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Economistas querem reformas aprovadas somente com o próximo presidente

Um grupo de economistas defensores da agenda reformista pediram ao Congresso Nacional que não coloquem em votação as tais reformas em votação enquanto Jair Bolsonaro e Paulo Guedes estiverem no comando do país. Com isso, esse agenda ficaria com o próximo presidente eleito. Esses economistas temem que essas votações na constância do Governo Bolsonaro gere […]

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Um grupo de economistas defensores da agenda reformista pediram ao Congresso Nacional que não coloquem em votação as tais reformas em votação enquanto Jair Bolsonaro e Paulo Guedes estiverem no comando do país. Com isso, esse agenda ficaria com o próximo presidente eleito.

Esses economistas temem que essas votações na constância do Governo Bolsonaro gere uma captura do Orçamento por grupos privilegiados, econômicos e políticos, e de impor dificuldades a mudanças feitas pelo próximo chefe do executivo que tenha projetos melhores e uma base parlamentar que não distorça essas propostas.

O pesquisador Fábio Giambiagi, do FGV Ibre, afirmou a Folha que tentar minimizar os impasses do Orçamento, especialmente nas emendas parlamentares pode resultar na aprovação de algo pior pelo Congresso.

“Emergencialmente, eu gostaria que nada fosse feito, porque o risco de sair uma monstruosidade é enorme, vide privatização da Eletrobras, essa reforma administrativa meio maluca etc”.

“O que o país tem de fazer é aprovar o Orçamento e deixar essas questões para serem resolvidas pelo próximo governo, na medida em que o governo [atual] se revela fraco e sem condições de passar uma agenda de reformas adequadas, que tramitem e cheguem ao final com uma cara parecida com a inicial”.

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EdsonLuiz.

01/10/2021 - 02h52

Então Paulo,
(Há um tempo eu quase nunca consigo repostar abaixo do comentário, por isto evito ou reposto aqui em cima, mas é resposta para a sua que está mais abaixo).

Vamos lá:

Podemos resignadamente, em vez de fazermos reformas, deixar as coisas como estão, não é? Reformar para quê? Para mim está bom; para você está bom; para os populistas está bom também: se eles tiverem que fazer as reformas que urgem, e fizerem de modo sério, reformas são muito antipáticas e eles perdem votos. Então podemos deixar tudo como está até desabar. Ou podemos ficar fazendo também arremedos de reformas e não mudando nada.

Mas há dor, muita dor em nossa população desempregada, desassistida e enganada por populismos. Por isso, antes de prosseguir eu vou tentar lembrar de uns versos do poeta Mayakoviski:

“Não há boa alma neste mundo
Que desta dor não tenha parte…”

Continuando:

“Nos locupletemos todos e o resto que se foda!”, alguns pensam. Mas a racionalidade, em um país que apresenta um índice de miséria absoluta e um índice de pobreza muito grandes, dos maiores do mundo, grita para que produzamos maior justiça. A racionalidade grita para interrompermos a fisiologia, a corrupção, a incompetência é o populismo, neste nossa país tão atrasado, autoritário e excludente.

Ainda que por mais não seja, pelo risco de desabamento social que se desenha. E, preste atenção, quem não tem mais nada a perder pode atender apelos doidos como o do historiador Jones Manoel, pregando o cultivo do ódio, ou a sanha bestial repetida do ator José de Abreu, que estimula matar. Quem lê duas ou três linhas dessas TELAS171 do bolsonarismo e do lulismo sabem que a tônica dos extremistas e dos demagogos populistas é nessa linha do Jones e do ator do breu.

Alguns pensam que não precisa de reformas. Pensam que resolvendo o problema da corrupção, resolve- se tudo. Não é assim! Onde tem corrupção, esse é o primeiro problema a ser combatido, senão o povo perde a crença na política e os corruptos dominam. Se perder a confiança na honra dos políticos e deixar de acreditar um mínimo, o povo até passa a aderir à corrupção, por achar que não tem mais jeito.

Ocorre que honestidade é central, mas não cria riqueza; o que cria riqueza é o trabalho. Acreditar no trabalho honesto é o botão mágico para as pessoas acreditarem também nas virtudes do trabalho em si. Mas precisa de remuneração justa pelo trabalho e isso depende do aumento de produtividade. E precisa também, obviamente, que exista trabalho!

