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Publiquei, há duas semanas, a enésima campanha do Cafezinho de arrecadação de fundos, dizendo que estávamos vivendo uma situação perigosa. O perigo passou. O público do blog, como sempre, nos ajudou e resolvemos o problema. Na verdade, vivo “situações perigosas” desde que mergulhei de cabeça no mundo da blogosfera. Suponho que fui o primeiro blogueiro […]

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Publiquei, há duas semanas, a enésima campanha do Cafezinho de arrecadação de fundos, dizendo que estávamos vivendo uma situação perigosa.

O perigo passou. O público do blog, como sempre, nos ajudou e resolvemos o problema.

Na verdade, vivo “situações perigosas” desde que mergulhei de cabeça no mundo da blogosfera.

Suponho que fui o primeiro blogueiro político a viver exclusivamente desse trabalho, sem nenhum tipo de apoio de empresa, sindicato, partido, governo, ong. Apenas com a colaboração de assinante.

E assim vivi, precariamente, porém feliz, orgulhoso e independente, de 2004 a 2015.

Nos últimos meses do governo Dilma, a Secom, finalmente, começou a liberar alguns anúncios institucionais para o Cafezinho. Nesta época, já tínhamos audiência superior a 100 mil views/dia, com picos que chegavam a 400 mil por dia.

A grande imprensa, mais tarde, iria incluir o Cafezinho em reportagens, onde aparecia que o blog tinha ganho “repasses” de R$ 124 mil. Foram várias matérias, no Globo, Folha, Estadão, Veja.

Na verdade, esses recursos devem ter correspondido ao total pago de publicidade institucional veiculada ao longo de 9 ou 10 meses (e pagos esparsamente num período de quase 2 anos). Para se calcular o que sobra para o blog, é preciso tirar 30% pagos à agência que intermedia esse tipo de negociação, mais 10% dos impostos. Com o resto dos recursos, pudemos pagar, por quase um ano, um editor para publicar matérias na blog e fazer revisão das matérias do editor e colunistas; pagar um cartunista; pagar alguém para cuidar da programação do blog; pagar um free-lance de vez em quando. Não sobrava nem para comprar um equipamento.

Enfim, claro que ajudou, mas era uma quantia modesta. A grande mídia, ao tentar expor este e outros blogs, dessa maneira, foi simplesmente canalha, como de praxe. Os recursos estavam sendo investidos integralmente em jornalismo.

De qualquer forma, logo veio o golpe e a primeira medida de Temer, entusiasticamente anunciada pela grande imprensa, foi cortar qualquer tipo de publicidade institucional veiculada na imprensa independente. Ao mesmo tempo, o governo Temer iria aumentar drasticamente as despesas totais com publicidade, ampliando a concentração nos grandes veículos, em especial Globo, Folha, Estadão e Veja, ou seja, justamente aqueles que haviam sido fundamentais para a articulação do impeachment.

O Cafezinho sempre foi o “patinho pobre” da blogosfera, pelo histórico pessoal de seu editor, que, sem nenhum tipo de reserva financeira, havia renunciado a seu trabalho como jornalista especializado em café, para se dedicar exclusivamente ao blog, sem nenhuma outra fonte de renda, sem nenhuma articulação política com sindicatos, partidos, empresas ou governo.

O golpe veio, entramos na lista negra, mas continuamos crescendo, em audiência e prestígio.

As dificuldades financeiras persistem, naturalmente, não apenas porque o governo nos botou numa “lista negra”, vetando qualquer publicidade institucional, mas porque a crise econômica também nos atinge. Se as pessoas ficam sem dinheiro, se o ambiente se torna mais inseguro, é mais difícil obter uma assinatura.

Costumo dizer que o Cafezinho é um fenômeno darwinista. Somos parecidos a um pequeno mamífero inteligente sobrevivendo em meios aos dinossauros. Nosso custo baixo nos dá agilidade para sobreviver. Da nossa simplicidade tiramos a nossa força.

As “situações perigosas”, em geral, são contas relacionados ao servidor onde o blog está hospedado, ao aluguel, e coisas relacionadas à sobrevivência física do editor.

Se tivéssemos mais recursos, via publicidade e assinaturas, poderíamos pagar alguns de nossos colaboradores, aprimorar o serviço oferecido aos leitores, pagar jornalistas fixos ou free-lancers, fazer algumas traduções necessárias, editar vídeos, e coisas assim.

O internauta pode nos ajudar muito se fizer uma assinatura do blog. Ou uma doação qualquer.

Para isso, basta clicar no botão abaixo, que te redirecionará para a nossa página de assinaturas e doações.

Ainda estamos vivendo, como de resto a maioria da população brasileira, uma “situação perigosa”…

Mas, juntos, iremos arrostar todas as dificuldades e fazer do Brasil uma grande nação, dotada de uma imprensa plural, desenvolvida, progressista e democrática!

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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rita

13/12/2017 - 11h11

Quando a minha quinzena sair, irei ajudar também…..hoje me informo através de vocês e quanto aos outros passo para dar uma olhada, de canto de olho…rsrsrrsrs

Nelson Sebastiao Model

13/12/2017 - 09h35

Gosto muito do trabalho de vocês. Obrigado pelas informações.


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