Menu

Campos Neto trabalhou na campanha de Bolsonaro e Tarcísio

Uma revelação surpreendente vem à tona, lançando luz sobre os bastidores da campanha eleitoral de 2022 no Brasil. Segundo a revista Piauí, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, teria desenvolvido um modelo matemático inovador capaz de orientar a estratégia do núcleo duro de apoio a Jair Bolsonaro durante a disputa eleitoral. Esse […]

1 comentário
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News
Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado

Uma revelação surpreendente vem à tona, lançando luz sobre os bastidores da campanha eleitoral de 2022 no Brasil. Segundo a revista Piauí, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, teria desenvolvido um modelo matemático inovador capaz de orientar a estratégia do núcleo duro de apoio a Jair Bolsonaro durante a disputa eleitoral. Esse método, que agregava dados estaduais, era considerado pelo próprio Campos Neto como mais preciso do que as pesquisas nacionais tradicionais.

De acordo com fontes ouvidas pela revista, os dados elaborados pelo presidente do BC também foram disponibilizados para a campanha de Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo, e, como era de se esperar, acabavam vazando para o mercado. O modelo se tornou um ponto de referência para investidores na Faria Lima, servindo como uma bússola para as decisões financeiras, inclusive com impactos nas ações de estatais e nos juros futuros.

Apesar de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderar todas as pesquisas de institutos credenciados no Tribunal Superior Eleitoral, o modelo de Campos Neto apontava para uma possível virada a favor de Bolsonaro, especialmente pelo avanço do candidato em São Paulo. As projeções indicavam que Bolsonaro tinha uma vantagem significativa sobre Lula no eleitorado paulista, o que o colocava em uma posição favorável para vencer o segundo turno.

Entretanto, os números finais se mostraram abaixo das previsões, com a diferença entre os candidatos sendo de apenas 10 pontos percentuais. Apesar disso, a influência do modelo na estratégia de campanha de Bolsonaro foi considerável, gerando um impacto perceptível nas decisões dos investidores.

No entanto, essa não foi a única surpresa envolvendo Campos Neto recentemente. Durante a última reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária, o presidente do BC votou de forma decisiva por um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros. Essa decisão foi considerada bem disputada, com placar de 5 a 4 a favor do corte mais acentuado. Especialistas de mercado ficaram surpresos com a postura de Campos Neto, que era esperado por muitos para defender um corte menor de 0,25 ponto percentual.

Essa medida impacta diretamente a economia brasileira e reflete a responsabilidade do presidente do BC em lidar com a inflação e o crescimento do país. Entretanto, a decisão não foi isenta de polêmica, e o próprio Lula, em algum momento, criticou o Banco Central, sugerindo até mesmo a possibilidade de aumento da meta de inflação. Essa atitude gerou debates acalorados no mercado e no Congresso, demonstrando o peso das decisões do BC na conjuntura econômica nacional.

Vale ressaltar que, durante o período pré-eleitoral, Haddad, ex-ministro da Fazenda e atual responsável pela pasta da Economia, enfrentou críticas de diversos setores políticos e econômicos, incluindo membros do PT e economistas “heterodoxos”. As discordâncias internas e as posições divergentes sobre as políticas fiscais e monetárias do governo foram um desafio adicional para Haddad, que buscou encontrar um equilíbrio entre as diferentes vozes e trabalhar para alcançar seus objetivos.

Com o cenário econômico brasileiro ainda passando por desafios e incertezas, as escolhas de Campos Neto e Haddad continuam a ser observadas com atenção pelos diversos atores do mercado financeiro e da política. O Brasil enfrenta um momento crucial de sua história, onde a tomada de decisões responsáveis e embasadas em dados precisos pode ser a chave para um futuro mais estável e próspero. Resta aguardar os próximos desdobramentos dessa complexa trama política e econômica, cujo resultado afetará o país como um todo.

O presidente Lula ja criticou abertamente o presidente do Banco Central em diversas ocasiões.

“Ele não tem nenhum compromisso comigo. Ele tem um compromisso com quem? Com o Brasil? Não tem. Ele tem compromisso com o outro governo, que o indicou. Isso é importante ficar claro”, declarou o presidente.

Lula chegou a chamar Campos Neto de “louco” ao citar, de forma distorcida, uma declaração do presidente do Banco Central feita em março. Em evento da BlackRock Brasil, Campos Neto declarou que, para cumprir a meta de sobrevivência de 2023, seria necessário aumentar a taxa básica, a Selic, para 26% ao ano.

Apoie o Cafezinho

Ruann Lima

Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF

Mais matérias deste colunista
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

Patriotário

06/08/2023 - 18h20

neto da ditadura, um saco de estrume ambulante


Leia mais

Recentes

Recentes