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Bilionários do mundo têm mais riqueza do que 60% da população mundial

Na Oxfam Brasil Bilionários do mundo têm mais riqueza do que 60% da população mundial A elite mais rica do mundo está acumulando grandes fortunas às custas principalmente de mulheres e meninas pobres que passam boa parte de suas vidas em trabalhos domésticos e de cuidados, sem remuneração ou serviços públicos de qualidade para ajudá-las. […]

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Na Oxfam Brasil

Bilionários do mundo têm mais riqueza do que 60% da população mundial
A elite mais rica do mundo está acumulando grandes fortunas às custas principalmente de mulheres e meninas pobres que passam boa parte de suas vidas em trabalhos domésticos e de cuidados, sem remuneração ou serviços públicos de qualidade para ajudá-las.

19/01/2020

Os 2.153 bilionários do mundo têm mais riqueza do que 4,6 bilhões de pessoas – ou cerca de 60% da população mundial. É o que revela o novo relatório da Oxfam, “Tempo de Cuidar – O trabalho de cuidado mal remunerado e não pago e a crise global da desigualdade”, que estamos lançando nesta segunda-feira (20/1) às vésperas do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

A desigualdade global (e brasileira) está em níveis recordes e o número de bilionários dobrou na última década. E o novo relatório enfoca em um tema invisível, mas que é um dos combustíveis que alimentam essa engrenagem: as economias do mundo são sexistas.

“Milhões de mulheres e meninas passam boa parte de suas vidas fazendo trabalho doméstico e de cuidado, sem remuneração e sem acesso a serviços públicos que possam ajudá-las nessas tarefas tão importantes”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.

Mulheres fazem 75% de todo o trabalho de cuidado não remunerado
As mulheres fazem mais de 75% de todo trabalho de cuidado não remunerado do mundo. E frequentemente trabalham menos horas em seus empregos ou tem que abandoná-los por causa da carga horária com o cuidado.

Em todo mundo, 42% das mulheres não conseguem um emprego porque são responsáveis por todo o trabalho de cuidado. Entre os homens, esse percentual é de apenas 6%.

As mulheres também são maioria na força remunerada de trabalho de cuidado. Enfermeiras, faxineiras, trabalhadoras domésticas e cuidadoras são em geral mal pagas, têm poucos benefícios e trabalham em horários irregulares. Também sofrem problemas físicos e emocionais.

População aumenta e envelhece
E o problema deve se agravar na próxima década conforme a população mundial aumenta e envelhece. Estima-se que 2,3 bilhões de pessoas vão precisar de cuidado em 2030. Isso representa um aumento de 200 milhões desde 2015. No Brasil, em 2050, serão cerca de 77 milhões de pessoas a depender de cuidado (pouco mais de um terço da população estimada) entre idosos e crianças, segundo dados do IBGE.

Além disso, de acordo com os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apenas 30% dos municípios brasileiros (cerca de 1.500) contam com instituições de assistência a idosos. E elas estão localizadas, em sua maior parte, na região Sudeste do país. Assim, 90% do trabalho de cuidado é feito informalmente pelas famílias – e desses 90%, quase 85% é feito por mulheres.

Ricos e grandes empresas têm que pagar mais impostos para financiar luta contra pobreza
O relatório “Tempo de Cuidar” revela ainda como governos vêm cobrando poucos impostos dos mais ricos e de grandes corporações. Com isso, abandonam a opção de levantar os recursos necessários para reduzir a pobreza e as desigualdades.

Considerando que os bilionários têm mais riqueza do que 60% da população, essa é a receita para uma catástrofe global.

Ainda assim, os governos estão sub-financiando serviços públicos e infraestruturas essenciais que deveriam reduzir o peso do trabalho de cuidado sobre mulheres e meninas. Investir em saneamento básico, eletricidade, creches e saúde, por exemplo, poderia dar às mulheres e meninas oportunidades para melhorarem a qualidade de suas vidas.

Economia voltada para todos e todas
“É por isso que os governos têm que enfrentar as imensas desigualdades que causam tanto sofrimento no Brasil e no mundo. E assim, quando eles deixam de agir, as pessoas vão às ruas, como estamos vendo por toda parte – no Chile, em Hong Kong, na França”, afirma Katia Maia.