Salário é função da produtividade e produtividade é função de fatores diversos, todos eles dependendo de investimentos. Quem tem dinheiro para investir é a iniciativa privada, em qualquer país, e o investimento necessário não será alocado no Brasil se não houver sinal concreto de investimento pelo próprio Estado e faltar confiança do capital em ter uma economia saudável.

Só reformas abrem o espaço fiscal necessário para tratarmos nossos desequilíbrios (estou falando de reformas a sério, não de arremedos populistas e que mantêm privilégios).

Nestes tempos, após a maior recessão econômica de nossa história que nos condenou a anos de quase estagnação, em meio a uma pandemia e com bolsonaro no poder, que nunca quis reformar nada, como todo populista, e em quase trinta anos como deputado mostrava ser contra reformas e privatizações e votava junto com o PT para boicotá-las – e agora, os monstrinhos de privatização e reformas propostos por Paulo Guedes nós temos que impedir e adiar, porque pior que não reformar é reformar errado e parir um monstro (você deve ter lido o post que cita Giambiase. Fábio Giambiase está certíssimo nisso! E em quase tudo, aliás).

Mas, voltando, com recessão gigante e ue já dura anos, com pandemia e com bolsonaro, para conseguirmos retornar a economia teremos que fazer reformas e teremos que cortar gastos, mas só isso não vai resolver o buraco e teremos que completar o que faltar emitindo dívida, infelizmente. Mas desta vez, emitir dívida será necessário, desta vez não será irresponsabilidade fiscal. Só que a necessidade de recursos desta vez será muito grande e não poderá ser coberta apenas com dívida, que está pela hora da morte, daí que reformas duras e cortes de gastos duros terão que ser feitos.

O PT, quando saiu, deixou uma dívida gigantesca, mas em relação ao PIB a dívida deixada pelo PT não era tão grande como está agora. Ocorre que foi o próprio PT que produziu a dinâmica de desemprego e recessão que travou o crescimento do PIB. O resultado é que o tamanho da dívida de hoje, em relação ao PIB, é parte do destrambelhamento que o petismo causou. Eu tenho que admitir que neste tema, da economia, a culpa de bolsonaro e Paulo Guedes existe, mas não é a maior culpa. E as coisas só não estão piores por algumas reformas que o governo Temer conseguiu fazer antes de se instabilizar pelos vícios que ele tem e que conhecemos, principalmente pelo caso com o tal Joeslei, da JBS Friboi.

Se não fosse o teto de gastos, bem mal cumprido, diga-se, eu nem imagino como as coisas estariam (mesmo com o teto houve aumento real de gastos com pessoal. Aumento real para os militares mais graduados, por exemplo).

Mas reformas sérias são inevitáveis, Paulo. Quanto mais forem adiadas, mais dolorosas serão. E eu espero que os que para boicotarem as reformas ficam falando que estão tirando direitos, destas vez sejam pró-ativos e apresentem eles uma proposta paralela séria, com incidência das correções mais sobre o que configura privilégio e sobre os vários mais altos, assim como cortes sobre as denúncias fiscais dadas para favorecerem ‘amigos’.

Jonas Turan

29/09/2021 - 21h32

Melhor seria instituir de uma vez por todas o parlamentarismo e o voto distrital misto. E menor centralização em Brasília e maior autonomia aos estados.

EdsonLuiz.

29/09/2021 - 17h11

Sim! Claro! Certíssimo!
Se as atuais forças que estão no poder, executivo e base de apoio, forem as promotoras das necessárias reformas, serão paridos monstros como reformas. E MONSTRO, como ilustração para o que vai nascer de reformas promovidas pelo atual poder, não é um exagero. E mais: a figura de MONSTRO está bem ilustrada neste post pela citação feita por Fábio Giambiase, do que foi a privatização da Eletrobrás e da maluca reforma administrativa. Observe-se que Giambiase não é contra privatização ou contra reforma administrativa. Giambiase é contra privatização a reformas feitas por estes atuais incumbentes, bolsonaro e Paulo Guedes.

