiu aliados e críticos


A líder opositora venezuelana María Corina Machado, laureada com o Prêmio Nobel da Paz, foi protagonista de um episódio polêmico em 2018 ao solicitar diretamente ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, uma intervenção militar internacional na Venezuela. O pedido, feito por meio de uma carta pública, também foi encaminhado ao então presidente da Argentina, Mauricio Macri, e divulgado nas redes sociais naquele mesmo ano, gerando forte repercussão política.

No documento, Machado afirmou ter enviado mensagens “a vários dos principais líderes do mundo” para buscar apoio no Conselho de Segurança da ONU, com o objetivo de promover “a adoção de medidas eficazes de proteção para a Venezuela mediante a promoção de uma mudança de governo”. Segundo a dirigente, a situação no país exigia uma resposta urgente da comunidade internacional, diante do agravamento da crise política e humanitária sob o governo de Nicolás Maduro.

A carta também fazia um apelo direto para que Israel e Argentina utilizassem “sua experiência e influência para avançar em uma decisão acertada e urgente” em relação à Venezuela. O texto reforçava a defesa de uma ação coordenada e firme de caráter internacional, que pudesse pressionar o regime chavista e abrir caminho para uma transição política.

https://twitter.com/freedomrideblog/status/1976658116075999639

Machado descrevia a comunidade internacional como o “último recurso” da oposição venezuelana, diante do bloqueio imposto pelo governo Maduro a qualquer tentativa de diálogo interno. A líder afirmava que a falta de canais democráticos e a perseguição a opositores tornavam necessária a mobilização global para garantir a restauração da liberdade e da democracia no país.

Dois anos depois, em 2020, María Corina Machado voltou a estreitar laços com o governo israelense ao firmar um acordo de cooperação com o partido Likud, legenda liderada por Netanyahu. O documento, assinado por Machado e por Eli Vered Hazan, representante da Divisão de Relações Exteriores do Likud, previa o intercâmbio em temas “políticos, ideológicos e sociais”, além de tratar de questões estratégicas, geopolíticas e de segurança.

A iniciativa reforçou a aliança política e ideológica entre o movimento liderado por Machado e o partido israelense, consolidando uma relação que ultrapassa o campo diplomático e se projeta como parte da estratégia internacional da oposição venezuelana.

O apelo de 2018 e o acordo firmado em 2020 revelam a busca constante de María Corina Machado por apoio externo para enfrentar o regime de Nicolás Maduro — uma postura que, para seus apoiadores, simboliza coragem diante da repressão, mas que, para seus críticos, representa uma perigosa aproximação com a intervenção estrangeira nos assuntos internos da Venezuela.

Com informações de DCM*

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