“Queremos uma economia voltada para 100% da população e não para o 1% mais rico do mundo. Com isso, o desenvolvimento e oportunidades devem ser para todos e todas, e não apenas para o mesmo grupo de privilegiados de sempre: homens brancos e ricos.”

Nossas recomendações:
Investir em sistemas nacionais de prestação de cuidados para solucionar a questão da responsabilidade desproporcional pelo trabalho de cuidado realizado por mulheres e meninas:
Os governos devem investir em sistemas nacionais de prestação de cuidados (acesso à água potável, saneamento e energia doméstica, entre outros). É preciso ainda investir e transformar os serviços públicos e infraestrutura existentes.

Acabar com a riqueza extrema para erradicar a pobreza extrema:
Os governos devem adotar medidas para reduzir drasticamente o fosso entre os muito ricos e o resto da sociedade, como tributação de riqueza e rendas elevadas e combate à sonegação fiscal, entre outros.

Legislar para proteger os direitos de todas cuidadoras e cuidadores e garantir salários dignos:
Os governos devem garantir e monitorar a implementação de políticas jurídicas, econômicas e de mercado de trabalho. A ideia é proteger os direitos de cuidadores e trabalhadores de cuidado. Isso deve incluir a ratificação da Convenção 189 da OIT sobre a proteção de trabalhadoras e trabalhadores domésticos e de políticas que garantam um salário digno, bem como ações contra diferenças salariais de gênero.

Garantir que cuidadoras e cuidadores tenham influência em processos decisórios:
Com isso, os governos facilitam a participação de cuidadores não remunerados e trabalhadoras de cuidado em fóruns e processos de formulação de políticas em todos os nívei. É preciso também investir recursos na coleta de dados abrangentes para subsidiar a formulação de políticas e avaliar impactos.

Desafiar normas prejudiciais e crenças sexistas:
Normas prejudiciais e crenças sexistas que consideram o trabalho de cuidado uma responsabilidade de mulheres e meninas devem ser desafiadas. Isso pode ser feito por meio de propaganda, comunicação pública e legislação.

Valorizar o cuidado em políticas e práticas empresariais:
As empresas devem reconhecer o valor do trabalho de cuidado e promover o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras. Além disso, devem apoiar a redistribuição do cuidado oferecendo benefícios e serviços como creches e vales-creche e garantir salários dignos.

  • Alguns dos principais dados do relatório:
    Os 2.153 bilionários do mundo têm mais riqueza do que 4,6 bilhões de pessoas (60% da população mundial).
  • Os 22 homens mais ricos do mundo têm mais riqueza do que todas as mulheres da África.
  • Mulheres e meninas ao redor do mundo dedicam 12,5 bilhões de horas, todos os dias, ao trabalho de cuidado não remunerado. Isso representa pelo menos US$ 10,8 trilhões por ano à economia global. O valor é mais de três vezes o valor da indústria de tecnologia do mundo.
  • Se o 1% mais rico do mundo pagasse uma taxa extra de 0,5% sobre sua riqueza nos próximos 10 anos seria possível criar 117 milhões de empregos em educação, saúde e assistência para idosos.

NOTA
Os cálculos da Oxfam são baseados nas mais atualizadas fontes de dados disponíveis. Os dados sobre riqueza no mundo são do Credit Suisse Research Institute’s Global Wealth Databook 2019. Os dados sobre os mais ricos do mundo são da lista de bilionários da Forbes – edição 2019.

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Comentários

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Paulo

20/01/2020 - 16h44

Apenas o capitalismo sendo capitalismo. Chega um ponto que canibaliza a concorrência e concentra o capital. Por isso, deve ser controlado, mas com cuidados e liberdade política…

Psilocibes Cubensis

20/01/2020 - 13h07

Eu tenho uma graninha guardada e já é o suficiente para garantir que meu filho nunca tenha que trabalhar na vida.
Imaginem quantas gerações de parasitas esses bilionários vão colocar no mundo.
A desigualdade destrói a meritocracia e a democracia também , cria cidadãos que nascem “superiores” aos outros.
O capitalismo neoliberal não é diferente da monarquia absolutista , apenas se livraram do rei.