Reformas são necessárias e urgentes! muitas reformas! Mas a necessidade das reformas é para avanços, modernização, correção de injustiças, adequações, não para desmontar a burocracia e inviabilizar ou mesmo extinguir a prestação de serviços que são necessários. Privatizações também são importantes, inclusive a privatização da Petrobrás, mas é preciso que os recursos apurados com a privatização da Petrobrás sejam totalmente aplicados em outra empresa estatal e na mesma área de energia. Os recursos da privatização deverão ser aplicados em uma empresa de ponta em energias renováveis – solar, eólica, hidrogênio verde. Manter o Estado no negócio de energia, em uma estatal com necessária iniciativa do Estado, como a geração de energias de fontes renováveis, é uma urgência para a qual não temos dinheiro, e é tão urgente essa decisão que o dinheiro terá que aparecer. Como é uma indústria nascente e pouco dinheiro da iniciativa privada virá para desenvolver essa inovação como precisamos, nesse caso uma nova estatal se justifica. Não é mais possível continuarmos a queimar hidrocarbonetos! Mas alguma parte da Petrobrás, 25% talvez, embora seja uma indústria do passado, do atraso e em processo de desativação no mundo todo, poderá ser retida como estatal, para servir para pesquisa e regulação do mercado, mas que seja totalmente estatal, sem sócios privados que se beneficiem dos agrados do Estado.

As reformas são urgentes, mas neste momento é mais aconselhável adiar porque, pior que não fazer as reformas é fazer reformas que resultem em um monstrengo. Fábio Giambiase está certo!

Mas é preciso cuidado com quem se vai eleger para colocar no lugar dos incumbentes atuais. Dependendo de quem for colocado no lugar de bolsonaro, se for outro populista, em um círculo sem fim, as reformas não serão feitas ou serão feitas reformas parciais, arremedos de reforma.

Para escolher em quem votar, se faltarem outras referências para ajudar na escolha, é interessante olhar para a história recente.

Em nossa história recente, o final da última ditadura militar apresentou um país estagnado economicamente e com hiperinflação que chegou a passar de 80% ao mês. O primeiro presidente eleito após a abertura política foi o famigerado Fernando Collor, de triste memória. Mas precisamos reconhecer alguma boa iniciativa de qualquer governo, caso houver alguma, e com Fernando Collor foi iniciada corajosamente a abertura comercial.

E…tchan, tchan, tchan! O que aconteceu em relação à abertura comercial iniciada por Collor?

Abertura comercial atinge empresas pouco competitivas, que vivem de parasitar os intestinos dos Estados, mas apresentam baixíssima produtividade, não desenvolvem tecnologia e inovação e pagam péssimos salários. Sempre que estão à beira do abismo essas empresas atrasadas pedem uma moleta ao presidente e ao congresso, que quando tem domįnio, um e outro, po forças atrasadas, concedem a moleta pedida, onde a empresa ‘amiga do poder’ fica pendurada até as coisas piorarem ainda mais e o ‘amigo’ voltar ao populista da vez e pedir mais apoio. As empresas ficam penduradas no Estado e a economia sofrendo as consequências da estagnação, com aumento da inflação, alta dos juros e pouco investimento e crescimento e volta do desemprego. Se expostas à competição externa, concorrendo com empresas mais competitivas, essas empresas atrasadas vão à falência e fecham; se protegidas por barreiras comerciais e reserva de mercado e receberem auxílio sob a forma de benefícios, incentivos e renúncia fiscal, vivem penduradas na ajuda que o ‘presidente ‘amigo’ concedeu (com o nosso dinheiro) e não inovam para ganhar competitividade.

E assim, de práticas atrasadas em mais práticas atrasadas, se faz recessão, inflação, desemprego, falta de investimento, aumento dos juros, volta do desemprego….

Isso, na nossa história recente, está lembrando o quê a você?

Para a economia crescer, precisa de planejamento e investimento, e o Estado tem um papel muito importante, tanto para fazer a regulação como para estimular direta e indiretamente o investimento e o desenvolvimento tecnológico e inovação. Como o salário é função da produtividade, com o aumento da produtividade por desenvolvimento tecnológico, investimento em infraestrutura, educação e formação bruta de capital, aumentam o salário, o consumo, e temos a volta da economia. Com o atraso de proteger empresários amigos com a desculpa de defesa da soberania, evitar demissões e quebra de empresas, protege-se o atraso e mantém-se o país no subdesenvolvimento. Depois, para enganar, é só repetir trinta vezes por dia que se é progressista. Progressismo é o progresso no reconhecimento de direitos, é o progresso dos liberais e iluministas valores humanistas. Mas progresso, reconhecimento e concessão de direitos, necessita de dinheiro. Não é de graça! Se o poder proteger o atraso e não promover as reformas, o país é jogado no desemprego, nos baixos salários, na inflação, na recessão e, de repente, você pode estar parindo recessão. E, pior, a recessão que você vai parir pode vir a ser a MAIOR recessão da história do seu país e criar o ambiente para o surgimento do proto-fascismo. Você poderá estar dizendo que é progressista, ficar repetindo que é progressista para se convencer e convencer incaltos, mas ser um monstruoso agente do atraso.

Se elegermos outro populista para colocar no lugar de bolsonaro, só vamos manter o país preso no atraso.

Após Fernando Collor, cuja única reforma foi iniciar a abertura comercial que citei, veio Itamar Franco (que assumiu com o impeachment de Collor). Itamar colocou Fernando Henrique Cardoso no ministério da fazenda. Ele resolveu o problema da inflação e implementou reformas com mais vontade. Suas iniciativas foram largamente BOICOTADAS pelo PT, e por bolsonaro, que foi deputado federal todo este tempo e votava junto com o PT no boicote à modernização do Estado, para manter o Estado atrasado, como é o que fazem o PT, Lula e bolsonaro. Mesmo assim, Fernando Henrique possuía base razoável no congresso e conseguiu implementar reformas. As coisas começaram a amadurecer e melhorar, embora a conjuntura mundial não ajudasse. Depois de Fernando Henrique veio Lula. Lula assustava o eleitor, mas vestiu uma fantasia de lulinha paz e amor, quando sabemos que Lula é furioso, ataca tudo de bom e junta coisas monstruosas como Michel Temer e o pior do PP e do PL para se aliar, como faz o ator José de Abreu com todo mundo, Lula e José Abreu são uma média do espírito do PT, embora ali também tem ótimas pedras políticas preciosas. Mas Lula escreveu uma carta se comprometendo a manter as políticas de Fernando Henrique…e manteve.

Lula manteve a política de Fernando Henrique que, embora com limites, estava produzindo resultados bons. Lula até continuou augumas reforma p, pelo menos as macroeconômicas. O Fernando Henrique tinha deixado com Lula muitos técnicos para ajudar, o Joaquim Levi era um deles. As coisas continuaram melhorando e agora a conjuntura mundial ajudava. Ajudava muito.

Mas o PT interrompeu as reformas. Quando fez reformas, foram arremedos para enganar. Para substituir as reformas necessárias Lula apostou em ampliar gastos. O que acontece é que reformas sérias atingem interesses, são antipáticas, embora completamente necessárias. Quem faz reformas recebe toda a carga de xingamentos, como vemos acontecer aqui e em outras telas. Populistas não fazem reformas. Não querem perder votos. bolsonaro não faz reformas a sério! Lula NÃO faz reformas a sério! Lula e bolsonaro são populistas!

Deu no que deu! O final do período PT amadureceu o que o PT plantou. Deu em recessão, em desemprego (está aí até hoje), deu em tudo de pior que podia.

E deu em bolsonaro!

Precisamos das reformas! As reformas não podem ser feitas nem por bolsonaro nem por Lula. Com esses dois vamos ficar fazendo arremedos de reformas ou coisa pior, que são os monstros bolsonárica.

Vamos mudar!

    Paulo

    29/09/2021 - 23h40

    Édson Luiz:

    Pelo que vejo, você endossa, “ab initio”, as tais “reformas'”. Como você é um dos comentaristas mais sensatos deste Blog, sinto-me no direito de perguntar ( e você, naturalmente, deve se sentir no direito de responder ou não): o que o termo “reforma” traz em si mesmo de necessário, urgente, na sua opinião? Pense, por exemplo, na tal “Reforma Administrativa”, tão cultivada pelo mercado quanto a “Reforma da Previdência”, que porém nada de salvador trouxe…Esgotada a agenda de “reformas”, o que restará ao mercado propugnar? Mais e mais “reformas”? De quê?


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