    Wellington

    21/01/2020 - 07h07

    O que eguala as pessoas é a instrução e não o quanto tem de dinheiro no banco, asno.

Wellington

20/01/2020 - 09h58

Quem tem dinheiro deve ter as condiçoes minimas de investir em segurança para produzir e nào para ganhar 14% de juros no Tesouro direto de Lula e Ciro Gomes.

Devido aos altos impostos boa parte dos bilionarios europeos levaram o dinheiro para Abu Dhabi, Londres, Montecarlo, etc…e là investem. Os industriais fecharam as fabricas quando aumentaram encargos trabalhistas, impostos e abriram no leste europeu, china, etc…

E’ obvio que com impostos idiotas para tornar todo mundo misareval e 60.000 homicidios ao ano nao chegam nem perto do Brasil e os poucos que tem fazem justamente o possivèl para ir embora…fora os tupiniquim raiz que para quebrar se envolvem com corrupçào e imundicias varias ou em vez de investir na empresa vao para Miami ou compram a S10 para postar as fotos no Facebook.

Nào sao os ricos que devem se tornar mais pobres mas o contrario os pobres se tornarem ricos ou menos pobres.

Para começar è preciso pelo menos aprender a ler, escrever e possivelmente parar de assoar o nariz com as maos e limpar nas calças mas usar um lenço. Deus è Brasileiro.

    putin

    20/01/2020 - 10h51

    já te expliquei que se a taxa é 14% mas a inflaçao 12% nao adianta nada.
    na era do liberal fhc a taxa chegou a 24%…

      Wellington

      20/01/2020 - 11h15

      Putinha,

      a unica coisa que voce pode eventualmente explicar para alguem è como amarrar os sapatos ou como queimar vivo quem nào vota como vc gostaria. Kkkkkkkk

        El Bartho

        20/01/2020 - 13h29

        Deus É brasileiro mas deve morar em MONACO rs…

          Wellington

          20/01/2020 - 13h38

          Atè Sena morava e pagava os impostos e investia là, imagina Deus…rsrs

          Wellington

          20/01/2020 - 13h39

          Senna

          El Bartho

          20/01/2020 - 14h01

          Pobre criança ingênua, Wellington Deus só mora lá porque é um PARAISO (trocadilho) rs.. O maior atrativo de Mônaco é a fama de “paraíso fiscal” do principado: lá, os investidores não estão sujeitos a impostos sobre renda, ou seja lá é terra de sonegadores, será por isso que o malufista do Senna tinha residência lá?.

          Wellington

          20/01/2020 - 14h18

          Porque gostava do clima de là…rsrs

          Arnaldo Batraquio

          20/01/2020 - 15h16

          Senna morava lá pq era sonegador como qq bilionário que mora lá, simples assim, coisa que bolsominion adora e se identifica.

          Wellington

          20/01/2020 - 15h41

          Fez pra lá de bem.

        putin

        20/01/2020 - 17h40

        posso te ensinar como vender vara de pesca ou como impedir tua mulher fugir com un negao petista, seu falido.
        já arrumou a renda de cidadania do odiado estado?

          Wellington

          20/01/2020 - 19h33

          Nào, seriamente, muito obrigado, ma se preciar eu te ligo viu !! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Alan C

    20/01/2020 - 11h04

    “Tesouro direto de Lula e Ciro Gomes”

    hauhauhauhauhuahuahuahuahauh

    Alan C

    20/01/2020 - 11h05

    Alguém chama uma ambulância urgente! Tem minion delirando no fórum do Cafezinho kkkkkkk

    Andressa

    20/01/2020 - 13h16

    O brasileiro é o que joga lixo na rua a 3 metros da lixeira e ainda querem industrias serem ricos e culpam os outros…façam o favor de parar de ser palhaços de graça.

Bozonaro

20/01/2020 - 09h13

Bolsominions comemorando.


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